Seguro do artefato era superior a R$ 130 mil.
Peça foi doada ao primeiro-ministro holandês há 40 anos.
Museu herdou a peça em 1991
A rocha lunar foi dada de presente em 9 de outubro de 1969 para o então primeiro ministro holandês Willem Drees. Em visita ao país, os próprios astronautas Neil Armstrong, Michael Collins e Edwin Aldrin entregaram a pedra, no mesmo ano que retornaram da missão à Lua.
O Museu Nacional Rijksmuseum recebeu a pedra em 1988, após a morte de Drees. Durante anos, o objeto foi um dos itens mais exóticos e valiosos da coleção, chegando a ser avaliado em mais de 40 mil euros. No entanto, segundo comunicado divulgado no dia 26 de agosto, a pedra é uma fraude. Em nota, o museu afirma que especialistas analisaram a relíquia e, em menos de meia hora, constataram que não se tratava de nenhuma rocha lunar.
Ao invés de uma lembrança da missão Apollo 11, o que vinha sendo guardado a sete chaves era um simples pedaço de madeira petrificada, que poderia ter vindo de qualquer lugar – menos da Lua. Apesar de falsa a "pedra" permanecerá na coleção a título de curiosidade, por sua história peculiar.
Nos anos 70, os Estados Unidos deram amostras de rochas lunares a mais de 100 países e, até agora, autoridades não souberam explicar a descoberta holandesa.
“Quando a recebemos, fizemos um seguro no valor de 50 mil euros em valores atuais (cerca de R$ 153 mil)”, informou Xandra van Gelder, da área de comunicação do Rijksmuseum de Amsterdã. Feitos os cálculos, agora que se sabe que aquilo ali é madeira e nada mais, até que o artefato não é assim tão desprezível: vale 50 euros.
Quem deu o toque de que a pedra lunar era na realidade um tremendo mico foi um especialista em questões espaciais. O bom senso do homem o fazia duvidar que a Nasa, a agência espacial americana, teria um desprendimento assim tão grande de abrir mão de uma raríssima amostra de material lunar só para agradar o primeiro-ministro holandês.
Geólogos e outros especialistas da Universidade de Amsterdã determinaram que a pedra, afinal, não procedia da Lua. O resultado foi confirmado depois por uma análise microscópica do artefato, que só foi exibido ao público em duas ocasiões. O embaixador Middendorf, octogenário, não lembra de nada.
O mistério, portanto, continua: quem falsificou a pedra? E quando fez isso? Teria a NASA entregue um pedaço de madeira aos holandeses? Ou teria alguém trocado a verdadeira rocha por um objeto sem valor depois da entrega? Façam suas apostas.
Fontes: Paula Rothman (INFO Online) / G1 (com informações da France Presse) - Fotos: AFP/Rijksmuseum
Nenhum comentário:
Postar um comentário