sábado, 29 de agosto de 2009

Moradores de sete bairros do Rio se queixam do barulho dos aviões

Não são pássaros, nem o famoso super herói dos quadrinhos infantis. São helicópteros a cada minuto, dezenas de aviões em procedimento de pouso ou decolagem e, no solo, milhares de moradores incomodados. A vida de quem mora na Urca, Flamengo, Cosme Velho, Laranjeiras, Humaitá, Botafogo e Santa Teresa tem sido marcada pelas turbinas das aeronaves que ditam a hora de acordar, dormir, falar ao telefone, ver televisão e até rezar.

O irritante barulho dos aviões pode ser medido em números. Além dos voos comerciais, o estado tem hoje 818 aeronaves particulares e 264 helicópteros, a maioria circulando na capital. E a previsão é de mais barulho. A Infraero recorreu da multa de R$ 250 mil aplicada pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e também da determinação do órgão para que fosse resolvido até esta quinta-feira o problema da Rota 2, que atende ao Santos Dumont e passa por bairros da Zona Sul.

A Infraero argumenta que não é da sua competência alterar rotas aeroviárias, que dependem de estudos técnicos do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). O órgão federal informou ainda que o estudo de impacto ambiental do Santos Dumont já está sendo feito.

No Inea, o maior número de reclamações no Disque-Ambiente (2332-4604) vem de Santa Teresa, por onde passa a Rota 2. A administradora da Congregação das Religiosas da Assunção, irmã Raimunda Barbosa, sabe como é dormir com um barulho desse. A entidade fica em Santa Teresa e, toda vez que os aviões se aproximam, os eventos e as missas são interrompidos.

- O barulho é muito alto. Ninguém consegue falar quando o avião se aproxima - reclama Raimunda.

Fonte: O Globo - Foto: Custódio Coimbra

Nenhum comentário: