quinta-feira, 10 de setembro de 2009

França: venda do Rafale ao Brasil será fato com assinatura do contrato

O ministro francês da Defesa, Hervé Morin, momentos após desembarcar de um voo de testes do caça Rafale em Saint Dizier, centro da França

O ministro francês da Defesa, Hervé Morin, admitiu nesta quinta-feira que a venda ao Brasil de 36 aviões de combate Rafale da fabricante francesa Dassault será um fato apenas no dia de assinatura do contrato.

"A venda está bem encaminhada. Será um fato no dia que o contrato for assinado", afirmou à rádio RTL.

Morin explicou que são necessários pelo menos oito ou nove meses de negociações e que o valor do contrato dependerá das mesmas.

As declarações do ministro francês foram feitas um dia depois do ministro brasileiro da Defesa, Nelson Jobim, ter anunciado que o processo de seleção para a compra de caças para renovar a frota do país ainda não foi concluído.

"O processo de seleção conduzido pelo Comando da Aeronáutica ainda não foi concluído, as negociações prosseguirão com os três participantes, nas quais serão aprofundadas e, eventualmente, redefinidas as propostas apresentadas", destacou Jobim.

Na segunda-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente francês, Nicolas Sarkozy, em visita a Brasília, anunciaram o início de negociações para a venda ao Brasil de 36 caças Rafale por sete bilhões de dólares.

As outras duas companhias interessadas no negócio são a americana Boeing (F-18) e a sueca Saab (caça Gripen).

O anúncio de segunda-feira provocou reações imediatas dos dois concorrentes da Dassault.

A Força Aérea Brasileira (FAB) revelará sua avaliação final sobre as três aeronaves na disputa em outubro.

A embaixada dos Estados Unidos no Brasil divulgou um comunicado na quarta-feira em que afirma entender que o governo brasileiro ainda não adotou uma decisão final sobre a licitação dos aviões de combate.

Dias antes da visita de Sarkozy a Brasília, o presidente Lula deu a entender uma preferência pelo Rafale ao afirmar que a França "se mostrou o país mais flexível na transferência de tecnologia".

"A partir de agora acontecerá uma discussão sobre o financiamento do programa, a transferência de tecnologia, o processo industrial, a cooperação industrial e o sistema de armas", concluiu Morin.

Fonte: AFP

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