Guindaste iça os destroços do avião que caiu no mar com o ministro Teori Zavascki e mais quatro pessoas em Paraty (RJ) em 2017 (Imagem: Fábio Motta/Estadão Conteúdo) |
Um acidente aéreo envolve uma série de questões, que vão desde as vidas que podem ser perdidas com ele até burocracias, que envolvem o registro e as investigações sobre o ocorrido.
A remoção do avião do local do acidente é um dos problemas. Se ele ocorrer no aeroporto, como o que aconteceu em Congonhas (SP) em 9 de outubro, a demora pode ocasionar transtornos aos demais usuários do local.
Se for em outros locais, essa remoção também é necessária, até mesmo por questões ambientais: Se os destroços forem deixados para trás, podem render uma multa.
Quanto custa a remoção?
Luiz Eduardo Moreira, CEO da Vokan Seguros Aeronáuticos, diz que o valor da remoção de uma aeronave acidentada oscila muito, mas pode chegar a valores milionários. A remoção de aviões de grande porte, dependendo do local, pode custar mais de R$ 1 milhão, segundo ele. Locais de difícil acesso, como florestas ou pontos com água são mais caros.
Em um caso recente, a remoção de um helicóptero que caiu em um local remoto dentro de uma área de floresta na região norte do Brasil custou cerca de R$ 400 mil. Não era possível o acesso por meio terrestre ao local, e a remoção com um helicóptero de carga se mostrou inviável.
"Não é fácil encontrar gente especializada nesse tipo de operação por perto e, ainda assim, um guindaste não chegaria lá. Mobilizamos 30 pessoas da região e, com mecânicos, foi feita a desmontagem da aeronave, com as peças sendo carregadas por elas para fora da região", diz. A aeronave custava cerca de R$ 5,1 milhões.
Em outro cenário, como o da aviação agrícola, onde os aviões podem cair em meio a plantações, esse valor pode ser mais baixo. Um avião utilizado nesse segmento, de menor porte no geral, pode ter sua remoção custando entre R$ 30 mil a R$ 100 mil, mesmo em locais mais remotos.
Quem retira a aeronave do local?
Segundo o Código Brasileiro de Aeronáutica, quem deve retirar o avião ou helicóptero do local do acidente é o seu explorador. Ele é quem deve mobilizar os recursos e a logística para isso, sendo, posteriormente, reembolsado pela seguradora.
Via Alexandre Saconi (Todos a bordo/UOL)
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