Assentos de turboélices podem ser retirados para que voos movidos a hidrogênio tenham a mesma autonomia de hoje.
O hidrogênio pode emitir cerca de 90% menos poluentes que o querosene de aviação (Foto: Divulgação) |
Um relatório do Conselho Internacional de Transporte Limpo divulgado hoje (2), apontou que os turboélices movidos com células de combustível de hidrogênio, especialmente do tipo líquido, possivelmente vão transportar menos passageiros para manter ou ampliar a autonomia de voo.
Um ATR 72-600 recém-fabricado e equipado com motores PW127 pode transportar até 78 passageiros e pode voar por até 1.370 quilômetros. Porém, de acordo com o documento do Icct, caso seja abastecido com hidrogênio, um voo com setenta passageiros seria reduzido e com alcance máximo de 460 quilômetros.
Caso 28 assentos fossem retirados e substituídos por tanques do combustível sustentável nas fileiras vazias, a autonomia subiria para 1.750 quilômetros, maior do que um avião no padrão de fábrica. A limitação de alcance ou capacidade limitaria a substituição da frota atual para até 20%. Ainda assim, uma das possibilidades é a ampliação da malha, com mais voos para captar a maior parte do mercado.
A explicação está no próprio hidrogênio, que, apesar de emitir cerca de 90% menos poluentes, tem menos densidade energética que o querosene de aviação, com quatro vezes o volume por unidade. Como resultado, obter alcance suficiente de um ATR movido com este combustível exigiria que a cabine da aeronave fosse equipada com tanques extras.
Aeronaves como o Dornier 228 e o de Havilland Canada Dash 8, modificadas com células de hidrogênio, já realizaram voos de teste nos últimos meses. Entre os jatos, a Airbus lançou recentemente um novo programa de demonstração para explorar uma nova arquitetura para geração de energia não propulsiva por meio do uso de células de combustível de hidrogênio.
Via Marcel Cardoso (Aero Magazine)
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