domingo, 16 de maio de 2010

Al Qaeda do Iêmen faz ameaças aos Estados Unidos

A ala regional da Al Qaeda no Iêmen ameaçou atacar os Estados Unidos caso algo aconteça a um clérigo radical de nacionalidade norte-americana que está sendo procurado, vivo ou morto, por Washington, de acordo com uma gravação de áudio divulgada online neste domingo.

Autoridades dos EUA disseram que em abril a administração do presidente Barack Obama autorizou operações para capturar ou matar Anwar al-Awaki, baseado no Iêmen, e é uma figura de liderança da ala regional do Iêmen da Al Qaeda, que se responsabilizou pelo atentado fracassado, a um avião com destino a Detroit, em dezembro.

"Aquilo foi um fracasso, mas me diga, como será o sucesso," disse o líder regional Nasser al-Wahayshi em uma gravação de áudio que apareceu em um site normalmente usado por militantes islâmicos.

"Será, inevitavelmente, um desastre para vocês (norte-americanos), pois estamos entusiasmados com os ataques de 11 de setembro", disse.

"Obama, conte ao seu povo e não esconda deles o tamanho do perigo que espera, constantemente, por vocês. Divulgue o resultado das investigações sobre as células e dos planos em andamento e dos objetivos dos Mujahideen", disse Wahayshi, que foi um colaborador próximo de Osama Bin Laden, líder da Al Qaeda.

Awlaki, que é de origem iemenita, disse que teve contato com um nigeriano suspeito de ter participado do atentado fracassado do avião que ia para Detroit e com um psiquiatra do exército norte-americano, acusado de matar a tiros 13 pessoas em uma base militar no Texas, em novembro.

Nascido no Novo México, Awlaki liderou vigílias em diversas mesquitas norte-americanas. Ele foi ao Iêmen em 2004, onde dava aulas em uma universidade, antes de ser preso em 2006 por suspeita de ter ligações com a Al Qaeda e de envolvimento nos ataques. Awlaki foi libertado em dezembro de 2007, depois de afirmar ter se arrependido.

"As ameaças dos EUA não nos assustam... Muçulmanos, não se preocupem com o xeque (Awlaki), ele está em boas mãos," disse Wahayshi.

Fonte: Raissa Kasolowsky (Reuters) via O Globo

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