Imagem da preparação da cápsula de proteção do Observatório Orbital de Carbono
O primeiro lançamento feito pela Nasa de um satélite para mapear as fontes de dióxido de carbono (CO2) na Terra fracassou nesta terça-feira devido a um problema no foguete enviado ao espaço.
O satélite Observatório Orbital de Carbono (OCO, na sigla em inglês) iria passar pelo menos dois anos monitorando locais-chave na superfície do planeta onde o CO2 está sendo emitido e absorvido.
Autoridades informaram que uma parte do foguete que cobre o satélite no topo do lançador não se separou como o previsto durante a missão, e o foguete, com o satélite, acabou caindo no Oceano Pacífico perto da Antártida.
A missão de US$ 270 milhões foi lançada em um foguete Taurus 40 - o menor atualmente em uso pela agência espacial dos Estados Unidos.
Este tipo de foguete já participou de oito missões e, incluindo este lançamento, falhou duas vezes. A Nasa vai iniciar uma investigação para determinar a causa do problema.
"As indicações iniciais são de que o veículo lançado não teve força suficiente para alcançar altitude orbital", disse John Brunschwyler, diretor do programa do Taurus da Orbital Sciences Corporation, a empresa que construiu o foguete.
Ele explicou que foi justamente o fato de a cobertura da área onde o satélite se encontrava não ter se separado que fez com que o foguete não pudesse alcançar a altitude necessária.
"Quanto há a separação, há um aumento de aceleração. Nós não tivemos esse pulo em aceleração. Como resultado direto de carregar o peso extra, não pudemos alcançar a órbita."
"Nossa equipe como um todo, num nível muito pessoal, está bastante chateada com os resultados", disse.
Cientistas esperavam que a missão OCO melhorasse os modelos climáticos da Terra e ajudasse os pesquisadores a determinar quanto dos gases do efeito estufa está sendo absorvido pelas florestas e oceanos.
Em janeiro, um satélite japonês, o Gosat, foi lançado de Tanegashima, no Japão, para monitorar esses gases.
Um outro satélite da Nasa, o Glory, também projetado para medir poluentes na atmosfera da Terra, seria lançado em um foguete Taurus 40, na Califórnia, em junho.
Mas a agência espacial americana afirmou que o Glory não será lançado até que a causa do fracasso do OCO seja investigada.
Fonte: BBC via estadão.com.br / AFP - Foto: NASA
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