O habitat subaquático permite que os astronautas passem por situações extremas antes de irem definitivamente ao espaço.
O fundo do mar e o espaço têm mais coisas em comum do que podíamos imaginar
Fonte da imagem: Reprodução/NASA
Luke Skywalker, Capitão Kirk e Buzz Lightyear. O que esses personagens têm em comum? Além de representarem os mocinhos nas suas histórias, todos acabam por refletir o sonho que muitos já tiveram em suas vidas — o de um dia poder explorar o espaço. Alguns deixam essa vontade apenas na imaginação, se “aventurando” pelo universo através de filmes, seriados e brinquedos com esse tema, independente da idade.
Outras pessoas, no entanto, realmente deixam que essa paixão pela gravidade zero se torne um objetivo de vida. Por isso, elas estão mais do que dispostas a enfrentar rigorosos testes e preparações, além de um longo período longe dos familiares e amigos, para poder responder à pergunta “Qual é sua profissão?” no melhor estilo “like a boss”: um astronauta.
Mas o caminho para chegar a tal “superemprego” é tudo, menos fácil. Além de anos de estudos, os astronautas são colocados em testes que avaliam seus limites emocionais e físicos — e é neste momento que o NEEMO entra na história. O próprio nome já é imponente: NEEMO significa NASA Extreme Environment Mission Operations (Missão de Operações em Meio Ambiente Extremo da NASA), e é para lá que muitos astronautas vão antes de qualquer aventura no espaço.
Ao fundo do mar e além!
Que local na Terra proporcionaria uma vida similar à do espaço? A resposta encontrada pela a NASA foi o Aquarius — um habitat submerso, a cerca de 20 m de profundidade no oceano, perto de Key Largo, na Flórida. É neste local que astronautas (que passam a ser chamados de “aquanautas”) e funcionários da NASA são enviados para uma série de missões, que duram entre 10 a 14 dias.
Mesmo não aparentando, o Aquarius é bem aconchegante em sua parte interna
Fonte da imagem: Reprodução/NASA
Nesse tempo, os “aquanautas” são conduzidos a experimentos que simulam o processo de trabalhar e viver no espaço — inclusive com todos os problemas que podem encontrar lá fora. Além disso, caminhadas embaixo d’água são praticamente iguais às expedições espaciais, com os “aquanautas” andando em câmera lenta e “flutuando” como se não houvesse gravidade.
O habitat subaquático também é o local perfeito para testar os limites emocionais de cada participante. Eles precisam trabalhar em equipe para resolver os problemas, além de não possuírem nenhum suporte externo ou uma “saída de emergência”.
Os integrantes não podem vir até a superfície imediatamente mesmo em situações críticas, já que passar horas embaixo dágua exige alguns cuidados — como o processo de descompressão antes de sair da água —, detalhes que ajudam a treinar os rituais de segurança e a testar as capacidades dos “aquanautas”.
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