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Uma concordata pode liquidar o valor das ações da JAL e detonar perdas ainda maiores para seus credores, entre eles o Banco Japonês de Desenvolvimento (DBJ, em inglês), de propriedade estatal, além dos três maiores bancos particulares do país. Com um endividamento de US$ 16 bilhões, a quebra da JAL seria a sexta maior da história do Japão. Também poderia prejudicar as negociações com as companhias aéreas americanas American Airlines e a Delta Air Lines, que cortejam a JAL com ofertas rivais de auxílio financeiro.
No final do pregão, as ações da JAL fecharam em baixa de 23,86%, avaliadas em 67 ienes, derrubando o valor de mercado da empresa para cerca de US$ 2 bilhões.
Anteriormente, as ações da JAL chegaram ao preço de 60 ienes, e seu volume cresceu para quase 400 milhões de ações, um recorde desde que a companhia aérea foi registrada novamente na bolsa, em 2002.
"Se a JAL realmente entrar num processo de reorganização determinado pelos tribunais, suas ações perderão todo o valor, cenário que representaria um pesadelo para os acionistas", disse Tsuyoshi Kawata, um dos principais estrategistas da Nikkei Cordial Securities.
As chances de uma concordata pareceram aumentar na semana passada, quando o ministro das finanças, Hirohisa Fujii, disse que o governo não garantiria novos empréstimos feitos à JAL. Os bancos particulares devem restringir a concessão de empréstimos se não receberem garantias contra perdas futuras.
O ministro dos transportes, Seiji Maehara, disse que o governo estudava o estabelecimento de uma nova estrutura de empréstimos para a JAL por meio do DBJ. A JAL já fez uso de cerca de US$ 600 milhões de uma linha de crédito de US$ 1,1 bilhão oferecida pelo banco estatal. "Em termos de responder à crescente preocupação em relação à solvência, o dinheiro é o ponto central", disse Maehara.
Resgate
Em outubro, a Japan Airlines entrou com um pedido de resgate na Enterprise Turnaround Initiative Corp do Japão, (Etic, em inglês), uma organização de especialistas em recuperação que pode recorrer a US$ 17,4 bilhões em fundos garantidos pelo Estado para o ano fiscal que se encerra em março, oferecendo auxílio financeiro a empresas em dificuldades.
A Etic deve decidir no mês que vem se estenderá seu apoio à JAL, e também disse aos credores da empresa que estava avaliando um plano segundo o qual a companhia aérea solicitaria proteção judicial dentro da Lei de Reabilitação Corporativa, processo semelhante ao Capítulo 11 da lei de falências dos Estados Unidos. Funcionários da Etic e da JAL não quiseram comentar o caso.
Apesar de a Etic considerar um pedido de concordata a opção mais transparente e eficaz para a reestruturação da JAL, a organização não excluiu a possibilidade de uma reestruturação particular coordenada com o perdão da dívida da companhia com os principais bancos.
"Uma reestruturação definida pelos tribunais parece ser, no momento, a possibilidade mais forte", disse uma fonte informada sobre as deliberações entre o fundo garantido e os bancos.
Credores
Processos de concordata costumam levar a um corte agudo no pagamento de vendas a receber e outros direitos dos credores. Existe o risco de a JAL se tornar incapaz de pagar por combustível, peças sobressalentes e demais transações necessárias para manter o funcionamento da companhia aérea.
A Etic planeja garantir tais transações se a JAL pedir concordata, disse uma fonte, confirmando uma reportagem anterior do diário econômico Nikkei. As garantias incluiriam o pagamento de taxas aeroportuárias e prêmios de seguro.
A JAL se encaminha para a quarta perda em cinco anos, atingida pelo declínio global nas viagens e por uma base de custos inchada que faz a companhia perder em eficiência para a concorrente doméstica All Nippon Airways.
Fonte: Agência Estado via iG
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