
Como determinação oficial, o piloto, dentre outras determinações, não está autorizado a voar fora do “período compreendido entre os horários oficiais do nascer e pôr do sol” e nem desrespeitar o espaço aéreo delimitado para a prática do esporte. No caso do Rio, asa-deltas ou parapentes não podem sair do bairro de São Conrado. Paralelo à portaria, os pilotos de vôo livre também instituíram suas regras.
– Assim como os nossos equipamentos, as regras de fiscalização do vôo livre estão se aprimorando – destaca Luciano Santana, o Popo, 33 anos, instrutor da equipe Flex 1 Delta e diretor de operações da Associação Brasileira de Vôo Livre (ABVL).
Desde os anos 70 – quando os primeiros aventureiros se arriscaram pelos céus do Rio – até hoje, segundo Popo, muito se evoluiu. Para o vôo duplo, de acordo com as determinações da associação, o piloto precisa, além de comprovar filiação a um clube de vôo livre ou associação reconhecidos pela ABVL e Anac, ser do nível avançado, ou seja, ter realizado, no mínimo, em competições, 750 quilômetros de vôo, com 50 quilômetros por vôo. Além de uma central meteorológica, a condição de vôo é informada por bandeiras na rampa de decolagem nas cores verde, amarela e vermelha. Por medida de segurança também, cada piloto também não pode realizar mais de seis vôos por dia.
– Antigamente, os pilotos queriam voar mais para ganhar mais dinheiro. Mas a pressa é sinônimo da imperfeição e a nossa profissão não permite erros. Por mais que haja segurança, é um esporte de risco. Todos os nossos equipamentos são fiscalizados semestralmente por técnicos do Clube São Conrado de Vôo Livre – acrescenta Popo.
Para um vôo excelente é fundamental que o piloto saiba ler as condições de vôo: a velocidade e a direção do vento, a formação de nuvens e entrada de frentes frias. No pouso, é importante que o instrutor fique atento à maré. As ressacas podem diminuir os espaços da areia.
Qualquer debutante do vôo de asa-delta ou parapente no Rio têm de pagar uma taxa de R$ 10 ao clube, e assinar um formulário de avaliação, reconhecendo-se um aluno prestes a ter a primeira aula. A profissão de piloto de vôo livre ainda não é reconhecida, por isso, a denominação instrutor.
Fonte: JB Online - Foto: revoar.sites.uol.com.br
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