O Aeroporto Campo de Marte, na zona norte de São Paulo, vai ser expandido e ganhará uma nova torre. O anúncio foi feito nesta terça-feira, 9, pela Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero). Entre julho de 2007 e julho de 2008 houve um crescimento de 57,11% no movimento de passageiros no Campo de Marte. Até 2011 a Infraero promete construir uma nova torre no local e um centro comercial.
O projeto da nova torre, estimado em R$ 16 milhões, vai garantir maior visibilidade e deve entrar em operação até 2011. A construção de um empreendimento comercial para os passageiros - com lojas, restaurantes, consultórios e escritórios - pode estar pronta já no ano que vem.
"Hoje o movimento do tráfego de helicópteros em São Paulo supera o de Nova York e Tóquio. Considerando que o Campo de Marte concentra 70% do tráfego desse tipo de aviação, podemos dizer que ele é o mais movimentado do mundo com helicópteros", diz o superintendente da Infraero, Alex Barroso Júnior.
Além da nova torre, a pista do Campo de Marte será recapeada e alargada e o aeroporto deve ganhar 15 novos hangares. Segundo a Infraero, o Campo de Marte já é o quinto aeroporto mais movimento do País e recebeu mais de 230 mil passageiros em 2007.
O terminal é o que mais cresce em São Paulo: o movimento operacional das aeronaves cresceu 15% entre janeiro e julho deste ano em comparação a 2007. Já o Aeroporto de Cumbica cresceu 6% e o de Congonhas recuou 13% no mesmo período. O mesmo ocorre no crescimento de passageiros, 66% ante 16% em Cumbica e queda de 20% em Congonhas.
Fundado em 1920, o Campo de Marte foi o primeiro aeroporto de São Paulo. Hoje, é dedicado exclusivamente à aviação geral (táxi aéreo e jatos executivos). Também serve como base para helicópteros, escolas de pilotagem e o serviço aerotático das polícias civil e militar. Por ter uma pista curta - 1.600 metros de extensão, sendo 1.300 metros de área útil -, só tem condições de receber aviões de pequeno porte.
Segurança
Em 2007, a discussão sobre a segurança do Campo de Marte veio à tona depois do acidente com um jato Learjet. O jato caiu em cima de uma casa da zona norte após decolar do aeroporto. O acidente deixou nove mortos. A queda do Learjet aconteceu quatro meses depois do avião da TAM atravessar o Aeroporto de Congonhas, na zona sul da capital, e deixar 199 mortos. Depois do acidente da TAM, uma série de restrições à aviação em Congonhas aumentou o número de vôos do Campo de Marte.
Em 24 de novembro de 1995, um monomotor Cessna caiu na Avenida Santos Dumont logo após a decolagem e explodiu. Seus seis ocupantes morreram na hora. A aeronave teria perdido o trem de pouso ao levantar vôo. Após a explosão, chamas e partes da fuselagem atingiram dois carros, ferindo duas pessoas.
Em 25 de outubro de 2003, um helicóptero de uma escola de pilotagem caiu dentro da área do aeroporto. O instrutor de vôo morreu e o aluno ficou ferido.
Em outros acidentes perto do Campo de Marte, só houve feridos. Em 15 de outubro de 1997, um monomotor Aeroboero, do Aeroclube de São Paulo, caiu na Marginal do Tietê, sentido Ayrton Senna, a cem metros da Ponte da Casa Verde, na zona norte. Duas pessoas se feriram. Em 5 de fevereiro de 1983, outro monomotor que havia saído do Campo de Marte caiu numa praça no Carandiru e deixou 5 feridos.
Fonte: O Estado de S. Paulo - Foto: Patrícia Santos (AE)
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terça-feira, 9 de setembro de 2008
Campo de Marte vai passar por reformas e terá nova torre
Em um ano, movimento de passageiros cresceu 57,11% e fez o aeroporto ser o 5º mais movimentado do País
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Um comentário:
O acidente com o 210 em 1995 não teve nada a ver com perda de trem de pouso.As besteiras da imprensa me imprecionam
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