- Tive o cuidado de alertar o piloto. Fiz contato com a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e com o Aeroporto de Jacarepaguá, no Rio, de onde ele decolou. Eles confirmaram que o piloto deveria ter ciência de que o aeroporto está interditado - disse o coordenador, explicando que nas duas cabeceiras há um "X", o que indica a interdição da pista. - Não temos o poder de policiamento, só nos cabendo reportar ao órgão superior, que é a Anac", acrescentou Nélio, em entrevista ao RJ TV, da TV Rio Sul.
Ainda de acordo com Nélio, a conversa com o piloto ocorreu cerca de uma hora e meia antes da queda do avião, na Rua José Estevan da Mota.
O comandante do grupamento de Resende, Ernani da Mota Leal, chegou a voar no monomotor pouco antes da queda. O avião, de fabricação canadense e o único da América Latina para combate a incêndios florestais, foi adquirido pelo Corpo de Bombeiros em 2002 e tinha capacidade para transportar três mil litros de água. A queda ocorreu depois de a aeronave voar apenas 300 metros além do aeroporto de Resende.
A Anac enviou um ofício à prefeitura de Resende no dia 29 de setembro anunciando a interdição do aeroporto. Segundo o documento, durante uma vistoria realizada nas dependências do aeroporto, técnicos da agência constataram falhas na cerca de arame em torno do local, o que motivou a interdição, por motivos de segurança.
De acordo com nota enviada pela Anac, após a realização das reformas solicitadas, a agência deverá fazer outra vistoria para verificar se podeá liberar o local. O aeroporto, ainda segundo a nota, está interditado para as operações de pouso e decolagem por um período de 180 dias contados a partir de 16 de setembro ou até que as adequações sejam feitas.
No dia seguinte ao aviso, a prefeitura avisou à agência sobre o projeto de construção do muro. Na época, a obra estava orçada em R$ 700 mil.
Fonte: Dicler de Mello e Souza (O Globo) - Foto: Lucia Pires (Diário do Vale)
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