quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Pelo menos 10 morrem em ataque com mísseis dos EUA no Paquistão

Um novo ataque com mísseis que teriam sido lançados por um avião não-tripulado americano em uma área tribal do Paquistão causou hoje dez mortes, entre eles, segundo informações não confirmadas, o líder dos talibãs paquistaneses, Hakimullah Mehsud.

Segundo o canal privado "Geo TV", dois mísseis atingiram uma casa e um madraçal (escola corânica) na área de Garymon, na região tribal do Waziristão do Norte, na fronteira com o Afeganistão.

Fontes não identificadas citadas por esta rede de TV afirmam que Hakimullah Mehsud, que lidera o Tehrik-e-Taliban Pakistan (TTP), movimento que reúne diversas facções talibãs no país, estava no lugar no momento do ataque, mas porta-vozes da insurgência desmentiram sua morte.

"Temos diversas informações, algumas delas indicam a morte de Hakimullah, mas, por enquanto, são só rumores, não há nenhuma prova que nos permita confirmar que morreu", disse à Agência Efe uma fonte dos principais secretos serviços paquistaneses (ISI).

O de hoje é o sexto ataque com mísseis dos EUA registrado nas últimas duas semanas no Waziristão do Norte, considerada reduto da rede terrorista Al Qaeda e de grupos talibãs tanto paquistaneses quanto afegãos.

Em 30 de dezembro, sete membros da CIA morreram em um ataque suicida contra uma base da agência de espionagem americana na província afegã de Khost, vizinha à região tribal.

Segundo analistas e fontes de inteligência, aquela ação, que teria sido cometida por um jordaniano que trabalhava com os EUA para trabalhos de contraespionagem, foi organizada conjuntamente pela Al Qaeda, pelo TTP paquistanês e pela rede Haqqani, um dos grupos mais radicais dos insurgentes afegãos.

O Governo paquistanês não reconhece oficialmente a colaboração com Washington nos ataques dos aviões-espiões americanos - pelo menos 44 durante 2009 -, mas, para realizar estas ações, ocorre frequentemente uma cooperação de inteligência entre as duas partes, segundo diversas fontes oficiais consultadas pela Efe.

Fonte: EFE via G1

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