sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Pilotos teriam alertado sobre segurança de vôos da Spanair

A comissão técnica independente criada pelo governo espanhol tem um difícil trabalho pela frente: responder a uma série de perguntas que ainda estão no ar.

O superaquecimento de uma válvula na cabine de comando, que levou os pilotos a abortar a primeira tentativa de decolagem, teve algo a ver com a tragédia? A companhia Spanair diz que não, tanto que a válvula foi desligada num procedimento de praxe. Coincidência ou não, logo depois o avião caiu.

Das duas caixas-pretas que já estão sendo analisadas, os peritos esperam retirar as respostas que ainda faltam. Depois de visitar os feridos, o príncipe Felipe, acompanhado da mulher, a princesa Letizia, disse que queria estar presente neste momento de dor.

Enquanto isso, os parentes das vítimas aguardam pelo reconhecimento e a liberação dos corpos.

O hotel contratado pela empresa aérea Spanair para alojar os parentes em Madri tem as bandeiras a meio mastro. Sinal do luto coletivo que uniu essa gente em uma tragédia. Na lista de passageiros do vôo JK-5022, havia pessoas de onze países. Entre elas, um brasileiro.

O paraense Ronaldo Gomes da Silva tinha 27 anos e vivia um dos momentos mais felizes de sua vida. Tinha acabado de casar, no Brasil, com a espanhola Yanina Celis Dibowsky. Nas Ilhas Canárias, o brasileiro conheceria os sogros espanhóis. O casal também aproveitaria para curtir mais um pouco da lua-de-mel.

Segundo Rondinaldo, o corpo do irmão deverá ser enterrado na Espanha, ao lado da mulher. Mas, no meio de tanto horror, pelo menos um espanhol comemora. Ertoma Bolanos e a namorada chegaram três minutos atrasados e a companhia não deixou que embarcassem. Ele não tem dúvida: o casal nasceu de novo.

Fonte: Bom Dia Brasil (TV Globo)

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