segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Luz no cockpit força aterrissagem em Faro, Portugal

A321 britânico faz pouso de emergência em Faro (Portugal)
Atualização da notícia publicada em 01/08/08

Na foto, o Airbus A321 que ficou todo o dia parado em Faro

Um Airbus A321 da companhia britânica BMI foi ontem forçado a aterrar de emergência, no Aeroporto de Faro, às 11h00. Um problema num motor terá levado a tripulação a tomar a medida por precaução.

"Foi detectada, no cockpit, uma luz que podia indicar um problema num motor", disse ao CM fonte do gabinete de comunicação da BMI em Inglaterra. "Não será nada de grave mas foi decidido aterrar no aeroporto mais próximo para verificar o que se passava", acrescentaram. Àhora de fecho desta edição a aeronave continuava em Faro, onde engenheiros aeronáuticos passaram o dia de volta do aparelho.

A bordo do avião seguiam 197 passageiros, que não sofreram qualquer ferimento. A aterragem, de resto, foi feita dentro da normalidade e a Protecção Civil garantiu mesmo que "não foram mobilizados meios para o local".

Depois de saírem, foi dada a opção aos passageiros de ficarem num hotel enquanto se procedia à reparação do problema. A partida do avião de Faro, que fazia a ligação entre East Midlands, em Inglaterra, e Tenerife, nas Canárias, chegou a estar prevista para as 17h30 mas não se verificou.

Ao final da tarde, a companhia optou por fazer seguir um outro avião de Inglaterra para Faro, de modo a que os passageiros fizessem a viagem para as Canárias ainda durante a noite de ontem. A aeronave de substituição, da BMI Baby (uma subsidiária da BMI), devia chegar ao aeroporto algarvio às 22h30 e tinha a partida agendada para as 23h10.

"É uma situação que, apesar de não poder considerar-se normal, acontece com alguma regularidade", disse ao CM Rui Oliveira, da ANA, Aeroportos de Portugal. "Quando acontece algo que não é normal, por medida de segurança, é preferível que a tripulação peça para aterrar no aeroporto mais próximo", referiu. Neste caso, o Aeroporto de Faro.

CHARTER TÊM MAIS ACIDENTES QUE OS REGULARES

O incidente de ontem já não é o primeiro da BMI, companhia fundada em 1938. Em 1989, um Boeing 737 caiu na principal auto--estrada britânica, perto de Nottingham, provocando 46 mortes. O acidente deveu-se a uma falha dos pilotos, que desligaram o motor errado. Em 2002, um B737 da BMIbaby, subsidiária da BMI, chocou com um outro aparelho. Não houve feridos.

Em 2003, um Airbus que ligava Manchester ao Chipre sofreu um rombo do tamanho de uma bola de futebol no ‘nariz’, após ter atravessado nuvens de gelo. Segundo um especialista em aeronáutica explicou ao CM, estatisticamente há mais acidentes com voos charter que com voos regulares, devido à intensidade de uso dos aparelhos.

MAIS CASOS

ALIANÇA DA TAP

A BMI é uma das companhias aéreas da Star Alliance, a que pertence também a TAP. A aliança, criada em 1997, inclui também a Air China, Egyptair, Lufthansa, Spanair, Swiss e United Airlines, entre outras.

EMERGÊNCIA EM LUANDA

Em Abril do ano passado, um avião da TAP que fazia a ligação Luanda-Lisboa teve de voltar para trás, 50 minutos após levantar voo, devido a um problema técnico. O avião tinha 262 pessoas a bordo.

1992, O PIOR ACIDENTE

O pior acidente no Aeroporto de Faro aconteceu na manhã de 21 de Dezembro de 1992, quando um DC-10 da companhia holandesa Martinair se despenhou ao aterrar. Morreram 54 pessoas.

BURACO NA FUSELAGEM

Há duas semanas, um Boeing 747 da companhia australiana Qantas aterrou de emergência no aeroporto de Manila (Filipinas), devido a um buraco na fuselagem. O buraco levou à despressurização da cabina. Não houve feridos, apenas um grande susto.

Fonte: João Mira Godinho (Correio da Manhã)

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