sábado, 27 de fevereiro de 2021

United Airlines paga US$ 49 milhões por fraude postal


Muitas das companhias aéreas nos Estados Unidos começaram há décadas transportando correspondências pelo país. Só muito mais tarde é que indivíduos empreendedores perceberam que poderiam adicionar alguns assentos em seus aviões e trazer pessoas junto. Isso levou ao nascimento de companhias aéreas de passageiros nos Estados Unidos. Hoje em dia, pensamos principalmente nas principais companhias aéreas dos Estados Unidos como motores de movimentação de pessoas. Mas eles ainda transportam correspondências no país e no exterior também, uma estratégia de negócios que muitos adotaram desde o início.

Na última sexta-feira, a United Airlines teve alguns problemas devido a esse negócio. A companhia aérea concordou em pagar mais de US$ 49 milhões para resolver acusações criminais e reclamações civis relacionadas a fraude em contratos de serviço postal dos Estados Unidos para o transporte de correio internacional.

Os US$ 49 milhões são amplamente divididos em dois. Dos US$ 49 milhões, cerca de US$ 12,3 milhões são em penalidades criminais e restituição para resolver uma investigação criminal em um esquema de fraude perpetrado por ex-funcionários da Divisão de Carga da United em relação aos contratos que a United ganhou para entrega de correspondência internacional em nome do Serviço Postal dos EUA. Os outros $ 33,2 milhões são parte de um acordo sob a Lei de Reivindicações Falsas com o Departamento de Litígios Comerciais da Divisão Civil, Seção de Fraude, por conduta adicional relacionada ao executar esses contratos.

Como parte do contato da United com o USPS, ela foi solicitada a fornecer digitalizações de código de barras das caixas de correio ao USPS quando a United tomou posse da correspondência e quando ela foi entregue ao destinatário. A United tinha direito ao pagamento integral de acordo com esses contratos apenas se varreduras de correio precisas fossem fornecidas e a correspondência entregue em tempo hábil.

O esquema


Entre 2012 e 2015, a United se envolveu em um esquema para fraudar o USPS, enviando dados de varredura de entrega falsos para fazer parecer que a companhia aérea estava cumprindo as obrigações contratuais quando na realidade não estava. Em vez de enviar dados de rastreamento precisos, a companhia aérea enviou dados com base nos tempos de entrega desejados e estes não correspondiam à entrega real do correio. Como resultado dessa fraude, a United recebeu milhões de dólares em pagamentos aos quais não tinha direito.

A companhia aérea admitiu ainda que escondeu esses problemas para evitar penalidades financeiras. Alguns indivíduos na United Airlines sabiam que os dados enviados eram fabricados e sabiam que isso era uma violação dos contratos que a United era obrigada a executar. Esses indivíduos também fazem esforços deliberados para revisar os prazos de entrega falsificados para torná-los menos suspeitos para o USPS.


Sobre a resolução com o governo, a United Airlines continuará a cooperar com a Seção de Fraude da Divisão Criminal e relatará qualquer evidência ou alegação de violação das leis de fraude dos Estados Unidos. Além disso, a companhia aérea fortalecerá seu programa de conformidade. Isso exigirá que a companhia aérea apresente relatórios anuais à Seção de Fraude sobre o status de sua correção e implementação do programa de conformidade da United e várias medidas internas destinadas a dissuadir e detectar violações das leis de fraude dos EUA quando se trata de contratos governamentais.

O governo dos EUA vê isso como mais uma grande vitória em seus livros, pois continua a perseguir aqueles que pretendem fraudar o governo.

CENIPA divulga relatório final do incidente com A320 da Avianca Brasil no Galeão em 3 de março de 2019

Ontem, 26 de fevereiro de 2021, o CENIPA divulgou seu relatório final sobre o incidente envolvendo o Airbus A320-200, prefixo PR-OCW, da Avianca Brasil, que realizava o voo O6-6227 de Salvador, BA, para o Aeroporto do Galeão, RJ, com 157 passageiros e 6 tripulantes a bordo.


O avião pousou na pista 15 do Galeão às 17h31 e, após o touchdown, desviou-se da pista, em seguida retornando para a pista. A aeronave taxiou posteriormente para o pátio. Não houve feridos, porém a aeronave sofreu pequenos danos, várias peças saíram da aeronave, o A320 estava coberto de grama em todos os suportes do trem de pouso, barriga da fuselagem, asas e flaps, bem como furos nas capotas do motor.


O Aviation Herald recebeu vários indicadores para a ocorrência, cada um fornecendo um cenário diferente, desde o pouso antes da cabeceira da pista, ação de corte de grama perto da pista contaminando a pista, a aeronave tocando o solo com a engrenagem principal esquerda na grama, o aeronave tocando o solo completamente ao lado da pista com todos os equipamentos em solo macio, a aeronave desviando da pista após o toque e retornando à pista.

A companhia aérea informou que o trem principal direito saiu temporariamente da superfície da pista durante o pouso.


Em 7 de março de 2019, o CENIPA do Brasil informou que a aeronave realizou uma aproximação RNAV para a pista 15. Após o toque na pista, a aeronave saiu da pista e voltou para a pista. A aeronave sofreu pequenos danos, os ocupantes permaneceram ilesos. A ocorrência foi classificada como um incidente grave e está sendo investigada.

Em 26 de fevereiro de 2021 o CENIPA divulgou seu relatório final concluindo que as prováveis ​​causas do acidente foram:


- Habilidades de controle - contribuiu.

As correções aplicadas aos comandos de voo, a fim de controlar a tendência da aeronave de desviar lateralmente para a direita em relação ao centro da pista 15 do SBGL, não foram suficientes para interromper este movimento, nem para redirecionar a aeronave para o eixo central de vôo. Consequentemente, a aeronave tocou o solo com o trem de pouso principal direito fora dos limites laterais da pista.

- Clima organizacional - indeterminado.

Ao considerar o clima organizacional presente na empresa no momento da ocorrência, é possível que esse cenário tenha influenciado nas avaliações e, consequentemente, na decisão da tripulação em prosseguir com o pouso, apesar das condições adversas encontradas.

- Condições meteorológicas adversas - contribuiu.

A mudança significativa na direção e intensidade do vento na aproximação final, que passou a soprar do travessão esquerdo, e o aumento da intensidade da chuva no Aeródromo, que prejudicou a visão periférica dos pilotos e comprometeu a noção exata de profundidade da aeronave em relação à pista, contribuiu para o movimento de deriva da aeronave para o lado direito da pista do SBGL 15.

- Gerenciamento de Recursos da Tripulação - contribuiu.

Quando a aeronave estava voando abaixo de 100 pés de altura, o copiloto realizou várias chamadas informando que a aeronave estava fora do eixo da pista. O comandante cotejou os primeiros, porém, após certo momento; ele não respondeu mais adequadamente às chamadas do copiloto e continuou a pousar, apesar dos repetidos alertas recebidos.

O copiloto, mesmo percebendo que as correções do comandante não eram suficientes para controlar a aeronave e devolvê-la ao eixo central da pista, não pediu ao comandante, de forma mais assertiva, que executasse um procedimento de go-around em vôo.

Isso mostrou que os tripulantes tinham informações suficientes para interromper o pouso, mas optaram por não utilizar este recurso, o que contribuiu para a ocorrência.

- Julgamento piloto - um contribuidor.

Houve uma avaliação incompleta das condições de voo da aeronave. Uma vez detectada a tendência de desvio lateral à direita do eixo central da pista, os pilotos acharam possível corrigir essa tendência a tempo de fazer o pouso com segurança, o que contribuiu para o desfecho da ocorrência.

- Percepção - um contribuidor.

A manutenção do foco no desvio lateral da aeronave interferiu na identificação de outras variáveis ​​presentes, como a condição de desestabilização e baixa visibilidade, que poderiam afetar o pouso de forma segura. Assim, essa percepção seletiva, reforçada pela expectativa de finalizar o pouso no destino, contribuiu para o desfecho dessa ocorrência.

- Planejamento de gestão - indeterminado.

Todos os tripulantes do vôo O66227 foram chamados para a missão de acordo com a lista de pré-aviso. A convocação do copiloto e do chefe de voo não obedeceu ao estabelecido no MGO da empresa; consequentemente, ambos se atrasaram para se apresentar ao comandante da aeronave. O voo O66227 decolou 30 minutos após o horário programado.

É possível considerar que o atraso na decolagem de Salvador para o Rio de Janeiro influenciou negativamente as avaliações e a decisão dos tripulantes de prosseguir com a execução do pouso.

- Processo de tomada de decisão - um contribuidor.

Houve uma análise comprometida das informações à disposição da tripulação, de forma que a condição de desestabilização da aeronave não foi considerada, bem como a degradação meteorológica na aproximação final, culminando na decisão de tentar corrigir a aeronave até o último momento, mesmo se não houver resposta, prossiga com o desembarque no SBGL.

Via The Aviation Herald

Cartas de aproximação para LAX irão homenagear Kobe Bryant

Em 26 de janeiro de 2020, o jogador de basquete Kobe Bryant, junto com sua filha Gianna e 7 outras pessoas morreram após a queda do helicóptero em que viajavam. O acidente chocou o setor esportivo e aeronáutico e o mundo em geral. Pouco mais de um ano depois, em 10 de fevereiro de 2021, o NTSB confirmou a responsabilidade do piloto no acidente fatal. Agora, o Aeroporto de Los Angeles (LAX) fará uma homenagem sem precedentes ao astro do basquete e sua filha.


Devido ao acima exposto, a Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) aprovou e publicou as novas cartas de aproximação por instrumentos (ILS) para as pistas 24R e 25L no Aeroporto Internacional de Los Angeles. Esses gráficos funcionam como uma espécie de mapa que orienta os Pilotos durante o pouso.

Nessas cartas atualizadas, o ponto fixo de aproximação final (FAB) para a pista 24R foi renomeado de JETSA para KOBB. A modificação foi motivada para prestar uma homenagem constante à estrela e ídolo da cidade do Los Angeles Lakers. Agora, a memória de Kobe Bryant não viverá apenas na mente de seus fãs, mas também nos grandes aviões do mundo.


Além dessa mudança, o FAB para a pista 25L também teve modificações. Este ponto foi renomeado, alterando o nome de LIMMA para JIANA. O nome é uma homenagem à memória do filho do jogador de basquete que também morreu no acidente. A garota de 13 anos mostrou um grande interesse pelo basquete, o que a ligou fortemente a seu pai, Kobe Bryant.


Agora seus nomes serão nomeados por inúmeras pessoas na frequência de rádio da torre de controle do LAX. Pilotos e controladores de tráfego aéreo farão seus nomes ressoarem para que sejam lembrados além da tragédia.

Co-fundador do Google quer construir dirigível com maior célula de combustível de hidrogênio


A empresa de dirigíveis do co-fundador do Google Sergey Brin, a LTA Research and Exploration, planeja construir o dirigível com o maior sistema de propulsão de célula de combustível de hidrogênio do mundo. A aeronave será destinada para ajudas humanitárias, segundo divulgado pelo site TechCrunch.

A maior célula de combustível de hidrogênio já vista é de um sistema de 0,25 megawatt do pequeno avião de passageiros da ZeroAvia.

A LTA quer configurar um sistema de propulsão de hidrogênio de 1,5 megawatt para o dirigível. Com isso, ele poderia cruzar oceanos.


As células de combustível de hidrogênio são uma solução atraente para a aviação elétrica porque são mais leves e potencialmente mais baratas do que as baterias de íon de lítio.

Ainda segundo a reportagem, o primeiro protótipo de dirigível tripulado da LTA, chamado Pathfinder 1, será alimentado por essas baterias quando decolar – possivelmente este ano.

O Pathfinder 1 tem 12 motores elétricos e seria capaz de transportar 14 pessoas.

Boeing 737 está à venda no Facebook por 3 milhões de reais, mas sem os motores

O avião que está à venda enquanto ainda operava pela Southwest Airlines, em 2012 (Foto: Eddie Maloney)
Listado em um grupo de compra e venda no Facebook, o Boeing 737 da Southwest, está a procura de um comprador pelo preço de 550.000 dólares, cerca de R$ 3 milhões.

Por esse valor, o proprietário tem à disposição uma aeronave de 25 anos, único dono e com quase todas as condições de voo mantidas. O Boeing de matrícula N601WN transportou passageiros por 22 anos, antes de ser aposentado e dar lugar às versões mais novas da família 737.

O último voo do “Jack Vidal”, como essa unidade era apelidada pela Southwest, ocorreu em setembro de 2017, quando decolou de Dallas rumo à cidade de Victorville, na Califórnia, onde se encontra até hoje.

A rota não foi à toa, já que em Victorville funciona o aeroporto logístico do sul da Califórnia, especializado em armazenar, com segurança, aviões enquanto procuram novos donos. Assim é possível evitar altas taxas de estacionamento em aeroportos movimentados e, ao mesmo tempo, a baixa umidade do deserto de Mojave para conservar os aviões por longos períodos.

Ao todo são quase 100 hectares de pátio, além de hangares para manutenção especial. Há capacidade para mais de 500 aeronaves, sendo que muitas acabam sucateadas ou canibalizadas após alguns anos.

O painel está funcionando, mas banco de dados de navegação não é atualizado desde 2017 (Foto: Georgy Snezhko)
O anúncio mostra que o sistema elétrico do jato está em dia, com direito a fotos do painel aceso e das funções externas funcionando normalmente. Apesar de antigo, o interior também está bem conservado e há proteção contra o sol e sujeira em todas as janelas e orifícios. Ainda de acordo com o anunciante, é possível voá-lo “imediatamente.

As luzes funcionam e há winglets nas asas, ajudando a reduzir o consumo (Foto: Georgy Snezhko)
A oferta fica ainda melhor quando comparada a outras unidades do 737-300, vendidas a quase R$ 16 milhões. E como a esmola muita faz o santo desconfiar, a justificativa está na ausência dos motores do avião, provavelmente reaproveitados em outras aeronaves da Southwest.

Assim, o futuro comprador também deve correr atrás de dois motores CFM56-3B-1 ou 3C-1, com até 10 toneladas de empuxo e custo de R$ 3,2 milhões cada. Há também opção de alugá-los por cerca de R$ 15.000 ao dia.

Não há motores no Boeing, apenas sua carenagem (Foto: Georgy Snezhko)
Em termos de manutenção, manter um Boeing 737-300 voando 450 horas por ano pode custar mais de R $ 20 milhões. O consumo de um voo médio do Boeing rende pouco mais de 0,1 km/l. Em velocidade, o avião chega aos 800 km/h.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

Vídeo: Teste de impacto a bordo com um Fokker F-28

A NASA lançou um Fokker F-28 com vinte e quatro manequins de teste de impacto a bordo. O objetivo era reunir dados sobre lesões de passageiros e melhorias potenciais para a segurança em acidentes de aeronaves.

Como funcionam os coletes salva-vidas de aeronaves?

Em circunstâncias normais, eles são uma parte muito pequena da viagem de um viajante aéreo. Tão pequenos, na verdade, que cabem confortavelmente sob o assento ou dentro de um apoio de braço. Então, como esse pacote pequeno, achatado e de cores vivas se transforma em um dispositivo de flutuação que pode transportar um indivíduo adulto por pelo menos 12 horas na água?

Colete salva-vidas da tripulação de cabine Thai Smile. Como os coletes salva-vidas
de aeronaves realmente funcionam? (Foto: Getty Images)

No caso improvável


Se você for sincero, quanta atenção você realmente prestou durante as demonstrações de segurança da tripulação de cabine em seus últimos voos? Se você está lendo isto, provavelmente pertence à parte do público que viaja e conhece bem o cinto de segurança. Se as máscaras de oxigênio caírem do painel acima de sua cabeça, provavelmente será um reflexo automático proteger sua própria máscara antes de ajudar outras pessoas.

Embora você possa estar ciente de que há um colete salva-vidas sob seu assento, pelo menos por causa do lembrete contínuo na parte de trás do assento à sua frente, você pode não ter considerado mais como eles realmente funcionam. Como eles vão de pequenos pacotes chatos para coletes inflados capazes de sustentar um adulto no - improvável - evento de se livrar do lixo?

Todas as aeronaves comerciais que realizam voos prolongados sobre a água estão equipadas
com coletes salva-vidas (Foto: psubhashish via Wikimedia Commons)

Obrigatório em voos prolongados sobre a água


A Federal Aviation Administration (FAA) dos EUA exige que todos os voos estendidos sobre a água carreguem salva-vidas. Um voo sobre a água estendido é aquele que está a mais de 50 NM da costa. Sua necessidade, e mesmo eficiência, estão sujeitas a debate. Entretanto, é uma forma de apoio psicológico para muitos, sabendo que existem debaixo do assento ou no apoio de braço durante a descolagem de um oceano.

Flutuante x inflável


Os coletes salva-vidas, conforme informa a tripulação de cabine, são infláveis. Isso significa que eles diferem daqueles pendurados em um galpão de barco que já está cheio com algo que o manterá à tona. Hoje, os chamados coletes salva-vidas inerentemente flutuantes são preenchidos com espumas de plástico, como polietileno. Porém, historicamente, eles foram feitos com cortiça, madeira balsa ou uma substância fibrosa natural chamada sumaúma.

Coletes salva-vidas inerentemente flutuantes seriam incrivelmente pesados ​​em uma aeronave.
(Foto: Santeri Viinamäki via Wikimedia Commons)

Cartuchos de dióxido de carbono


Como os coletes salva-vidas inerentemente flutuantes ocupariam muito espaço a bordo de uma aeronave, são necessárias soluções diferentes. O tipo de colete salva-vidas encontrado em aeronaves e outras versões infláveis ​​têm cartuchos de gás dióxido de carbono costurados neles.

Quando os cartuchos são ativados puxando-se uma etiqueta instalada especificamente para esse fim, eles liberam o gás e os coletes inflam. As jaquetas têm dois compartimentos separados para o caso de um deles apresentar defeito. Se você já assistiu a um vídeo de demonstração da inflação do colete salva-vidas, sabe que o som é bastante intenso e a inflação instantânea.

Tubos orais de reserva e luzes de bateria


Os coletes salva-vidas também são equipados com tubos de insuflação oral de reserva para que o usuário possa completar o suprimento de ar, caso seja necessário. Os coletes devem permanecer sem inflar enquanto ainda estiverem na aeronave. Isso pode impedir a saída pelas portas de emergência ou fazer com que a jaqueta rasgue ao sair, tornando-a inútil.

No entanto, também é devido ao fato de que uma aeronave pode virar ou inundar. Se o colete salva-vidas já estiver inflado, o usuário ficará preso dentro dele.

Os coletes salva-vidas de aeronaves também são equipados com uma luz movida a bateria de circuito fechado que liga automaticamente o contato com a água. Isso é para que o usuário possa ser localizado durante as horas de escuridão. Haverá também um apito para chamar a atenção.

Embora os coletes salva-vidas dos passageiros sejam, na maioria dos casos, amarelo brilhante, a tripulação terá coletes laranja para diferenciá-los.

Puxar o cinto firmemente em torno da cintura é a chave para fazer o colete salva-vidas
funcionar corretamente (Foto: Getty Images)

Chave da cinta para o funcionamento adequado


Quando o colete é puxado pela cabeça, não importa qual lado está na frente ou atrás. No entanto, uma parte importante é que a faixa de cintura precisa ser ajustada corretamente. Caso contrário, o colete irá flutuar em torno do rosto. Portanto, não oferecerá suporte de flutuação suficiente e possivelmente restringirá o campo de visão.

Eles se ajustam ao pescoço, pois este design os torna mais rápidos para caber. No entanto, também força o usuário a ficar com a face para cima na água, mesmo se estiver inconsciente. As versões infantis possuem arneses adicionais para ajudar a retirá-los da água.

Teste rigoroso


Quando os coletes são fabricados, uma porcentagem de cada lote passa por uma série de testes de garantia de pressão. Isso inclui estourá-los em duas vezes o valor do que experimentaria com a inflação regular.

O material de que são feitos os coletes salva-vidas também é testado quanto à resistência ao calor e resistência ao rasgo e ruptura. Cada colete também é inflado com um suprimento de ar por pelo menos 12 horas antes de ser esvaziado novamente e os cartuchos de dióxido de carbono reais serem colocados.

Apenas quatro pessoas no voo 1549 da US Airways conseguiram localizar, colocar e proteger adequadamente seus coletes salva-vidas quando o avião pousou no rio Hudson (Foto: Getty Images)

Quanto eles realmente ajudam?


Por mais que sua função seja atribuída ao fio durante a fabricação, não está claro o quão benéficos eles realmente são em caso de emergência. Após a queda espetacular do voo 1549 da US Airways no rio Hudson, em Nova York, apenas 33 dos 150 passageiros usaram colete salva-vidas.

Muitos deles não conseguiram localizar os coletes, mas foram entregues pela tripulação da cabine e da cabine. Dos 33, apenas quatro pessoas conseguiram proteger seus coletes salva-vidas adequadamente, relata o Wall Street Journal.

A Thai Airways lançou recentemente uma linha de bolsas feitas de coletes
salva-vidas reaproveitados (Foto: Getty Images)

Bom por vinte anos


A vida útil de uma jaqueta inflável é limitada a vinte anos, com intervalos de manutenção pela metade. Uma vez que expiram, alguns entusiastas conseguem pôr as mãos neles (muito melhor do que pegar um de um avião como souvenir, como também se sabe que acontece) e às vezes aumentá-los como uma brincadeira de festa ou por mera curiosidade. Enquanto isso, eles também poderiam ser reaproveitados de maneiras mais sustentáveis, como a linha de bolsas recentemente lançada pela THAI Airways.

Regulação aérea na pandemia: bom ou caro para o consumidor?

A aviação civil foi um dos setores mais atingidos pela pandemia no ano passado – e também um dos alvos preferidos de parlamentares.


A aviação civil foi um dos setores da economia mais afetados pelo novo coronavírus. Segundo a IATA (Associação Internacional de Transporte Aéreo), somente no ano passado as empresas amargaram um prejuízo estimado de mais de US$ 5 bilhões e este ano não será diferente: a expectativa é de nova queda, desta vez de aproximadamente US$ 3 bilhões.

Não bastasse tudo isso, as empresas ainda precisam lidar com outro problema: a sana regulatória dos parlamentares de Brasília. No ano passado, auge da pandemia, o que não faltou foram propostas que criavam despesas extras para as empresas do setor – e, consequentemente, para o consumidor.

Muitos dos projetos surgiram na Câmara dos Deputados, mas também foram protocolados no Senado. Um exemplo é o PL que defende a não incidência de penalidades contratuais ao consumidor de serviço de transporte aéreo que desistir de viajar durante a pandemia, de autoria do deputado Léo Moraes (PODE/RO). 

Houve ainda o projeto, de autoria de Marcelo Brum (PSL-RS), sobre o endurecimento da fiscalização da aeronave feita pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), inclusive a distância entre assentos. A lista ainda inclui medidas de emergências (há pelo menos 3 nesse sentido) no combate ao COVID e que deveriam ser implementados pelas empresas.

Em 2021, as propostas continuam


E quem disse que as ideias dos parlamentarem cessaram em 2021? Este ano, por exemplo, foi protocolado um projeto de lei da Câmara dos Deputados que determina que companhias aéreas limitem a lotação dos aviões em 50%, para voos domésticos, enquanto 80% da população brasileira não estiver vacinada contra a Covid-19.

Segundo o deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP), autor do PL, a proposta diz que, se houver necessidade de, devido à medida, aumentar o número de voos, estes deverão ser requeridos imediatamente pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).

“Os voos realizados no Brasil, apesar da pandemia que se instalou, são realizados com a possibilidade de venda de todos os assentos existentes na aeronave, e isso precisa acabar, para não colocar em risco a saúde dos passageiros”, afirma o autor da proposta.

“A redução da venda de passagens em 50% é necessária por medida de distanciamento social para a proteção de todos os usuários”, avalia.

Companhias aéreas rechaçam limitação


O que chama a atenção na lista de projetos de lei para o setor é justamente a autoria. A maior parte foi elaborada por deputados eleitos com um discurso liberal, portanto menos intervencionista no setor produtivo.

As medidas, como já era de se esperar, não conta com o apoio das empresas de viagens aéreas de todo o mundo. Isso porque, segundo as companhias, o esvaziamento de assentos causaria um aumento dos custos e, portanto, dificultaria ainda mais a recuperação do setor.

Ainda em maio, a IATA emitiu um comunicado rejeitando o bloqueio de assentos e defendendo o uso de máscara como medida de contenção ao contágio.

“As evidências sugerem que o risco de transmissão a bordo das aeronaves é baixo. E tomaremos medidas, como o uso de máscaras por passageiros e pela tripulação, para adicionar camadas extras de proteção. Precisamos chegar a uma solução que dê aos passageiros a confiança necessária para voar e mantenha o custo do voo acessível. Um sem o outro não terá benefícios duradouros”, diz a nota.

As companhias aéreas brasileiras Azul, Latam e Gol também já se posicionaram contrárias à restrição de lotação como forma de obter um maior distanciamento social a bordo dos aviões. As empresas defendem que a adoção de outras medidas como aferição de temperaturas, uso obrigatório de máscaras e medidas de higienização e prevenção são as mais efetivas para evitar a contaminação.

ANAC pede exame RT-PCR para entrada de passageiros no Brasil


Hoje, o setor aéreo já adota medidas como higienização e exigem exames de COVID antes do embarque.

O pedido foi protocolado pelo Ministério Público à Justiça e foi endereçado a ANAC. Em linhas gerais, passageiros brasileiros ou estrangeiros que queiram entrar no Brasil, será necessário apresentar teste negativo contra Covid-19, do tipo RT-PCR, realizados nas 72 horas anteriores ao embarque. A Portaria nº 648/2020 vale desde o dia 30 de dezembro de 2020 e foi assinada pelos ministros da Saúde, Casa Civil e Segurança Pública.

A ANAC orienta, também, a apresentação da Declaração de Saúde do Viajante (DSV), isto é, uma declaração que expressa concordância com as as medidas de prevenção da Covid-19 que o passageiro deverá seguir enquanto estiver no país. A DSV poderá ser apresentada online ou impressa. Todos os viajantes (passageiros ou tripulantes), independentemente da idade e da nacionalidade, devem ter o formulário preenchido.

“No momento atual da pandemia, não se cogita de pedir o fechamento dos aeroportos, dado o importante papel que desempenham no transporte de cargas e de pessoas. No entanto, não é razoável que a via aérea continua a funcionar como uma porta aberta à livre circulação do vírus e suas incontáveis ​​variantes, que no processo evolutivo se impõem como mais graves e mais transmissíveis “, diz um trecho da ação assinada pelos procuradores Márcio Torres, Nilce Cunha, Alessander Sales e Ricardo Magalhães de Mendonça no último dia 17.

Quanto custa viajar com seu pet? Saiba preços e pesos permitidos no avião


Viajar é muito legal, você descansa e tem experiências diferentes, mas levar o seu pet pode ser ainda mais divertido. Antes de entrar no avião com o seu melhor amigo, é preciso saber que há taxas e regras para embarcar um cachorro ou gato no trasnporte aéreo, mesmo que a viagem seja curta. 
Sem complicações, veja tudo o que é preciso para transportar um pet no avião.

Onde ele vai?


Há duas opções de transporte no avião: na cabine com o tutor ou no bagageiro com outras cargas. Antes de mais nada, é obrigatório que o dono leve seu pet em uma bolsa de transporte ou caixa. Para saber se seu pet irá na cabine ou bagageiro, é preciso levar em conta alguns aspectos:

Na Latam, você deve ter atenção com:
  • O pet somado ao transporte (caixa ou bolsa) não deve pesar mais de 7 kg.
  • A bolsa deve ter no máximo 36 cm de comprimento, por 33 cm de largura, por 23 cm de altura.
  • A caixa deve ter no máximo 36 cm de comprimento, por 33 cm de largura, por 19 cm de altura.
Na Gol, a atenção deve ser com:
  • O pet deve ser apenas cão ou gato, pesando até 10 kg incluindo a bolsa de transporte.
Na Azul, os aspectos são:
  • O peso total (animal + transporte) deve ser de, no máximo, 5 kg. O animal deverá estar limpo, saudável e sem odor desagradável.
  • Na bolsa ou caixa, as dimensões devem ser de, no máximo, 43 cm comprimento, por 31,5 cm de largura por 20 cm de altura.
  • Por questões de segurança, em voos operados por Azul Conecta não é permitido o transporte de Pet na Cabine.
Caso passe na Latam ou Gol, você deve transportar o seu cachorro no bagageiro, que é mais desconfortável para o seu animal. Lembrando que a bolsa deve ter uma trava que garanta que o animal não saia durante o voo e a caixa deve ter uma porta de metal com trava dupla, para impedir que o pet saia com o focinho ou patas nas ranhuras.

Preste atenção no tipo de transporte


Alguns aspectos da bolsa e da caixa devem ser respeitadas. Na Latam, o passageiro não pode transportar seu pet em uma caixa ou bolsa com rodas. Na cabine, o animal deve caber sob o assento dianteiro em posição horizontal.

O material deve ser resistente, que o animal não possa destruir, ter espaço suficiente para que o animal possa se mover e girar ao redor de si mesmo. Também deve ser absorvente e com ventilação adequada.

E os preços?


Cada companhia tem um preço diferente. A Azul cobra R$ 250 para transportar ou US$ 100 (R$ 550) para viagens internacionais. Na Gol, para voos domésticos, o passageiro gasta R$ 250, já para internacionais, R$ 600. Varia de trecho e animal. Já a Latam cobra por região:
  • No Brasil: R$ 200
  • No Chile: R$ 385
  • Na Colômbia: R$ 77
  • No Equador e Peru: R$ 167
  • Entre países da América do Sul e Central: R$ 744
  • Entre América do Sul e países na Europa, América do Norte, África ou Ásia: R$ 930

Qual a documentação necessária?


Se acha que é chegar, pagar e embarcar, espere! É preciso comprovar alguns itens antes de sair viajando com seu animal. Dentro de voos domésticos, o tutor precisa apenas de um comprovante de vacina antirrábica, passaporte para cães e gatos e um atestado sanitário emitido 10 dias antes.

Para voos internacionais, é necessário a carteira de vacinação atualizada e assinada pelo médico veterinário, com vacina antirrábica, etiqueta da vacina com informações sobre o laboratório, o tipo da vacina e o número da ampola utilizada, o atestado sanitário feito por um médico veterinário, com informações de raça, nome, origem do animal, pedigree (se houver), estado geral e nome do proprietário (qualificação completa). Além, é claro, de um certificado veterinário internacional.

Fonte: iG Turismo

Aconteceu em 26 de fevereiro de 1960: Voo 618 da Alitalia colide contra igreja e cemitério na Irlanda


A queda do voo 618 da Alitalia foi um acidente envolvendo um Douglas DC-7C da companhia aérea italiana Alitalia em Shannon, na Irlanda, em 26 de fevereiro de 1960. Das 52 pessoas a bordo, apenas 18 sobreviveram com ferimentos graves.

Aeronave


Em cartão postal, um Douglas DC-7 similar ao envolvido no acidente
O avião envolvido no acidente era o Douglas DC-7C, prefixo I-DUVO, da Alitalia, que foi construído em 1958 e foi usado pela Alitalia de 1958 até sua destruição em 1960.

Acidente


Na manhã de 26 de fevereiro de 1960, o voo 618 chegou à sua primeira escala no aeroporto de Shannon, na Irlanda para reabastecimento, a fim de continuar sua viagem através do Atlântico, sob a supervisão de um piloto checador. 

O voo, com 40 passageiros e 12 tripulantes a bordo, teve permissão para decolar da pista 05 com céu ainda escuro e parcialmente nublado, apenas 45 minutos após sua chegada inicial. 

A decolagem prosseguiu sem problemas e a tripulação retraiu o trem de pouso antes de fazer uma curva à esquerda quando a aeronave subiu a uma altura de 165 pés (50 m) com as luzes de pouso ainda acesas. 

Durante a curva, a potência da aeronave foi ligeiramente reduzida, mas os flaps nunca foram totalmente retraídos. Em vez de subir, o avião apenas acelerou e perdeu altitude muito rapidamente. 

Os pilotos foram incapazes de evitar que a ponta da asa esquerda colidisse com uma parede de pedra perto da igreja Clonloghan, seguida pelos motores esquerdos e o resto da asa que também atingiram várias lápides de um cemitério vizinho. 

Neste momento, o destino da aeronave foi selado e depois que as hélices do motor direito também passaram raspando pela parede, a aeronave fora de controle bateu no solo em um campo aberto além do cemitério e explodiu em chamas.


O incêndio pós-acidente envolveu rapidamente a aeronave e queimou gravemente a maioria dos sobreviventes, enquanto moradores e equipes de resgate chegaram ao local. 

O fogo destruiu os destroços, deixando a cauda como a única parte reconhecível restante da aeronave. 


O acidente também afetou os passageiros e a tripulação a bordo, com 34 mortos e apenas um único tripulante sobrevivendo ao acidente ao lado de 17 passageiros, todos gravemente feridos.

Resultado


A aeronave foi destruída pelo impacto e fogo pós-colisão com os destroços sendo documentados em filme e por fotografia. 


Uma investigação do acidente revelou a velocidade da aeronave no impacto entre 170 e 180 nós. Os investigadores não conseguiram encontrar qualquer evidência que apontasse para a causa do acidente.

Por Jorge Tadeu (com Wikipedia, ASN e baaa-acro.com)

Aconteceu em 26 de fevereiro de 1960: Apenas um sobrevivente na queda do voo 315 da Aeroflot na Ucrânia

O voo 315 da Aeroflot era um voo regular de passageiros operado pela Aeroflot do Aeroporto Internacional de Vnukovo em Moscou para o aeroporto de Lviv em Lviv, Ucrânia. Em 26 de fevereiro de 1960, o An-10 que operava este voo caiu perto da pista do aeroporto durante a aproximação final. 24 passageiros e oito tripulantes morreram, um passageiro sobreviveu.

Aeronave



A aeronave envolvida no acidente era o Antonov An-10A, prefixo CCCP-11180, da  Aeroflot (foto acima), número de série 9401801-18-01, que foi concluído na fábrica de aeronaves de Voronezh em 24 de janeiro de 1960 e transferido para a frota aérea civil. No momento do acidente, a aeronave havia sustentado um total de 109 horas de voo.

Acidente


O voo 315 partiu do aeroporto de Vnukovo às 14h38, horário de Moscou, e foi autorizado a subir a 7.000 metros. A bordo estavam 25 passageiros e oito tripulantes. A viagem transcorreu sem intercorrências até a aproximação ao aeroporto de destino. 

Às 16h35, quando o avião se aproximava de Lviv, a tripulação recebeu autorização para descer até 4.000 metros. O tempo foi relatado como uma base de nuvem de 150-200 metros em condições de gelo com visibilidade de três km. 

A descida foi normal e o piloto relatou ter alcançado o farol marcador a uma altitude de 200 metros, o voo foi então liberado para pousar. Quando a aeronave penetrou na base da nuvem, a tripulação mudou para as regras de voo visual (VFR). 

Enquanto descia 95 metros, os flaps foram ajustados para 45 graus e o Antonov começou a descer rapidamente. A tripulação recuperou brevemente o controle, mas o nariz caiu novamente e às 16:57 atingiu o solo 1.400 metros antes da pista com atitude de inclinação para baixo de 20-25 graus, a 1,4 km do Aeroporto de Lviv, na Ucrânia.

Das 33 pessoas a bordo, apenas uma sobreviveu - gravemente ferido - ao acidente.

Investigação


Como a aeronave esteve em operação por apenas seis dias após a liberação da fábrica, a Comissão de Investigação de Acidentes Aéreos decidiu que era improvável que uma falha mecânica fosse a causa raiz do acidente. 

As evidências coletadas da investigação do voo 315 da Aeroflot (1959) em 26 de fevereiro de 1960, três meses antes, foram examinadas posteriormente. 

Os testes eventualmente revelaram que o gelo do estabilizador horizontal criava um ângulo de ataque supercrítico, que causava uma queda repentina da aeronave quando os flaps eram abaixados para a configuração máxima de 45 graus.

Um fator que contribuiu foi a velocidade com que os flaps desdobraram. 35 graus em oito segundos foi considerado desproporcionalmente rápido. 

Para diminuir essa preocupação, os sistemas de proteção contra gelopois o estabilizador foi melhorado e a seleção de flaps além de 15 graus em condições de gelo conhecidas foi proibida.

Por Jorge Tadeu (com Wikipedia e ASN)

Aconteceu em 26 de fevereiro de 1941: A queda do voo 21 da Eastern Air Lines na Georgia (EUA)

Em 26 de fevereiro de 1941, o Douglas DST-318A (DC-3), prefixo NC28394, da Eastern Air Lines, partiu do Aeroporto LaGuardia, em Nova York, para realizar o voo 21 em direção a Brownsville, no Texas, com paradas programadas em Washington DC, Atlanta, Nova Orleans e Huston.

Um DC-3 da Eastern Air Lines similar ao envolvido no acidente (Foto via Wikimedia)
O voo 21 partiu de Nova York na noite de 26 de Fevereiro, parando brevemente em Washington DC antes de partir às 21h05 para Atlanta. Depois de Atlanta, faria escalas em nova Orleans, na Louisiana, e Houston, no Texas, antes de terminar sua viagem em Brownsville, também no Texas, na manhã do dia 27. A tripulação era composta pelos pilotos James A. Perry e Luther E. Thomas e pelo comissário de bordo Clarence Moore.

Às 23h38, horário central, com 13 passageiros e três tripulantes, a aeronave ligou para o operador da Eastern Air Lines em Atlanta para avisar que havia passado pela Stone Mountain, um ponto de relatório, e estava descendo. O operador forneceu aos pilotos a configuração do altímetro para Candler Field e com o clima do momento. 

O voo 21 então contatou a torre de controle de Atlanta duas vezes, primeiro para avisar que estava fazendo uma aproximação e, em seguida, para avisar que a aeronave estava sobre a estação de alcance de Atlanta, duas milhas a sudeste do aeroporto, a uma altitude de 1.800 pés (550 m). 

A operadora da companhia Eastern então contatou o voo para sugerir uma aproximação direta ao Candler Field (hoje Aeroporto Internacional Hartsfield-Jackson, de Atlanta, na Georgia). A aeronave reconheceu a transmissão, mas nada mais foi ouvido a partir daquele instante. 

Os destroços foram encontrados cinco milhas a sudeste da estação Atlanta Range, ao norte de Jonesboro, na Georgia, por volta das 6h30. 

As equipes de resgate encontraram vários sobreviventes ainda vivos nos destroços, incluindo o presidente da Eastern Air Lines e  herói da Primeira Guerra Mundial, Eddie Rickenbacker, que sofreu um afundamento no crânio, entre outros ferimentos na cabeça, cotovelo esquerdo quebrado, nervo esmagado, mão esquerda paralisada, várias costelas quebradas, uma junta de quadril esmagada, pélvis quebrada duas vezes, nervo cortado em seu quadril esquerdo e um joelho esquerdo quebrado. 

O mais chocante é que seu globo ocular esquerdo foi expelido da órbita. Ele se recuperou disso após meses no hospital e recuperou a visão completa.

Oito dos 16 ocupantes da aeronave morreram no acidente, incluindo o congressista de Maryland William D. Byron.


Investigação


Os investigadores do Civil Aeronautics Board (CAB), o predecessor do NTSB, determinaram a partir das evidências no local e do testemunho dos sobreviventes que a aeronave havia atingido primeiro o topo de três pequenos pinheiros enquanto a aeronave voava na direção norte. 

A árvore mais baixa foi atingida a uma altitude de 915 pés (279 m) acima do nível do mar. O voo 21 aparentemente continuou através de um pequeno vale na mesma direção em voo nivelado por cerca de 1.500 pés (460 m) antes que a ponta da asa direita atingisse o topo de um choupo com a aeronave colidindo com um espesso bosque de pinheiros. 
O capitão Rickenbacker testemunhou que primeiro sentiu um leve solavanco. Nesse ponto, ele saltou de seu assento e começou a se mover em direção à parte traseira da aeronave, mas a aeronave caiu e ele foi atirado do chão.

Resultado


No momento do acidente, era prática padrão uma aeronave de transportadora aérea ter dois altímetros; uma definida para a pressão atmosférica ao nível do mar (expressa em polegadas de mercúrio) e referida durante o voo em rota, e uma usada para aproximações por instrumentos e definida para a pressão atmosférica do aeroporto em que a aeronave estava prestes a pousar. 


Neste caso, o altímetro de aproximação do instrumento foi encontrado após a colisão para ser ajustado para 29,92 polegadas de mercúrio. No entanto, a configuração do altímetro em Candler Field, na manhã de 26 de fevereiro, era 28,94. Esta configuração foi transmitida para a aeronave pelo operador da companhia Eastern Air Lines às 23h38 e confirmada por um dos pilotos, mas o altímetro de aproximação aparentemente havia sido configurado incorretamente. 

Embora a configuração possa ter sido alterada no acidente, como parece ter acontecido com o altímetro de rota, o erro na configuração foi de quase exatamente uma polegada de mercúrio. Isso corresponderia à diferença entre a altitude real da aeronave no momento do acidente e a altitude que ela deveria ter durante uma aproximação normal por instrumentos.


O CAB emitiu a seguinte declaração quanto à causa provável: "Com base nas constatações anteriores e em todo o registro disponível para nós neste momento, descobrimos que a causa provável do acidente para NC 28394 (Eastern Air Lines Trip 21) em 26 de fevereiro de 1941, foi a falha do capitão em encarregado do voo para exercer o grau adequado de cuidado, não verificando seus altímetros para determinar se ambos foram ajustados corretamente e funcionando adequadamente antes de iniciar sua aproximação de pouso. Um fator que contribuiu substancialmente foi a ausência de um procedimento de cockpit uniforme estabelecido na Eastern Air Lines, pelo qual o capitão e o piloto são obrigados a fazer uma verificação completa dos controles e instrumentos durante as operações de pouso."


Por Jorge Tadeu (com Wikipedia, ASN e baaa-acro.com)

Rola na internet: Esta aeronave é real ou fake?


#Fake: é apenas uma bela concepção artística de uma aeronave ultra-moderna

Avião de carga Boeing 777 de companhia russa aterrissa de emergência em Moscou


Um Boeing 777 fez uma aterrissagem de emergência em Moscou após ser detectado um "mau funcionamento do sensor do motor". A Boeing tinha recomendado a não utilização do modelo 777 após incidente.

O Boeing 777-300, prefixo EI-GET, da companhia aérea russa Rossiya, realizando voo de carga FV-4520 de Hong Kong (China) para Moscou Sheremetyevo (Rússia), estava descendo em direção a Moscou quando a tripulação aconselhou um dos FADEC (Full Authority Digital Engine Control, muitas vezes também conhecido como controle eletrônico do motor EEC), os canais que controlam o motor esquerdo (GE90) falharam. 

A aeronave continuou normalmente para um pouso seguro na pista 24L de Sheremetyevo, onde fez uma aterrissagem de emergência nesta sexta-feira (25).

"Durante o voo de carga 4520 que fazia a ligação entre Hong Kong e Madrid, foi detectado um mau funcionamento do sensor de controle do motor”, disse à France Presse a companhia através de um comunicado.

A Rossiya acrescentou que “a tripulação decidiu fazer uma aterrissagem de emergência em Moscou”. Os portais especializados em assuntos ligados à aviação confirmam que se trata de um Boeing 777.

Max Fercondini teve que abortar a decolagem do seu avião após falha mecânica


O ator Max Fercondini teve que abortar a decolagem do seu avião após falha mecânica. De acordo com o relato do ator nas redes sociais, o trem de pouso e o freio pararam de funcionar.

"Escobar brasileiro" compra empresa aérea na Europa e foge no próprio avião

'Dinheiro abandonado por ex-PM brasileiro, segundo as investigações (Foto: Polícia Judiciária de Portugal)
O ex-policial militar do Mato Grosso do Sul, Sérgio Roberto de Carvalho, 62, o Major Carvalho, o maior narcotraficante procurado na Europa, comprou uma empresa aérea em Cascais, a 40 km de Lisboa, e fugiu com destino a Kiev, na Ucrânia, no próprio avião. Em Portugal, ele é conhecido como "Escobar brasileiro", em referência ao colombiano Pablo Escobar.

Segundo as investigações, antes de fugir, em novembro do ano passado, ele deixou 11 milhões de euros (mais de R$ 73 milhões, na cotação atual) escondidos em malas dentro de uma van na garagem de um prédio onde havia alugado um apartamento, na avenida da Liberdade, em Lisboa, uma das mais famosas da cidade.

"Escobar brasileiro" vivia com identidade falsa em uma luxuosa mansão avaliada em 2,2 milhões de euros (quase R$ 15 milhões), em Marbella, região de Málaga, o mais belo balneário da Andaluzia, na Espanha. E também tinha dois apartamentos em Lisboa e uma empresa em Dubai, nos Emirados Árabes. Os bens foram bloqueados judicialmente.


Avião usado pelo "Escobar brasileiro" (Foto: Polícia Judiciária de Portugal)
A Polícia Judiciária de Portugal investiga se os 578 kg de cocaína apreendidos no Falcon 900 da empresa Táxi Aéreo Omni Aviação, no último dia 9, no Aeroporto Internacional de Salvador, na Bahia, foram encomendados pelo "Escobar brasileiro".

A Operação Enterprise, deflagrada no fim do ano passado pela Polícia Federal concluiu que o "Escobar brasileiro" enviou 45 toneladas de cocaína do Brasil para a Europa, via portos brasileiros. A quantidade da droga foi avaliada em R$ 2,25 bilhões.

Segundo as autoridades lusitanas, o "Escobar brasileiro" comprou a Airjetsul, que também opera em Cascais, a partir do aeródromo de Tires, com uma finalidade: usar os jatos da companhia no transporte de droga para a Europa, África e Ásia.

A Polícia Judiciária também apura se o Major Carvalho está comprando a Omni, usando lobistas brasileiros e "cartolas" ligados ao futebol português. Segundo a imprensa portuguesa, um dos suspeitos de intermediar a negociação é o empresário João Loureiro, ex-presidente do Boavista, time da primeira divisão, campeão português em 2000/2001. À rede de televisão SIC, ele garantiu não ter qualquer envolvimento neste caso.

Depoimento à PF


João Loureiro embarcou no Falcon 900 com destino ao Brasil no dia 28 de janeiro deste ano. Além dele estavam na aeronave três tripulantes e o espanhol Mansur Mohamed Heredia. O carro desse último foi apreendido no aeródromo de Tires para ser periciado.

O avião pousou em Salvador e seguiu para o aeroporto de Jundiaí (SP), mesma cidade onde a quadrilha de "Escobar brasileiro" usava um hangar para o transporte de drogas. Alguns dias depois, no início de fevereiro, no retorno a Salvador, o piloto detectou problemas no trem de pouso e comunicou a torre de controle.

Mecânicos, policiais federais e civis de Salvador encontraram os 578 kg da droga escondidos na fuselagem da aeronave. A cocaína estava em pacotes com marcas de materiais esportivos famosos.

O depoimento de João Loureiro à Polícia Federal durou quatro horas. O telefone celular dele foi apreendido para análise e depois devolvido.

Empresa sediada em SP


O UOL teve acesso a documentos com a lista de sete passageiros que embarcariam no jato com destino a Cascais. A maioria é ligada ao futebol português. Um deles, Bruno Carvalho, participou das negociações do retorno do técnico Jorge Jesus ao Benfica. Já Bruno Macedo é o agente que levou o treinador Abel Ferreira ao Palmeiras.

Outra documentação obtida pelo UOL traz os nomes de uma pessoa e da empresa responsável pelo fretamento do jato da Omni. O custo foi de 130 mil euros (R$ 870 mil).

A empresa era sediada na Vila Santa Maria, bairro da zona norte de São Paulo, e um dos sócios é advogado. A reportagem não conseguiu falar com ele.

A Polícia Federal não quis se manifestar sobre o fretamento da aeronave portuguesa e explicou que as investigações continuam em andamento, mas são sigilosas.

Via Josmar Jozino (UOL)

Joby Aviation divulga 1º vídeo de avião elétrico em voo e abre capital


Modelos de transporte sustentáveis estão, aos poucos, ocupando seus espaços no mercado mundial, mas não são apenas os veículos terrestres os protagonistas dessa história. Nesta quarta-feira (24), a companhia de aviação norte-americana Joby Aviation decidiu lançar um vídeo no qual exibe seu avião elétrico em pleno voo, anunciando, também, sua abertura de capital.

O movimento ocorrerá por meio de uma fusão com a Reinvent Technology Partners, sociedade de aquisição de propósito específico administrada por Reid Hoffman, cofundador do LinkedIn, e Mark Pincus, fundador da Zynga, resultando em um empreendimento de US$ 6,6 bilhões a ser listado na Bolsa de Valores de Nova York.

De acordo com o The Verge, a corporação receberá quase US$ 1,6 bilhão, resultado da soma de US$ 690 milhões da Reinvent e US$ 835 milhões de investidores privados, incluindo o The Baupost Group e fundos e contas gerenciados pela BlackRock, pela Fidelity Management & Research LLC e pela Baillie Gifford. Hoffman, por sua vez, integrará o conselho da Joby.


Passado, presente, futuro


Fundada em 2009 pelo inventor JoeBen Bevirt, a Joby Aviation operou por nove anos "fora do radar" e, em 2018, anunciou o levantamento de US$ 100 milhões, dinheiro que ajudou no financiamento do exemplar do vídeo acima. Braços de capital de risco da Intel, da JetBlue e da Toyota estavam entre os investidores, sendo que a última citada, inclusive, dedicou US$ 590 milhões à empresa em janeiro deste ano.

Esta é a primeira vez em que o avião elétrico aparece em público. O custo de produção por unidade não deve ultrapassar US$ 1,3 milhão, afirma a Joby, e a expectativa é de que seja reduzido pela metade nos próximos anos. Além disso, cada uma gerará US$ 2,2 milhões de receita, sugerem projeções, operando por cerca de 4,5 mil horas anuais com uma média de 2,3 passageiros por viagem.

JoeBen Bevirt, fundador da Joby Aviation (Foto: Reprodução)
Por fim, os aviões elétricos com seis rotores e cinco assentos são capazes de decolar verticalmente, como um helicóptero, e de alterar sua trajetória para a horizontal, atingindo a velocidade máxima de 320 km/h e tendo autonomia de mais ou menos 240 quilômetros com uma carga completa. Também chegam a ser 100 vezes mais silenciosos que os convencionais.

Se tudo der certo, até 2024, um amplo serviço de táxi aéreo estará em operação, e a divisão da Uber adquirida recentemente pela Joby, certamente, representará um diferencial e tanto na concretização de tais objetivos.