O Boeing F/A-18F Super Hornet, prefixo 165677, da Marinha dos EUA, na Base Aeronaval de Miramar (NAS) / Mitscher Field (NKX/KNKX), em San Diego, na Califórnia, em outubro de 2010.
Foto: Juan Carlos Guerra - FlyAPM (Airliners.net)
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Vigésimo oitavo resgatado, Richard Villarroel Godoy segura uma bandeira do Chile ao sair da mina
Sobreviventes da tragédia aérea nos Andes destacaram as coincidências da experiência que tiveram em 1972 com a dos 33 trabalhadores que estão sendo resgatados na mina San José, no norte do Chile, após mais de dois meses bloqueados sob a terra.
Gustavo Zerbino, que acompanhava pela televisão as operações de retirada dos homens, disse ao jornal espanhol El País estar surpreso com a coincidência na data do resgate.
- É incrível que resgatem eles em um 13 de outubro, o mesmo dia que nós, há 38 anos, nos acidentamos na cordilheira dos Andes.
Zerbino foi um dos 16 jovens uruguaios encontrados com vida após a queda do avião militar que levava 45 passageiros, familiares e integrantes de uma equipe de rúgbi que disputaria uma partida no Chile.
Ao impacto sobreviveu a maioria dos ocupantes, mas por causa da altura, do frio, da falta de alimentos e de uma avalanche, somente 16 resistiram depois de 72 dias perdidos nas montanhas. Eles foram obrigados a se alimentar dos companheiros mortos, e a história ficou conhecida mundialmente com o filme Vivos, de 1993.
Para Zerbino, "é impossível" não associar a vivência com a dos mineiros.
- Estou seguindo tudo pela televisão e sinto uma alegria imensa de ver todo o trabalho que estão fazendo no Chile. Me emociona pensar no momento em que esses homens se encontrarão com suas famílias.
O uruguaio fez parte do grupo de quatro sobreviventes da tragédia dos Andes que visitaram Copiapó no início de setembro para prestar apoio aos operários bloqueados e a seus parentes, instalados no acampamento Esperança, nas proximidades da mina San José.
Zerbino afirmou que entre os dois episódios há "muitas coincidências", mas também "diferenças".
- Eles tiveram contato com a civilização, e nós nunca tivemos um ponto de referência sobre o que acontecia. Tiveram comida, medicamentos.
Para o uruguaio, será difícil para os mineiros assimilar as mudanças que ocorrerão em suas vidas.
- Mas as pessoas têm uma grande capacidade de adaptação. Estou certo de que eles vão saber converter esse problema em uma oportunidade, como nós fizemos.
O resgate dos 33 trabalhadores é a maior operação do tipo já realizada em minas.
Fonte: R7 - Foto: Ivan Alvarado/Reuters
Que tal comprar ou providenciar a fabricação de um pequeno avião ou ultraleve, as chamadas aeronaves experimentais, para se divertir em voos em áreas livres perto de casa ou num aeroclube?
Esse sonho de crianças e adultos não precisa obedecer regras tão rígidas da aviação comercial como acontece com os aviões homologados. Mas a brincadeira exige conhecimento técnico, obrigações e cuidados para evitar incidentes que podem terminar em tragédias como a ocorrida em agosto, em Imbituba, quando um ultraleve caiu e o piloto morreu.
De acordo com o diretor-técnico do Aeroclube de Santa Catarina, Luís Adauto Costa, 56 anos, piloto há 38 anos, o avião experimental se caracteriza pela flexibilidade na montagem ou fabricação. O modelo pode ser feito ao gosto do cliente que faz a encomenda.
— Essas aeronaves são diferentes dos aviões convencionais homologados na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que seguem rigorosos procedimentos de avaliação e manutenção desde a projeção até o restante da sua vida útil. Por ser experimental tudo fica por conta e risco do usuário — explica Costa.
O dono do avião não precisa de brevê, a "habilitação" para pilotar aeronaves homologadas na Anac, mas deve solicitar uma licença especial em uma escola de aviação civil.
Para que o avião tenha uma condição legal, com informações oficiais como procedência, nome do proprietário e data de fabricação, é preciso um registro formal na Anac. O órgão regulador da aviação no Brasil, porém, não concede qualquer certificação a aeronave, e eventuais acidentes ou danos a terceiros ficam por conta e risco do piloto e proprietário.
Nos últimos meses dois acidentes graves aconteceram com aeronaves desse tipo em Santa Catarina. O mais agrave aconteceu em agosto, na cidade de Imbituba e causou a morte do vice-presidente do Aeroclube de Santa Catarina, Edison Corrêa, de 67 anos.
Ele fazia testes em um avião construído havia cerca de um mês quando caiu na varanda de uma casa. Em 19 de setembro um outro ultraleve caiu sobre uma casa em Blumenau, mas o impacto não foi violento e o piloto Jener Clóvis Pinto não sofreu ferimentos.
Modelos a partir de R$ 40 mil
O que difere um avião experimental de um avião homologado pela Anac? Os homologados, segundo o vice-presidente da Associação Brasileira de Aviação Experimental com sede em Goiânia (GO), Marco Antônio Sperb, são submetidos a rigorosos e sucessivos testes, que tornam o custo final da aeronave caríssimo.
— O modelo experimental não precisa desses procedimentos e por isso se torna mais barato. É, portanto, o modelo de aviação que mais cresce no mundo - explica Sperb, professor de física da Universidade Federal de Goiás (UFG).
Um avião experimental pode custar a partir de R$ 40 mil (modelo básico, usado) até mais de R$ 1 milhão. Segundo Sperb, esse tipo de aviação é segura e eventuais acidentes ocorrem por conta de falhas, que atingem qualquer meio de transporte.
— Existe uma máxima que diz o seguinte: decolar é opcional, mas aterrisar é obrigação. Então, se tiver em dúvida, não decole. Além do mais, a fabricação é avalisada por engenheiros e mecânicos qualificados. Isso significa confiança e segurança.
Aviões experimentais
As aeronaves são modelos que, entre outras características, pesam até 750 quilos e não precisam de certificação de testes na Anac.
Frota no Brasil
— São mais de quatro mil aeronaves, divididas entre ultraleves, balões, girocópteros, planadores, helicópteros, motoplanadores, dirigíveis e aviões-experimentais.
— Construção: deve ser feita por um mecânico credenciado.
— Após a fabricação e registro: fazer um relatório anual de inspenção junto a Anac.
O que é preciso pra ser piloto
— O primeiro passo é participar da da Associação Brasileira de Ultraleves (Abul) ao custo anual de R$ 244,80.
— Para aprender a voar o interessado deve procurar uma escola autorizada a funcionar pela ANAC. Antes, porém, é preciso fazer uma inspeção de saúde com um médico cadastrado na Abul. Em Santa Catarina a escolas credenciadas estão localizadas em Lages, Blumenau, Mafra, Navegantes e São Miguel D'Oeste.
— Quantidade mínima de horas exigidas de treinamento para ter o Certificado de Piloto Desportivo (pequenos voos isolados) é de 15 horas e para Piloto de Recreio (voos de longa distância) é de 30 horas.
E se o avião não tiver registro e o piloto, licença?
— O dono do avião estará em situação totalmente irregular e poderá responder judicialmente por colocar em risco a vida de outras pessoas.
Fontes: Associação Brasileira de Ultraleves (Abul) e Associação Brasileira de Aviação Experimental
Fonte: Marcelo Becker (Diário Catarinense) - Fotos: Alvarélio Kurossu
Fonte: Leandro Colon e Karla Mendes (O Estado de S.Paulo)
Agora a equipe Ícaro pretende aperfeiçoar o projeto para alcançar as estrelas mais distantes como a Gliese 581. Além dos engenheiros e cientistas, o grupo conta com o talento do ilustrador Adrian Mann, cujas imagens, criadas em computador, ilustram o site do projeto em www.icarusinterstellar.org. Mann já ilustrou inúmeros livros de ciência e ficção científica e trabalhou com a agência espacial europeia. Se depender dele, o projeto terá uma excelente apresentação gráfica. Tanto Ícaro, quanto sua antecessora, a Dédalo, usam sistemas de propulsão baseados em explosões nucleares. Uma ideia que a agência espacial americana, Nasa estudou seriamente na década de 1960.
Projetos antigos
Depois que a União Soviética lançou o primeiro satélite artificial da Terra, em outubro de 1957, os americanos se sentiram ameaçados pelo avanço dos russos no espaço. Todos os meios possíveis de explorar o mundo das estrelas foram avaliados e um dos mais exóticos foi o projeto Orion. A Orion seria uma nave capaz de ir a Plutão e voltar em uma semana, acelerada pela detonação de bombas nucleares. No lugar de combustível, a nave levaria um arsenal nuclear, que seria detonado atrás de uma placa de metal revestido com grafite. Explodindo uma bomba por segundo, a nave alcançaria velocidades da ordem de centenas de milhares de quilômetros horários. O suficiente para ir a Marte e voltar em poucos dias.
Em 1965, Estados Unidos e Rússia assinaram um tratado que proibia a detonação de armas nucleares no espaço e o desenho da Orion foi arquivado. Nos anos 70, a ideia foi retomada pela equipe inglesa do projeto Dédalo. No lugar de explodir bombas atômicas, eles acham que seria mais eficiente detonar bolas de deutério com raios laser - o deutério é uma variedade de hidrogênio pesado -, produzindo pequenas explosões termonucleares dentro de uma enorme câmara em forma de sino.
O problema é que a nave seria muito grande e teria que ser construída no espaço, longe da atmosfera da Terra. Na década de 1970, não houve dinheiro nem vontade política de tocar um projeto assim, mas o estudo ficou como inspiração para as gerações futuras.
A equipe do projeto Ícaro está levando em consideração todos os projetos de veículos interestelares criados no século passado. Entre eles o ramjato Bussard, uma nave bem mais ecológica do que a Orion. Ela usa como combustível o hidrogênio disperso pelo espaço. E pode chegar perto da velocidade da luz, onde o tempo passa mais devagar e uma viagem às estrelas se torna acessível para seres humanos de vida curta.
Um projeto desses custaria bilhões de dólares para ir da prancheta para o hangar, mas pode ser a salvação do mundo no milênio que se inicia. Como no filme "Impacto profundo", onde uma nave do tipo Orion desvia um cometa que vai colidir com a Terra. A equipe inglesa quer ter certeza de que se um dia, precisarmos de uma nave assim, o projeto já estará pronto.
Fonte: Jorge Luiz Calife (Diário do Vale) - Imagens: Reprodução do Site do Projeto