
O Bristol 167 Brabazon Mk1, prefixo G-AGPW, no Aeroporto Farnborough (FAB/EGLF), em Hampshire, na Inglaterra, em 1952. A foto foi tirada por Frank T Taylor e divulgada por seu sobrinho Nicholas Denbow, no site Airliners.net.
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A nuvem que se espalhou com a erupção do vulcão é composta por partículas de vidro, areia e rocha. Especialistas acreditam que as cinzas expelidas pelo vulcão possam danificar os aviões, entupindo as turbinas e fazendo com que os motores parem de funcionar em pleno ar.
Além das companhias, passageiros "ilhados" também têm tido que arcar com despesas imprevistas como diárias e alimentação. Muitos decidiram aguardar em hoteis, que têm ficado lotados. O caos aéreo também provocou uma corrida aos guichês de remarcação de passagens.
Fonte: G1 - Imagem: Reprodução/TV Globo
Aeroporto quase vazio em Roissy, na França, devido ao cancelamento de voos por conta da nuvem de cinzas
Diego Lopez Garrido, secretário de Estado para Assuntos da União Europeia para a Espanha, país que detém a presidência rotativa da União Europeia, afirmou que "agora é necessário adotar uma abordagem conjunta europeia" em relação à abertura e ao fechamento de aeroportos, no lugar de decisões individuais.
"Provavelmente amanhã metade do território da União Europeia será ativado. Isso significa que metade dos voos vão operar" afirmou Lopez Garrido sobre as condições previstas para esta segunda-feira.
O fechamento do espaço aéreo europeu, resultado da erupção de um vulcão islandês na última quarta-feira, pode ter provocado o cancelamento de mais de 63 mil voos até este domingo, segundo a Agência Europeia para a Segurança na Navegação Aérea (Eurocontrol). Só neste domingo, a previsão é que mais de 20 mil voos sejam cancelados, de um total de 24 mil previstos. . O prejuízo diário é de pelo menos US$ 200 milhões para o setor de aviação, segundo cálculo da Associação Internacional de Transporte Aéreo.
A erupção do vulcão Eyjafjallajoekull, na Islândia, lançou no ar uma nuvem composta por partículas de vidro, areia e rocha. Especialistas acreditam que as cinzas expelidas pelo vulcão podem danificar seriamente os aviões, entupindo as turbinas e fazendo com que os motores parem de funcionar em pleno ar.
Fonte: G1 (com informações da Agência Estado) - Foto: Michel Euler/AP
Convidado a dar palestras motivacionais, o engenheiro norte americano Dan Barry, de 56 anos, passou 13 deles tentando entrar na Nasa. Depois de muito insistir e estudar, conseguiu ser uma das pessoas a passar mais horas no espaço: 734. Hoje, aposentado, ele tem uma empresa de robótica e ajuda a pensar soluções para o futuro como professor na University Singularity, a universidade do Google. Galileu ouviu essas histórias e outras, confira a entrevista:
Como você entrou na Nasa?
Sempre quis voar ao espaço desde que me lembro. Pulava do telhado fingindo que sabia voar. Sempre amei estar no ar. Comecei a me candidatar para a Nasa desde que eles começaram a aceitar inscrições. Me inscrevi tantas vezes...
Quantas?
Me inscrevi pela primeira vez em 1978, realmente há muito tempo, fui rejeitado. Em 1979, rejeitado. Em 1980, rejeitado. Em 1981, 1982, 1983, 1984, 1985, rejeitado. Para mim, 1986 foi um bom ano, porque eles não estavam recebendo inscrições, daí não tinha como ser rejeitado. Tentei em 1987, 1988, 1989... Estava envergonhado de continuar tentando. Pedi uma carta de recomendações a meu chefe, que disse: “Você precisa se concentrar no trabalho, e não ficar pensando em voar para o espaço”. Mas o convenci a escrever em 1989: fui rejeitado. Em 1990, o convenci de novo e fui rejeitado. Ele me disse: “Você é velho demais, nunca vai conseguir”. Liguei para Nasa e perguntei. O cara responsável pela seleção disse “Não, você não é velho, nós sabemos quem você é” – Eu esperava que soubessem mesmo – E ele disse: “Continue se candidatando”.Certo, tentei em 1991, fui rejeitado. Mas, em 1992, fui aceito.
Como conseguiu?
Na Universidade, escrevi uma carta para um astronauta dizendo que o que mais queria era voar ao espaço. E tinha duas escolhas: entrar para as Forças Armadas e me tornar piloto ou continuava estudando engenharia. O que fazer? O astronauta me respondeu com uma longa carta: “Se o que você quer para sua vida é voar em aviões, vá ser piloto. No entanto, se o que gosta de fazer é engenharia, faça engenharia. Você tem que fazer o que ama. Se fizer isso, se tornará o melhor do mundo. Se for o melhor do mundo, encontrará um jeito de relacionar aquilo a voos espaciais. É isso que a Nasa busca: pessoas que são as melhores do mundo em alguma coisa.” As coisas que estudei – engenharia e medicina – eram as que estava interessado em aprender. Um jeito delas serem aplicadas a viagens espaciais é porque quando você vai ao espaço, seus ossos perdem resistência e seus músculos ficam mais fracos. Na medicina, estudei ossos e músculos, sabia que essas coisas importavam à Nasa.
O que você acha do cancelamento das missões Constellation da Nasa (projeto vetado por Obama que visava enviar o homem à Lua novamente até 2020)?
O mais importante é que as pessoas passem a viver não só neste planeta. Precisamos ir à Lua, Marte. Não importa como chegaremos lá. Se for com um programa como Constellation, tudo bem. E, em nosso tempo de vida, saímos de uma época onde todos vivíamos num só lugar a outra onde há gente vivendo fora. Sempre haverá pessoas fora do planeta. Agora mesmo, existem 6 pessoas no espaço. Esta é uma mudança fundamental na existência de nossa espécie. Se formos além disso para chegar à Marte, chegaremos ao ponto onde as pessoas que estão fora da Terra não precisarão mais dela. Hoje, se não ajudarmos às seis pessoas que estão fora da Terra [na Estação Espacial Internacional], elas morrerão. Mas se formos à Marte, é possível viver lá sem precisar de nada da Terra.
Tem certeza?
Absolutamente, Marte é diferente da Lua, onde sempre precisaremos de suporte da Terra. Se tivermos uma existência independente em lá, nada poderá matar a espécie nunca mais. Agora, com impacto de asteroides, problemas ecológicos, bioterrorismo, cada ser humano pode morrer. Vivendo em dois planetas separados, nenhum evento poderá matar a todos. Significa que nossa espécie se tornará imortal, que Star Trek pode ser real. Uma vez vivendo em dois planetas independentes, continuaremos até povoar esta galáxia inteira.
É possível tecnicamente viver em Marte?
Não temos a tecnologia construída, mas entendemos como fazer isso. É realmente uma decisão política: gastar o dinheiro para construir uma tecnologia que já conhecemos para chegar até lá. No início, claro, não seremos independentes. Seremos muito dependentes da Terra. Mas em 50 anos, 100 anos, aquele lugar poderia ser independente. Não podemos fazer isso amanhã, mas podemos começar amanhã.
Não é melhor gastar o dinheiro para resolver os problemas aqui da Terra?
Precisamos ter um equilíbrio entre o dinheiro que gastamos no presente e aquele que investimos no futuro. Se você me perguntar se prefiro gastar um dólar num foguete ou um dólar com um lanche para uma criança faminta, eu diria com a criança, claro. Mas pense em sua vida, você investe para ir à Universidade, é um investimento em seu futuro. A sociedade precisa ter um balanço entre o que gastamos agora e no futuro. Se só tomarmos conta dos problemas de agora, estaremos limitando o futuro. Há muita justificativa em gastar dinheiro com expansão. Nos Estados Unidos, gastamos cerca de 0,6% do orçamento federal em missões espaciais. Acho que é uma quantia razoável.
Você tem uma empresa de robótica, o que podemos esperar desta área no futuro próximo?
Robôs autônomos e para propósitos gerais podem tornar-se companhia, como empregados, guarda-costas ou enfermeiros em hospitais, ajudando a medicar pacientes. Mas o uso real destes robôs, nós não sabemos ainda. Antes, as pessoas não queriam um computador em casa porque não tinham o que fazer com ele e eram caros demais. Hoje, as coisas que um robô faz, você faz muito mais facilmente sozinho. Não há boa razão para você comprar um agora. Naquele tempo, não tínhamos nenhuma noção da importância que os computadores têm hoje. Ninguém imaginou a internet, nem a ficção científica. É a mesma coisa com robôs, quando tivermos eles em nossas casas, vamos encontrar usos fantásticos. Sua existência criará novos usos.
No futuro, a tendência é que os robôs sejam como as pessoas?
Terão características humanas, mas não estou tão interessado em fazer um humano mecânico. Já conheço muito humanos. Apesar de serem assistentes úteis, não acho que esta seja a característica mais importante dos robôs. A Inteligência Artificial vai nos mostrar uma camada diferente. Na medida em que desenvolvermos robôs inteligentes, eles poderão fazer coisas e irão aprender outras formas de pensar o mundo. Inteligência robótica soma-se à inteligência humana, não irá substituí-la. É como hoje, estou conhecendo pessoas de uma outra cultura, só conhecendo você, já estou aprendendo coisas novas. Quero construir um robô que seja como uma cultura diferente.
Na Singularity University vocês discutem desafios da humanidade. Qual é o maior?
Não tentamos dizer este é o maior desafio. Dizemos, estes são os desafios, vamos ver como a tecnologia pode ser aplicada para resolver estes problemas. Pensamos como podemos usar o rápido desenvolvimento tecnológico para prever o futuro. Por exemplo, sei que em cinco anos teremos bons sensores de reconhecimento de voz. Assim, posso começar hoje a construir um robô que vai tirar vantagem disso. Podemos aplicar este mesmo conceito aos grandes desafios da humanidade.
Como foi ver a Terra do espaço?
Da primeira vez, entrei por uma parte onde não haviam janelas, flutuei até uma e vi a Terra. [pausa] É tão bela que nenhuma fotografia poderia te mostrar. O verde da Amazônia é o verde mais profundo que nunca poderemos produzir. O azul da atmosfera tem tantas nuances, do azul mais negro ao mais claro e esbranquiçado. No branco das nuvens contra a escuridão do espaço, o contraste está além do que qualquer câmera jamais poderá registrar. Se quer saber como a Terra é do céu, tem que ir ver. Quando dou palestras, não uso fotos, porque não posso mostrar a beleza da Terra.
Lá de cima, dá também uma noção do quão frágil ela é. A atmosfera é como uma casca de maçâ, tão fina. Do Brasil, consegui ver fumaça da floresta amazônica queimando. Ela percorre todo Oceano Pacífico até o Havaí. Dá para ver como estamos todos conectados, como é frágil. Temos que trabalhar juntos para proteger isso.
Marte poderá ser tão bonito?
Com certeza. Há tanto gelo em Marte. Se derretermos tudo, o planeta ficará debaixo d’água. Há água suficiente para construir uma atmosfera e poderemos transformar Marte para parecer com isto aqui [aponta para algumas árvores na janela]...
Fonte: Denise Dalla Colletta (Revista Galileu) - Foto: Arquivo Pessoal
Aviadores do Esquadrão Rumba, em Fortaleza, o capitão James Martins, 33, e o tenente Igor Rocha, 29, afirmam que a escolha aconteceu ainda na infância, por identificação com a carreira
Conforme a psicóloga e Doutora em Educação, Veriana Colaço, professora da Universidade Federal do Ceará (UFC), a escolha profissional é um processo que ocorre ao longo da vida e passa por diferentes influências. Como cita, há os vínculos com os que exercem a profissão; a representação social que a profissão tem na cultura; o modo como acreditamos ser capazes de realizar atividades; as idealizações acerca do que significa; as expectativas de futuro; as pressões familiares e sociais; e, claro, as vivências que temos nas brincadeiras e fantasias infantis.
"Desde criança, queria muito ser aviador. Era um sonho de infância. Ninguém da minha família é, mas meus pais sempre me incentivaram muito, me levavam para ver aviões. Além disso, também assistia a muitos filmes, desenhos animados", recorda Igor Rocha.
Já o capitão-aviador cearense James Martins, de 33 anos, comenta que a decisão pela carreira veio da identificação com o "ser militar". De acordo com ele, a disciplina e a organização dos militares o encantaram quando era criança. Além disso, claro, as brincadeiras sempre envolviam os aviões.
Segundo Veriana, escolher a profissão não é apenas um ato, mas a construção, um exercício de vida. "Os super-heróis neste processo têm papel importante, na medida em que são percebidos como personagens idealizados, perfeitos e modelos. Neste sentido, as ações que realizam podem também ser as ideais".
O sonho de infância de Ari Josino (acima), 60 anos, é realizado nos voos de ultraleve no clube que preside. Para o pequeno Arnaldo (abaixo), 10, a vontade é de ser piloto, quando finalmente crescer
Para a psicóloga, portanto, a carreira militar entra nesse contexto pois, no caso dos super-heróis, por serem percebidos como defensores e protetores da humanidade, podem ser relacionados com personagens e carreiras que socialmente representam a defesa das pessoas e da nação. "Assim são identificados os militares de um modo geral".
Prova disso é que, como destaca o pedagogo Fábio Soares, Coordenador das Turmas ITA/IME do Colégio Antares, a procura pela área é grande na escola. Como calcula, cerca de 60% dos alunos de 5º ano desejam entrar no Colégio Militar. No Ensino Médio, a procura é de 10% pela Escola Preparatória de Cadetes do Ar e pelo Colégio Naval.
CLUBE DE AVIAÇÃO
Sonho de ser aviador apenas no lazer
Para aqueles que a carreira militar não foi almejada ou possível, a continuidade do sonho pode ser dada, sim, nos momentos de lazer. No Estado, um exemplo de que os civis também podem voar é mantido pelo Catuleve - Clube de Aviação Desportiva. Às margens do Rio Catu, o local, que já existe há 25 anos, antes com o nome Aeroleve, reúne adultos, jovens e crianças que, mais do que aviadores, são eternos sonhadores e dão, literalmente, asas à imaginação.
Como define o presidente do clube, o industrial Ari Josino, 60 anos, a vontade de voar "é de todo mundo". Segundo ele, ao tentar explicar a paixão pelos ares que surgiu ainda na infância, uma possibilidade é que a inspiração tenha surgido a partir da observação do voo dos pássaros. "Às vezes, até sonhamos voando", compartilha Josino, comentado que acredita que todo mundo pensa, pelo menos uma vez na vida, em ser piloto.
O estudante Arnaldo César Gadelha é prova da "tese" de Josino. Com apenas 10 anos, o garoto já se decidiu pela carreira de piloto. Tanto que, como exalta seu pai, César Gadelha, o estudante não perde uma oportunidade de ir ao clube ou de ver a apresentação da "mágica" Esquadrilha da Fumaça. "Já fui ao aeroporto ver os aviões. Passei a gostar vendo televisão e por causa do meu pai. Meu irmão tem medo de voar, mas eu não", conta o menino.
Como defende Josino, "todo mundo que vê um avião fica com vontade". Alguns realizam o sonho, tornando-se profissionais. Outros encontram a realização no lazer. No entanto, independentemente da vocação, o presidente frisa que, para a prática da atividade, é preciso algo em comum com os aviadores da Aeronáutica: a disciplina. Como compara, qualquer pessoa que busque e tenha coragem de voar de ultraleve precisa seguir bem as normas e se manter bastante atento às instruções.
A opinião do especialista
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ROSITA PARAGUASSÚ
Mestre em Psicologia e prof. da Unifor
A abordagem que nós professores de orientação de estágio da Unifor acreditamos concebe a orientação como um resultado, um desfecho, mesmo que por um tempo, de um processo que envolve o autoconhecimento, o conhecimento das profissões e a escolha. Pode-se dizer que toda a história de vida e valores aprendidos nas etapas do desenvolvimento, no contato com grupos humanos com os quais o participante interagiu influenciam nos processos de escolha, inclusive, de uma profissão.
Isso se dá quando o participante é adolescente e, nesta fase, encontra-se em formação de sua identidade, portanto, suscetível às influências. Quando adulto, esses aspectos estarão presentes. Outros relacionados com a vida atual aparecerão com mais força na tomada das decisões, por exemplo, na necessidade de trabalho, família etc. Em relação aos valores, força e poder, alguns buscarão atividades de trabalho que exercem o controle sobre os iguais. Porém, esses aspectos são expostos, questionados e analisados na fase do autoconhecimento.
Enfim, ponto marcante nesse trabalho de ajuda ao orientando sobre a escolha é sempre a oportunidade de ele se envolver consigo mesmo, descobrindo seus potenciais, definindo uma área de atuação no mundo do trabalho e, assim, construindo um projeto de vida que dê sentido à sua existência.
Fonte: Janine Maia (Diário do Nordeste) - Fotos: Alex Costa
Os mesmos países, além de Estados Unidos e Alemanha, ofereceram Vants, aviões que não usam piloto e fazem espionagem por meio de câmeras. A Polícia Federal já tem os seus, agora é a Aeronáutica que os deseja. O Exército planeja também adquirir pontes móveis para ceder, em casos de catástrofes. Ele tem algumas, alemãs. Quer ampliar a quantidade. Pretende ainda comprar telefones via satélite para os pelotões de fronteira e 150 mil fuzis, já que muitos dos FAL (arma-padrão nas Forças Armadas) estão com 40 anos de uso.
Fonte: Humberto Trezzi (Zero Hora)
As mudança no Exército mexem diretamente com a vida de 200 mil brasileiros (os militares e seus familiares) e, indiretamente, com milhões nas cidades que serão afetadas. Mas pouco atingirá o Rio Grande do Sul. É que a Região Sul já viveu sua maior alteração nas casernas. Juntos, paranaenses e gaúchos receberam três grandes unidades de blindados ao longo da última década, todas do Rio de Janeiro. Um regimento de carros de combate foi para Santa Maria, um foi para Ponta Grossa (PR) e os santamarienses receberam, ainda, o Centro de Instruções de Blindados.
O resultado disso é que a Região Sul concentra 90% dos blindados sobre lagarta (a maioria em Rosário do Sul, Santa Maria e Ponta Grossa, no Paraná), 100% da artilharia sobre carros (obuseiros), concentrados em Santa Maria, e 75% dos blindados sobre rodas (Cascavel e Urutu) .
– O pampa e as planícies centrais do Paraná são as áreas do país mais apropriadas para uso de carros de combate – explica o coronel Sylvio Cardoso, chefe de Comunicação Social do Comando Militar do Sul.
Além de sediar a maioria dos blindados, a Região Sul terá os melhores. Já começaram a chegar 250 carros de combate Leopard 1 A5, de fabricação alemã, considerados os melhores do mundo.
Fonte: Humberto Trezzi (Zero Hora) - Foto: Charles Guerra (08.11.04)
Os quartéis brasileiros estão em ebulição e não se trata apenas de comemorar a Semana do Exército, que transcorre até segunda-feira. É que está em andamento a maior modificação no tabuleiro de tropas já realizada no país desde que os militares assumiram o poder no Brasil, em 1964. A diferença é que a motivação agora não é ideológica, mas geopolítica. No cenário atual, brigadas de infantaria se mudaram ou estão em processo de mudança, desde o Litoral para o Planalto Central e para a Amazônia. Serão criados 28 novos postos de fronteira na região amazônica, para se somar aos 21 existentes. Outras unidades, de blindados, foram transferidas do Rio para o Rio Grande do Sul e Paraná ao longo dos últimos anos – e esses regimentos vivenciam, agora, o processo de modernização e aquisição de tanques de última geração.
Quando toda essa movimentação cessar, o Brasil terá 59 mil novos militares do Exército, a se somar aos 210 mil existentes agora. E um aparato bélico mais ágil. Os primeiros 8,3 mil soldados devem ser incorporados em até quatro anos. As mudanças no desenho das forças disponíveis das Forças Armadas começaram em meados dos anos 2000 e acontecerão até 2030. Como tudo na área militar, são cuidadosamente planejadas, a curto, médio e longo prazo. A maioria faz parte do Plano Nacional de Defesa, concebido pelo ministro da Defesa, o gaúcho Nelson Jobim em 2009.
Como sempre, as principais modificações atingem a maior das forças, o Exército, que denominou Estratégia Braço Forte o seu planejamento estratégico para os próximos anos. A Braço Forte tem dois programas, Amazônia Protegida e Sentinela da Pátria. No primeiro, serão criados 28 pelotões de fronteira, cada um deles com 50 integrantes, além de uma brigada com sede em Manaus. Com isso, o efetivo atual na Amazônia deve quase dobrar, passando de 25 mil para 49 mil militares (22 mil dos 59 mil previstos no reforço de contingente brasileiro devem ir para essa região).
Reforço é recado a países vizinhos
O segundo programa do Exército, o Sentinela da Pátria, prevê reforço de estruturas operacional e logística do meio para o oeste do país. É aí que entram as transferências de brigadas de infantaria do Rio para o Planalto Central e também de uma base da Força Aérea composta de aviões de transporte Hércules. A maior parte das mudanças envolve brigadas, que são módulos de combate independentes, cada uma delas com 3 mil militares. Elas são unidades capazes de se autogerenciar, já que, além de combatentes, têm servidores nas áreas de logística e contam com apoio de fogo (canhões ou tanques).
Para o fundador do Núcleo de Estudos Estratégicos da Universidade de Campinas (Unicamp), coronel reservista do Exército Geraldo Cavagnari, não acontece por acaso essa interiorização do Exército. O país é fronteiriço com 10 nações – algumas com sérias tensões fronteiriças. O reforço na Amazônia seria um recado subliminar a dois países vizinhos do Brasil que figuram entre os que mais investiram em aparato bélico na última década, Venezuela e Colômbia.
Nos venezuelanos, governados por um dirigente socialista, os militares brasileiros veem um adversário em potencial, até porque Hugo Chávez adquiriu dezenas de caças russos e centenas de milhares de fuzis nos últimos meses. Os militares colombianos, em tese, são aliados dos brasileiros, mas enfrentam guerrilhas que costumam entrar em território brasileiro. Investir em patrulhamento na fronteira com essas duas nações é dissuadi-las (ou a seus adversários internos) de tentarem qualquer enfrentamento aventureiro. Já o fortalecimento das unidades de blindados no Rio Grande do Sul é para exibir musculatura militar aos rivais históricos, os argentinos. No Paraná, também com forças mecanizadas reforçadas, a ideia é proteger a usina de Itaipu.
Tudo isso significa dinheiro, muito dinheiro. Mesmo quando não há aquisição de aparato bélico, a simples mudança de quartéis representa despesa, com transferência dos militares e suas famílias. Até 2030, somente para atendimento dos programas defendidos pelo Exército, a necessidade total de recursos atinge R$ 149 bilhões, o que equivale a R$ 7,5 bilhões por ano, durante duas décadas. O ministério da Defesa teve em 2009, para investir, apenas R$ 4,1 bilhões – e só o Exército precisa, agora, de R$ 7,5 bilhões anuais para se adequar à Estratégia Braço Forte. Nelson Düring, editor do site Defesanet.com.br e especialista em assuntos militares, diz que o pré-sal talvez resulte em verbas para o Braço Forte. Talvez.
– Há três décadas os militares imploram verbas. Se não sair agora, será posta em xeque a credibilidade do governo – pondera Düring.
Fonte: Humberto Trezzi (Zero Hora)
MAIS
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Fotografia de satélite europeu mostra as cinzas sobre o Reino Unido
Essas empresas já perderam milhões de euros devido à erupção de um vulcão na Islândia, que lançou uma enorme nuvem de cinza vulcânica no ar e forçou autoridades a proibir o tráfego aéreo em várias partes da Europa.
A Eurocontrol, organização responsável pela segurança aérea no continente, disse que ao final deste domingo o número total de voos cancelados desde o início da proibição, em 15 de abril, deverá chegar a 63 mil.
Os questionamentos foram motivados pela realização de voos-testes bem-sucedidos por empresas como Air France-KLM e Lufthansa. A British Airways informou que estava aguardando autorização realizar um voo teste no domingo.
As alemãs Lufthansa e Air Berlin criticaram o que eles chamaram de falta de pesquisa científica. Segundo o porta-voz da Air Berlin, Hans-Christoph Noack, a decisão de fechar o espaço aéreo foi tomada exclusivamente com base em uma simulação de computador. "Não foi usado sequer um único balão meteorológico para medir a quantidade de cinza vulcânica no ar", disse.
Axel Raab, porta-voz da agência nacional de segurança aérea da Alemanha, defendeu a decisão, alegando que ela seguiu regras internacionais e relatórios de serviços meteorológicos. Autoridades alemães autorizaram a decolagem de aviões em aeroportos de Berlim, Hamburgo, Hannover, Erfurt e Leipzig até as 18.00 GMT (15h de Brasília) de domingo.
A British Airways, uma das empresas mais afetadas pela proibição, cancelou todos os voos que partiriam de Londres no domingo e na segunda.
No Reino Unido, o espaço aéreo ficará fechado pelo menos até 00.00 GMT (21h de Brasília) de domingo. Na Irlanda, o embargo vale até pelo menos 12.00 GMT (9h de Brasília) de segunda-feira. Na França, os aeroportos do norte do país ficarão fechados até 06.00 GMT (3h de Brasília).
Fontes: DJ/Agência Estado - Imagem: ESA via INFO Online
Passageiros chegam em barcos infláveis ao porto de Dover, na costa da Inglaterra, depois de cruzar o Canal da Mancha vindos de Calais, na França. A travessia foi ideia do apresentador de TV Dan Snow, que lançou uma "missão de resgate" depois que o fechamento do tráfego aéreo britânico por conta da erupção de um vulcão islandês deixou centenas de pessoas "presas" na França.
Snow e um amigo lançaram pelo serviço de microblog Twitter uma campanha convidando aqueles que precisassem retornar ao Reino Unido com urgência a entrar em contato para fazer a travessia. Na tarde deste domingo, no entanto, o serviço foi encerrado sem explicações.
Fonte: G1 (com informações da AP) - Fotos: AP
O austriaco Hannes Arch voa em Perth, na vitória da 2ª etapa da Red Bull Air Race
Bonhomme foi o vencedor da etapa inicial, em Abu Dhabi, mas desta vez não passou da terceira posição, apesar de liderar no geral, com 22 pontos. Arch, terceiro na classificação, ficou com o tempo de 1min26s51, seu melhor no fim de semana.
A segunda posição foi do australiano Matt Hall, que com a ajuda da torcida fez sua melhor posição na competição.
“Eu tive de lutar muito neste fim de semana. Não sabia se devia atacar ou apenas desacelerar. Estou satisfeito com o resultado”, disse o vencedor austríaco.
A próxima etapa da Red Bull Air Race será no Rio de Janeiro, nos dias 8 e 9 de maio.
Brasileiro pode usar avião emprestado
Depois do acidente no treino de quinta-feira, o brasileiro Adilson Kindlemann pode voltar a pilotar em avião emprestado. O espanhol Alejandro MacLean se ofereceu para ajudar o colega na readaptação para a prova do Rio de Janeiro, em maio.
“Sou muito próximo a Adilson. Talvez seja o vínculo pelo sangue latino”, disse o espanhol, ao jornal O Globo. “É possível que ele vá à Espanha voar em um outro avião que tenho para treinar e se preparar para as próximas corridas.”
O acidente de Kindlemann foi o primeiro da Red Bull Air Race. Seu avião caiu no Rio sobre o qual é disputada a prova, mas ele foi tirado com ferimentos leves, apenas.
Fonte: UOL Esporte - Fotos: Divulgação/Red Bull
Aeroporto de Milão foi transformado em 'dormitório' para passageiros que não conseguem embarcar
Com a maioria dos aeroportos europeus fechados por conta da erupção do vulcão Eyjafjallajoekull, na Islândia, que espalhou nuvem por todo o continente, Portugal e Espanha são as “saídas” do continente para os brasileiros que precisam voltar ao país. De acordo com a Infraero, estatal que administra os aeroportos nacionais, os voos vindos desses países estão chegando normalmente.
Também não há registros de cancelamentos de voos vindos de Roma, onde o aeroporto se mantém aberto. Na Espanha, 11 aeroportos estão fechados – mas os voos para o Brasil partindo de Madri operam normalmente.
No aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, o principal do país, dez voos foram cancelados neste domingo, vindos de Milão, Frankfurt, Munique, Londres, Paris e Zurique. A Infraero ainda não tinha o balanço de voos cancelados no aeroporto do Rio de Janeiro.
Fonte: G1 (com informações de agências internacionais)
Menina aguarda voo no aeroporto dde Frankfurt, na Alemanha
O caos no transporte aéreo na Europa continua neste domingo sem previsão de término. Milhares de passageiros permanecem no aguardo de voos que vêm sendo cancelados há quatro dias, desde o início da erupção do vulcão Eyjafjallajoekull, na Islândia, que lançou uma nuvem de partículas vulcânicas na atmosfera.
A maioria dos aeroportos internacionais europeus continua inoperante e 18 países permanecem com o espaço aéreo totalmente fechado, enquanto a nuvem vulcânica não se dissipa. Segundo a Agência Europeia para a Segurança na Navegação Aérea (Eurocontrol), está totalmente restrito o tráfego aéreo da Bélgica, Estônia, Finlândia, Reino Unido, Holanda, Dinamarca, Polônia, Croácia, Hungria, Suécia, Eslovênia, República Tcheca, Romênia, Suíça, Sérvia, Bulgária, Letônia e Eslováquia.
Há fechamentos parciais nos céus da Alemanha, Itália, França, Áustria, Irlanda, Noruega, Letônia e Ucrânia. Cerca de 20 mil voos foram ou serão cancelados hoje.
No sábado, cerca de 17 mil voos, três quartos dos voos previstos, foram cancelados. Passageiros estão buscando alternativas como trens, ônibus e barcas. O serviço Eurostar, que liga a Grã-Bretanha ao continente europeu está lotado até segunda-feira.
Especialistas acreditam que as cinzas expelidas pelo vulcão – uma mistura de partículas de vidro, areia e rocha – podem danificar seriamente os aviões, entupindo as turbinas e fazendo com que os motores parem de funcionar em pleno ar.
Nuvem está parada
Segundo o glaciologista britânico Matthew Roberts, que trabalha no serviço de meteorologia da Islândia, o vulcão já está produzindo menos cinzas. No entanto, meteorologistas afirmam que as condições meteorológicas continuam não colaborando para dissipar a nuvem de cinzas vulcânicas. De acordo com Brian Golding, chefe de pesquisa de previsão da Agência Meteorológica Britânica (Met Office), ela deve permanecer sobre o país "durante vários dias". "Precisamos de uma mudança na direção dos ventos que permaneça assim durante vários dias. E não há qualquer sinal disso no futuro imediato", disse Golding.
A erupção do vulcão se mantém estável e nas últimas 36 horas não foi registrado o aumento das águas por causa do derretimento da geleira. O derretimento estava acontecendo, embora em menor velocidade, em quantidade suficiente para que a água alcançasse o magma e causasse explosões. Entre 100 e 150 milhões de metros cúbicos tinham derretido até ontem, cerca de 10% a 15% do gelo depositado na base do vulcão.
A fissura vulcânica tem uma longitude de cerca de um quilômetro e se estende do norte ao sul na parte sudoeste do alto da cratera.
Veja fotos da situação nos aeroportos
Dinamarca, Suécia, Noruega e Finlândia
Os espaços aéreos da Dinamarca, Suécia, Noruega e Finlândia continuavam fechados neste domingo. A entidade estatal que controla a navegação aérea na Dinamarca, a Naviair, estendeu hoje as restrições totais até às 22h (de Brasília). Na Finlândia, o fechamento total do espaço aéreo foi prorrogado até às 13h da segunda-feira. A Agência de Administração da Aviação Civil sueca limitou as restrições até às 10h de hoje, incluindo algumas regiões do norte do país que tinham estado abertas de forma limitada durante algumas horas os últimos dias. Já a Avinor, estatal que controla o tráfego aéreo e os aeroportos noruegueses, decretou a abertura de uma ampla área, desde Kristiansund, no centro do país, até Berlevag, na província de Finamarca, fronteira com a Rússia.
Grã-Bretanha, Irlanda, República Tcheca e Itália
A proibição de voos na Grã-Bretanha foi estendida até as 19h deste domingo (15h, no horário de Brasília. As autoridades afirmaram que a decisão foi tomada após consultar a última previsão do Escritório de Meteorologia, que mostram que a nuvem de cinzas continua cobrindo a prática totalidade do espaço aéreo britânico. O tráfego aéreo está fechado no Reino Unido desde a manhã da quinta-feira.
O professor Brian Golding, chefe de previsões do Escritório Meteorológico britânico, disse que é provável que a nuvem vulcânica permaneça sobre o Reino Unido durante vários dias mais.
"Em termos de fechamento de espaços aéreos, isso é pior que 11 de setembro. A interrupção é pior do que qualquer coisa que já vimos", disse um porta-voz do órgão que regulamenta a aviação na Grã-Bretanha, a Civil Aviation Authority.
Outros países que confirmaram hoje o fechamento de todos os aeroportos para pousos e decolagens até segunda-feira foram República Tcheca e Irlanda. O espaço aéreo de ambos não abrirá antes do início da tarde de amanhã (na hora local).
Enquanto isso, os aeroportos do norte da Itália continuavam fechados, o que levou a um excesso da demanda do serviço ferroviário, que ficou lotado. Segundo a Sociedade Aeroportuária de Milão, citada pelo "Corriere della Sera", calcula-se que ao redor de 50 mil pessoas tiveram que perder a viagem até agora. O Ente Nacional de Aviação Civil italiano (Enac) dispôs ontem o fechamento dos aeroportos do norte do país até a segunda-feira 19 de abril.
Suíça, Bélgica, Holanda e Alemanha
O espaço aéreo suíço permanecerá fechado, pelo menos, até as 14h (9h, Brasília) de segunda-feira, segundo anunciou hoje o Escritório Federal de Aviação Civil. A decisão amplia ainda mais a proibição de voos na Suíça, que ainda hoje tinha sido estendida até a manhã de segunda-feira. O espaço aéreo da Suíça permanece fechado desde a meia-noite de sexta-feira (19h de quinta).
Na Bélgica, o fechamento do espaço aéreo foi prolongado até pelo menos às 10h.
Já a Holanda prolongou o fechamento de seu espaço aéreo até, pelo menos, as 10h horas (Brasília). O aeroporto de Schiphol de Amsterdã, um dos que operam mais voos na Europa, vai continuar fechado "até novo aviso".
O espaço aéreo alemão permanecerá fechado pelo menos até às 16h de hoje (horário de Brasília) como consequência da nuvem de cinzas de um vulcão islandês que afeta ao tráfego aéreo europeu, informaram hoje as autoridades aeroportuárias. O bloqueio afeta os 16 aeroportos internacionais do país assim como todos os regionais.
Na Alemanha e na Holanda, as companhias aéreas Lufthansa e KLM realizaram voos de teste e estudam as aeronaves para detectar qualquer problema que possa ter sido provocado pelas partículas vulcânicas. As empresas ainda não divulgaram conclusões definitivas sobre as experiências.
A holandesa KLM afirmou que uma de suas aeronaves, um Boeing 737, atingiu a sua altitude máxima de cruzeiro, sobrevoando a Holanda a cerca de 13 km, e não registrou problemas durante o voo.
Na Alemanha, a Lufthansa afirmou ter realizado dez voos entre Frankfurt e Munique. "Todos os aviões foram inspecionados ao pousar em Frankfurt, mas não detectamos danos às janelas da cabine dos pilotos ou à fuselagem e nenhum impacto sobre os motores", disse um porta-voz.
Mesmo assim, a previsão é que o espaço aéreo da Holanda e da Alemanha permaneça fechado até as 14h e 19h, respectivamente. As autoridades aéreas só vão liberar os voos no país depois de extensos testes técnicos em terra para detectar qualquer possível avaria aos sistemas.
Bulgária, Estônia, Letônia e Lituânia
A Bulgária fechou indefinidamente seu espaço aéreo desde as 9h hora local (3h de Brasília) de hoje informou à Efe em Sófia fontes do Ministério de Transporte. Essas fontes acrescentaram que devido à nuvem de cinzas todos os aeroportos do país balcânico permanecerão fechados, por isso que não haverá nem aterrissagens nem decolagens.
O espaço aéreo de Estônia, Letônia e Lituânia continuará fechado pelo menos até a tarde de hoje. Fontes da Direção de Aeronáutica da Lituânia informaram que a medida vai ficar em vigor até as 16h local (12h de Brasília). Restrições similares foram impostas pelas autoridades da Letônia e Estônia, as outras duas repúblicas bálticas que fizeram parte da extinta União Soviética. O espaço aéreo dos países bálticos permanece fechado desde a sexta-feira passada.
Funeral afetado
Os funerais e o enterro do presidente polonês, Lech Kaczynski, e sua esposa Maria, mortos há oito dias em acidente aéreo, acontecem hoje na Cracóvia com a ausência em massa da maioria dos estadistas mundiais que tinham anunciado sua presença nas exéquias.
A nuvem de cinza vulcânica que paralisa o tráfego aéreo em uma grande parte da Europa causou a suspensão da viagem à Cracóvia do presidente americano, Barack Obama, e também de lideres geograficamente mais próximos como o presidente francês, Nicolas Sarkozy, a chanceler alemã, Angela Merkel, o rei Juan Carlos da Espanha, o príncipe de Gales e o rei Carl Gustav da Suécia.
A princípio tinham anunciado sua presença nos funerais do presidente polonês altas representações de 98 países, embora desde as primeiras horas da tarde do sábado começaram a acontecer os cancelamentos, começando pelos países mais afastados como foi o caso da Nova Zelândia, Japão, Coreia do Sul, Paquistão e Índia.
Prejuízos milionários
Somados às dificuldades enfrentadas por milhares de pessoas, estão prejuízos milionários provocados pela nuvem vulcânica. Além dos voos europeus, a grande maioria dos voos transatlânticos – apenas 55 de 337 viagens previstas foram realizadas – também está sendo cancelada, bem como os voos da China para a Europa.
Em cidades como Bangcoc e Cingapura, cujos aeroportos são muito usados como escalas para voos da Ásia para a Europa, as informações são de que a ocupação dos hoteis está próxima de sua capacidade máxima.
A estimativa é que o caos aéreo esteja provocado prejuízos de cerca de US$ 200 milhões (cerca de R$ 350 milhões) por dia às companhias aéreas. Para os passageiros ilhados, a conta pode incluir despesas imprevistas com diárias de hotel, extensão de seguros de viagem, médicos e com alimentação, entre outros.
De acordo com o editor de economia da BBC Robert Peston, os problemas podem se transformar em um "grande desastre econômico", já que várias companhias aéreas vinham atravessando dificuldades financeiras mesmo antes do caos vulcânico.
Peston afirma que, segundo informações de executivos das empresas aéreas, se os problemas continuarem por muito mais dias, várias delas vão afundar em dificuldades financeiras e talvez precisem de socorro dos governos.
Fonte: UOL Notícias (com agências internacionais) - Foto: AP