terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Julgamento do acidente com um Concorde em 2000 começa em Paris

Dez anos depois do acidente com um Concorde quando decolava de Paris rumo a Nova York e no qual morreram 113 pessoas, começa nesta terça-feira em Paris o julgamento para determinar a responsabilidade dessa catástrofe aérea que pôs fim ao mito do avião supersônico.

Seis acusados comparecerão ante o Tribunal Correcional de Pontoise, norte de Paris.

Em 25 de julho de 2000, dois minutos depois de decolar rumo a Nova York, um Concorde da Air France se chocou contra um hotel na localidade de Gonesse, causando a morte das 109 pessoas a bordo, em sua maioria alemães, e quatro em terra.

O Escritório de Investigações e Análises (BEA), autoridade francesa encarregada dos aspectos técnicos do acidente, elaborou seu informe ao final de 18 meses, mas a instrução do sumário penal levou oito anos.

As investigações do BEA concluíram que o acidente foi provocado por uma lâmina de titânio que se desprendeu de um avião DC10 da Continental Airlines, que acabara de decolar do aeroporto parisiense Charles de Gaulle.

Uma pneu do Concorde estourou depois de passar sobre essa lâmina. Os pedaços expelidos depois do estouro esburacaram o depósito de combustível, o que provocou um vazamento de combustível e um incêndio. Em seguida, explodia pela primeira vez um exemplar do emblemático avião.

A americana Continental Airlines, dois de seus funcionários, dois ex-chefes do programa Concorde e um da Direção-Geral da Aviação Civil (DGCA), responsável pela segurança do transporte aéreo, foram indiciados por homicídio culposo.

Continental Airlines negou qualquer responsabilidade e afirma que o aparelho pegou fogo antes de passar por cima da lâmina.

Depois do acidente, os Concordes da Air France e da British Airways permaneceram 15 meses em terra. E, depois de retomar seus voos por pouco tempo, deixaram de voar em 2003.

Fonte: AFP

Brasileiros envolvidos em confusão em voo da TAM falam pela primeira vez

Ela, o namorado e três franceses foram ouvidos por juiz em processo.

Confusão ocorreu em voo da TAM para Paris em dezembro.


Casal conversa com advogado depois de audiência

Após ser ouvida pelo juiz federal Alessandro Diaferia, a publicitária Elen Cunha, de 24 anos, desabafou: “eu me sinto injustiçada, ainda estou tentando entender o que tenho a ver com isso, porque não fiz nada”. Ela, o namorado e três franceses foram denunciados pelo Ministério Público por tumultuar um voo da TAM em dezembro do ano passado e tentar impedir a viagem.

A jovem e o namorado, o músico Frederico Ritchie, 31, falaram pela primeira vez sobre o caso. Em entrevista ao G1 no fim da tarde da segunda-feira (1), após a audiência na Justiça Federal de Guarulhos, na Grande São Paulo, ela deu sua versão para a história. "A gente estava esperando o avião decolar. Fiquei vendo filme. Só queria que aquela espera acabasse.” A sessão com o juiz começou às 11h e terminou pouco antes das 18h.

A aeronave que faria o voo JJ 8096 (Guarulhos-Paris) apresentou problemas e não decolou. No entanto, Elen, Ritchie e os três franceses (dois homens e uma mulher) afirmam que todos os passageiros tiveram de esperar por mais de três horas até que tivessem alguma resposta da companhia aérea. Todos acabaram descendo do avião, mas antes houve uma discussão.

O casal disse que “não viu nada” porque estava nos fundos da aeronave – a confusão foi na parte da frente, onde estavam os franceses. Ritchie contou que começou a filmar com o celular a movimentação dos passageiros em pé, narrando em primeira pessoa que todos estavam ali, esperando. “Gravei uma aeromoça passando e ela mandou parar. Se eu não parasse, ela ameaçou me processar.”

Os dois, que viajariam para a França a passeio, acham que foram presos só por causa dessa filmagem. “Fiquei dois dias na prisão. Foram os piores momentos da minha vida”, admitiu Elen. Já os franceses ficaram cinco dias presos e chegaram a ser transferidos para um presídio.

Acusação

Nesta segunda, o juiz ouviu os cinco réus, seis testemunhas de acusação (comissários de bordo, o comandante do avião e agentes da Polícia Federal) e duas de defesa (passageiros), totalizando 13 pessoas. O Ministério Público Federal pediu cinco dias para se manifestar e depois disso a defesa dos acusados tem o mesmo prazo. “Estamos muito confiantes na decisão da Justiça”, contou o advogado do casal, Fernando Abrahão.

De acordo com o MPF, todos foram acusados de atentar contra a segurança aérea ao tentar invadir a cabine do piloto e impedir o prosseguimento da viagem. Na ocasião, a própria assessoria de imprensa da TAM informou que o avião demorou a decolar porque apresentou problemas mecânicos.

Em entrevista no dia 22 de dezembro, os franceses negaram ter agredido qualquer comissário de bordo, mas admitiram que havia passageiros revoltados. Um dos réus é o aposentado Michel Ilinskas, 61, o único a ser acusado também por resistência à prisão e desacato. Ele saiu do avião algemado. A cena foi filmada e colocada no Youtube.

Fonte e foto: Carolina Iskandarian (G1)

Precário, Aeroporto de Vitória irrita passageiros

A investigação da Polícia Federal que apontou um desvio de R$ 61 milhões nas obras do Aeroporto de Vitória é refletida no atual momento que passa o terminal aeroviário no Estado. Guichês de companhias e saguão lotados por falta de espaço; salas únicas para embarque e desembarque; pista única e obras de ampliação atrasadas. O resultado de todos estes fatores não poderia ser pior para o Espírito Santo: insatisfação dos passageiros, principalmente dos turistas.

Aeroporto de Vitória: guichês de companhias e saguão lotados por falta de espaço

Na tarde desta segunda-feira (01) o aeroporto estava tumultuado por conta das chegadas e partidas de voos. O ator Wander Gomes, do Rio de Janeiro, estava retornando para casa após passar uns dias no Espírito Santo. Foi a primeira vez que ele visitou o Estado. A impressão que teve logo ao desembarcar não foi das melhores.

"Não dá para acreditar que há um aeroporto como este em uma capital brasileira. Pior que isso, uma cidade turística. Eu tive problemas logo que cheguei com minhas bagagens. Foi uma confusão enorme pois só tem uma esteira pequena para atender dezenas de passageiros desembarcando com bagagens. Já viajei por muitas capitais e infelizmente problemas em aeroportos só encontrei no de Vitória", declarou.

O empresário capixaba Júnior Santos (foto) que faz ao menos 70 viagens de avião por ano disse que sente vergonha de receber empresários de outros estados e de fora do país num aeroporto com a estrutura que o de Vitória apresenta.

"Eu já viajei para todas as capitais do Brasil e 26 países do mundo e infelizmente o aeroporto de Vitória é o onde encontro mais dificuldade. É um absurdo, não tem espaço para nada. Fico envergonhado ao receber convidados de fora para visitar uma cidade tão bonita, mas com um aeroporto como este", disse.

A médica paulista Fabiana Caldeira reclamou que teve que ficar em pé, com o filho de colo, pois não tinha lugar para sentar devido a lotação do saguão. A criança conseguiu ser acomodada num carrinho cedido pela companhia aérea na qual ela iria viajar.

"O aeroporto é muito pequeno e não oferece infraestrutura alguma para quem precisa permanecer mais tempo nele por conta de atrasos no voo. Eu estou com criança e quando cheguei aqui não tinha ao menos lugar para sentar. Tem que melhorar muito esse aeroporto, visto que Vitória é uma cidade turística.

O deputado federal Lelo Coimbra (PMDB) disse que acionou o líder da bancada federal, deputado Camilo Cola (PMDB) para convocar uma reunião para esta terça-feira (02), em Brasília, com os demais parlamentares capixabas. O deputado quer garantir uma reunião ainda nesta semana com o Ministro da Defesa Nelson Jobim, para ter a garantia dele de que o cronograma das obras do novo aeroporto não será prejudicado por conta deste fato.

Fonte: Gazeta Online - Fotos: Gabriel Lordêllo/GZ

Gol recebe avião histórico da Boeing

A Boeing entregou à companhia aérea brasileira Gol, no último mês de dezembro, a unidade número 3.133 do seu modelo 737 Next Generation. Com isso, a fabricante americana de aviões atingiu em apenas 12 anos o número de unidades fabricadas em todas as linhas anteriores do 737, que duraram 32 anos, informou a empresa nesta segunda-feira.

No dia 23 de dezembro, a Gol recebeu duas unidades do 737-800. Atualmente, segundo a Boeing, sua fábrica em Renton, no Estado americano de Washington, tem a capacidade de produzir 31 unidades do 737 por mês. Os funcionários da empresa agora montam um avião desta linha em dez dias ante os 22 dias exigidos nas versões anteriores.

De acordo com a fabricante, os 737 Nex Generation são usados por 121 companhias aéreas, são mais leves, consomem menos combustível, emitem menos poluentes e são mais econômicos de operar e manter. A Boeing destaca ainda que o modelo é versátil, sendo usado para fins militares, de vigilância, para uso privado e aviação comercial, nas companhias de baixo custo até aquelas que prestam serviço premium.

Fonte: Terra - Foto: Divulgação/Boeing

Pentágono congela pagamentos à Lockheed Martin

O Pentágono vai congelar os 614 milhões de dólares que deveria pagar ao construtor aeronáutico Lockheed Martin, alegando problemas e atrasos no programa dos caças F-35, anunciou nesta segunda-feira (1) o secretário da Defesa, Robert Gates.

"As performances e evolução do F-35 nos dois últimos anos não foram as que deviam ser", afirmou Gates.

"Os critérios definidos para essa performance não foram preenchidos", o que justifica o congelamento do pagamento previsto, adiantou.

O F-35 é um caça furtivo construído pela Lockheed Martin para substituir, a termo, o F-16.

Fonte: Agência Lusa/Diário Digital - Foto (o F-35 em voo teste): defenseindustrydaily.com

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Foto do Dia

Clique sobre a imagem para ampliá-la

Boeing 747-412F/SCD, prefixo 9V-SFF, da Singapore Airlines Cargo, em aproximação ao Aeroporto Internacional de Los Angeles (LAX/KLAX), na Califórnia, EUA, em janeiro de 2010.

Foto: Josh May (Airliners.net)

Justiça ouve passageiros acusados de tumultuar avião em SP

Os passageiros detidos no Brasil foram acompanhados pelo cônsul francês (dir.)

A Justiça informou que foi realizada nesta segunda-feira, na 4ª Vara Federal em Guarulhos, São Paulo, uma audiência para ouvir três franceses e dois brasileiros acusados de terem provocado tumulto num voo da empresa aérea TAM, no final de 2009.

O grupo foi denunciado pelo crime de atentado contra a segurança aérea, em razão do tumulto e da tentativa de invasão da cabine do piloto durante o procedimento de decolagem, na madrugada do dia 7 de dezembro, no aeroporto internacional de Cumbica, em São Paulo.

Um dos acusados, Antonio do Nascimento, 63 anos, que trabalha no ramo de eletrotécnica, disse em dezembro que não houve qualquer tipo de tumulto dentro do avião que justificasse a prisão. Segundo ele, a prisão só aconteceu porque uma das aeromoças apontou o grupo aos policiais federais.

Durante o depoimento, em cerca de seis horas de duração, o juiz federal Alessandro Diaferia ouviu os argumentos dos cinco réus, de seis testemunhas de acusação e duas de defesa. Ao término, o Ministério Público Federal (MPF) pediu prazo de cinco dias para se manifestar. Também foi dado prazo de cinco dias para a defesa entregar sua manifestação.

No dia 20 de janeiro, o juiz recebeu a denúncia proposta pelo MPF contra cinco acusados por crime de atentado contra a segurança aérea, em razão do tumulto e da tentativa de invasão da cabine, durante o procedimento de decolagem do voo JJ8096. Na ocasião, o juiz deu prazo de dez dias para os acusados apresentarem defesa por escrito no processo.

Após o recebimento da manifestação enviada pela defesa, o juiz decidiu pela continuidade do processo. "Não há que se falar em absolvição sumária em relação aos acusados, uma vez que não estão presentes as hipóteses previstas no artigo 397 do Código de Processo Penal, quais sejam, causa excludente da ilicitude do fato, excludente de culpabilidade, extinção de punibilidade e evidência de que o fato narrado não constitui crime", diz a decisão.

O juiz concluiu que a oitiva das testemunhas era "essencial e imprescindível para a resolução do caso", de modo que qualquer juízo sobre a precedência da acusação seria, na ocasião, precipitado se ocorrido antes de terminada a instrução processual.

Ao término da audiência de hoje, o processo seguiu para manifestação das partes. Após o seu retorno, será encaminhado ao juiz para sentença.

Fonte: Terra - Foto: Reinaldo Marques/Terra

Governo sul-africano investiga aumento de passagens aéreas durante a Copa

Denúncias dão conta de que companhias do país teriam planejado a formação de um cartel para inflacionar o preço dos bilhetes

O governo sul-africano abriu uma investigação para averiguar as denúncias de que sete companhias aéreas tenham planejado um cartel para aumentar os preços dos voos durante a Copa do Mundo de 2010. As empresas investigadas são: South African Airways, 1time, Airlink, SA Express, Mango e Comair (que inclui Kulula e os voos locais da British Airways). Com exceção da South African Airways (SAA), a maior empresa aérea do país, todas as demais companhias negaram as denúncias.

Em nota, a South Africa Airways disse estar disposta a colaborar com o processo em troca de isenção de pena. A empresa forneceu ao governo os emails trocados entre as companhias planejando o esquema.

“A SAA se comprometeu a cooperar plenamente com a comissão em torça de imunidade no processo baseado na Lei da Concorrência", diz um trecho do comunicado emitido pela empresa.

Zukile Nomvete, chefe do gabinete presidencial responsável pelos assuntos ligados à Copa de 2010, garantiu que tudo será esclarecido e resolvido a tempo de assegurar que o episódio não prejudique o torneio e a África do Sul enquanto destino turístico.

- Recebemos inúmeras queixas quanto ao preço dos bilhetes de avião para a Copa do Mundo e tomamos a iniciativa de solicitar à Comissão da Concorrência uma investigação - afirmou Nomvete a um jornal local.

Em 2006, a South African Airways foi condenada a pagar uma multa de cerca de US$ 8 milhões por comportamento anticoncorrencial ao participar de um esquema parecido, e envolvendo a companhia alemã Lufthansa.

Na semana passada, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, admitiu estar bastante preocupado com os preços e a pouca oferta de passagens aéreas para o período da Copa do Mundo.

- O transporte aéreo ainda é uma questão a ser trabalhada. Mas ao mesmo tempo é um processo natural, assim como acontece no natal ou no ano novo. Se todos resolvem ir para o mesmo lugar ao mesmo tempo, não há oferta para todos - disse Valcke, durante uma entrevista coletiva na última quarta-feira.

Devido às grandes distâncias entre as cidades-sede do torneio, os voos locais serão de grande importância em toda a competição. A Fifa garantiu que voos extras serão providenciados, no entanto os preços exorbitantes, tanto das passagens aéreas quanto dos pacotes turísticos, têm repelido os visitantes. Muitos hotéis aumentaram suas tarifas em até cinco vezes em relação a outras épocas do ano. Na semana passada, um grupo de turistas europeu desistiu de viajar ao país por causa das altas nos preços de acomodação e transporte.

Fonte: Marta Reis (globoesporte.com)

Avião que monitorava trânsito faz pouso de emergência e congestiona estrada

Incidente ocorreu no estado americano de Nova Jersey.

Ninguém ficou ferido, segundo as autoridades.


O monomotor Cessna 152, prefixo N6103P, da empresa Out of The Blue Inc., foi obrigado a fazer um pouso de emergência em uma rodovia em Nova Jersey nesta segunda-feira (1), provocando um congestionamento inesperado. Ninguém se machucou.

O porta-voz da rodovia, Joe Orlando, disse que o avião, com duas pessoas a bordo, pousou nas faixas sentido norte,em Cherry Hill, próximo a Haddonfield, pouco antes das 7h, a cerca de 8 km da Filadélfia.

O avião era usado para dar boletins de trânsito para uma rádio e uma TV local.

A agência federal de aviação dos EUA disse que o pouso foi uma precaução, porque havia uma indicação de baixa pressão do óleo.

Um caminhão foi usado para retirar o avião, que estava interrompendo parcialmente a passagem de carros.



Fontes: AP via G1 / ASN - Foto: AP

Ex-campeão de F-1 pilota avião para inaugurar nova rota

O ex-piloto e tricampeão de Fórmula 1 Niki Lauda fez um voo promocional nesta segunda-feira com um dos aviões de sua companhia aérea, a Niki Luftfahrt, para inaugurar o destino de Sófia, na Bulgária. A empresa austríaca vai operar voos na Europa, entre Viena, na Áustria, e a capital búlgara.

O tricampeão de Fórmula 1 veio ao Brasil em março do ano passado para receber o primeiro dos cinco aviões da Embraer que ele comprou para sua companhia aérea. Cada aeronave, do modelo Embraer 190, tem valor estimado em US$ 39,5 milhões (cerca de R$ 82,7 milhões).

Fonte: Terra (com informações da agência AP) - Foto: EPA / BGNES / AP

Aeroportos britânicos vetam voo de passageiros que recusam scanner

Heathrow e Manchester tornam obrigatório o scanner de corpo para passageiros escolhidos.

Autoridades da Grã-Bretanha determinaram que alguns passageiros dos aeroportos de Heathrow e Manchester agora terão que passar, obrigatoriamente, pelo scanner de corpo para embarcar em seus voos.

"Se um passageiro for escolhido para passar pelo scanner e se recusar, ele não poderá embarcar", afirmou o ministro dos Transportes britânico, Andrew Adonis, em uma declaração enviada à Câmara dos Comuns.

O ministro afirmou que, no futuro próximo, apenas um pequeno número de passageiros será selecionado para passar pelo scanner de corpo.

Os dois primeiros scanners foram instalados em Heathrow e Manchester nesta segunda-feira e, até o final de fevereiro, também será instalado um em Birmingham.

No entanto, as novas regras de segurança para os aeroportos britânicos estão causando polêmica - alguns ativistas reclamam que os scanners ferem a privacidade dos passageiros, já que os aparelhos produzem uma imagem das pessoas "nuas".

Direitos dos passageiros

Os aparelhos usam ondas eletromagnéticas em todo o corpo dos passageiros para recriar uma imagem tridimensional que revela se há objetos escondidos sob as roupas. O scanner substitui o método tradicional de revista, feito por apalpamento.

A máquina já está sendo usada no Terminal 2 do Aeroporto de Manchester desde outubro de 2009, com a instalação de mais aparelhos planejada para os Terminais 1 e 3 até o fim de fevereiro.

O Ministério dos Transportes britânico já publicou um código de conduta provisório para tratar da questão da privacidade, saúde e segurança, proteção de informações e questões relacionadas à igualdade.

"O código vai determinar que os aeroportos usem o scanner de forma responsável, levando em conta os direitos dos passageiros", afirmou Andrew Adonis.

"A imagem gerada pelo scaner de corpo não pode ser arquivada ou capturada e os seguranças que observam as imagens não poderão reconhecer as pessoas', afirmou a chefe de atendimento ao consumidor do Aeroporto de Manchester Sarah Barrett.

Barrett também garantiu que o scanner de corpo não permite que os seguranças do aeroporto vejam os passageiros nus.

A introdução dos scanners de corpo foi anunciada depois da tentativa fracassada do estudante nigeriano Umar Farouk Abdulmutallab de explodir um avião que viajava da Holanda aos Estados Unidos, no dia 25 de dezembro de 2009.

Fonte: BBC Brasil via Estadão - Foto: Paul Ellis/AFP

Passeio com 'avião' submarino custa R$ 211 mil

E você, pagaria todo esse dinheiro para nadar com os golfinhos?

Batizado de Nymph, o veículo, a ser lançado em breve, pode descer a uma profundidade superior a 10 mil metros.


Depois de viagens ao espaço, a ida às profundezas do planeta Terra. O Grupo Virgin, do bilionário inglês Richard Branson, que já vende viagens para fora dos domínios deste planeta, agora quer explorar o fundo do mar. A Virgin acaba de anunciar seu último veículo, uma espécie de avião submarino, que usa tecnologia semelhante à de jatos para mergulhar a uma profundidade de 10,7 mil metros.

Com a habilidade de dar loopings, a expectativa é que em breve o veículo leve turistas para explorar o fundo do mar e "nadar", literalmente, lado a lado com os golfinhos. Mas a aventura tem um preço. E não será barato. Batizado de Nymph, o protótipo de R$ 1,25 milhão, poderá ser alugado por cerca de R$ 45 mil por semana.

Mas não para qualquer um. Será necessário que o turista já esteja alugando o catamarã de luxo de Branson, o Necker Belle. O barco não sai por menos de R$ 165,6 mil, segundo o blog Odd News.

Para os endinheirados que puderem se dar ao luxo, o Nymph proporcionará uma visão de quase 360 graus para seus ocupantes e sua aerodinâmica permitirá ainda diminuir a pressão do atrito, atingindo velocidades impensáveis para veículos que não sejam fechados.

Fonte: Época Negócios - Imagem: Reprodução

Ryanair mostra porque gosta de recessões...

...e sobretudo de combustível mais barato

A queda do preço do combustível de avião permitiu à low cost Ryanair economizar 450,1 milhões de euros nos primeiros nove meses do exercício 2009/2010, embora voando mais, e triplicar o lucro operacional para 454 milhões, embora com um decréscimo das receitas em 2%, pela queda da tarifa média em 16%.

O balanço publicado hoje pela low cost, que em Portugal opera para o Porto e para Faro, mostra porque o seu Chief Financial Officer, Howard Millar, em declarações citadas pela imprensa internacional, afirmava: “em geral somos muito positivos quanto à recessão”.

A companhia diz no balanço que nos nove meses de 1 de Abril, início do exercício em curso, a 31 de Dezembro as receitas ascenderam a 2.378,7 milhões de euros, menos 1,5% que no período homólogo do exercício anterior, com uma queda de 3,5% nas receitas de passagens, para 1.893 milhões, parcialmente compensada por um crescimento em 7% das chamadas receitas complementares, para 485,7 milhões.

A informação destaca que a queda das receitas de passagens, no entanto, ficou muito abaixo da redução do preço médio dos bilhetes, que diz ter sido de 16%, porque a sua estratégia de cortar nos preços teve como reflexo um aumento do número de passageiros transportados, que de acordo com os dados publicados mensalmente pela low cost foi de 14,7% ou cerca de 6,7 milhões, para 52,38 milhões.

Este crescimento da operação, associado ao incremento das chamadas receitas complementares, em que a Ryanair é uma das líderes mundiais, permitiu à low cost não só ganhar quota de mercado como conter o decréscimo de receitas, ao contrário do que aconteceu com a generalidade das companhias aéreas a nível mundial.

Mas o “segredo” da melhoria da rentabilidade esteve, principalmente, na redução de custos e, mais especificamente, na queda do preço do combustível de avião.

A Ryanair teve uma queda média dos custos operacionais de 15%, para 1.924,7 milhões de euros, embora, como salienta, a sua operação tenha aumentado, porque teve uma redução do custo por passageiro de 26%, com “a parte de leão” a vir do combustível.

A factura de jet fuel baixou de 1.116,5 milhões de euros, nos nove meses de 1 de Abril a 31 de Dezembro de 2008, para 666,4 milhões, no período homólogo de 2009, o que significa que passou de 49% dos custos operacionais para 35%.

Este decréscimo em 40% da factura de combustíveis ocorreu foi o que permitiu à low cost expandir a operação sem agravamento dos custos operacionais e ter margem para baixar preços e, dessa forma, ganhar mercado.

O balanço da low cost destaca que mesmo excluindo a redução propiciada pela queda do preço do combustível de avião, o custo unitário (por passageiro) decresceu 5%, mas neste caso porque o incremento médio foi inferior ao do número de passageiros transportados.

Para esta evolução contaram, sobretudo, os decréscimos de 11,3% nas amortizações, para 169 milhões de euros, e de 3,6% nas despesas de marketing e distribuição, para 102 milhões.

Contribuíram ainda para a redução do custo unitário os incrementos limitados dos gastos com aeroportos e handling, que foi de 3,7%, para 357,2 milhões de euros, e com pessoal, que foi de 6,8%, para 250,8 milhões.

As rubricas que “descarrilaram” foram materiais de manutenção e reparações, com +21,4%, para 60,2 milhões, rendas de leasing de frota, com +21%, para 69,6 milhões, e taxas de navegação aérea, com +16,1%, para 253,2 milhões.

Estes incrementos, como a queda da receita média por passageiro, não impediram que pelo crescimento do número de passageiros transportados e pela queda do preço do combustível de avião, a Ryanair tenha registado uma subida da margem operacional em 13 pontos, para 19%, e que a margem líquida tenha subido de 5% para 11%.

A Ryanair apresentou nos nove meses de 1 de Abril a 31 de Dezembro de 2009 um lucro líquido de 376,1 milhões de euros, mais 232,5% do que no período homólogo do exercício 2008/2009, em que, pela primeira vez em 20 anos de existência, teve prejuízos, pela desvalorização da sua participação na Aer Lingus.

Fonte: Presstur (Portugal)

Falsa ameaça de bomba causa pouso de emergência na Turquia

Um avião da Pegasus Airlines fez um pouso de emergência no domingo (31/01) no Aeroporto Internacional Esenboğa, em Ancara, na Turquia, após sofrer uma ameaça de bomba durante o voo H9-190, entre Istambul e Van, ambas cidades turcas.

O avião pousou em segurança e taxiou para uma área segura do aeroporto. Passageiros e tripilantes desembarcaram para que uma inspeção fosse realizada na aeronave.

Os passageiros a bordo do Boeing 737-800 da Pegasus disseram que não foram informados do porquê o avião ter feito o pouso de emergência em Ancara, informou a agência de notícias Anatolia.

Após passar por uma inspeção, a aeronave foi considerada segura e autorizada a continuar o voo para o Aeroporto Van Ferit Melen, com todos os 150 passageiros.

O avião chegou atrasado a Van, mas em segurança, após a aterrissagem de emergência em Ancara.

Esta é a segunda vez em uma semana que uma falsa ameaça de bomba trouxe problemas à voos na Turquia. Na sexta-feira passada, uma ameaça anônima de bomba foi feita por um passageiro, que estava atrasado para um avião partindo de Adana para Esmirna.

Fontes: Hurriyet Daily News / Aviation Herald

Boeing bate a cauda na pista durante a decolagem em Pequim

Clique sobre a foto para ampliá-la

Na sexta-feira passada (29/01) o Boeing 767-3Z9/ER, prefixo OE-LAZ, da Austrian Airlines, decolou da pista 01 do Aeroporto Internacional Pequim-Capital, em Pequim, na China, às 15:04 (hora local - 07:04 Z), quando a cauda da aeronave raspou a superfície da pista (tailstrike) logo após o trem de pouso principal ter deixado o chão.

O avião seguia para o voo OS-64 entre Pequim e Viena, na Áustria, com 182 passageiros e 10 tripulantes.

A despeito do incidente, a tripulação prosseguiu o voo para Viena, onde realizou uma aterrissagem segura.

A Austrian Airlines confirmou que a cauda estendida do Boeing teve contato com a superfície da pista mas, no entanto, como não houve nenhuma indicação do incidente na cabine do piloto, a tripulação continuou o voo.

Um exame no avião em Viena confirmou o contato com o solo, mas não revelou nenhum dano, de modo que o avião pôde partir para o próximo voo de volta para Pequim duas horas depois.

Fonte: Aviation Herald - Foto: BJ (Airliners.net)

Humor: 10 coisas que não se deve fazer no avião

Não estamos prontos para enfrentar um Impacto Profundo, concluem cientistas

Um novo relatório, preparado pelos cientistas do Conselho Nacional de Pesquisas dos Estados Unidos, levantou as ações necessárias e as opções disponíveis para identificar e enfrentar a ameaça de corpos celestes que ameacem colidir com a Terra.

As conclusões não são muito tranquilizadoras, mas apontam caminhos a serem seguidos para mudar a situação atual.

Meta imprecisa

O relatório estabelece novas ações possíveis que a NASA poderá utilizar para detectar asteroides e cometas em risco de colisão com a Terra.

Segundo o relatório, os 4 milhões dólares que os Estados Unidos gastam anualmente para detectar os chamados NEOs (Near-Earth Objects: objetos próximos à Terra) são insuficientes para que a agência espacial cumpra as recomendações feitas pelo Congresso norte-americano.

Em 2005, o Congresso daquele país estabeleceu para a NASA a meta de descobrir 90% dos NEOs com 140 metros de diâmetro ou mais até 2020. Obviamente a meta é imprecisa, já que é impossível descobrir 90% de um total desconhecido. Neste caso, são usadas as estimativas feitas pelos cientistas para o número provável desses objetos que existem no Sistema Solar.

Outra resolução do Congresso foi que o Conselho Nacional de Pesquisas determinasse a melhor maneira de alcançar essa meta. O relatório agora divulgado é a resposta a essa determinação.

Um raio-trator gravitacional usaria uma nave espacial para exercer uma força sobre o objeto, forçando-o a mudar gradualmente sua órbita para evitar a colisão com a Terra

Como encontrar asteroides em rota de colisão

Segundo o relatório, há duas abordagens que permitiriam à NASA alcançar seu objetivo de 2020 - e a abordagem escolhida dependerá das prioridades estabelecidas pelos políticos.

Se terminar o rastreamento dos objetos que ameaçam a Terra o mais próximo possível de 2020 for considerado o mais importante, então a melhor abordagem consistirá na utilização de um telescópio espacial para fazer observações em conjunto com telescópios terrestres adequados.

Se gastar a menor quantidade possível de recursos para cumprir os objetivos for considerado o mais importante, então será preferível usar apenas um telescópio terrestre adequado à tarefa - mas o prazo e a precisão poderão ficar comprometidos.

Monitorar objetos menores

O relatório também recomenda que a NASA monitore objetos menores - entre 30 e 50 metros de diâmetro - uma vez que pesquisas recentes sugerem que impactos de objetos dessas dimensões podem ser altamente destrutivos.

No entanto, o relatório salienta que a procura por objetos menores não deve interferir com o cumprimento do objetivo inicial. E, sobretudo, que, além desse esforço inicial, é necessário o estabelecimento de um esforço internacional para o monitoramento constante dos céus, a fim de detectar todos os NEOs perigosos.

E, segundo os especialistas, é necessário um esforço de pesquisas para estudar melhor os muitos aspectos ainda desconhecidos ligados tanto à detecção dos NEOs quanto às formas de enfrentar um eventual impacto.

O Observatório de Arecibo, em Porto Rico e o Goldstone Deep Space Communications Complex são vistos como essenciais nesse esforço. Embora estas instalações não sejam capazes de descobrir NEOs, eles desempenham um papel importante na determinação precisa das órbitas e da caracterização das propriedades de NEOs assim que eles são descobertos.

O tamanho do perigo

Os NEOs são asteroides e cometas que orbitam o Sol e que se aproximam ou cruzam a órbita da Terra. Um asteroide ou cometa que, calcula-se, tinha 10 km de diâmetro atingiu a península de Yucatán 65 milhões de anos atrás, causando uma devastação global, provavelmente eliminando um grande número de espécies animais e vegetais.

As pesquisas indicam que objetos tão grandes atingem a Terra apenas uma vez a cada 100 milhões de anos, em média.

Os estudos indicam que objetos menores do que os 140 metros de diâmetro que a NASA foi encarregada de identificar causariam prejuízos regionais. Esses impactos acontecem, em média, a cada 30.000 anos.

Até agora, a NASA tem sido muito bem-sucedida na detecção e rastreamento de objetos a partir de 1 km de diâmetro.

Embora os impactos gigantes sejam raros, um único impacto desses seria capaz de infligir danos extremos, levantando o clássico problema de como enfrentar uma possibilidade que é, ao mesmo tempo, tão rara e tão ameaçadora.

Técnicas de defesa contra os impactos

O relatório também analisa os métodos para se defender contra o impacto dos NEOS. Esses métodos são novos e ainda pouco estudados e avaliados, e nenhuma abordagem sozinha idealizada até hoje seria eficaz contra todos os tipos de objetos que podem colidir com a Terra.

Mas, desde que o alerta seja dado com uma antecedência suficiente, um conjunto com quatro tipos de mitigação seria adequado para enfrentar a ameaça de praticamente todos os NEOs, à exceção apenas daqueles realmente grandes.

Defesa civil

A chamada "defesa civil" é uma medida eficaz e economicamente viável para salvar vidas no caso de impactos de NEOs menores, sendo também uma parte necessária do esforço de mitigação para eventos maiores.

A defesa civil inclui a evacuação as áreas ameaçadas, a acomodação da população em abrigos e a criação de uma infraestrutura de emergência.

Raio-trator gravitacional

As técnicas conhecidas como raio-trator gravitacional usariam uma nave espacial para exercer uma força sobre o objeto, forçando-o a mudar gradualmente sua órbita para evitar a colisão com a Terra.

Esta técnica, contudo, seria prática apenas para NEOs pequenos (até 100 metros de diâmetro) ou, eventualmente, de médias dimensões (algumas centenas de metros).

Além disso, sua utilização exigiria que o impacto fosse previsto com décadas de antecedência. E, no entender dos especialistas, o raio-trator de gravidade, que poderia puxar ou empurrar o objeto lentamente, ainda está muito longe de ser viável dado o nível atual das tecnologias espaciais.

Métodos cinéticos

Os métodos cinéticos - colidir um veículo espacial contra o NEO para alterar sua órbita - poderiam ser uma boa defesa contra os objetos de tamanho médio (entre algumas centenas de metros e 1 quilômetro de diâmetro), mas também exigiria décadas de antecipação nas previsões do impacto.

Explosões nucleares

As explosões nucleares representam, segundo as conclusões do relatório, a única forma prática disponível atualmente para lidar com objetos grandes (com diâmetros maiores do que 1 km) ou como um sistema de backup para os NEOs menores se os outros métodos falharem.

Desconhecimento geral

A má notícia é que, apesar de todos estes métodos serem conceitualmente válidos, nenhuns deles está pronto para ser implementado a curto prazo, afirma o relatório.

A defesa civil e os projéteis para o impacto cinético são provavelmente os métodos mais próximos da prontidão, mas mesmo eles precisam ser mais estudados antes que se deposite muita confiança em sua eficácia.

Dado o nível atual de quase desconhecimento sobre muitos aspectos da ameaça representada pelos NEOs e das formas de lidar com eles, o relatório recomenda a criação de um programa científico revisado pelos pares - a norma padrão de realização de pesquisas reconhecidas como científicas - para estudar a questão a fundo.

Fonte: Site Inovação Tecnológica - Imagem: NASA

Como lidar com o jat lag

A rapidez com que os aviões nos transportam em torno do globo terrestre troca completamente as voltas ao nosso organismo. Saiba como minimizar o desconforto

O termo jat lag designa o estado de desequilíbrio entre o ritmo biológico do organismo humano e os indicadores externos ambientais que normalmente lhe servem de referência, causado pelas viagens de avião que cruzam o globo terrestre em direção a leste ou a oeste.

Como a luz do Sol é a referência mais importante de todas, não é de estranhar que o nosso "relógio biológico" se desoriente quando atravessamos rapidamente vários fusos horários e alteramos a sequência habitual do dia e da noite, dos períodos de atividade e de sono. A duração do voo pode influenciar o grau de cansaço, mas é menos relevante: por exemplo, atravessar os EUA de leste a oeste (três fusos horários) causa mais jat lag do que um voo de norte para sul com a mesma duração.

Desconforto

Quanto maior é a diferença horária entre o local de partida e o de chegada, mais acentuado é o jet lag e mais tempo é preciso para acertar o nosso organismo com o hora do destino: em média, cerca de um dia de recuperação por cada hora de diferença.

Verifica-se, ainda, que voar para leste causa um jat lag mais intenso do que no sentido inverso, embora não se conheça, ao certo, a causa.

A desorientação gerada pelo jat lag pode manifestar-se de várias formas. Os sintomas mais comuns são distúrbios de sono, insónia, cansaço, irritação, dores de cabeça, problemas de estômago e intestinais, diminuição do rendimento físico e mental. Mas podem surgir, também, diarreia, enjoos, taquicardia, desorientação, perdas de memórias e até acne.

O mal-estar é geral e afeta os planos físico, mental e emocional. O grau é variável e depende de cada pessoa, do seu estado geral, dos sintomas manifesta, da duração e da frequência dos voos.

Quem é afetado

Os passageiros sofrem mais do que as tripulações dos aviões, que já estão habituadas aos fatores que o originam e, além disso, movimentam-se mais durante os voos.

Por outro lado, as pessoas que têm uma rotina de vida muito rígida são as que sofrem mais com o jet lag. Ao que parece, quem tem um dia-a-dia variado e imprevisível consegue ajustar mais facilmente os seus ritmos biológicos às mudanças. As pessoas que dormem bem e as crianças muito pequenas também têm, geralmente, menos problemas em adaptar-se a novos padrões.

O jet lag pode afetar qualquer um de nós. Mas convém lembrar que todos os nossos ciclos internos são programáveis, como os computadores, e por isso podemos sempre melhorar a resistência e a capacidade de adaptação do organismo. Um bom estado geral de saúde é fundamental. E os truques que aqui lhe sugerimos também podem ajudar.

Medidas de prevenção

Antes do voo:

• Evite fazer refeições pesadas; durma bem na noite anterior

• Se o destino tem mais de 5 horas de diferença horária, comece a alterar progressivamente os seus horários nesse sentido uns dias antes

• Faça exercício nos dias anteriores e caminhe no aeroporto

• Evite consumir café, chá, bebidas gasosas e álcool

Durante o voo:

• Use roupas largas e sapatos confortáveis

• Acerte o quanto antes o relógio para a hora do destino

• Faça uma refeição leve. Beba água frequentemente

• Evite consumir café, chá, bebidas gasosas e álcool

• Não fique de pernas cruzadas

• Tente dormir

• De duas em duas horas, levante-se, estique os braços e as pernas e ande um pouco na cabine de passageiros

À chegada:

• Faça uma caminhada no aeroporto

• Assim que puder, ponha as pernas para cima

• Tome um ducha revigorante

• Passe o máximo de tempo possível em áreas externas, ou pelo menos em locais com janelas, para se habituar às novas condições de luz

• Deite-se só quando chegar a noite, mesmo que esteja muito cansado, para acertar o sono

• Viajando a serviço, organize a agenda para nunca ir diretamente do aeroporto para uma reunião importante

• Programe as atividades mais exigentes para as horas em que estará com mais energia: à noite, se voou para leste, de manhã, se voou para oeste

Fonte: Vera Saldanha (Rotas & Destinos) - Ilustrações: André Kano

Companhias aéreas vão demorar três anos para se recuperar da crise

A indústria das companhias aéreas vai demorar três anos a recuperar da queda no tráfego aéreo provocado pela maior recessão dos últimos sessenta anos, segundo disse o presidente da Associação de Transporte Aéreo Internacional (ATAI - IATA, em inglês), Giovanni Bisigani à Bloomberg.

Nos últimos dez anos a industria de transporte aéreo perdeu 50 mil milhões de dólares, sendo que só no ano passado registaram um prejuízo de 11 mil milhões de dólares, penalizada por uma queda de 80 mil milhões de dólares nas receitas.

“Estes números são verdadeiramente chocantes”, disse Bisigani numa entrevista dada à Bloomberg, em Singapura. “A indústria terá um grande acréscimo de capacidade. O acréscimo significará que os preços e as taxas vão cair, por isso a recuperação ao nível dos lucros será ainda mais difícil”.

Este ano, espera-se que a industria ainda registe um prejuízo líquido de 5,6 mil milhões de dólares, segundo estima a associação da indústria de transporte aéreo. A financeira internacional e a recessão económica custaram à indústria de transporte aéreo, dois anos e meio de crescimento do tráfego de passageiros e três anos e meio, do tráfego de mercadorias.

As linhas aéreas mundiais sofreram a maior recessão desde a Segunda Guerra Mundial no ano passado, segundo dados da ATAI divulgados a 27 de Janeiro. A queda do transporte aéreo levou companhias como a British Airwais, a Singapore Airlines e a TAP a registarem prejuízos e levou a Japan Airlines a pedir falência.

Fonte: Jornal de Negócios (Portugal)

Obama cancela programa de novos veículos espaciais da Nasa

2015 é a previsão de lançamento dos primeiros voos comerciais à ISS

O foguete Ares 1 na plataforma de lançamento

O presidente norte-americano Barack Obama anunciou nesta segunda-feira o plano de orçamento dos Estados Unidos para 2011, gerando reflexos nas planos astronômicos do país. Entre as medidas para reduzir o déficit, Obama decidiu abandonar o programa Constellation, que pretendia construção de voos tripulados espaciais pela Nasa (agência espacial americana).

O projeto, de alto valor simbólico para os Estados Unidos, permitiria enviar novamente o homem à Lua, mas já tinha uma redução de gastos prevista. "Propomos a anulação do programa Constellation da Nasa, fazendo outros investimentos em pesquisas e desenvolvimento", disse o responsável pelo orçamento do governo, Peter Orszag.

O programa Constellation foi lançado em 2004 pelo ex-presidente George W. Bush, após a explosão do Columbia em 2003. Os demais ônibus espaciais devem sair de funcionamento este ano. O programa previa o retorno dos americanos à Lua até 2020 e, além disso, voos tripulados até Marte.

Segundo estimativas, a Nasa já gastou pouco mais de US$ 9 bilhões no programa, que tem grande apoio no Congresso. O Executivo, que deve propor um aumento no orçamento da agência de US$ 5,9 bilhões para cinco anos, pretende estimular o desenvolvimento de veículos e lançadores comerciais para a Estação Espacial Internacional (ISS), com um primeiro voo previsto para, na melhor das hipóteses, 2015.

Fonte: eBand (com AFP) - Foto: AFP

Começa nessa terça julgamento pelo acidente do Concorde da Air France

Acidente com 113 mortes ocorreu em julho de 2000, perto de Paris.

Maioria das famílias aceitou as indenizações das companhias aéreas.

O julgamento pelo acidente do Concorde da Air France começa nesta terça-feira (2) na França, quase dez anos depois que o avião supersônico caiu minutos após decolar do aeroporto Roissy-Charles de Gaulle, em um desastre aéreo no qual 113 pessoas morreram.

No banco dos réus estarão cinco pessoas, além da companhia aérea Continental Airlines, proprietária de um avião que, minutos antes do acidente, tinha perdido uma lâmina de titânio na pista. O julgamento ocorrerá no Tribunal Correcional de Pontoise, nos arredores de Paris. Os réus são acusados de "homicídios involuntários" em um julgamento que está programado para durar quatro meses.

O Concorde decolou em 25 de julho de 2000 com destino a Nova York e com 100 passageiros a bordo, a maioria deles alemães, além de nove membros da tripulação.

Concorde pega fogo em acidente que causou 113 mortes em 2000 na França

Logo após a decolagem, foi constatado um incêndio em uma de suas asas e, minutos depois, o aparelho supersônico caiu sobre um hotel da cidade de Gonesse, vizinha ao aeroporto. Todos os ocupantes do avião morreram, além de quatro pessoas que estavam em terra.

Dezoito meses de pesquisas dirigidas pelo Escritório de Investigação e Análise (BEA) concluíram que o acidente ocorreu porque o avião atropelou durante a manobra de decolagem a lâmina metálica de 4,5 quilogramas de peso perdida minutos antes por um DC-10 da Continental Airlines.

Um dos pneus do Concorde explodiu e seus restos perfuraram um de seus depósitos, que pegou fogo.

O avião voou durante vários minutos em chamas em uma asa. No entanto, os pilotos, que pretenderam fazer uma aterrissagem de emergência no aeroporto vizinho de Le Bourget, perderam o controle.

Após oito meses de instrução, o caso chega aos tribunais com uma acusação contra a Continental Airlines e contra cinco pessoas físicas.

A linha de defesa adotada pela Continental será de desvincular o acidente do atropelo da lâmina metálica.

Os advogados da companhia aérea se sustentam nos testemunhos que asseguram ter visto chamas no avião um minuto antes de passar pela área onde estava a lâmina metálica perdida pelo DC-10.

Eles afirmam que a investigação não foi feita de forma completa e sustentam que o Concorde tinha uma falha.

Entre os acusadores, estarão 24 famílias das vítimas, já que a maioria preferiu aceitar as altas indenizações oferecidas pela Air France e, em menor medida, pela Continental Airlines.

Fonte: EFE via G1 - Foto: Toshihiko Sato/AP

Saiba mais: o Airbus A330-200F

O Airbus A300-200 Freighter está destinado a substituir os envelhecidos cargueiros de longo curso em operação.

Com a intenção de fabricá-lo desde meados de 2000, a Airbus, no Farnborough Air Show de 2006 anunciou o lançamento da versão, e foi muito bem aceita pelos clientes.

O A330-200F é capaz de transportar 64 toneladas de carga em voos de até 7.400 km, ou 69 toneladas em trechos mais curtos, de 5.930 km.

Para ser possível a acomodação de todos os pallets e containers, foi necessária uma adaptação no projeto da aeronave. O trem de pouso dianteiro precisou ser deslocado para frente e parte de sua estrutura ficou do lado de fora da fuselagem, sendo necessária a instalação de uma cobertura de material composto, o que, sem dúvida, marcará o visual do jato.

As opções de motores são Pratt & Whitney PW4000 ou Rolls-Royce Trent 700.

Até agora, o A330-200F ganhou 64 encomendas firmes de nove clientes no mundo inteiro.

ESPECIFICAÇÕES

Dimensões

Comprimento total: 58,8 m (192 ft 9 polegadas)

Altura: 17,4 m (58 pés 1 pol)

Diâmetro da fuselagem: 5,64 m (18 ft 6 polegadas)

Máxima largura da plataforma principal compartimento de carga: 5,28 m (17 pés 4 pol)

Comprimento do convés principal do compartimento de carga: 40,8 m (133 ft 1 in)

Wingspan (geométrico): 60,3 m (197 ft 10 polegadas)

Área da Asa (referência): 362 m2 (3.890 ft2)

Wing sweep (25%): 30 graus

Distância entre eixos: 22,2 m (72 ft 10 polegadas)

Leme: 10,69 m (35 pés 1 pol)

Dados básicos de operação

Motores: dois PW4000 RR Trent 700

Propulsão do motor: 303-316 kN (68,000-71,100 lb. slst)

Volume da plataforma principal: 336 m3 (11.866 ft3)

Max Range - modo de intervalo (modo de carga): 7.400 km (5.930 Km)

Volume útil total: 475 m3 (16.775 ft3)

Peso

Peso máximo - modo de intervalo (Modo de carga) 227,9 (233) toneladas

Peso máximo de decolagem - modo de intervalo (modo de carga) 227 (233) toneladas

Peso máximo de pouso - modo de intervalo (modo de carga) 182 (187) toneladas

Peso máximo sem combustível - modo de intervalo (modo de carga) 173 (178) toneladas

Capacidade máxima de combustível: 97.530 litros (25.770 gal - EUA)

Capacidade de carga estrutural - modo de intervalo (modo de carga) 64 (69) toneladas

Fonte: Airbus

Maior feira de aviação da Ásia exibe novo avião da Airbus

Mesmo ainda sentindo os efeitos da crise global, o mercado de aviação volta os olhos para o primeiro grande evento do setor de 2010, o Singapore Airshow. A feira que abre as portas para o público a partir de amanhã em Cingapura conta com o novo cargueiro de médio porte da Airbus, que promete mais eficiência ao transporte de cargas.

O A330-200F foi construído com base na aeronave de passageiros A330 e realizou seu primeiro voo em novembro de 2009. Com a primeira entrega prevista para o segundo semestre deste ano, o cargueiro já tem 67 pedidos firmes.

Além da novidade da Airbus, a feira de Cingapura tem estandes de 800 empresas, de 40 países, em um espaço 50% maior que em 2009. Os organizadores apostam no fato de que o mercado asiático é visto como um dos mais promissores do setor.


Fonte: Terra - Fotos: biznes.onet.pl

'Passei fome', diz brasileira que ficou 'ilhada' pelas chuvas em Machu Picchu

Chegou nesta segunda (1º) ao aeroporto do Galeão, no Rio, o avião da Força Aérea Brasileira (FAB) com 62 turistas brasileiros que ficaram uma semana ilhados em Águas Calientes, próximo à cidade inca de Machu Picchu, no Peru, devido às fortes chuvas que atingiram a região.




"Tive de dormir no chão, passei fome. Porque, na verdade, até teria dinheiro, mas não tinha como sacar", disse uma brasileira ao desembarcar. Ela reclamou da falta de assistência e disse que o vice-prefeito da cidade demorou a aparecer. "Até então ninguém tinha falado nada. Ficou um disse me disse, um falou isso, outro falou aquilo, a gente ficou de mãos atadas lá."

O Peru foi atingido por enchentes no início da semana, decorrentes de fortes chuvas. Pelo menos dez pessoas morreram, e mais de mil turistas, entre eles cerca de 280 brasileiros, ficaram ilhados em Águas Calientes. Ao menos cinco mil casas foram destruídas, e 29 mil famílias estão desabrigadas.

Os turistas foram aos poucos retirados de helicóptero, conforme permitiam as condições climáticas.

Segundo a FAB, um dos turistas resgatados disse ter ficado ilhado com a mulher e dois filhos junto com o grupo de 280 brasileiros. O avião que faz o transporte dos brasileiros, um C-130 Hércules, de carga, deixou 14 toneladas de alimentos no Peru.

De acordo com nota divulgada pela Força Aérea, o embaixador do Brasil no Peru, Jorge Taunay, acompanhou o embarque dos brasileiros em Cusco. À FAB Taunay disse que o governo peruano ajudou no resgate dos brasileiros. "Foi uma ponte aérea que primou pela eficiência na logística e na técnica."

Brasileiros fazem fila para passar pela imigração peruana antes de embarcar em avião da FAB de volta ao Brasil - Foto: Força Aérea Brasileira

Fonte: G1 (com informações da TV Globo)

Brasileiros resgatados pela FAB no Peru chegam ao Rio

Um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) transportando os 62 brasileiros que estavam isolados em Aguascalientes, perto de Machu Picchu, no Peru, chegaram ao Rio de Janeiro às 4h30 desta segunda-feira. Eles embarcaram no final da tarde em Cuzco (17h50) e fizeram uma escala técnica em Brasília antes de chegar na cidade.

Segundo a FAB, muitos dos parentes dos passageiros estavam no local para recebê-los. Os passageiros que moram no Rio já estão com suas famílias e muitos familiares de outros estados também estavam presentes na Base Aérea do Galeão, onde ocorreu o desembarque.

O avião C-130 Hércules é o mesmo que enviou 14 toneladas de alimentos para ajudar as pessoas afetadas pelas enchentes no Peru. - Não temos palavras para agradecer aos irmãos brasileiros pelo calor humano e pela solidariedade - afirmou Hugo Sayan, presidente Regional de Cuzco.

Um dos passageiros do avião era o contador Mauro Fornazari, de Santa Catarina. Ele viajava com a mulher e os dois filhos pela América Latina quando ficou isolado por conta das enchentes. Segundo ele, pelo menos 280 brasileiros estavam na região atingida por fortes chuvas.

A advogada Flávia Faria, do Rio de Janeiro, também estava no avião. Para ela, a maior lição dessas férias foi a solidariedade entre as pessoas. - Até desconhecidos se acolhiam como uma família - disse.

No aeroporto de Cuzco, o embaixador do Brasil no Peru, Jorge Taunay, elogiou o governo peruano pela eficiência no resgate dos turistas que estavam isolados em Águas Calientes: ''Foi uma ponte aérea que primou pela eficiência na logística e na técnica''.

O número de mortos por causa das graves enchentes que atingiram o sul do Peru nos últimos dias subiu para 20 no sábado, segundo anunciou o governo do país. As autoridades afirmam ainda que pelo menos outras cinco pessoas estão desaparecidas e outras 40 mil foram afetadas pelo desastre.

Na noite de sexta-feira, a polícia peruana concluiu a retirada por helicóptero dos últimos turistas e moradores que estavam isolados na cidade de Águascalientes, perto de Machu Picchu. Entre os quase 4 mil retidos após fortes chuvas e inundações no último domingo, estavam 278 brasileiros - 68 deles resgatados na sexta-feira.

O temporal que atingiu a região de Cuzco deixou milhares de turistas ilhados, mas não danificou as ruínas de Machu Picchu, informaram no sábado as autoridades locais.

Fonte: Terra via JB Online - Arte: G1

O engenheiro misterioso

A intrigante desenvoltura do ex-assessor da Infraero junto a empreiteiros, obras, editais...

A obra na pista de Congonhas e o ex-assessor Loyo: rastilho de pólvora
Fotos: Tiago Queiroz/AE / Romero Accioly/DP

O deputado Carlos Wilson, do PT de Pernambuco, não tem tido sossego desde que estourou a crise aérea no país. Há dias, trocou farpas em público com seu sucessor na Infraero, a estatal que cuida dos aeroportos. Ele foi acusado de ser responsável pelo inexplicável atraso de quatro anos no início das obras de ampliação da pista do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Carlos Wilson presidiu a Infraero entre 2003 e 2006. As obras só começaram na semana passada. Antes disso, Carlos Wilson começou a ter dores de cabeça com o festival de denúncias de irregularidades na Infraero durante a sua gestão – fraudes, superfaturamento, desvio de dinheiro. Recentemente, indagado sobre o que contaria à CPI do Apagão Aéreo caso viesse a ser convocado para depor, ele disse o seguinte: "Não serei um novo Roberto Jefferson". Quis dizer que não tinha denúncias a fazer, mas houve quem interpretasse sua declaração como um recado tranqüilizador aos amigos. Com a instalação da CPI, os sobressaltos do deputado tendem a ficar mais intensos. Sua próxima preocupação deve ser um personagem habituado a trabalhar longe dos holofotes: o engenheiro Eurico José Berardo Loyo, pernambucano de 66 anos, que foi braço-direito de Wilson na Infrareo.

Wilson: ele já disse que não é o novo Roberto Jefferson
Foto: Andre Dusek/AE

Como assessor especial, Eurico Loyo deveria trabalhar como um consultor do presidente da Infraero, mas foi muito mais longe: virou um diretor de engenharia informal. Curiosamente, até licitações para contratar empreiteiras acabaram sob sua coordenação. Loyo elaborava editais. Loyo tocava obras, obras de milhões de reais. Loyo ouvia o pleito de empreiteiros. Loyo recebia lobistas. Loyo, com tanto assédio, era mais solicitado do que o próprio presidente Carlos Wilson, mas ninguém estava se enganando de endereço. O amigão Wilson lhe deu poderes luminosos. Loyo fazia mais. Há suspeitas de que chegou a se reunir com empreiteiras, dividir obras pelo país afora e só depois lançar edital de licitação. Certa vez, o acerto teria incomodado uma empreiteira, que ameaçou pôr a boca no trombone, mas, depois de pegar umas obrinhas, teria se esquecido da indignação. O certo é que a faina de Loyo deixou um tal rastilho de pólvora dentro da Infraero que o atual presidente da estatal, brigadeiro José Carlos Pereira, o chamou para uma conversa. Queria saber se os "boatos" eram verdadeiros. Loyo disse que era tudo intriga.

"Meu trabalho era técnico, porque não entendia nada de aeroportos", diz ele. "Nunca criei dificuldades e nunca pedi nada a ninguém." E por que então fazia até mudanças em editais de licitações? Ele diz que era só para facilitar a formação de consórcios. Os serviços de Loyo são velhos conhecidos de Carlos Wilson. No governo passado, Wilson, que ainda não havia trocado o PSDB pelo PT, indicou Loyo para chefiar o Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes, em Pernambuco. Loyo aceitou, embora o órgão sempre tenha sido um antro de corrupção. Antes de ingressar no mundo estatal, Loyo foi um empreiteiro de bom porte em Pernambuco. Sua empresa quebrou na década de 80. "Fechei as portas quando percebi que as coisas não andavam sem corrupção", diz ele. É uma explicação interessante. Deixou a iniciativa privada enojado com a corrupção e foi trabalhar num dos órgãos mais corrompidos do serviço público federal. Uma hora ainda poderá ser acusado de separar o Loyo do trigo.

Fonte: Policarpo Junior (Veja.com)

'Minha vida é limpa', diz ex-assessor da Infraero

O engenheiro Eurico Loyo, ex-assessor especial da presidência da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), negou categoricamente que tenha recebido vantagens da empreiteira Queiroz Galvão. De acordo com investigação da Polícia Federal (PF) na Operação Caixa-Preta, Loyo teria se beneficiado do estreito relacionamento com representantes da Queiroz Galvão na aquisição de um imóvel de "alto padrão" em Recife (PE). "Ninguém vai conseguir provar qualquer envolvimento meu com atos de corrupção. Minha vida é limpa. Minha declaração de rendas é página aberta."

Ele integrou a Comissão de Licitação nas obras dos aeroportos de Vitória, Goiânia, Macapá e Santos Dumont. "Muita coisa é dita sem nenhum tipo de comprovação", reage. "Eu não tenho nenhum envolvimento com absolutamente nada, nunca participei de licitações porque não era minha função. Não vão encontrar assinatura minha." Ele afirmou que não sabia de seu indiciamento. "Se eu estivesse tão bem de vida já teria me aposentado. Não posso parar de trabalhar porque não tenho poupança suficiente para viver de renda. Essa história da Queiroz Galvão é uma mentira. Prezo pela moralidade."

O engenheiro rechaçou a versão da PF sobre suposto "prêmio" da empreiteira. "O apartamento foi adquirido por minha ex-mulher e está declarado. Com o divórcio o imóvel ficou para ela. Fechamos a compra por meio da venda de outro apartamento, fruto de herança de uma tia da minha ex-mulher. Ainda paguei 30 prestações."

Os advogados Renato Vieira e André Kehdi, criminalistas que defendem a ex-diretora de Engenharia da Infraero, Eleuza Lores, - acusada pela PF de ganhar benesses da empresa Andrade Gutierrez - informaram que ela está à disposição da Justiça. Eles ressaltaram que pediram acesso ao inquérito, mas não foram atendidos. "Pleiteamos várias vezes que Eleuza fosse ouvida, mas a PF desconsiderou e a indiciou indiretamente."

A defesa alerta que o Superior Tribunal de Justiça já suspendeu o indiciamento da ex-diretora. Os advogados ingressaram com habeas-corpus, acolhido liminarmente pelo ministro Napoleão Maia, que considerou não caber indiciamento na ausência de acórdão do Tribunal de Contas da União. Vieira e Kehdi repudiam a acusação da PF.

Empreiteiras

A Andrade Gutierrez diz que o encontro de seus executivos com a engenheira ocorreu em 12 de setembro de 2008, quando ela estava licenciada da Infraero. O objetivo foi discutir eventual consultoria de Eleuza à empresa, mas o contrato não saiu. O custo das passagens aéreas ficou sob responsabilidade da empresa. A Queiroz Galvão informou que não iria se manifestar porque não teve acesso ao inquérito.

Fonte: jornal O Estado de S. Paulo

Juros do parcelamento de empresas aéreas fazem valor final de passagens subir até 150%

A possibilidade de parcelar a passagem aérea em até 60 vezes representa um perigo para o orçamento familiar. Com a facilidade na hora de pagar a viagem das férias, o custo com a operação financeira, já que os juros podem chegar a altísssimos 5,99% ao mês, ou cerca de 100% ao ano, encarece o bilhete aéreo em até 150%, segundo revela reportagem de Erica Ribeiro e Bruno Rosa em reportagem publicada na edição desta segunda-feira do GLOBO.

É o caso do trecho de ida e volta do Rio para Santiago, no Chile. Comprando pela Gol, o preço à vista sai a R$ 1.612,74. Mas se o passageiro optar pelo parcelamento em 36 vezes oferecido pela companhia aérea, com juros de 5,99% ao mês, o mesmo bilhete custará R$ 4.040,64. O trecho Rio-Salvador pela empresa tem o mesmo avanço. A passagem salta de R$ 1.127,24 para R$ 2.824,20.

Os cálculos foram feitos pelo economista Nelson de Souza, professor do Ibmec-RJ. O valor da passagem se refere a um bilhete de ida e volta na primeira semana de fevereiro. Segundo especialistas em finanças pessoais, o ideal é fugir das altas taxas de juros e evitar parcelamentos prolongados, para não prejudicar o fluxo de caixa do orçamento.

A maioria das companhias aéreas, como GOL, TAM, Azul, Air France e Delta parcelam em até seis vezes sem juros, dependendo do destino da viagem. Porém, o fato de a parcela caber no bolso muitas vezes se torna o grande atrativo para quem quer viajar e não tem como pagar á vista.

- Pesquisar as taxas de juros é fundamental. Não tem sentido pagar 5,99% ao mês de juros para comprar uma passagem aérea, já que existem linhas de empréstimo pessoal no banco, que cobram em média 4,82% por mês. Para quem quer viajar e não tem condições financeiras de comprar de uma vez só, o melhor é pegar um empréstimo em alguma instituição financeira e pagar o bilhete à vista. Assim, troca-se o que seria uma dívida cara por uma um pouco mais em conta - atesta Miguel de Oliveira, vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças Administração e Contabilidade (Anefac).

Opções de parcelamento não faltam quando o assunto é viajar. A Trip selou parceria com o Banco do Brasil e concede pagamento parcelado em até 60 meses, com juros de 2,1% ao mês. A TAM também fechou parcerias semelhantes, embora com menos prestações: as taxas são de 1,99% ao mês para quem pagar em até 24 vezes; 2,29% ao mês para parcelamentos de 25 a 36 meses e 2,59% ao mês para quem optar por parcelar a compra de bilhetes de 26 a 48 vezes. A vigência é até 31 de janeiro.

O analista de comunicação Bruno Morais (foto), de 28 anos, parcelou a compra do bilhete em suas últimas férias, quando esteve em Berlim e outras cidades europeias. Chegou a pesquisar maneiras de financiar a viagem em parcelas menores e sem juros, mas achou que o valor pesaria demais no orçamento. Por isso, financiou em mais parcelas e pagou R$ 700 a mais somente com os juros.

- Decidi parcelar para não adiar as férias e a vontade de conhecer a Europa. Tracei todas as possibilidades de pagamento e não tive escolha. Mas valeu a pena assim mesmo - diz Morais, que já planeja a próxima viagem. - Se eu não conseguir juntar dinheiro, provavelmente vou optar por parcelar.

Fonte: O Globo - Foto: Carlos Ivan/Agência O Globo

PF: empreiteira deu até imóvel a ex-assessor da Infraero

A Operação Caixa Preta - investigação da Polícia Federal (PF) que aponta desvio de R$ 991,8 milhões em obras de dez aeroportos contratadas no primeiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva, entre 2003 e 2006 - relata casos de ex-dirigentes da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) que teriam recebido vantagens, benefícios e prêmios, inclusive passagens aéreas, dinheiro e apartamento de luxo, de empreiteiras supostamente beneficiadas em licitações fraudulentas.

Alvo do inquérito, Eleuza Lores, ex-diretora de Engenharia da Infraero, movimentou "mais de R$ 2 milhões" naquele período, revela a quebra de seu sigilo bancário. "Valores muito superiores à renda da empregada pública recebidos, ao que tudo indica, como proveito dos crimes investigados", assinala o relatório final da missão policial, à página 58.

Segundo a PF, Eleuza mantinha seis contas correntes em instituições financeiras, "não se sabendo, nos dias de hoje, onde se encontram depositados ou em que foram aplicados". Ao abordar contatos da ex-diretora com executivos de construtoras, a PF questiona: "Por qual razão Eleuza patrocinou interesses alheios? Ora, para receber vantagens financeiras, ocultando-lhes a origem."

A PF indiciou Eleuza pelos crimes de corrupção, formação de quadrilha, peculato e fraude à licitação. O indiciamento foi suspenso pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). O inquérito mostra que ela teve despesas com passagens aéreas pagas pela construtora Andrade Gutierrez, em 2008 - a PF não cita essa empreiteira como envolvida em fraudes à lei de licitações. Eleuza caiu na malha de interceptações telefônicas da PF. As escutas revelam intenso contato entre ex-diretores da Infraero e construtoras.

O relatório - documento de 188 páginas entregue à Justiça Federal em Brasília - inclui no rol de suspeitos os contratos da Infraero para reformas e ampliações dos aeroportos de Corumbá, Congonhas e Guarulhos (SP), Brasília, Goiânia, Cuiabá, Macapá, Uberlândia, Vitória e Santos Dumont, no Rio de Janeiro. A PF sustenta que a malversação de recursos da União é resultado de um esquema de fraudes e superfaturamento montado pela cúpula da estatal na gestão Carlos Wilson (2003-2006) - ex-deputado e ex-senador que morreu em abril de 2009.

Apartamento

Engenheiro civil, Eurico Loyo, ex-assessor especial da presidência da Infraero, teria se beneficiado do estreito relacionamento com representantes da Queiroz Galvão na aquisição de um imóvel de "alto padrão" em Recife (PE). Indícios do suposto favorecimento surgiram da consulta às declarações ao Imposto de Renda de Loyo. Em 2007, ele informou aquisição de um apartamento de 4 quartos em uma área nobre de Recife no valor de R$ 281 mil.

Ele usou como permuta um imóvel de R$ 230 mil, mas que havia sido declarado no ano anterior pelo valor de R$ 110 mil. "Como a Queiroz Galvão Desenvolvimento Imobiliário é empresa do grupo Queiroz Galvão, suspeita-se que esta supervalorização do imóvel permutado, na verdade, nada mais é que um ?prêmio? da Queiroz Galvão por conta de sua atuação nas licitações fraudulentas da Infraero", assinala o agente Liu Tse Ming.

Loyo afirma que não tinha "nenhuma responsabilidade" nas licitações. Mas a PF identificou intenso contato telefônico dele com duas empreiteiras contratadas para executar parte das obras.

Fonte: jornal O Estado de S. Paulo