Aviões-asa, ou asas voadoras, poderão carregar até 750 passageiros,
que deverão entrar e sair do avião no menor tempo possível
Empecilhos em terra
Os estudos sobre como serão os aviões do futuro estão bem adiantados.
Tanto que engenheiros alemães já estão se preocupando em como os aeroportos terão que se preparar para esse futuro.
O grande dilema é que parece que o projeto atual de avião - um tubo com asas - será fatalmente substituído por asas voadoras, aviões modulares ou mesmo pelos mais radicais aviões hipersônicos.
A adoção desses novos projetos, contudo, pode esbarrar nos próprios aeroportos, que foram projetados para o design atual.
Será que uma nova tecnologia de aviação pode ficar emperrada por exigir a construção de aeroportos inteiramente novos?
Serão necessárias alterações nos sistemas de reabastecimento, checagens de motores,
manuseio de bagagens e embarque e desembarque de passageiros
Aeroporto 2030
Usando o aeroporto de Hamburgo como laboratório, Johann-Dietrich Worner e seus colegas da agência espacial alemã (DLR) acreditam que não, sendo possível acomodar asas voadoras sem grandes modificações nos aeroportos atuais.
Na verdade, o projeto, chamado Aeroporto 2030, mostra que é possível também melhorar os aeroportos, uma vez que, nas viagens domésticas, até 70% do tempo da viagem é gasto nos processos de checagem, embarque e desembarque - ou seja, em terra.
A tática parece simples: fazer com que os passageiros passem o mais rapidamente possível pelo aeroporto - sem esquecer que os projetos de asas voadoras planejam colocar até 750 passageiros em um único avião.
Embora a maioria das modificações necessárias envolva melhoria nos procedimentos de atendimento pré-voo - em terra -, como esses aviões terão várias portas para embarque e desembarque, será necessário ajustar também as rampas de acesso.
Também serão necessárias alterações nos sistemas de reabastecimento, checagens de motores e manuseio de bagagens.
A boa notícia é que o estudo conclui que tudo isto pode ser feito nos aeroportos atuais, sem grandes obras de infraestrutura, mas com bom gerenciamento.
Fonte: Site Inovação Tecnológica - Imagens: DLR
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