
Após a conexão em São Paulo, a cachorrinha foi embarcada no avião errado, indo parar em Uberlândia. Na cidade mineira, Kika embarcou direto para Campo Grande.
Às 16h de ontem, Lenir colocou a cadelinha no container e a despachou no voo de Curitiba para Campo Grande, da Gol Linhas Aéreas. Como a empresa considerou o tempo de vôo curto, não pediu para sedar o animal. “Eu tive R$ 178,62 de despesas, mais a caixa, que custou R$ 45,00”, contou a comerciante, que chegou na Capital às 22h50 de ontem.
Ao tentar retirar o animal, ela foi informada que a cadela havia sido enviada, por engano, para Uberlândia (MG), a 894 quilômetros de Campo Grande.
Início
A comerciante foi até a capital paranaense buscar Kika. “Ela estava com seus filhotes e para eles se acostumarem ao ambiente, meus parentes levaram a Kika para Curitiba também”, contou. Ela ficou aproximadamente um mês longe de Campo Grande.
Os parentes levaram a cachorra de carro até Curitiba. Na volta, que foi ontem, a cachorra realizou sua primeira viagem de avião. E acabou percorrendo uma distãncia 1.788 quilômetros além do previsto, considerando-se as viagens de ida e volta de Uberlândia.
Perda
Na viagem de volta, Lenir disse que seu voo fez conexão em São Paulo, onde trocou de avião. “Eu pedi para ver a Kika e funcionários da Gol me disseram que isso só aconteceria em Campo Grande”, contou.
A cachorrinha ficou presa na gaiola durante todo o percurso, desde as 16h de ontem e ficou sem água e comida. No container havia várias identificações e o destino final da “passageira”.
No momento em que uma funcionária da Gol trouxe o container, a cadela estava visivelmente estressada e mordia as barras de ferro da gaiola. Lenir, que estava acompanhada de sua filha Glice Muller, 27, disse que pretende ingressar com uma ação contra a companhia aérea. “Faltou responsabilidade deles", comentou.
Porém, mesmo com a experiência das últimas 24 horas, Lenir, que possui cinco cachorros, não pensa em desistir de viajar com seus animais de avião. "Eu só espero que nunca mais aconteça isso, é muito doloroso”, lamentou.
A gerência da Gol não quis se pronunciar, dizendo seguir normas da empresa. No entanto, um funcionário da companhia acompanhou a cadelinha até um médico veterinária, que analisaria seu estado de saúde.
Processo

Cintia Leisgold viajou de São Paulo ao Rio de Janeiro com um gato e um cachorro. No momento do embarque, ela foi avisada de que o voo partiria de outro aeroporto e que os animais seriam transportados para o novo local junto com as bagagens.
Na chegada ao Rio, percebeu que os animais estavam estressados, desidratados e com o batimento cardíaco acelerado.
Extravio
A bagagem, inclusive os animais, será considerada extraviada caso não seja entregue no seu ponto de destino. Quando isso acontece, deve-se procurar o balcão da companhia aérea para o preenchimento do RIB (Registro de Irregularidade de Bagagem).
O fiscal de Aviação Civil do DAC, localizado na Seção de Aviação Civil nos principais aeroportos brasileiros, deve ser acionado em caso de problemas.
Confirmado o extravio, a companhia tem um prazo máximo de 30 dias para a localização e entrega da bagagem.
Após esse tempo, o passageiro deve ser indenizado pela companhia. Como medida de prevenção, o passageiro pode declarar os valores atribuídos à bagagem, mediante o pagamento de uma taxa suplementar estipulada pela companhia. Neste caso, a empresa tem o direito de verificar o conteúdo da bagagem - e o valor da indenização é o declarado e aceito pela empresa.
Fonte: Denis Matos (Campo Grande News) - Foto: Fernando Dias
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