Investigadores propõem medidas para evitar acidentes semelhantes.
Foto mostra o Boeing logo após o pouso forçado, em 17 de janeiro deste ano
O acidente que forçou um avião da British Airways a fazer um pouso forçado no aeroporto britânico de Heathrow em janeiro passado foi provocado pela formação de gelo em seu sistema de combustível, disseram nesta quinta-feira (4) os responsáveis pela investigação.
A comissão britânica que investiga acidentes aéreos recomendou que todas as empresas que têm Boeings 777 tomem medidas preventivas para reduzir o risco da repetição de um desastre semelhante.
Em janeiro, os pilotos conseguiram pousar o avião, aos trancos mas em segurança, sobre a grama, pouco antes da pista. Os 136 passageiros e 16 tripulantes escaparam sem ferimentos graves.
O avião ficou com sua fuselagem e suas asas bastante danificadas.
Os investigadores acreditam que o combustível vazou, fazendo que os motores perdessem poder um minuto antes do avião pousar, em um incidente qualificado de "único". Mas ainda não se sabe como o gelo teria se formado.
O relatório diz: "A investigação mostrou que o vazamento de combustível para ambos os motores foi restrito; mais provavelmente devido ao gelo dentro do sistema de alimentação de combustível."
"O gelo deve ter sido formado por água que se formou naturalmente no combustível enquanto a aeronave operava por um longo período, com baixo fluxo de combustível, em um ambiente inusualmente frio."
O avião, que vinha da China, voou através de ar frio na Sibéria, em seu caminho para Heathrow, em 17 de janeiro.
A temperatura do combustível despencou para 34 graus Celsius negativos, mas o combustível de aviação geralmente não congela até atingir menos 57 graus.
Investigadores disseram: "É a primeira vez que isso ocorre em 6,5 milhões de horas de vôo", referindo-se a todos os Boeing 777 que usam esse tipo de motor, o Trent 800, desde 1996.
Os investigadores recomendaram que as autoridades de aviação de EUA e Europa, além dos fabricantes do avião e de seus motores, Boeing e Rolls-Royce respectivamente, introduzam medidas de emergência para reduzir o risco de outro incidente semelhante.
O relatório também sugere que as agências de aviação considerem as implicações do incidente para outros modelos de avião e pede a revisão dos requerimentos para novos motores.
A investigação sobre o pouso de emergência continua na sede da Boieng em Seattle, Washington, e na base da Rolls Royce, em Derby, na Inglaterra.
Fonte: AFP - Foto: AP
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