Segundo relatório, o número de pilotos que fizeram uso de drogas ilícitas e remédios como anti-histamínicos e analgésicos foi quatro vezes maior do que há duas décadas.
O National Transportation Safety Board (NTSB), dos Estados Unidos, divulgou recentemente um relatório que apontou o uso de drogas em pilotos mortos em acidentes de avião.
Segundo o estudo, o número de testes positivos foi quatro vezes maior do que há duas décadas, o que, ainda segundo o relatório, acompanha uma tendência social de uso de anti-histamínicos, analgésicos e maconha.
A maioria dessa substâncias não afeta a capacidade de pilotar um avião, mas podem prejudicar o desempenho de alguns pilotos, principalmente os para dor e indutores do sono. Os fármacos mais utilizados são os anti-histamínicos, como o Benadryl, que pode provocar sonolência e redução da capacidade mental.
Os dados do relatório apontam que quatro entre dez pilotos que morreram em acidentes aéreos em 2011 tinham usado remédios de venda livre, fármacos receitados ou drogas ilegais. Outro dado preocupante acerca do estudo é que os pilotos não estão sendo advertidos sobre os perigos que essas substâncias apresentam.
No Brasil, os testes que detectam o uso de drogas passaram a fazer parte do dia a dia das empresas.
A Anac - Agência Nacional de Aviação Civil, tornou-se uma das primeiras agências reguladoras no mundo a seguir as orientações da Organização da Aviação Civil Internacional (Oaci) sobre o tema, a exemplo dos EUA e Austrália.
O órgão afirma que faz uso de testes não apenas para aumentar a fiscalização e aplicar punições, mas também para atuar na recuperação e prevenção ao uso de substâncias psicoativas.
Esses testes são realizados por empresas como a ChromaTox, com sede em São Paulo, que realiza testes de drogas através de fios de cabelos e, segundo a empresa, é foi a oferecer esse serviço no Brasil com certificação do Inmetro (ISO/IEC 17025).
"Diferentemente dos demais, as análises são realizadas em São Paulo e produzem resultados rápidos (emitidos em até cinco dias)", diz Cristina Pisaneschi, diretora do laboratório.
"Os testes de drogas também são utilizados por empresas, advogados, promotores, juízes, indivíduos, seguradoras, transportadoras, órgãos governamentais e militares e clínicas de tratamento de dependentes químicos", finaliza a especialista.
Fonte: Administradores.com - Imagens: Reprodução
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