
Foto: Peter Seemann (Airliners.net)
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Pai de uma das vítimas, Nelson Marinho mostra faixa com os dizeres "Em busca da verdade", que será exibida na cerimônia
O Airbus A330 caiu em junho de 2009 sobre o Oceano Atlântico, durante uma viagem entre o Rio de Janeiro e Paris, matando todas pessoas que estavam a bordo. Como as as caixas-pretas não foram encontradas, investigadores, pilotos e fabricante continuam sem conseguir explicar as razões do acidente.
"Acho que esta cerimônia nem deveria acontecer em 1º de junho, porque o avião caiu às 23h25 do dia 31 de maio. Eles sabem disso”, relembrou Newton Marinho, irmão de Nelson Marinho Filho, que morreu no acidente.
O pai Nelson Marinho, que integra a a Associação dos Familiares das Vítimas do Voo 447, confeccionou uma faixa de protesto onde se lê em francês a mensagem "Em busca da verdade". A faixa também exibe a reprodução de 32 pequenas bandeiras coloridas, representando os países que tiveram passageiros mortos.
“Na verdade, vou a Paris para protestar. Porque essa cortina de fumaça que fazem com missas, cerimônias e homenagens não conforta ninguém. Acho até que estes gastos poderiam ser revertidos para o atendimento às famílias”, destacou Nelson.
Já a jornalista Renata Mondelo Mendonça, que perdeu o marido, o engenheiro Marco Antonio Camargos Mendonça, acha que este tipo de iniciativa é válida.
“O ser humano precisa de rituais. Claro que não é por causa disso que o meu sentimento vai mudar, mas considero justíssimas as homenagens aos que se foram. Eles são merecedores”, afirmou Renata.
Buscas pelas caixas-pretas
A terceira fase de buscas das caixas-pretas do voo 447 terminou na segunda-feira (24) sem sucesso, segundo o Escritório de Investigações e Análises (BEA), órgão francês encarregado do trabalho.
"Decidimos fazer um balanço de todas as operações de buscas que começaram há praticamente um ano", disse na época o diretor da BEA, Jean-Paul Troadec, à France Presse.. Segundo ele, vai ser necessário um ou dois meses antes de decidir se as buscas continuarão, uma vez que a decisão não cabe somente à BEA.
O BEA acreditava que as caixas-pretas poderiam ter sido achadas, sobretudo depois que um sinal sonoro foi localizado por um submarino francês e identificou a frequência delas.
A pista ajudou o BEA a restringir a área de busca e concentrar em um ponto específico. Diante disso, os responsáveis se mostravam otimistas sobre a possibilidade de encontrar os restos do avião, o que acabou não acontecendo.
Livro questiona segurança
No dia 19 de maio, chegou às livrarias um livro escrito por um repórter do jornal francês "Le Figaro" que questiona a segurança nos voos da Air France. "A Air France tem que fazer uma verdadeira revolução cultural se deseja evitar um novo acidente", afirma o jornalista Fabrice Amedeo em "La Face Cachée de Air France" ("A Face Oculta da Air France").
Na época do lançamento, a Air France afirmou em um comunicado que "respeita todas as regulamentações nacionais e internacionais em vigor" e acrescenta que a segurança da companhia "corresponde aos padrões mais exigentes da indústria aeronáutica mundial".
Os números são consequência de duas grandes catástrofes com aviões da Air France na década: o acidente do Concorde em 25 de julho de 2000, que deixou 113 mortos, e a queda do voo Rio-Paris, segundo Amedeo.
Segundo uma classificação citada no livro, mesmo antes da tragédia Rio-Paris, a Air France estava no 21º lugar na Europa e 65º do mundo na lista do nível de segurança, bem atrás das principais concorrentes europeias, British Airways e Lufthansa, que ocupam o sprimeiros lugares.
Fonte e foto: Henrique Porto (G1)
Trabalhadores limpam um avião coberto pelas cinzas do vulcão Pacaya, no Aeroporto de Las Calderas, cerca de 50 km (31 milhas) ao sul da Cidade da Guatemala, na Guatemala, em 28 de maio de 2010
O presidente de El Salvador, Mauricio Funes, confirmou hoje que o país habilitou seu aeroporto internacional para receber os voos com destino à Guatemala, perante a emergência motivada pela erupção do vulcão Pacaya.
Funes disse que conversou por telefone na tarde do sábado com seu colega guatemalteco, que lhe pediu o uso do Aeroporto Internacional El Salvador ou de Comalapa.
— De fato, já houve vários voos que aterrissaram (em El Salvador) e também lhe facilitamos a logística por via terrestre para os passageiros que tinham como destino a Guatemala (...) — acrescentou.
— A situação que está enfrentando o povo da Guatemala é muito mais trágica do que a nossa — explicou o governante, assegurando que Colom comentou que o oeste desse país "está isolado".
Funes assegurou que na Guatemala foi decretado um estado de calamidade pública, porque o país enfrenta "a conjunção de dois fenômenos: a erupção do vulcão Pacaya e a tempestade (tropical 'Agatha')".
A erupção do vulcão causou dois mortos, destruiu umas cem casas e provocou danos em outras 800.
Fonte: EFE via Zero Hora - Foto: AFP