terça-feira, 26 de março de 2013

Rezar é a solução contra asteroides, diz Nasa

Durante a reunião da Nasa com os legisladores dos Estados Unidos, Bolden pediu que o governo financie programas capazes de detectar e desviar objetos próximos da Terra.


O diretor da Nasa, Charles Bolden, revelou uma alternativa para caso algum asteroide esteja a caminho da Terra: rezar. A polêmica afirmação aconteceu após alguns fenômenos assustarem a população mundial.

Em 15 de fevereiro, um pequeno asteroide explodiu sobre Tcheliabinsk, na Rússia. O choque estilhaçou janelas e feriu cerca de 1.500 pessoas. No mesmo dia, o asteroide 2012 DA14 passou de raspão na Terra. Os políticos americanos ficaram preocupados e chamaram a Nasa para discutir novas estratégias de defesa contra ameaças vindas do céu.

Durante a reunião da Nasa com os legisladores na Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Bolden pediu que o governo financie programas capazes de detectar e desviar objetos próximos da Terra. Ao ser questionado sobre as providências caso um asteroide já esteja em curso de colisão, Bolden disse: “Se estiver chegando em 3 semanas, rezem”.

A ideia da reunião sobre métodos de prevenção contra objetos vindo do céu veio dos próprios políticos, mas eles não gostaram muito do argumento de Bolden. Deputados governistas e da oposição, porém, apreciaram a ideia de injetar mais recursos para tentar evitar tragédias.

Em 2005, a Nasa estipulou que identificaria 90% dos asteroides próximos da Terra com mais de 140 metros de diâmetro até 2020. Mas os cortes de verba fizeram com que a porcentagem só tenha chegado a 10% em 2013. Além disso, um sistema de detecção de asteroides capaz de identificar corpos pequenos é muito caro.

O consultor científico da Casa Branca, John Holdren, disse que o financiamento anual dedicado ao catálogo de asteroides potencialmente perigosos subiu de US$ 5 milhões para mais de US$ 20 milhões nos últimos dois anos. Mesmo assim, a Nasa estima que o trabalho de identificação de objetos celestes próximos da Terra deve demorar até 2030 se o investimento não aumentar.

Fonte: Vanessa Daraya (Info/exame.abril.com.br) - Imagem: NASA/Divulgação

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