Apesar de ainda levar mais uns três anos até começar com as missões científicas de verdade, o SOFIA (Observatório Estratosférico para Astronomia Infravermelha) aerotransportado está ficando obstinadamente mais próximo do dia da sua primeira tarefa. Após duas décadas de pesquisa e 500 milhões de dólares fazendo modificações em um Boeing 747 (incluindo o próprio telescópio de 2,5 metros que você vê sendo testado neste vídeo), o SOFIA ganhou um Fotômetro de Visualização de Imagens de Alta Velocidade para Ocultação há duas semanas, um instrumento que ajudará a medir as atmosferas e superfícies dos objetivos. Agora, a NASA está completando os testes finais na sua Instalação Dryden de Operações de Aeronaves antes do seu primeiro vôo com portas abertas mais pro fim deste ano.


Na verdade, ele não saiu tão caro assim: a etiqueta de 500 milhões de dólares é uma bela barganha se você considerar os 2,5 bilhões de dólares pagos para a construção do Telescópio Espacial Hubble. Isso sem falar da conta total do Hubble, que inclui as missões de serviço, estimadas em algo entre 4,5 e 6 bilhões de dólares sem contar os mais de 500 milhões que a Europa investiu no projeto.
Com certeza o SOFIA não é tão flexível e não tirará as mesmas fotos comoventes que o Hubble faz. O telescópio é projetado para funcionar somente nos espectros de luz infravermelha e infravermelha distante. Mas, pensando bem, nestas faixas de luz o vôo permitirá que ele obtenha resultados tão bons ou mesmo melhores que os do Hubble (o seu espelho é quase 10cm maior que o do Hubble). Afinal, o SOFIA não terá que lidar com 99% do vapor atmosférico que perturba este tipo de instrumento no solo.
Por outro lado, os consertos nele não exigirão perigosas e custosas missões espaciais. Se ele quebrar, eles o consertarão no hangar.
Os testes no SOFIA começarão neste mês, ao passo que as missões científicas de verdade começarão em 2011, entrando em total operacionalidade em 2014.
Fonte: Gizmodo Brasil
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