quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

EUA cancelam contrato com Embraer sobre Super Tucano


A Força Aérea dos Estados Unidos informou nesta terça-feira que está cancelando contrato de 355 milhões de dólares para fornecimento de 20 aviões Super Tucano, da Embraer, citando problemas com a documentação.

A empresa brasileira, entretanto, disse que forneceu toda a documentação requerida no prazo solicitado.

A Força Aérea disse que vai rescindir o contrato efetivamente na sexta-feira e investigar a decisão da licitação, que também está sendo contestada na Justiça dos EUA pela norte-americana Hawker Beechcraft.

Em comunicado, a Embraer "lamenta" a decisão. "A decisão a favor do Super Tucano... foi uma escolha pelo melhor produto, com desempenho em ação já comprovado e capaz de atender com maior eficiência às demandas apresentadas pelo cliente", disse a Embraer.

A fabricante disse ainda que "permanece firme em seu propósito de oferecer a melhor solução para a Força Aérea dos EUA e aguardará mais esclarecimentos sobre o assunto" para decidir os próximos passos.

O secretário da Força Aérea Michael Donley disse, em comunicado, que "apesar de buscarmos a perfeição, nós às vezes não atingimos nosso objetivo, e quando fazemos isso temos que adotar medidas de correção", disse

"Uma vez que a compra ainda está em litígio, eu somente posso dizer que o principal executivo de aquisições da Força Aérea, David Van Buren, não está satisfeito com a qualidade da documentação que definiu o vencedor."

O general da área de equipamentos da Força Aérea dos EUA, Donald Hoffman, ordenou uma investigação sobre a situação, afirmou o porta-voz da Força Aérea. Não foram fornecidos mais detalhes, visto que as propostas apresentadas para a Força Aérea possuíam dados confidenciais das empresas.

A notícia acerca da rescisão do contrato é um revés para o grupo de aquisições da Força Aérea dos EUA, que lutava para reconstruir sua reputação após uma série de embaraçosas revogações durante uma batalha entre a Boeing e a europeia EADS para a fabricação de 179 aviões de reabastecimento aéreo para as forças armadas norte-americanas.

Em 30 de dezembro, a Força Aérea dos EUA definiu que a Sierra Nevada e a Embraer tinham obtido o contrato para venda de 20 aviões Super Tucano A-29, assim como treinamento e suporte, para serem utilizados no Afeganistão.

Entretanto, a licitação foi paralisada em janeiro, quando a Hawker Beechcraft entrou na Justiça questionando a decisão. No ocasião, a Força Aérea disse, contudo, que acreditava que a competição e a avaliação para seleção do fornecedor tinham sido justas, abertas e transparentes.

A Hawker havia oferecido seus aviões AT-6 de ataque leve na competição, afirmando que eles custariam 25 por cento menos e que haveria um "custo drasticamente mais eficaz" de manutenção que os aviões da Embraer.

A companhia disse ainda que a decisão poderia afetar 1.400 empregos em Kansas e em outros Estados dos EUA e tornar ociosa uma das últimas fábricas no país capazes de construir um turboélice militar.

A força aérea dos EUA notificou a Hawker em novembro de que a sua aeronave não era competitiva e que seria desqualificada. A Sierra Nevada disse em comunicado neste mês que a Força Aérea havia encontrado "diversas deficiências" no avião da Hawker.

O Super Tucano A-29 foi desenvolvido para missões de contra-insurgência e atualmente é usado por cinco forças aéreas, e ainda existem outras encomendas, segundo a Embraer.

Em entrevista à Reuters em 16 de janeiro, o presidente da Embraer Defesa e Segurança, uma empresa da fabricante brasileira, Luiz Carlos Aguiar, havia mostrado confiança na retomada do contrato com os EUA.

Na ocasião, o executivo disse, ainda, que a venda para os EUA funcionaria de vitrine para campanhas promocionais do Super Tucano junto a outras forças aéreas.

Fonte: Andrea Shalal-Esa, com reportagem adicional de Carolina Marcondes em São Paulo (Reuters) via G1 - Foto via aero.jor.br

Restos humanos do 11 de Setembro foram para aterro sanitário

Revelação faz parte de relatório sobre necrotério militar em Dover.

Pentágono já havia admitido que restos de soldados haviam ido para aterro.

Restos humanos encontrados após o 11 de Setembro foram incinerados e levados para um aterro sanitário, informou nesta terça-feira (28) o Departamento americano da Defesa.

Foto: AP Photo/Steve Ruark
A revelação faz parte de um relatório sobre o necrotério militar da Base Aérea de Dover (Delaware, leste), criticado em novembro passado pela má administração dos restos de soldados mortos no Iraque e no Afeganistão.

Alguns foram extraviados ou misturados; outros acabaram num vertedouro na Virgínia (leste). Mas não são aparentemente os únicos.

O general da reserva John Abizaid, da subcomissão de Saúde da Defesa, durante apresentação do relatório no Pentágono, nesta terça-feira (28 - Foto: Win McNamee (Getty Images/AFP)

"Vários fragmentos de ossos vindos do atentado contra o Pentágono e do local onde caiu um avião em Shanksville", no dia 11 de setembro de 2001, também foram enviados a um aterro sanitário, segundo o relatório desta terça-feira.

"Uma vez incinerados, os restos foram colocados em contêineres lacrados entregues a uma firma terceirizada, encarregada do tratamento do lixo hospitalar", segundo o relatório.

O Pentágono reconheceu no ano passado que os restos dos soldados mortos no Iraque e no Afeganistão e tratados em Dover tinham sido incinerados e jogados num aterro na Virgínia. A revelação causou revolta entre as famílias de soldados e desencadeou uma nova política.

Esta prevê que os restos incinerados, não identificados, sejam submersos.

O relatório desta terça-feira está em contradição com uma versão anterior da Força Aérea, para quem não havia vestígios de como os restos humanos não identificados tinham sido administrados, antes de 2003.

O secretário americano da Força Aérea, Michael Donley, disse nesta terça-feira que o setor aceita "a responsabilidade e a culpa" pela má gestão denunciada em Dover, e trabalha para que esta espécie de erro não se repetisse mais.

Fonte: France Presse via G1

29 de fevereiro de 1996 - Acidente mata 123 passageiros no Peru

O voo 251 da Faucett Aviation Company que havia decolado do Aeroporto Internacional Jorge Chávez, em Lima, com destino ao Aeroporto Internacional Ciriani Santa Rosa, em Tacna, ambas cidades peruanas, se acidentou no dia 29 de fevereiro e 1996, a 6,3 km de Arequipa, também no Peru.

O avião era o era Boeing 737-222, prefixo OB-1451, construído em 1968. Os 123 passageiros a bordo morreram no acidente: eram 72 peruanos, 42 chilenos, 3 belgas, 2 bolivianos, 2 canadenses, 1 brasileiros e 1 argentino.

O acidente ocorreu com a queda do avião e o impacto com o solo durante a tentativa de aterrissagem. A tripulação observava nos instrumentos uma altitude que, depois, se comprovou errônea, provocada por uma falha no altímetro. A aeronave voava 1000 pés abaixo da altitude correta (estava a 8644 pés, acreditando estar a 9500 pés).Para pousar na elevada pista do Aeroporto Rodríguez Ballón era necessária a altitude de 8404 pés.

Alguns fatores que contribuíram para o acidente foram a baixa visibilidade causada pela escuridão (eram 20:25 hora local) e a espessa neblina que se estendia sobre as montanhas no momento do pouso.

Enquanto efetuavam uma aproximação VOR/DME a pista 09 do Aeropuerto Rodríguez Ballón, o avião chocou-se contra as montanhas que se encontravam no meio do padrão de voo a 8015 pés. A seção dianteira da aeronave se partiu com o impacto e a parte central da fuselagem se rompeu e golpeou o cume de uma colina, até parar próximo ao cume de outra elevação. A calda foi encontrada num vale entre duas montanhas.

A empresa aérea declarou falência e encerrou suas operações em 15 de novembro de 1999.




Leia também:


MTC dice que accidente de Fauccett de 1996 fue por falla humana y no por sobrepeso.


Relatório sobre o acidente (Força Aérea do Peru).

Fontes: Wikipédia / aeronoticias.com.pe / Força Aérea Peruana

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Passageiros entendem piloto dizer "bomba" e entram em pânico durante voo

Um piloto utilizou o sistema de som de um avião para desejar feliz aniversário para a mãe de um controlador de tráfego aéreo e causou pânico nos Estados Unidos.

Na última sexta-feira (24), o piloto da Southwest Airlines - durante o voo entre Maryland e Long Island -, ao dizer aos passageiros que eles tinham "uma mãe a bordo" (em inglês, "mom on board"), os passageiros entenderam que havia uma "bomba a bordo" (em inglês, "bomb on board").

Os passageiros entraram em pânico e a tripulação do avião da Southwest Airlines garantiu que não havia nenhuma bomba na aeronave. Vários passageiros prestaram queixas às autoridades sobre o episódio. Um porta-voz da companhia garantiu que tudo foi apenas um mal entendido.

Fontes: O Dia Online / New York Daily

Piloto de avião poderá notificar na internet uso indevido de raio laser

O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) criou uma ficha em seu site, para dar celeridade a registros e processamento de casos de uso indevido dos apontadores com mira a laser.


O piloto que for alvo de brincadeiras com o uso de raio lasers poderá notificar, pela internet, a ocorrência. O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) criou uma ficha em seu site, para dar celeridade a registros e processamento de casos de uso indevido dos apontadores com mira a laser. Em 2011, o órgão recebeu 332 notificações desse tipo nas proximidades dos aeroportos brasileiros.

O lançamento do formulário online também visa a dar informações para ajudar na criação de ações alertando sobre os riscos dessa prática, que é crime, especialmente nas regiões próximas a torres de controle e a aeroportos.

"Como atividade preventiva, será possível desenvolver campanhas educativas direcionadas a essas localidades de maior risco, com o apoio das secretarias de educação, por exemplo", explica o Major Aviador Márcio Vieira de Mattos, investigador do CENIPA, responsável pelo gerenciamento do Programa Relatório de Prevenção.

Os primeiros relatos sobre a prática ocorreram no início de 2010, e se intensificaram ao longo daquele ano e de 2011. Os fatos que começaram a chamar a atenção da comunidade aeronáutica ocorreram no Aeroporto de Londrina. Em 2011, essa mesma localidade foi a mais atingida pela brincadeira, com 111 relatos de pilotos surpreendidos pela luz verde. Galeão, Vitória e Campinas também estão entre os aeroportos mais rodeados por vizinhos inconsequentes.

Segundo a CENIPA, a probabilidade de que a incidência de raio laser cause um acidente com uma aeronave é baixa, mas ela pode ser um fator de distração para o piloto, em momentos que exigem concentração, como durante o pouso. "No entanto, por menor que seja o risco, as pessoas precisam saber que ele existe", defende o Major Mattos.

A Câmara dos Deputados também está atenta aos riscos do uso dos apontadores de laser. Tramita na Casa projeto que pune o uso indevido do objeto. O projeto prevê que será considerada infração, sujeita a prisão simples de três meses a dois anos e de multa, o uso do instrumento contra torre de controle de tráfego aéreo, cabine de aeronave, ou veículos motorizados.

Fonte: Agência O Globo via portal@d24am.com - Foto: FAB/Divulgação

Aeronáutica começará a investigar as causas da queda de um avião monomotor em São José, na Grande Florianópolis

Susto na aterrissagem


A investigação da aeronáutica deve começar nesta terça-feira para apurar as causas do acidente com o avião monomotor que caiu em São José, por volta de 18h do dia anterior. Um oficial de segurança do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa) é aguardado pela direção do Aeroclube de SC.

Segundo o presidente do Aeroclube, Luiz Adauto Costa, que espera pelo técnico, ainda é cedo para apontar quais podem ter sido as causas, mas adianta que pode ter acontecido um erro humano.

— O aluno que passava por treinamento estava fazendo uma manobra de aterrissagem quando acabou batendo na árvore, são coisas que fazem parte do treinamento — explica.

Segundo ele, o tempo apresentava boas condições de navegação no local e a visibilidade era boa, o que contribui para voos em segurança.

Carlson Frany, aluno e piloto do monomotor modelo Paulistinha P56R no momento do acidente, teve ferimentos leves, foi encaminhado para o Hospital Regional de São José e recebeu alta ainda na noite de segunda-feira.

O instrutor de voo Mateus Lozoti também foi levado ao HR, onde permanece internado. Ele deve passar por uma microcirurgia no rosto nesta terça-feira, segundo o presidente do aeroclube.

Fonte: Diário Catarinense - Foto: Flávio Neves/Agencia RBS

Avião cai durante treinamento em aeroclube de SC



Um avião monomotor caiu e colidiu contra uma árvore durante um treinamento realizado na tarde dessa segunda-feira em São José, município da região metropolitana de Florianópolis. Duas pessoas ficaram levemente feridas.

O piloto Mateus Lozotti e o aluno Carlson Frany estavam em uma aeronave modelo Paulistinha P56 realizando manobras no aeroclube local, por volta das 18 horas. Ao tentar arremeter o monomotor, o piloto acabou perdendo o controle. O avião caiu sobre um matagal e atingiu uma árvore.

Os dois foram socorridos por uma equipe de resgate e levados até um hospital de São José. O aluno foi medicado e liberado, enquanto Mateus deve permanecer internado. Ele sofreu apenas ferimentos leves.

As possíveis causas do acidente ainda serão investigadas pela Aeronáutica. Uma perícia deve ocorrer no aeroclube nesta terça-feira.


Fontes: Fabrício Escandiuzzi (Terra) / Diário Catarinense- Fotos: Flávio Neves (Agência RBS)

Fiscalização da Anac é frouxa,diz piloto

“Falta fiscalização nos aeroportos de Belém”, denuncia o piloto Paulo Rodrigues, presidente do Aeroclube do Pará. De acordo com ele, desde 2009, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), órgão regulador da aviação comercial no país, mantém um efetivo de apenas dois funcionários para cobrir todo o Estado.

“É um absurdo, se for pensar na nossa região, que é imensa e que necessita do avião como meio de transporte para alcançar áreas a que muitas vezes não se tem acesso por terra. Se não tem fiscalização, você relaxa, aí começam a acontecer acidentes”, analisa. Ele estima que uma frota de 300 aeronaves, entre monomotores e bimotores, circulem no espaço aéreo do Pará.

Rodrigues aponta problemas também no controle da concessão de licenças para pilotos por parte da Anac. Como explica, para se capacitar como piloto é necessário um curso teórico de quatro meses, exigido para realizar a prova teórica da Anac. Após aprovado, o candidato se submete a 36 horas de voo em um avião e uma prova prática de pilotagem.

“Porém, o controle da Anac é frouxo. Para ser piloto, basta o camarada ter o 1º grau completo e estudar em casa. Não é exigido que faça o curso teórico em uma escola reconhecida pela Anac. Como o cadastro é eletrônico, depende da palavra do candidato apenas comprovar se o curso foi feito ou não”, avalia.

Medo coletivo

É com pesar e receio que o setor de aviação paraense vem recebendo as últimas notícias. “Todos ficam um pouco paranoicos com tantos acidentes. A aviação é considerada uma profissão de risco, mas não é normal a quantidade de acidentes que vêm acontecendo. Sofro pela morte do Roberto (Roberto Carlos Figueiredo, piloto do avião do deputado Alessandro Novelino, também morto no acidente do último sábado), ele era meu amigo. E sofro por ter que ficar tanto tempo sem respostas pela causa de tantas mortes. Elas (as respostas) podem salvar as vidas de outros tantos pilotos”, afirma um piloto que não quis se identificar.

Piloto privado com três anos de profissão, ele confirma as denúncias de falha na fiscalização. “Os ficais vêm muito pouco fazer vistorias. A culpa não é deles. É a quantidade de trabalho que exigem que eles façam. Durante o período de carnaval, aumenta a quantidade de voos no Estado e a Anac não acompanha essa demanda. Se no trânsito é assim, por que na aviação seria diferente?”, questiona.

Outro fator de risco típico da região é ausência de fiscalização e manutenção das pistas de pouso no interior, o que dá abertura a perigosas improvisações. “A maioria das pistas no interior não é apropriada. São descampados de piçarra ou terra batida. Pouquíssimas são afastadas e quase todas são no meio do centro urbano. Muitas das vezes os pilotos têm que pousar em uma estrada ou rodovia. Ficamos taxiando (voando em círculos) até saírem os veículos, pessoas, até mesmo gado do caminho. Imagina o perigo”, relata.

Em números

168 É o número de aeroportos existentes no Pará, sendo 44 aeroportos públicos e outros 124 privados, incluindo também os helipontos. Redução não compromete, garante Anac

O total de acidentes aéreos registrados no Pará no mês de fevereiro é quase a metade dos desastres envolvendo aeronaves em todo o ano de 2010 no Estado. De um total de nove acidentes naquele ano, apenas cinco tiveram seus relatórios de apuração de possíveis causas concluídos. Em 2011, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), somente nos seis primeiros meses do ano foram registrados 23 desastres aéreos em toda a região amazônica, ou quase um acidente a cada 12 dias. No Pará, foram sete. O recorde ficou com o Mato Grosso, com nove acidentes.

Mas nem os recentes acontecimentos no Pará, que registrou quatro graves acidentes em fevereiro, foram suficientes para mobilizar técnicos da Anac - autarquia que tem a responsabilidade de regular e fiscalizar a aviação civil brasileira - no sentido de priorizar os trabalhos de apuração e investigação no Estado.

O DIÁRIO solicitou à agência que informasse se, mediante tais acontecimentos em sequência, a Anac pretendia tomar alguma medida mais pontual, como por exemplo, enviar técnicos para o Estado para averiguar a qualidade dos produtos oferecidos. Para essa pergunta, não houve resposta da assessoria de imprensa do órgão.

Em agosto de 2010, a Anac decidiu fechar os postos de serviços de 22 capitais, inclusive Belém, Boa Vista, Macapá, Manaus e Porto Velho. Na época, a agência informou que a decisão não era econômica, mas de eficiência. Pela configuração anterior, os atendentes apenas recolhiam as queixas dos passageiros e as encaminhavam para as respectivas gerências regionais, onde eram analisadas. Na nova configuração, dizia a Anac, estaria “desenvolvendo ferramentas tecnológicas de controle e vistoria” que permitiriam que tudo fosse feito pela internet.

A Anac disse também, na época do fechamento, que iria “reforçar os canais de atendimento com o passageiro”, com o aumento de 20% do efetivo que trabalha no telefone gratuito 0800 e no site da agência na internet.

Quando foi anunciada a decisão, parlamentares paraenses apelaram à direção da Anac pelo não fechamento dos escritórios nos Estados do Norte. O senador Flexa Ribeiro (PSDB) e os deputados federais peemedebistas

Elcione Barbalho e José Priante entregaram um ofício para o então ministro da Defesa, Nelson Jobim, solicitando a manutenção do escritório em Belém.

A região Norte é carente de transporte fluvial e terrestre e, por isso, o avião acaba sendo um dos principais meios para transportar doentes e passageiros de uma forma geral, do interior para cidade, com maior infraestrutura. Em Belém, o escritório do órgão fazia homologação das empresas de táxi aéreo, fiscalizava a manutenção de aviões e a regularidade de mecânicos e pilotos.

A assessoria da Anac informou que a centralização das operações de fiscalização foi uma decisão da diretoria da Anac por avaliar que, naquele momento, essa seria a melhor forma de atuação. Segundo a resposta enviada pela assessoria, essa medida não interfere na qualidade do serviço prestado pelos técnicos da agência. “Sempre que necessário, a Superintendência de Segurança Operacional encaminha novas equipes para fiscalização regional”, conclui a nota.

Seis acidentes ocorreram por falha em motor

Relatório da Aeronáutica, que analisou os principais fatores contribuintes em acidentes aéreos entre 2000 e 2009, determinou que, em 69,4% dos casos de desastre em todo o país, um erro no julgamento dos pilotos interferiu na tragédia. Em 47,7% dos acidentes ficou constatada também falta de planejamento e, em 28,1%, o fator “indisciplina de voo” interferiu no acidente.

No caso do Pará, dos 13 acidentes investigados pelo Ceripa desde 2001, seis foram ocasionados por falha de motor em voo. Um só acidente foi causado por fenômeno meteorológico em voo. Foi o caso do turboélice, modelo Mitsubishi MU-2B, prefixo PT - LFX, que decolou de São Luís em 1º de julho de 2003 com direção a Belém, que afundou na baía do Guamá, matando seus quatro ocupantes.

O relatório também mostra que um único acidente foi registrado por colisão com um pássaro em voo. Um monomotor decolou da pista da fazenda Iriri, em agosto de 2010, em direção à São Félix do Xingu, quando colidiu com um urubu. O piloto, que estava sozinho na aeronave, conseguiu realizar um pouso de emergência e saiu ileso do acidente.

A Agência Nacional de Aviação Civil informou que as formas utilizadas pelas Superintendências de Aeronavegabilidade (SAR) e de Segurança Operacional (SSO) para realizar a fiscalização são: auditorias de empresas; auditorias de escolas de aviação civil; auditorias de aeroclubes; inspeções de rampa (durante os preparativos para o voo ou após a conclusão); vistorias de aeronaves; e voos de acompanhamento (inspeção na execução do voo).

Segundo a Agência, as auditorias periódicas ou especiais na empresa, inspeções de rampa e voos de acompanhamento são atividades programadas, realizadas conforme o Plano de Vigilância Continuada (PVC) e previstas no Plano de Trabalho Anual (PTA), enquanto as vistorias técnicas nas aeronaves são realizadas quando há a inclusão de aeronave na frota de uma empresa ou para renovar o Certificado de Aeronavegabilidade a cada seis anos.

A manutenção das aeronaves particulares, informa a Anac, segue o Manual de Procedimentos de Manutenção Aeronáutica de acordo com o modelo de aeronave. Nesse manual está descrito quando as peças devem ser trocadas e revisões realizadas. “Porém, anualmente é obrigatória uma revisão realizada em uma oficina certificada pela Anac, na qual inspetores de aviação civil da Agência certificam que a manutenção das aeronaves está em dia.”

Conforme informação da Anac em 2011, os inspetores lotados em Belém realizaram na região a fiscalização de 343 pilotos e de 278 aeronaves, notificaram 40 aeronaves, emitiram 16 autos de infração para pilotos e empresas e quatro autos de interdição para aeronaves. “A fiscalização realizada pela Anac no Estado do Pará é executada por diversos setores que compõem a Agência”, informou a assessoria.

Em números

Sete acidentes aéreos foram registrados no Pará, somente nos seis primeiros meses de 2011. Em toda a Amazônia, foram 23.

Quatro acidentes graves já foram registrados somente em fevereiro deste ano no Pará.

Fonte: Diário do Pará

Repórter do G1 é detido durante cobertura de acidente de avião

Carlos Eduardo Matos é acusado de desacato à autoridade.

Jornalista nega ter insultado PM. Ele prestou depoimento e foi liberado.


O repórter Carlos Eduardo Matos, do G1 Amazonas, foi detido na manhã desta terça-feira (28), durante a cobertura do acidente envolvendo a queda de um avião de pequeno porte, na Zona Centro-Sul de Manaus. O jornalista fotografava a área onde o avião caiu junto a repórteres de outras emissoras quando foi detido sob acusação de desacato. Segundo a polícia, ele foi algemado e retirado do local para preservar o local do acidente.

Matos foi levado para o 10º Distrito Integrado de Polícia (DIP), localizado no bairro Alvorada, Zona Centro-Oeste de Manaus. Ele prestou esclarecimentos e foi liberado no fim da manhã.

Segundo Matos, a área onde ele estava tirando fotos não estava isolada. "Outros profissionais da imprensa estavam no mesmo local e um tenente da Polícia Militar me impediu de continuar o trabalho. Ele tomou os dois telefones celulares que estavam comigo e me levou algemado para a viatura. Não havia necessidade disso, não agredi ninguém, não falei nada demais para ser tratado dessa forma. Fui fichado na delegacia e estou respondendo por desacato à autoridade", declarou.

O tenente Anderson Pereira Alfon foi quem fez a detenção do jornalista. Ele disse que a área onde eles estavam oferecia riscos. "Nós estávamos apenas preservando o local do acidente, impedindo que o trabalho da perícia fosse atrapalhado. Havia risco de explosão", declarou.

Fonte: G1 - Imagem: Reprodução da TV

'Era para eu estar no avião que caiu', diz amigo de piloto morto em Manaus

Autônomo filmou os destroços do aeronave que caiu nesta terça-feira (28).

Gabriel contou ao G1 que, por pouco, não embarcou na avião.


"Foi como se estivesse faltando gasolina no avião", afirmou o autônomo Gabriel Matos (foto acima), amigo do piloto que morreu em acidente, na manhã desta terça-feira (28), ao decolar em uma aeronave no Aeroclube de Manaus. O autônomo estava entre as duas pessoas presentes na pista do aeródromo no momento do acidente e contou ao G1 que, por pouco, não embarcou na aeronave.

Segundo Gabriel, o procedimento de abastecimento do avião era uma tarefa de rotina para o piloto. "Eu, por acaso, não fui embarquei dessa vez. Fui pegar minha moto e o piloto falou que era só o tempo de ele ir abastecer a aeronave e voltar", disse Gabriel.

Gabriel Matos chegou a filmar os destroços do avião e viu o corpo do amigo. "Nossa! Foi uma cena muito feia que vi. Cheguei a ver o corpo dele", afirmou. Segundo o autônomo, a avião estava intacto. "A aeronave estava intacta. Foi estranho ver que ele decolou e, logo depois, bateu em um fio e o avião foi caindo", completou ao lembrar da cena do acidente.

Fonte: Girlene Medeiros (G1) - Foto: Muniz Neto (G1)

Avião de pequeno porte cai logo após a decolagem e mata piloto no AM

Aeronave havia acabado de decolar do Aeroclube de Manaus.

Apenas o piloto estava no avião que não explodiu.

Área onde o avião caiu. A polícia ainda não autorizou a realização de 
fotos do avião por conta do risco de explosão

Um avião de pequeno porte, modelo Cessna 208B Caravan, prefixo PT-PTB, da empresa CTA (Cleyton Táxi Aéreo), caiu na manhã desta terça-feira (28) por volta de 6h16, logo após a decolagem, em um terreno localizado em frente ao Aeroclube de Manaus, Zona Centro-Sul. Apenas o piloto, de 54 anos, estava na aeronave e morreu na hora. De acordo com a Secretaria de Segurança do Amazonas (Seseg), o avião prestava serviço a Prefeitura do município de Nova Olinda do Norte, a 138 Km de Manaus.

Homens do SAMU no momento em que entravam na mata para localizar o piloto

Ainda segundo informações da Seseg, o piloto iria abastecer a aeronave no Aeroporto Eduardo Gomes, Terminal 2, conhecido como Eduardinho. Durante a decolagem o avião não ganhou altitude e teria batido com a asa esquerda em um poste. O aparelho caiu no terreno de uma distribuidora de produtos eletrônicos.

No local do acidente, o irmão do piloto informou que ele tinha mais de 30 anos de profissão. "Ele era considerado um dos mais experientes na empresa em que trabalhava", disse.

Segundo o capitão do Corpo de Bombeiros do Amazonas, Orleilson Muniz, após o abastecimento o destino da aeronave era a cidade de Boa Vista, em Roraima. O avião prestaria serviço aeromédico.

Carro do IML fez a remoção do corpo do piloto

Para ele, as primeiras impressões são de falha mecânica. "Há suspeita de falha no motor. Há forte cheiro e grande quantidade de querosone derramado e tudo indica que não faltaria combustível para ele chegar ao seu destino. Vamos aguardar as investigações", declarou.

Os moradores de condomínios próximos ao acidente ouviram o barulho do impacto da queda. O avião não explodiu. Carros do Corpo de Bombeiros, Serviço Móvel de Urgência (SAMU), da Polícia Militar e do Instituo Médico Legal (IML) estão no local. A área está isolada.

Fonte e Fotos: Carlos Eduardo Matos/G1

Virgin diz que 1º voo espacial comercial será em '2013 ou 2014'

Empresa anunciou que os testes com a nave começarão ainda em 2012.

Quase 500 clientes já pagaram os US$ 200 mil pela viagem.

A Virgin Galactic, parte do Virgin Group de Richard Branson, planeja realizar um voo de teste de sua primeira nave espacial fora da atmosfera terrestre neste ano, e o serviço comercial de passageiros em voos suborbitais deve ser iniciado em 2013 ou 2014, disseram executivos da empresa na segunda-feira (27).

Quase 500 clientes já garantiram lugar nos voos do SpaceShipTwo, uma espaçonave que acomoda seis passageiros e dois pilotos e está sendo construída e testada pela Scaled Composites, companhia aerospacial fundada pelo projetista aeronáutico Burt Rutan mas agora controlada pela Northrop Grumman.

Os voos suborbitais, que custarão US$ 200 mil por passageiro, devem atingir altitude de 109 quilômetros, o que propiciará aos viajantes alguns minutos de gravidade zero e permitirá que vejam a Terra tendo como fundo a escuridão do espaço.

"Na área suborbital, existe muito a ser feito. Trata-se de uma área que não foi explorada nas últimas quatro décadas", disse Neil Armstrong, que era pioloto de teste do avião de pesquisa X-15 nos anos 60 antes de se tornar astronauta e liderar a primeira missão a pousar na Lua.

Turistas espaciais verão a Terra desta altitude
"Há muita oportunidade", disse Armstrong aos 400 participantes da Next-Generation Suborbital Researchers Conference, em Palo Alto, Califórnia. "Espero que algumas das novas abordagens venham a se provar lucrativas e úteis. E estou seguro de que isso acontecerá".

A Virgin Galactic é a mais visível entre as empresas que estão desenvolvendo espaçonaves para propósitos de turismo, pesquisa, educação e negócios.

O SpaceShipTwo, o primeiro aparelho na frota de cinco espaçonaves que a Virgin planeja, já completou 31 testes de voo na atmosfera - 15 deles atrelados ao WhiteKnightTwo, o avião que o transporta, e 16 em voo planado- disse William Pomerantz, vice-presidente de projetos especiais da Virgin Galactic, em palestra na conferência.

Os preparativos para os primeiros voos propelidos por foguete estão em curso no centro de montagem da Scaled Composites em Mojave, Califórnia, e o teste inicial deve acontecer neste ano.

SpaceShipTwo, nave da Virgin Galactic que levará turistas ao espaço
"Esperamos instalar o motor-foguete na espaçonave ainda neste ano, e começar os testes com autopropulsão", disse David Mackay, chefe dos pilotos de teste da Virgin Galactic, durante a conferência.

"Gostaríamos de ser os primeiros a fazê-lo, mas não estamos correndo contra ninguém. Não se trata de uma corrida espacial como a ocorrida na era da Guerra Fria", acrescentou.

"O intervalo entre o primeiro voo com motor e o primeiro voo espacial não será longo, e de lá para o primeiro voo comercial ao espaço tampouco deve haver muita demora", disse Pomerantz a jornalistas, mais tarde.

Ele disse que os serviços de passageiros começariam em 2013 ou 2014, a depender dos resultados dos testes de voo e outros fatores, tais como o treinamento de pilotos.

Fonte: Reuters via G1 - Imagens: Divulgação

Guia de carreiras: aviação civil

Curso superior tem vantagens em relação à formação dos aeroclubes.

Além de ser piloto, estudante pode atuar em áreas administrativas.


Quem pretende se tornar piloto de avião tem dois caminhos: pode fazer um curso em algum aeroclube ou, ainda, optar por uma graduação de aviação civil oferecida por instituições de ensino reconhecidas pelo Ministério da Educação. Uma das vantagens de quem tem formação superior nesta área é que, segundo especialistas, na hora de contratar pilotos, as grandes companhias aéreas exigem menos horas de voo e estes ingressam mais rápido no mercado de trabalho do que os formados em aeroclubes.

Uma hora de voo pode custar até R$ 1.000 e toda a parte prática é realizada nos aeroclubes. As instituições de ensino costumam ter simuladores de voo, mas eles não são suficientes para o estudante cumprir a carga horária exigida pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) na formação de pilotos.

"Para a Anac, tanto o aeroclube como a universidade são escolas de aviação. Temos a mesma homologação dos aeroclubes. A grande diferença é que o aeroclube ensina somente aquilo que ocorre no voo e a universidade ensina também todas as áreas relacionadas, e proporciona um conhecimento amplo em relação à aviação", afirma Edson Luiz Gaspar, coordenador do curso de aviação civil da Universidade Anhembi Morumbi.

O conteúdo do curso de aviação civil inclui disciplinas relacionadas à física como aerodinâmica de voo, navegação, meteorologia e regulamento de tráfego aéreo. A duração é de três anos. A graduação também habilita o profissional a trabalhar em áreas administrativas como gestor de aeroportos ou de empresas aéreas.

"Na aviação há várias carreiras com diferentes atuações. Em uma companhia aérea, por exemplo, há pessoas que gerenciam a aeronave, a compra e a venda das passagens, elaboram a escala de voo, cuidam da saúde do piloto. Há uma equipe muito grande que permite que o piloto voe e atinja seu destino", diz Gaspar.

Por conta dessa ampla capacitação é comum, de acordo com o coordenador, muitos alunos ingressarem na aviação civil em cargos administrativos para bancar a parte prática do curso com as horas de voo e depois migrarem de área e se tornarem pilotos.

Apesar das vantagens, a graduação, no entanto, pode ser uma opção mais cara se comparada ao curso dos aeroclubes. Segundo Gaspar, a faculdade custa de R$ 120 mil a R$ 150 mil, incluindo as horas de voo, enquanto no aeroclube, o preço deve ficar em torno de R$ 100 mil.

Percurso para voar

Depois de passar por uma rígida bateria de exames médicos no Hospital da Aeronáutica, estudar a parte teórica, fazer 40 horas de voo e concluir o primeiro ano de faculdade, o estudante recebe o brevê (licença) para atuar como piloto privado, o que não permite que ele seja remunerado. A partir do segundo ano do curso, com nova série de exame e mais 40 horas de voo instrumental e outras 70 horas de voo (noturno e diurno), o estudante adquire o brevê de piloto comercial e já pode trabalhar.

Carlos Kodel, de 37 anos, é piloto da Avianca Linhas Aéreas e se formou em aviação civil em 2003 pela Anhembi Morumbi. Para ele, a faculdade deu uma boa base para a progressão da carreira. "No curso você tem acesso a uma gama de matérias que te dão uma noção de 360 graus de tudo que ocorre a sua volta. Pilotos que têm curso superior de aviação levam vantagem e as empresas aéreas entenderam isso."

Veja universidades que oferecem curso de aviação civil (link para o E-MEC).

Fonte: Vanessa Fajardo (G1) -  Arte: G1

Curto-circuito na cabine interrompe voo da FAB em Salvador, diz Base

Aeronave transportava dez militares na noite de segunda-feira (27).

Curto-circuito teria acontecido no console da cabine, informa Base Aérea.

Um voo da Força Aérea Brasileira (FAB) foi interrompido na noite de segunda-feira (27) após a ocorrência de um curto-circuito no console, localizado na cabine da aeronave, de acordo com informações da Base Aérea de Salvador, de onde partia a incursão militar de âmbito local.

Dez pessoas, todos militares, já estavam sobrevoando a cidade quando o incidente aconteceu, gerando forte fumaça. A assessoria de imprensa da Base Aérea informa que irá enviar nota à imprensa com detalhes sobre a ocorrência.

Fonte: G1

Empresas de táxi aéreo denunciam transporte clandestino no país

Avião privado cobrando para transporte de passageiro é ilegal, diz senador.

Anac diz coibir prática; licença de piloto e avião podem ser apreendidos.

Aeronave de táxi aéreo recebe passageiros em hangar
Representantes de 40 empresas que integram a Associação Brasileira de Táxi Aéreo (Abtaer) foram ao Senado denunciar a existência de transporte aéreo clandestino no país e pedir maior fiscalização. Eles relataram casos em que aeronaves particulares, como jatos, monomotores ou bimotoroes, são usados ilegalmente para transporte de pessoas, sendo que não possuem autorização para isso.

“O tratamento dado à questão é muito ruim. Qualquer um que tenha uma aeronave local ou repassa para transporte de passageiros sem nenhuma fiscalização por parte da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). E as aeronaves particulares não possuem autorização para o transporte de passageiros pagantes, colocando em risco estas pessoas”, disse o comandante Milton Arantes Costa, presidente da Abtaer.

O setor conta com 1.500 aeronaves operando oficialmente no Brasil, conforme a Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag), e há pelo menos outros 500 aviões operando de forma clandestina. Estimativa da Abtaer aponta que o táxi aéreo movimenta cerca de R$ 700 milhões mensalmente no país (cerca de R$ 8,4 bilhões por ano), mas o faturamento das empresas caiu até 80% em 2011 devido, dentre outros fatores, à invasão dos "piratas" no mercado.

Em nota, a Anac informou que fiscaliza e pune a prática no país, podendo até apreender a aeronave ou cassar a licença do piloto que estiver fazendo o voo.

A reclamação foi levada pelas empresas a representantes do setor da aviação à Subcomissão Temporária sobre a Aviação Civil no Senado, instalada no último dia 9. Para o presidente da comissão, senador Vicentinho Alves, a Anac deveria realizar inspeções surpresas nos hangares e aeroportos para coibir a prática.

“Oficialmente, apenas táxis aéreos e empresas que operam linhas aéreas podem fazer transporte de passageiros com fins comerciais. Para combater o transporte clandestino, entendo que a Anac deve fazer inspeções de rampa (surpresas), verificando junto aos passageiros e pilotos sobre o tipo de voo que está sendo realizado, quem está pagando, cobrando a nota fiscal, se o tipo de aeronave é o específico para o transporte de passageiros, se a mesma tem seguro, dentre outras coisas”, afirmou Vicentinho ao G1.

'Voos piratas'

O comandante Milton explica que, enquanto um táxi aéreo demora até 9 meses para incluir uma aeronave legalmente em sua frota e habilitá-la para o transporte de passageiros, aviões que acabaram de ser adquiridos entram em operação no mercado rapidamente, fazendo que as empresas percam passageiros. “Os clandestinos não seguem regulamentação, as normas de manutenção e nem exigem que os pilotos tenham a formação necessária. Empresários que compram aeronaves acabam usando para transporte de outras pessoas para reduzir os custos de manutenção, e isso é ilegal”, disse.

Concorda com ele o comandante Jorge Bittar, president da Helimarte Táxi Aéreo. “O transporte pirata é o nosso maior inimigo. Os proprietários, ou até mesmo pilotos, agenciam voos e não sofrem a mesma fiscalização que sofremos. Assim que eu contrato um piloto, ele precisa passar por um treinamento de 4 meses para operar transporte de passageiros, e eu fico pagando por isso.

O clandestino começa a operar na hora, sem nenhum controle e preparação”, critica
O gerente comercial da Flex Táxi Aéreo, Luiz Lopes, lembra de ter perdido negócios, em que um futuro cliente optou pelo transporte clandestino por ser mais barato, e diz que é "prática comum" aviões particulares serem fretadas ou venderem trechos para transporte de pessoas no interior do país. Enquanto que um quilômetro de voo de táxi aéreo, em um King Air, pode ficar em R$ 13, um clandestino pode cobrar cerca de R$ 7, apenas como exemplo.

Segundo o senador Vicentinho, as regras pra táxi aéreo são rígidas. Ele explica algumas diferenças: “Aeronaves que transportam passageiros de forma clandestina não passam por manutenção tão rigorosa como a dos táxis aéreos, que fazem manutenção periódica do mesmo nível que as linhas aéreas. A tripulação dos táxis aéreos precisa ser do quadro de funcionários da empresa (com carteira assinada) e as aeronaves têm seguro de cobertura obrigatória, além de certificado de homologação. Todas aeronaves são da categoria TPX (sigla para Transporte Aéreo Regular)”.

Outro lado

Em nota ao G1, a Anac informou que fiscalizar e punir o transporte ilegal é uma das atribuições da agência e que "somente empresas certificadas pela Anac estão autorizadas a realizar voos comerciais sob demanda (táxi aéreo) e os pilotos-comandantes devem possuir licença de piloto comercial".

Segundo a agência, empresas de táxi aéreo autorizadas "passam por inspeções periódicas, na quais se verificam, entre outras coisas, as condições da aeronave e das operações aéreas, incluindo o treinamento da tripulação. A fiscalização da Anac é contínua e ocorre de forma programada, não programada e sempre que há denúncia".

A Anac diz que "executar qualquer modalidade de serviço aéreo sem estar devidamente autorizado e explorar serviços aéreos sem concessão ou autorização são infrações ao Código Brasileiro de Aeronáutica" passíveis de sanções administrativas, como multas, cassação de certificados ou licenças, até a apreensão de aeronave. O órgão recomenda que o usuário, antes de ser transportado, verifique se a empresa possui autorização.

Fonte: Tahiane Stochero (G1) - Foto: Abtaer/Divulgação

Queda de paraglider deixa instrutor e aluno feridos em Andradas (MG)

Os dois se chocaram no ar e caíram na mata fechada do Pico do Gavião.

Foi preciso um helicóptero para resgatar as vítimas.

Helicóptero da Polícia Militar realiza o resgate das vítimas no Pico do Gavião
Duas pessoas ficaram feridas após 2 paragliders – uma espécie de paraquedas móvel – se chocarem no ar na tarde deste sábado (25), na mata fechada do Pico do Gavião, em Andradas, no Sul de Minas. Outras pessoas que praticavam o esporte no local acionaram os bombeiros para resgatar as vítimas.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, só foi possível efetuar o resgate uma hora depois do acidente, pois o local era de difícil acesso e eles tiveram que caminhar por uma trilha.

Os feridos foram levados em macas até o topo de outro morro onde um helicóptero da Polícia Militar vindo de Piracicaba, interior de São Paulo, fez o resgate.

O instrutor de paraglider Neto Cristofoletti teve uma torção no pé enquanto o aluno dele Alexandre Gonçalves de Carvalho sofreu traumas na bacia e na lombar. Os dois, que são de Itu, também no interior de SP, foram levados para a Santa Casa de Poços de Caldas.

As causas do acidente não foram descobertas. Segundo os bombeiros, o instrutor já voa há 10 anos. As 2 vítimas passam bem e não correm risco de morte.

Fonte: G1 - Foto: João Daniel Alves

Helicópteros da PRF estão parados há mais de um ano

Polícia Rodoviária tem 11 helicópteros para socorrer vítimas de acidentes e fiscalizar rodovias.

Nem todos estão voando por falta de peças e manutenção.


Neste ano, a Polícia Rodoviária Federal reforçou com helicópteros a vigilância nas estradas. Do alto, é mais fácil enxergar motoristas que abusam da velocidade, ou ultrapassam em trechos proibidos. Mas nem todos os helicópteros estão voando. O repórter Vladimir Neto explica por quê.

Um dos helicópteros custou US$ 2,5 milhões e tem instalada uma espécie de UTI móvel. Mas está parado no hangar na Polícia Rodoviária Federal, em Brasília. As imagens foram feitas com uma câmera escondida.

Ao todo, a Polícia Rodoviária tem 11 helicópteros para socorrer vítimas de acidentes e fiscalizar rodovias.

O helicóptero parado em Brasília é um Bell 407. Comprado em 1998, ele entrou em manutenção, conforme previsto no manual no fabricante, em 2010. O problema é que não existiam peças de reposição no estoque da polícia. E como o helicóptero não estava voando, várias peças dele foram retiradas para o conserto das demais aeronaves da frota.

Outro helicóptero também esta parado. É um Colibri que está em Itajubá, Minas Gerais. Ele sofreu um acidente em 2009 e a polícia analisa se vale a pena consertar a aeronave.

A Polícia Rodoviária Federal diz que o contrato de venda desses helicópteros não prevê estoque de peças e a reposição só é feita depois de um pedido da polícia rodoviária, o que demora muito.

De acordo com o coordenador de operações Giovani de Mambro, uma sindicância foi instaurada para saber se houve irregularidade no contrato. Ele defende o aproveitamento de peças em outras aeronaves: “Esse é um procedimento aeronáutico que visa garantir que as outras máquinas não parem também. Isso está sendo revisto com o novo contrato, que a gente prevê um estoque mínimo das peças que apresentam mais necessidade de substituição”.

A previsão da Polícia Rodoviária Federal é de que o helicóptero que está em Brasília volte a voar em abril.

Fonte: Jornal Nacional (TV Globo)

EUA investigam choque de helicópteros que matou 7 militares

Acidente no Arizona ocorreu durante treinamento de rotina no Arizona.

Não houve sobreviventes.


As autoridades militares americanas investigam as causas de um choque de dois helicópteros que matou todos os sete fuzileiros navais que estavam a bordo durante um treinamento no Arizona.

O acidente ocorreu na noite de quarta-feira passada (22), em uma região remota próximo à cidade de Yuma, envolvendo um AH-1W "Cobra" e um UH-1Y "Huey".

Seis dos mortos eram da base de Camp Pendleton, na Califórnia, e um era da base dos marines em Yuma, no Arizona.

Imagem de TV local divulgadas na noite de quinta-feira (23) mostra destroços no local do acidente
Suas identidades só vão ser reveladas depois que todas as famílias forem notificadas.

Eles faziam treinamento de rotina.

O senador pelo Arizona e ex-candidato à presidência John McCain, ex-piloto da Marinha que foi tomado prisioneiro durante a Guerra do Vietnã, manifestou suas condolências aos familiares das vítimas.

"Esta tragédia é uma séria lembrança dos sacrifícios feitos pelos homens e mulheres de nossas forças armadas para manter nossa segurança, tanto nos treinamentos em casa como no combate no exterior", declarou.

Este acidente soma-se a outros ocorridos nos últimos meses pela terceira unidade aérea de fuzileiros navais.

Em julho passado, um veterano piloto morreu quando seu helicóptero UH-1Y caiu na base de Camp Pendleton, no norte de San Diego.

Um mês depois, dois fuzileiros tiveram de se ejetar de seu caça F/A-18 antes de este cair no Oceano Pacífico e foram resgatados e em setembro outros dois morreram na queda de seu helicóptero durante um treinamento em Camp Pendleton.


As aeronaves envolvidas no acidente:

- Bell AH-1W Super Cobra, prefixo 160107, da USMC HMLA-469 (2 ocupantes / 2 mortos).

- Bell UH-1Y Venom, prefixo 168039, da USMC HMLA-469 (5 ocupantes / 5 mortos).

Fontes: G1, com agências internacionais / ASN  - Foto: AP

Fevereiro é marcado por 4 acidentes aéreos no Pará

Com a queda do avião na manhã de ontem já somam quatro os acidentes com aeronaves de pequeno porte no Pará somente no mês de fevereiro deste ano. Em uma infeliz coincidência, o corpo de uma das vítimas do acidente ocorrido no município de Cametá - quando o avião bimotor prefixo PT-LOU, da empresa Norte Jet Táxi Aéreo, caiu após decolar no município de Cametá em direção a Belém - ainda estava sendo velado no aeroclube no momento em que a aeronave que transportava o deputado levantou voo.

Neste acidente ocorrido no dia 18 de fevereiro, quatro pessoas morreram. O bimotor estava a serviço da empresa Prosegur, que faz transporte de valores.

O primeiro incidente ocorreu no dia 9 de fevereiro, quando um avião modelo King Air F 90, prefixo PT – OFD, caiu com o piloto e três passageiros, próximo à Base Aérea de Belém. O acidente aconteceu a aproximadamente 5,4 Km de uma das pistas do Aeroporto Internacional de Val-de-Cans, quando a aeronave se preparava para pousar. Todos os ocupantes conseguiram se salvar. Foi preciso mais de uma semana para retirar o avião do fundo da baía.

Em outro momento tenso da aviação destas últimas semanas, um helicóptero “esquilo” (AS350 B2), do Grupamento Aéreo de Segurança Pública do Pará (Graesp), fez um pouso de emergência na última quarta-feira, 22, em um terreno próximo à rodovia BR-316, no município de Marituba, na região metropolitana de Belém. O impacto com o solo provocou avarias na aeronave e ferimentos leves em seus ocupantes. Quatro pessoas estavam a bordo: o comandante, major Alessandro Zell; o delegado Éder Mauro, da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos; e dois servidores (um médico e uma enfermeira) da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa).

Outras tragédias

Apesar de entrecortado por rios que se espalham nos vários municípios da região, o Estado do Pará sempre foi pródigo em ocorrências de acidentes aéreos que vitimaram dezenas de pessoas, desde simples passageiros até políticos – como aconteceu agora com o deputado Alessandro Novelino – e empresários, como Jair Bernardino e Luiz Rebelo, que alcançaram ampla repercussão nacional.

Jair Bernardino era um dos mais pródigos da sua geração. Goiano de nascimento, Bernardino construiu um sólido império industrial de mais de trinta empresas, tendo à Rede Brasil Amazônia de Televisão (RBA), inaugurada em 15 de dezembro de 1988 em Belém, afiliada à Rede Manchete à época.

Bernardino morreu no dia 5 de agosto de 1989, aos 44 anos, num acidente aéreo em que também faleceram o piloto, o co-piloto e seu irmão Nélson Luiz de Souza, na Ilha das Onças, no Pará. O empresário era dono do Learjet 35A e decolou com o piloto, co-piloto e o irmão Nélson Luiz de Souza na noite do dia 4 de agosto de 1989, de Belém com destino a Goiânia, para comparecer ao sepultamento de um tio em Morrinhos, falecido no final de julho. Próximo do pouso, já próximo a Belém, o avião desapareceu no radar nas proximidades da Ilha das Onças.

Pouco depois, os destroços de avião foram encontrados às proximidades de um clube localizado na Ilha das Onças. O avião só foi achado no dia 6 de agosto por barqueiros. Os corpos do acidente ficaram quase irreconhecíveis, o que levou à demora na perícia e os sepultamentos.

A perícia mostrou que houve erro humano: um dos pilotos não ‘resetou’ o altímetro na descida, segundo o site Wikipédia. Isso fez com que na fase final de pouso em Belém os instrumentos marcassem uma altitude maior que a real. Na época, surgiu a versão de que teria ocorrido sabotagem, já que o empresário tinha muita influência e poder em bastidores da política paraense e goiana. Até hoje essa versão não foi confirmada.

Vinte e um anos depois, na tarde do dia 25 de janeiro de 2010, mais um empresário é vitimado por um acidente aéreo. Mais uma vez um erro humano foi a causa da tragédia. A vítima desta vez foi o empresário Luis Rebelo, que morreu junto com o piloto da aeronave Bandeirante Cessna 210, da Piquiatuba Táxi Aéreo, que caiu na área de pasto da Fazenda Rosinha, pertencente ao grupo Reicon, localizada no Km 23 da PA-167, município de Senador José Porfírio. Outros seis passageiros saíram feridos do acidente.

Segundo relato dos sobreviventes, o piloto teria errado o cálculo e passado da pista de pouso e, ao tentar retornar a aeronave, perdeu altitude. Em seguida, o piloto tentou arremeter (subir novamente), mas a aeronave não conseguiu pegar altura e acabou caindo num pasto a 500 metros da sede da fazenda.

Fonte: Diário do Pará - Mapa via ocomunicador10.blogspot.com

Companhia aérea tailandesa contará com equipe de aeromoças transexuais

Uma equipe de aeromoças do 'terceiro sexo', termo empregado na Tailândia para se referir a pessoas transexuais, se prepara para tripular voos de uma nova companhia aérea solidária aos direitos do grupo.


A primeira viagem comercial da empresa tailandesa de baixo custo, PC Airline, acontecerá no início de março, entre Bangcoc e a cidade chinesa de Tianjin, e, para evitar eventuais incidentes nos controles aeroportuários, as aeromoças levarão um certificado médico de mudança de sexo para provar que são as donas de seus passaportes, expedidos em nomes masculinos.

'Meu objetivo é dar uma oportunidade aos transexuais, que são pessoas com os mesmos direitos que qualquer outra. Esta companhia é um sonho para elas e para mim', explicou à Agência Efe Peter Chan, fundador da companhia aérea pioneira na contratação de transexuais para trabalhar como comissários de bordo.

'Muitos transexuais têm boa educação, mas não podem ter bons empregos. Eles não escolhem nascer assim, por que a sociedade os castiga?', enfatizou Chan, empreendedor tailandês de 45 anos que também já trabalhou como comissário de bordo.

As autoridades de aviação civil da Tailândia, Hong Kong e Laos deram sinal verde à iniciativa da PC Airline, mas Chan ainda espera uma resposta dos japoneses e sul-coreanos, que estudam o caso.

'Acredito que não haverá problemas, embora as aeromoças tenham que mostrar um certificado médico, pois ainda aparecem em seus passaportes como homens', explicou o empresário.

Há um ano, a companhia publicou um anúncio para contratar auxiliares de voo aberto às pessoas do terceiro sexo, que têm poucas opções de trabalho fora do mundo do entretenimento, em empregos de menor qualificação. Das mais de cem solicitações de transexuais que recebeu, quatro foram contratados, além de 19 mulheres e sete homens.

'Os transexuais que contratamos passaram por um exame geral de conhecimentos, idiomas e testes de aptidões, nisto todos os sexos são tratados igualmente', disse o presidente da companhia.

'Não sei se vamos atrair mais clientes, mas o certo é que será muito difícil, ou quase impossível, um passageiro diferenciá-las de qualquer outra mulher', especificou.

Na Tailândia, os transexuais têm certa aceitação social e trabalham em vários programas de televisão, no mundo do cinema, em comércios de artigos femininos, salões de beleza, mas são muito poucos os que trabalham em administração pública ou diretores de empresas privadas.

'Estou muito animada e agradecida por este trabalho. Fui professora de tailandês no Japão, falo japonês e inglês e me sinto como qualquer outra mulher', diz Nathatai Sukkaset, uma das aeromoças transexuais.
'Com cinco anos já sabia que era uma mulher. Comecei a usar vestidos quando cresci e depois me submeti a uma operação de mudança de sexo, durante meus estudos na universidade', explica a jovem tailandesa.

Para outra das aeromoças transexuais, Phuntakarn Sringern, a sociedade tailandesa agora aceita esta minoria, embora ainda não tenha o direito de modificar seus documentos de identidade para que sejam oficialmente consideradas mulheres e não homens.


Em janeiro, um avião com a equipe da PC Airline e dezenas de funcionários realizou um voo fretado entre Bangcoc e Vientiane, capital do Laos, para divulgar a companhia aérea, o que foi um sucesso publicitário.

A companhia aérea conta com uma frota de três aviões airbus e, depois do primeiro voo a Tianjin, planeja novas rotas a outras cidades da China, Japão e Coreia do Sul.

O fundador da companhia trabalhou como comissário durante quase 13 anos na Thai Airways. Depois, começou a também trabalhar como consultor de investimentos em bens imobiliários até realizar seu sonho de ser proprietário de uma companhia aérea.

'Meu sonho custou US$ 70 milhões. Todo o investimento saiu do meu bolso', concluiu Chan, que com 15 anos conseguiu seu primeiro emprego para ajudar os pais a sustentar a família.

Fonte: Gaspar Ruiz-Canela (EFE) via G1 - Fotos: EFE / AP

Britânica sofre enjoo permanente desde voo turbulento há 6 anos


A enfermeira britânica Gill Archer, de 47 anos, sofre de uma síndrome rara desde que passou por um voo turbulento há seis anos. Ao descer do avião, na Flórida, em 2006, Gill passou a apresentar sintomas como dificuldade de equilíbrio, enjoo e tonteira. Ela imaginou que se livraria logo do mal estar, mas ficou horrorizada ao perceber que o problema persistia mesmo depois de semanas.

Intrigados, médicos tinham dificuldade de dizer à paciente a razão pela qual ela continuava apresentando problemas que comumente duram apenas poucas horas após permanecer no interior de aviões, trens e barcos em movimento.

Mas uma médica americana matou a charada. Gill tem uma síndrome chamada Mal de Debarquement (MdDS, na sigla em inglês).

'Quando sofro ataques, é difícil andar em linha reta. Sinto-me como se estivesse sendo empurrada para o lado e flutuando', conta. 'Parece que estou caminhando sobre o trampolim. Ir ao supermercado é horrível, porque a luz forte agrava meu problema. Isso faz meu trabalho muito difícil - as luzes no corredor do hospital são um pesadelo, tenho que me esforçar para andar em linha reta, sem parecer que estou bêbada', complementa Gill.

Segundo a enfermeira, a intensidade dos sintomas varia de um dia para o outro.

Anormalidade funcional do cérebro

'Estranhamente, os sintomas passam quando estou em movimento. Quando pego o ônibus para o trabalho me sinto melhor'.

Gill é uma das poucas pessoas que sofrem da doença por mais de umas poucas semanas. No caso dela, os episódios ocorrem em intervalos de poucas semanas e podem levar anos. O atual ataque já dura dois anos.

'Visitei vários médicos. Todos disseram que eu tinha enjoo de movimento, que iria passar logo'. Desesperada, Gill recorreu à internet e acabou encontrando um grupo de apoio a pacientes com MdDS.

Ela enviou um e-mail à médica Yoon-Hee Cha, professora e pesquisadora na Universidade da Califórnia - Los Angeles (UCLA), um dos poucos cientistas a se debruçar sobre o Mal de Debarquement. Cha ajudou a diagnosticar o caso.

'A desordem aparentemente representa uma anormalidade funcional do cérebro ou do tronco cerebral. Mas ainda não sabemos o que a doença é. Estudos conduzidos no momento talvez revelem a resposta', disse a médica. 'Não há cura, o que é devastador para os pacientes, que geralmente estão no ápice de suas vidas. Mas benzodiazepinas, antidepressivos e técnicas de redução do estresse ajudam a aliviar os sintomas', diz.

Fonte: BBC Brasil via primeiraedicao.com.br - Foto: Caters

Objeto metálico que caiu do céu no Maranhão não é tóxico, diz FAB

Análise prévia não detectou radiação em globo, mas origem ainda é incerta.

Segundo moradores de povoado no Maranhão, esfera teria caído do céu.


Análise prévia do Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão, não detectou nenhum tipo de toxicidade ou radiação em um objeto metálico que provocou alvoroço na quarta-feira de Cinzas em dois povoados no interior do estado. Segundo os moradores, o globo teria caído do céu.

Segundo a Aeronáutica, que recolheu o objeto no sábado (25), informou que, até o momento, não foi identificada a origem do objeto. Os testes iniciais concluíram que não havia nenhuma substância tóxica ou radioativa. O globo continua sob análise no centro.

O objeto caiu do céu na última quarta em Anapurus (MA), a 280 km de São Luís. A esfera foi primeiramente levada à sede da Polícia Militar do município e, depois, ao Centro de Lançamento de Alcântara, base brasileira para lançamento de foguetes, a 30 km de São Luís.

O objetivo dos técnicos é descobrir de que se trata a esfera metálica, oca, de aproximadamente 30 kg e do tamanho de um botijão de gás. A Aeronáutica informou que não há informações sobre o que possa ser o objeto ou de que material é feito.

Especialistas ouvidos pelo G1 e pela agência russa “Ria Novosti” afirmam que o objeto é provavelmente o tanque de um foguete utilizado para lançar satélites ao espaço. Para eles, o principal suspeito é o foguete francês Ariane-4, lançado da Guiana Francesa em 1997.

Se os testes forem inconclusivos em Alcântara, o globo será levado para testes mais completos no Departamento de Ciência e Tecnologia da Aeronáutica, em São José dos Campos (SP).

Alvoroço

O objeto, encontrado por um morador do povoado de Moraes, provocou alvoroço também entre os 10 mil habitantes de Mata Roma, município vizinho. José Valdir Mendes, 46 anos, afirmou que a peça deixou um buraco de cerca de 1 metro em seu quintal.

“Escutei o barulho, tremeu até a perna. Fui olhar o que era. Pensei que era um avião que tinha caído, ou um terremoto”, contou. “Foi um alvoroço enorme aqui. Alguns com medo e receio com aquela história de 2012. Outros dizendo que era ‘alien’. Mas creio que é uma peça de satélite que caiu do espaço mesmo”, afirmou o professor Max Mauro Garreto, 25, morador de Mata Roma.

Internautas do G1 também enviaram suas hipóteses para o mistério: seria a bola um babaçu gigante, comum no estado? Uma bola que caiu da árvore de Papai Noel? A barriga da falsa grávida do interior paulista ou um ovo de coruja? Uma bola de um gol perdido do jogador Deivid ou um pênalti batido por Elano na Copa América? Alguns reclamaram ainda que o objeto errou o alvo e deveria ter caído em Brasília e muitos têm a mesma opinião de especialistas: seria um tanque de combustível de um foguete.

Lixo espacial

A agência de notícias russa Ria Novosti repercutiu o caso nesta sexta (24) e, segundo um especialista ouvido, a peça pertenceria a um foguete da família Ariane do consórcio espacial europeu Arianespace, responsável também pelo russo Soyuz e o italiano Vega. O foguete é lançado da base de Kuru, na Guiana Francesa, para colocar satélites em órbita.

O astronauta brasileiro Marcos Pontes, que viu as imagens, afirmou ao G1 acreditar se tratar de um reservatório, mais possivelmente pertencente a um foguete. "Pelo tamanho, pelo aspecto, parece um tipo de um balão, um reservatório de algum tipo de combustível para controle de atitude [posição] de foguete ou de satélite", avalia o primeiro brasileiro a viajar para o espaço, em março de 2006. "Foguete é mais provável ainda. É a possibilidade mais plausível."

Fonte: Rosanne D'Agostino (G1) - Foto: Max Mauro Garreto/Arquivo Pessoal

Fogo destruiu 70% da base científica brasileira na Antártida

A Marinha informou no domingo que 70% das instalações da Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF), que pegou fogo na madrugada de sábado, foi destruída.


Dois militares morreram e um ficou ferido na tragédia. O chefe da base e três integrantes do grupo responsável pela manutenção e operações na estação retornaram neste domingo ao local e fizeram uma avaliação preliminar.

Segundo essa versão, 70% do complexo de 2.600 metros quadrados ficou completamente destruído pelas chamas, incluído o edifício principal onde estava situada a parte habitável e alguns laboratórios.

Permaneceram intactos os refúgios (módulos isolados para casos de emergência), os laboratórios (de meteorologia, de química e de estudo da alta atmosfera), os tanques de combustíveis e o heliponto da estação.

Os dois militares mortos são o suboficial Carlos Alberto Vieira Figueiredo e o sargento Roberto López dos Santos.

Os corpos foram transferidos para a base chilena Eduardo Frei, onde permanecerão até serem transportados à cidade de Punta Arenas, no Chile, de onde serão levados para o Brasil.

O sargento Luciano Gomes Medeiros, que sofreu ferimentos no incêndio, encontra-se fora de perigo e foi transferido para Punta Arenas, onde deu entrada num hospital militar.

Medeiros voltará para o Brasil com o restante da equipe que trabalhava na base, que incluía cientistas e militares.

Está previsto que o grupo aterrisse na madrugada desta segunda feira na base militar do Galeão, a bordo de um avião da Força Aérea Brasileira.

Fonte: EFE via G1 - Foto: Armada de Chile/Reuters