Aeronave saiu de Guarulhos (SP) com destino a capital do Oeste e ficou em órbita durante 20 minutos.
Imagem do site Flightradar24 mostra a rota da aeronave (Imagem: Flightradar24/Reprodução/ND) |
Raios, trovoadas e tempestades que podem ter até granizo já são esperados quando a bela e temida nuvem é avistada no céu: a cúmulo-nimbo. Ela é a nuvem que muda as rotas de aviões e os pilotos fazem de tudo para evitá-la.
Na última quarta-feira (26), uma dessas se formou no céu de Chapecó, no Oeste de Santa Catarina, e obrigou o voo (LA3993) da companhia aérea Latam, a esperar por alguns minutos para pousar.
“Tinha uma nuvem desse tipo bem na vertical (em cima) do aeroporto e estava riscando o céu com raios. Então é muito perigoso você aproximar uma aeronave, quando se tem incidência de raios porque pode atingir ela, né”, explicou o controlador de voo, Marcos de Freitas.
Com a temperatura na casa dos 30ºC, formou-se uma tempestade de verão no município. E nesses casos, os controladores e pilotos já são orientados para seguir um segundo plano. “Foi um procedimento operacional, normal e previsto. Eles fazem órbita (uma espera), num determinado ponto (de início de procedimento para pouso e instrumento), então ele fica girando e fazendo órbitas, até melhorar o tempo para que ele consiga aproximar e pousar”, afirmou
As órbitas feitas pela aeronave, duraram em torno de 20 minutos e foram na região do município de Nova Itaberaba e linha Cambucica, que fica a pouco mais de 44 km do aeroporto de Chapecó.
Segundo o meteorologista, Piter Scheuer, foi registrado uma precipitação de 40 milímetros no intervalo de duas horas. Os ventos chegaram a 65km/por hora. “Essa nuvem se formou por conta do calor e da umidade presente nas primeiras camadas da atmosfera que favoreceu a ocorrência de chuva, trovoada, granizo, vento.”, destacou.
A aeronave saiu de Guarulhos (SP) às 17h57 com destino à Chapecó, com uma duração de 2h09min de viagem. A companhia não informou quantos passageiros estavam a bordo. O LA3993 pousou no Oeste Catarinense às 20h06, segundo a Latam.
“Quando a nuvem começou a se afastar do aeroporto, eu avisei o piloto, falei que as condições operacionais da pista estavam melhores e ele tentou aproximação. Tudo aconteceu de forma tranquila, fez o procedimento de instrumento e avistou na pista com toda segurança. Em seguida chegou outra aeronave de outra companhia, que não precisou fazer essa espera porque saiu um pouco depois do mesmo local de partida”, de acordo com o controlador.
Nesses casos, não existe um tempo limite para que o avião possa ficar em órbita, pois quando o comandante da aeronave percebe as condições climáticas, “ele coloca mais combustível para poder fazer essa espera e também poder voar até a primeira e segunda alternativa. Combustível não faltaria porque isso é muito bem planejado”, finalizou Marcos de Freitas.
Via ND
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