Era "deliberadamente falso" o alerta de bomba que, no ano passado, forçou o desvio de um voo da Ryanair para Belarus e um jornalista dissidente foi preso - disseram investigadores da ONU em um relatório.
O avião, que cobria o trajeto Grécia-Lituânia em 23 de maio de 2021, foi forçado a aterrissar em Minsk. Assim que a aeronave pousou, as autoridades bielorrussas prenderam o jornalista Román Protasevich e sua companheira, Sofia Sapega.
No início deste mês, a Organização Internacional de Aviação Civil (OACI) concluiu um relatório sobre o incidente, ao qual a AFP teve acesso e que será apresentado na segunda-feira (31).
As autoridades bielorrussas, incluindo o presidente Alexander Lukashenko, disseram que o avião teve de ser desviado, devido a uma ameaça de bomba a bordo.
De acordo com o documento, o avião foi revistado antes da decolagem e após sua aterrissagem, mas nenhuma bomba foi encontrada.
A investigação observa, contudo, que "não foi capaz de atribuir a execução deste ato de interferência ilegal a qualquer indivíduo, ou Estado".
O documento afirma que Belarus oculta informações cruciais e que não conseguiu explicar algumas inconsistências sobre o ocorrido.
O texto também relata os diálogos entre a torre de controle de aviões de Minsk e os pilotos. Neles, a tripulação se mostra confusa e cética, diante das respostas evasivas do aeroporto bielorrusso.
Via AFP
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