sexta-feira, 23 de setembro de 2022

Boeing paga US$ 200 milhões por ter afirmado que 737 MAX era seguro

Empresa disse repetidas vezes que não havia risco à segurança do avião e escondeu falha de acionistas, diz SEC. Dois acidentes com aeronave mataram 346 pessoas.

Boeing 737 MAX na feira de Farnborough, no Reino Unido (Foto: Jason Alden/Bloomberg)
A Boeing concordou em pagar US$ 200 milhões (cerca de R$ 1 bilhão) para encerrar processo aberto pela SEC, o órgão regulador de mercado de capitais americano, no qual é acusada de não ter revelado falhas de segurança dos aviões 737 MAX. Dois acidentes com a aeronave resultaram em morte de 346 pessoas.

De acordo com a SEC, a Boeing e seu então presidente-executivo, Dennis Muilenburg, divulgaram comunicados que esconderam de acionistas os problemas detectados em um software que foram a causa dos acidentes. As tragédias envolveram um avião da Lion Air, em outubro de 2018, na costa da Indonésia, e um avião da Ethiopian Airlines, em março de 2019, que caiu no país.

Após o primeiro acidente, Boeing e Muilenburg sabiam que o software representava risco à vida dos passageiros e da tripulação, mas garantiram ao público que o 737 MAX era "tão seguro quanto qualquer avião que já tenha voado", lembrou a SEC.

O comunicado foi "editado e aprovado por Muilenburg". De acordo com o órgão regulador, a empresa já havia feito uma revisão interna de segurança do sistema de controle de voo chamados MCAS e já estava redesenhando software do sistema. Isso não foi revelado ao público na época.

Foram repetidas notas em que a segurança da aeronave era reafirmada. "Após o segundo acidente, Boeing e Muilenburg afirmaram que não havia erros nem lacunas no processo de certificação do MCAS, apesar de relatos no sentido contrário", disse a SEC.

EX-CEO paga multa de US$ 1 milhão


Nem a Boeing nem Muilenburg admitiram ou negaram os fatos elencados pela SEC. Além dos US$ 200 milhões pagos pela companhia, o acordo prevê o pagamento de US$ 1 milhão pelo executivo.

Fizemos amplas e profundas mudanças na companhia, em resposta a esses acidentes. Mudanças fundamentais que fortaleceram nosso processos de segurança e supervisão de questões de segurança e que enriqueceram nossa cultura de segurança, qualidade e transparência, disse a Boeing em nota.

O acerto com a SEC ocorre um ano e meio depois de um acordo entre Boeing e o Departamento de Justiça dos EUA, pelo qual a empresa pagou R$ 2,5 bilhões, após o fim das investigações. Muilenburg não foi localizado pela equipe da Bloomberg para comentar o acordo.

O montante envolveu uma multa criminal de US$ 243,6 milhões e US$ 500 milhões em indenizações para parentes das vítimas. Na investigação do Departamento de Justiça, foi identificado que funcionários da Boeing enganaram autoridades da aviação americana e que, por isso, o governo dos EUA não conseguiu avaliar corretamente a segurança das aeronaves 737 MAX.

Por O Globo, com agências internacionais

Após passageiros se ferirem em evacuação de avião, MPF investiga ação de empresas


Ministério Público Federal (MPF) iniciou investigação para apurar um incidente durante um dos voos realizados no Aeroporto Internacional Marechal Rondon em Várzea Grande.

Por meio de portaria assinada pela procuradora da República Denise Nunes Rocha, tanto a empresa Azul Linhas Aéreas quanto a Concessionária Centro Oeste Airports (COA) - responsável pelo aeroporto - são investigadas.

Conforme consta no documento, o incidente ocorreu durante a madrugada do dia 25 de novembro de 2021. Na data, um dos voos, que seguia de Cuiabá a Guarulhos (SP), teve sua decolagem abortada.

O fato ocorreu após verificação de uma pane elétrica que fez com que todos os passageiros fossem retirados às pressas da aeronave pela saída de emergência. Durante a evacuação, muitos dos populares se feriram.

Dessa forma, a procuradora destacou que "tal evento danoso é considerado fato do serviço para os fins do artigo 14 do Código de Defesa do Consumidor, acarretando responsabilidade objetiva do fornecedor".

Diante desta situação, a procuradora emendou dizendo que o incidente aponta falha na prestação do serviço "sendo necessário esclarecer se se trata de evento isolado ou associado à falha no estabelecimento e fiscalização das condições mínimas de operação pela autoridade aeronáutica".

Neste contexto, foi instaurado o procedimento para apurar o que teria provocado o incidente e quais medidas foram adotadas pelas empresas diante do fato.

Via Gazeta Digital - Foto: Reprodução

Empresário brasileiro relata clima dentro do Boeing que soltou peças nos EUA


Por sorte, nenhum dos 256 passageiros do Boeing 777 que soltou peças incandescentes depois de decolar no Aeroporto Internacional de Newark, Nova York, na noite de quarta-feira (21), viu o que aconteceu do lado de fora do avião.

Os passageiros, a maioria brasileiros, só souberam que havia algo errado quando o piloto anunciou ao microfone que a aeronave passava por problemas mecânicos e precisaria voltar ao aeroporto. O Giz Brasil conversou com um dos passageiros presentes no voo. Acompanhe:

“Não teve tensão. O voo ia normal e o piloto falou que foi avisado pela torre de controle sobre um problema mecânico em uma das turbinas e que precisávamos voltar”, disse o empresário brasileiro Nilton Fernando Trivelato, que estava no voo UA149, que vinha em direção ao Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.

Antes do retorno, o piloto informou que a aeronave precisaria liberar combustível, pois o tanque do avião estava muito cheio. “Eu estava em cima da asa. Olhei pela janela e pude ver os jatos de combustível saindo. Mas, fora isso, ninguém viu nada”, relatou Trivelato.

Ainda assim, ele agradeceu por nada ter acontecido. “A sensação é de alívio”, riu ao falar ao telefone.

Segundo Trivelato, os passageiros só tiveram a dimensão de que algo mais grave poderia ter acontecido quando chegaram ao aeroporto e viram pelo menos cinco veículos de resgate aguardando o retorno da aeronave, que pousou em segurança.

“Mas só soubemos disso porque vimos. Até agora, ninguém da United Airlines deu qualquer informação sobre o que aconteceu durante o voo”, disse.

O que aconteceu


Um vídeo registrou várias peças em chamas caindo do Boeing 777 logo depois da decolagem, quando a aeronave terminava de recolher seu trem de pouso.


Depois do incidente, os pilotos mantiveram a aeronave em trajetórias circulares de espera a 7,3 mil metros de altitude por quase 50 minutos. Em seguida, o avião voltou ao aeroporto e pousou com segurança.

O site Aviation Herald apurou que comissários de bordo também teriam visto faíscas saírem do motor e, por isso, optaram por interromper o voo que seguia para São Paulo. Depois do pouso, o voo foi cancelado.

Uma inspeção inicial teria sugerido que o problema mecânico teve relação com uma das bombas hidráulicas. No dia 2 de setembro, a mesma aeronave teria tido a decolagem rejeitada em um voo à Amsterdã por causa de fumaça à bordo.

Passageiros embarcaram às 15h


Os passageiros do voo UA149 embarcaram para o Brasil às 15h (horário de Brasília). Segundo Trivelato, a United Airlines informou cinco horários diferentes de embarque desde o retorno ao aeroporto.

“Eles nos deram macas e estamos aqui desde ontem. Agora, acabou de ter um princípio de tumulto porque uma pessoa precisava de remédio e estão todos nas malas. Outros estavam indo ao velório da mãe e provavelmente vão perder”, relatou o empresário.

(Imagem: Nilton Fernando Trivelatto/Arquivo pessoal/Reprodução)
Em resposta aos questionamentos do Giz BR, a United Airlines lançou o seguinte comunicado:

“Depois que nossa aeronave teve uma ocorrência mecânica logo após a decolagem, permaneceu no ar para queimar combustível e pousou com segurança. Os passageiros desembarcaram e uma nova aeronave está programada para partir nesta manhã”.

Com 15 pessoas e um corpo a bordo, avião tem trem de pouso colapsado na hora do pouso


Um voo de transporte de passageiros e de um corpo terminou em um acidente aeronáutico na última segunda-feira, 19 de setembro, quando a aeronave apresentou problema em uma das pernas do trem de pouso principal.

O avião envolvido, segundo reporta o The Aviation Herald, é o bimotor turboélice Beechcraft 1900C registrado sob a matrícula TN-AIQ, operado pela companhia Equaflight Service, baseada no aeroporto de Pointe-Noire, na República do Congo.

A aeronave realizou o voo E7-512, de Brazzaville, capital do Congo, a Pointe-Noire, com 15 pessoas a bordo, e pousou pela cabeceira 17 da pista do destino após o pôr do sol, por volta das 18:30 locais (17:30Z), quando o trem de pouso principal colapsou.

Sem um dos trens, o Beech 1900C virou para a direita e saiu da pista antes de parar. Não houve feridos, mas a aeronave sofreu danos substanciais.

NOTAMs (avisos aos aeronavegantes) emitidos para o aeroporto de Pointe Noire indicavam sequência de luzes do balizamento e do auxílio visual ao pouso inoperantes na pista 17, portanto, embora não haja imagens, aparentemente o avião atingiu as luzes durante o incidente.


O voo havia sido fretado por uma empresa petrolífera para transportar o corpo de um funcionário, que havia morrido no Marrocos, e sua família de volta para casa.

Além desse avião, a frota da Equaflight possui mais dois equipamentos, sendo um Embraer 135 VIP e um Embraer 135ER, segundo a empresa informa em seu site.

Via Murilo Basseto (Aeroin) - Fotos: Troubador of Brazzaville, via AvHerald

quinta-feira, 22 de setembro de 2022

Aconteceu em 22 de setembro de 1993: Cinco aviões civis são atingidos por mísseis em conflito na Geórgia

De 20 a 23 de setembro de 1993, durante o massacre de Sukhumi como parte da guerra na Abkhazia, os separatistas em Sukhumi, Abkhazia, bloquearam as rotas de abastecimento terrestre das tropas georgianas.

Mapa da região em conflito em 1993
Em resposta, o governo georgiano usou o aeroporto Sukhumi Babushara para que as tropas estacionadas em Sukhumi pudessem continuar a receber suprimentos. As forças da Abkhaz atacaram o aeroporto em uma tentativa de bloquear ainda mais as rotas de abastecimento.

Vista geral do aeroporto de Sukhumi
Cinco aviões civis Tupolev pertencentes à Transair Georgia e Orbi Georgian Airways foram atingidos por mísseis supostamente disparados por separatistas em Sukhumi. Mais de 150 pessoas morreram nos ataques.

20 de setembro


O Tupolev Tu-134A, prefixo CCCP-65809, da Orbi Georgian Airways, estacionado no Aeroporto Sukhumi Babushara, foi destruído por fogo de armas leves e mísseis Abkhaz. Não havia ninguém a bordo.

21 de setembro



Tupolev Tu-134A, prefixo 65893, da Transair Georgia (foto acima), estava voando para Sukhumi vindo do Aeroporto Internacional de Sochi, na Rússia. A tripulação de voo era composta pelo capitão Geras Georgievich Tabuev, o primeiro oficial Otar Grigorievich Shengelia e o navegador Sergey Alexandrovich Shah, além de dois comissários de bordo. 

Os 22 passageiros eram principalmente jornalistas. Às 16h25, a uma altitude de 980 pés (300 m), a aeronave foi atingida ao se aproximar do Aeroporto Sukhumi-Babusheri por um míssil superfície-ar Strela 2 . 

O míssil havia sido disparado de um barco da Abkhaz comandado por Toriy Achba. O avião caiu no Mar Negro, matando todos os cinco tripulantes e 22 passageiros. Outras fontes relataram 28 pessoas a bordo (seis membros da tripulação e 22 passageiros).

22 de setembro



A aeronave Tupolev Tu-154B, prefixo 85163, da Orbi Georgian Airways (foto acima), voando de Tbilisi, também na Geórgia, transportando civis e forças de segurança interna estava se aproximando do Aeroporto Sukhumi-Babusheri quando foi atingido em voo por mísseis. 

O avião caiu na pista de pouso, e o incêndio que se seguiu matou 108 do total de 132 passageiros e membros da tripulação, tornando o incidente o desastre de aviação mais mortal a ocorrer na Geórgia. 

O que restou da aeronave após o ataque terrorista
A mídia georgiana afirmou que o voo transportava refugiados, mas não havia nenhuma evidência factual para apoiar essas afirmações. Outro Tupolev Tu-154 foi atacado no final da noite, mas pousou em segurança.

23 de setembro


Os passageiros estavam embarcando no Tupolev Tu-134A, prefixo CCCP-65001, da Transair Georgia, no Aeroporto Sukhumi, para um voo até Tbilisi, quando o avião foi atingido por foguetes Abkhaz BM-21 Grad que partiram de um lançador. 

O Tupolev Tu-134A, prefixo CCCP-65001, destruído por foguetes
O Tu134A pegou fogo e queimou, deixando um membro da tripulação morto. Os 24 passageiros e os outro cinco membros da tripulação escaparam com vida.


No mesmo dia, o Tupolev Tu-154B-2, prefixo 85359, da Orbi Georgian Airways (foto acima), que estava estacionado no aeroporto, foi destruído por morteiro ou fogo de artilharia. A aeronave estava vazia e ninguém em solo se feriu.


Por Jorge Tadeu (com Wikipedia e ASN) 

Aconteceu em 22 de setembro de 1981: Voo 935 da Eastern Air Lines - Vazamentos Catastróficos


Em 22 de setembro de 1981, o voo 935 foi um voo internacional comercial regular de passageiros entre o Aeroporto Internacional Newark Liberty, em Newark, Nova Jersey, nos Estados Unidos, com destino ao Aeroporto Internacional Luis Muñoz Marín, em San Juan, Porto Rico.
 
A aeronave que operava o voo era o Lockheed L-1011 TriStar 1, prefixo N309EA, da  Eastern Air Lines (foto abaixo), equipado com motores turbofan Rolls-Royce RB211-22B. A bordo estavam 190 passageiros e 11 tripulantes.


Após a decolagem, o Lockheed L-1011 TriStar sofreu uma falha de motor não contida que levou à perda de 3 dos 4 sistemas hidráulicos a bordo da aeronave a uma altitude de 10.000 pés (3.000 m) MSL. 

O deslocamento do módulo do ventilador no decorrer da sequência de falha do motor causou a perda dos sistemas hidráulicos A, B e D e travou os pedais do leme do capitão e do primeiro oficial na posição neutra. 

A tripulação executou os procedimentos de emergência apropriados, solicitou um pouso imediato no Aeroporto Internacional John F. Kennedy, em Nova York, e despejou cerca de 48.000 libras de combustível. 

A aeronave, com 11 tripulantes e 190 passageiros a bordo, pousou na pista 22L às 12h12, com algum uso limitado dos spoilers externos, os ailerons internos e o estabilizador horizontal, além da potência diferencial do motor dos dois motores restantes. 

Ninguém a bordo ficou ferido e não houve danos materiais ou feridos a pessoas no solo. A aeronave ficou substancialmente danificada.


O National Transportation Safety Board determinou que a causa provável do acidente foi a degradação induzida termicamente e a consequente falha do mancal de localização de baixa pressão do motor nº 2 devido à lubrificação inadequada. 


Vazamentos de óleo entre as faces de encosto da ponta do eixo traseiro do compressor de pressão intermediária e o dique de óleo do rolamento do local de baixa pressão e entre o flange dianteiro interno do rolamento do local de pressão intermediária e a ponta do eixo traseiro do compressor de pressão intermediária reduziram o fluxo de óleo lubrificante para o rolamento do local de baixa pressão que aumento das temperaturas operacionais, redução da folga do conjunto do rolamento e aumento do calor nas esferas e na gaiola do rolamento. 


A falha do rolamento permitiu que o óleo lubrificante espirrasse para a frente na área do eixo do ventilador de baixa pressão, onde se inflamou em um incêndio constante; o fogo superaqueceu o eixo do ventilador e o eixo à prova de falhas do ventilador ambos falharam, permitindo que o módulo do ventilador se movesse para frente e quebrasse o duto nº 2 do motor. Isso causou grandes danos à estrutura da aeronave e aos sistemas de controle de voo. Os vazamentos de óleo foram provavelmente causados ​​por mau acoplamento das superfícies do abutment.

Por Jorge Tadeu (com Wikipedia, ASN e fss.aero)

Aconteceu em 22 de setembro de 1966: Voo 149 da Ansett-ANA - Mergulho fora de controle

Na quinta-feira, 22 de setembro de 1966, o Vickers 832 Viscount, prefixo VH-RMI, da Ansett-ANA (foto acima),  decolou do aeroporto de Mount Isa, às 12h08 para um voo de 73 minutos para Longreach, ambas localidades de Queensland, na Austrália. A bordo estavam dois pilotos, duas aeromoças e vinte passageiros.

O voo 149 progrediu, aparentemente sem intercorrências, até 12h52, quando a Unidade de Serviço de Voo de Longreach ouviu a tripulação do VH-RMI dizer que estava em uma descida de emergência. 

Dois minutos depois, a aeronave informou que havia avisos de incêndio nos motores 1 e 2 e que uma dessas condições de advertência havia cessado, e que a hélice do outro motor não podia ser embandeirada.

Às 12h59, a Torre de Longreach recebeu uma mensagem retransmitida pela tripulação de um Douglas DC-3 dizendo que o fogo na nacela do motor era visível para a tripulação do voo 149 e eles estavam desviando para pousar no aeroporto de Winton , 92 milhas náuticas (171 km) de Longreach.


O Vickers Viscount estava descendo a uma velocidade indicada de cerca de 170 nós entre 3500 e 4000 pés acima do nível do solo.

Nesse ponto, a asa esquerda se desprendeu para cima, entre os motores 1 e 2, atingindo o topo da fuselagem, que ao mesmo tempo foi cortada pelas lâminas do motor nº. 1. 

A parte traseira e a empenagem se se separaram do restante da aeronave. 

Às 13h03, quando apenas 13,5 milhas náuticas (25 km) do aeroporto, o restante da fuselagem dianteira, com a fuselagem média inferior, estibordo, asa e, motores e ponta de asa de bombordo com o motor n. 2 motor ainda ligado, colidiu com o solo em Nadjayamba, a 16 km (10 milhas) a oés-sudoeste de Winton, em Queensland, na Austrália.

A aeronave foi imediatamente envolvido pelas chamas e todos os 24 ocupantes do avião morreram no acidente.

Nuvens de fumaça preta foram observadas por várias pessoas em propriedades agrícolas a oeste de Winton. Um era um auxiliar de estação trabalhando na torre de um moinho de vento. Ele estava ciente do barulho de uma aeronave à distância. 

O barulho parou de repente, então ele olhou para cima e viu uma nuvem de fumaça preta no céu. Dois objetos em chamas caíam da fumaça em direção ao solo. Quando um dos objetos caindo atingiu o chão, ele viu um clarão brilhante seguido por uma coluna ascendente de fumaça preta. Várias pessoas em Winton observaram a nuvem de fumaça preta no ar a oeste da cidade, seguida por duas colunas de fumaça preta densa subindo do nível do solo.

Os destroços principais consistindo na fuselagem dianteira, asa direita, parte interna da asa esquerda e os motores 2, 3 e 4 ficaram gravemente queimados. A uma curta distância estavam a cauda e a fuselagem traseira da porta traseira da cabine, ambas não queimadas e com poucos danos. 

Espalhados ao redor estavam corpos, assentos de passageiros, pedaços de piso da cabine e seções da estrutura da fuselagem, alguns com janelas e forro da cabine. 

Os corpos de onze passageiros não estavam queimados e ainda permaneciam amarrados aos assentos. Os corpos das duas comissárias e de três outros passageiros foram encontrados livres de seus assentos. Os corpos de seis passageiros e dos dois pilotos foram incinerados nos destroços principais.


A parte externa da asa esquerda e o motor número 1 estavam a cerca de 820 metros de distância dos destroços principais.

Na manhã seguinte ao acidente, uma equipe de 22 membros do Departamento de Aviação Civil chegou a Winton para investigar o acidente. O local do acidente na estação Nadjayamba era plano e seco, com apenas algumas árvores. 

A investigação foi difícil porque a maior parte da aeronave foi destruída no impacto e no incêndio subsequente. Após duas semanas de investigação no local do acidente, a maioria dos destroços foi catalogada e protegida em caixotes. As caixas foram transportadas para Melbourne , onde uma loja de lã vazia foi alugada com o objetivo de colocar todos os destroços em sua posição original na aeronave.

A aeronave estava equipada com um gravador de dados de voo dos primeiros modelos , portanto, esta foi a primeira investigação de acidente na Austrália a ser auxiliada por informações desse gravador. Alojado no armário frontal, o gravador foi danificado no acidente e no incêndio subsequente, mas forneceu informações suficientes para permitir a reconstrução da trajetória de voo da aeronave até o momento do impacto. A aeronave não estava equipada com um gravador de voz na cabine.

A investigação acabou determinando que os rotores do soprador de pressurização da cabine do motor número 2 começaram a quebrar, resultando em vibração severa que afrouxou as porcas que prendiam a unidade de medição de óleo ao soprador e permitiu que o óleo escapasse livremente. 

O rolamento traseiro de um dos rotores também se soltou, de modo que o rotor girou, causando contato de metal com metal e grande aquecimento. O soprador estava localizado atrás do firewall, e um incêndio começou na parte traseira da nacela quando o óleo que escapou foi aceso pelo contato com o metal quente no soprador danificado. 

O fogo queimou as hastes de controle do motor, impedindo o embaçamento da hélice. O óleo em chamas fluiu para o compartimento da roda e de lá para a ponta da asa esquerda, onde o fogo rompeu a parede de um tanque de combustível.


O suprimento abundante de combustível fez com que o fogo se espalhasse por grande parte da asa esquerda e se tornasse tão intenso que causou amolecimento da liga de alumínio e perda de resistência da lança superior (ou flange superior) na longarina da asa. A longarina foi criticamente enfraquecida na região entre os motores número 1 e 2.

Com a aeronave a uma altura entre 3.500 pés (1.067 m) e 4.000 pés (1.220 m), a parte externa da asa esquerda dobrada para cima e o restante da aeronave rolou para a esquerda para encontrá-la. A hélice do motor número 1 cortou o teto da cabine antes que a parte destacada da asa esquerda se separasse do restante da aeronave.

Com o teto aberto, a corrente de ar entrou na fuselagem e arrancou grandes segmentos do teto da cabine. A fuselagem se desintegrou à ré do corte da hélice. Passageiros e assentos de passageiros da parte traseira da cabine foram ejetados na corrente de ar, alguns passando pela bola de fogo criada pelo combustível da asa esquerda cortada. A cauda e a traseira da fuselagem da porta traseira da cabine permaneceram intactas, mas se separaram do resto da fuselagem.


A investigação foi a mais longa e detalhada de todas as investigações de acidentes com aeronaves conduzidas na Austrália e concluiu que a causa provável do acidente foi:"Os meios de fixação da unidade de dosagem de óleo ao no. O ventilador da cabine 2 tornou-se ineficaz e isso levou ao início de um incêndio dentro do ventilador, que se propagou para o tanque de combustível da asa e reduziu substancialmente a resistência da lança superior da longarina principal. É provável que a separação da unidade de dosagem de óleo tenha surgido de uma condição de desequilíbrio induzida pela quebra do rotor, mas a fonte da quebra do rotor não pôde ser determinada."

"Quando uma unidade de dosagem de óleo foi instalada em um soprador de pressurização de cabine, um fio de travamento foi usado para garantir que as cinco porcas de fixação não girassem e se soltassem. Nos destroços do ventilador de cabine número 2, os investigadores não encontraram nenhuma das porcas e nenhum fio de bloqueio. Os investigadores acreditaram que, quando o soprador foi revisado pela última vez, a unidade de medição de óleo pode ter sido reconectada sem o fio de travamento que prendia as porcas. O soprador foi revisado e instalado no VH-RMI em abril de 1966."

A investigação descobriu que, alguns anos antes, incêndios ocorreram em um dos sopradores de pressurização da cabine em um Visconde Vickers no Canadá e em outro nas Índias Ocidentais Britânicas . Ambos os incêndios eclodiram após o afrouxamento das porcas que prendem a unidade de dosagem de óleo ao soprador. Ambos ocorreram durante o teste do motor no solo. Na época, o fabricante do soprador não foi avisado. Foi só com a queda do voo 149 na Austrália que o fabricante do soprador percebeu a necessidade de modificar esses sopradores de pressurização de cabine.

Uma Junta de Inquérito de Acidentes foi nomeada para investigar todos os aspectos do acidente. O conselho foi presidido por Sir John Spicer, do Commonwealth Industrial Court . A Ansett-ANA foi representada por Walter Campbell , British Aircraft Corporation por Gordon Samuels e o Departamento de Aviação Civil por Edward Williams. O inquérito foi realizado pela primeira vez em 26 de abril de 1967 e concluído em 31 de agosto de 1967. 

Um ano após o acidente um memorial foi apresentado no local do acidente na Estação Nadjayamba , 12  milhas terrestres (19 km) a oeste de Winton. No quadragésimo aniversário do acidente, um segundo memorial foi inaugurado na rua principal de Winton.

Por Jorge Tadeu (com Wikipedia, ASN e baaa-acro)

Vídeo: Helicóptero com deputado federal e vice-prefeito cai em Engenheiro Caldas (MG)


O helicóptero Robinson R44 Raven II, prefixo PR-ALX, da empresa Rotorfly Táxi Aéreo e Servicos Aéreos, que levava o deputado federal Hercílio Diniz (MDB) e o vice-prefeito de Governador Valadares, David Barroso (União Brasil), caiu no município de Engenheiro Caldas, em Minas Gerais, na tarde desta quarta-feira (21). 


Além da dupla e do piloto da aeronave, Fabiano Rufino, o helicóptero levava também o locutor Luciano Viana, que não foi identificado.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, as quatro vítimas foram socorridas e levadas para hospitais de Governador Valadares. Segundo nota do deputado federal, todos que estavam no helicóptero passam bem.

O deputado federal Hercílio Colho Diniz está entre as vítimas do acidente
O deputado federal e o vice-prefeito estavam voltando de um encontro de campanha. Segundo o Corpo de Bombeiros, a aeronave perdeu o controle e colidiu com a rede elétrica, caindo em às margens de uma rodovia. A queda provocou um princípio de incêndio, que foi controlado pelos bombeiros.

Veja abaixo um vídeo do momento da queda:


O rompimento do cabo de média tensão fez com que o fornecimento de energia para os municípios de Sobrália e Fernandes Tourinho fosse interrompido entre as 14h32 e 16h09, de acordo com Cemig.

Segundo dados da Anac, o helicóptero modelo Robinson R44 II estava regular. Ele era de propriedade da HRP Táxi aéreo e era operado pela Rotorfly Taxi Aéreo. Em nota, a Rotorfly Táxi Aéreo afirmou que o helicóptero encontrava-se em condições aeronavegáveis e com sua manutenção em dia, além de estar autorizada pela Anac e ter sua tripulação devidamente treinada.


Via O Globo e ASN - Fotos: Reprodução

Avião com candidato a deputado federal faz pouso de emergência na Região Amazônica

O avião Piper PA-34-220T Seneca, locado pelo deputado federal Delegado Éder Mauro fez pouso de emergência, na tarde de terça-feira (20), durante agenda de campanha pela região Transamazônica.

A aeronave fez pouso forçado após uma pane suspeita causar a quebra das hélices. O deputado e sua equipe estão bem.  É a segunda vez que uma aeronave locada por Éder Mauro sofre um acidente. Em 2020, no município de Viseu, uma outra aeronave caiu durante agenda de trabalho.

Via icoaracivilasorriso.com.br

Após apresentar barulho incomum, avião que seguia para Guanambi retornou ao Aeroporto de Belo Horizonte


No dia em que completou um ano de operação, o voo AD 4136 da Azul Linhas Aéreas, ligando o Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, à cidade de Guanambi, precisou voltar à origem 20 minutos após a decolagem.

O ATR 72-600 (72-212A), prefixo PR-AKC, da Azul, com capacidade para 70 passageiros, decolou por volta de 13h24 desta quarta-feira (21) e retornou quando sobrevoava a região do município de Diamantina, às 13h52. O avião pousou com segurança no aeroporto da capital mineira às 14h23.

De acordo com relatos de um passageiro, a aeronave passou por uma turbulência intensa logo após a decolagem. Na sequência, um barulho anormal foi ouvido próximo à cabine. Por questões de segurança, o piloto informou à tripulação que optou por voltar.


Assim que os passageiros foram desembarcados, receberam a informação que o voo seria remarcado para 7h30 desta quinta-feira (22), com chegada à Guanambi às 9h15. Às 9h55, partem os passageiros que esperavam para embarcar nesta quarta-feira para Belo Horizonte. Por tanto, o Aeroporto de Guanambi irá operar dois voos no mesmo dia.

Esta foi a segunda vez que um avião que seguia para Guanambi precisou voltar a Confins após a decolagem. No dia 20 de julho, após um problema no trem de pouso, a aeronave precisou retornar. No entanto, antes do pouso, o piloto deu várias voltas em círculos sobre uma área rural para diminuir a quantidade de combustível do tanque e aumentar a segurança do pouso.

Desde de 20 de setembro de 2021, quando o trecho foi inaugurado, foram realizados cerca de 560 voos nos dois três. Além dos dois voos desviados de volta à origem, um voo foi cancelado pouco antes da decolagem por conta de problemas com a tripulação.

Via Agência Sertão e pt.flightaware.com

Avião se acidenta no Peru e deixa um morto


O avião 
BAe 3201EP Jetstream 32, prefixo OB-2152da companhia aérea Saeta Peru, transportava 17 pessoas e tinha como destino a cidade de Iquitos desde a localidade de San Antonio el Estrecho, localizada na província de Putumayo, no Peru.

Ronni Sandro Rivera Acosta , uma das 17 pessoas a bordo do avião que se perdeu esta terça-feira num aeródromo de Loreto, morreu ao ser transferido para o hospital regional Felipe Arriola Iglesias, em Loreto, confirmou o chefe de emergências do centro de saúde, José Rengifo Fernando.

O médico informou à RPP Noticias que Rivera Acosta já havia morrido ao chegar ao hospital regional, para onde foi transferido do aeródromo da cidade de San Antonio del Estrecho, na província de El Putumayo, onde ocorreu o acidente.


O pessoal de saúde da área de emergência ainda aguarda a chegada de outros seis pacientes, que segundo informações preliminares apresentam ferimentos leves.

Por sua vez, o médico Willy Ríos, gerente da rede de saúde da província de Putumayo, afirmou que trataram os 15 passageiros e dois tripulantes do centro de saúde da localidade de El Estrecho, mas apenas 16 foram atendidos. para Iquitos, que estão sendo transportados em ambulâncias aéreas. A aeronave tinha 15 passageiros e dois tripulantes: o piloto e o copiloto. 


Ronald Paredes, uma das testemunhas do acidente, disse à RPP Noticias que o avião teve problemas ao partir para a cidade de Iquitos. Ele explicou que, no momento da decolagem , foi vista fumaça saindo das rodas do avião, que finalmente ultrapassou a pista e colidiu com um monte de terra.

“O avião aumentou (velocidade), mas a certa distância você começou a ver fumaça saindo das rodas do avião. O avião começou a se inclinar para o lado direito e começou a se arrastar no final da pista. Passou pela pista e colidiu com um muro de terra”, disse.

Via RPP Notícias e ASN

Bilhetes de avião para sair da Rússia esgotam em minutos

 O Aeroporto Domodedovo, em Moscou
O presidente russo Vladimir Putin anunciou esta quarta-feira a mobilização de reservistas, num gesto inédito desde a Segunda Guerra Mundial. A notícia desencadeou uma corrida aos bilhetes de avião para sair do país. Em poucos minutos, as viagens para destinos que não necessitam de visto como Istambul, Erevan ou Baku ficaram esgotadas, de acordo com meios de comunicação social como a RBC e o The Moscow Times.

Os motores de busca de companhias aéreas da Turkish Airlines, Azerbaijan Airlines e Armenia Aircompany, não apresentam lugares vagos nos aviões que partem nos próximas dias. Ao meio-dia, os voos diretos para o Cazaquistão, Uzbequistão e Quirguistão também tinham desaparecido dos sites de venda e comparadores de viagens aéreas online.

Para já, e de acordo com a chefe da Agência Federal de Turismo, não existem restrições à saída dos russos do país devido à mobilização parcial: "Recebo muitas perguntas sobre ir para o estrangeiro sob mobilização parcial. De acordo com as nossas informações, de momento não existem restrições às viagens ao estrangeiro", escreveu Zarina Dogúzova no Telegram.

A responsável diz no entanto que já solicitou uma clarificação do processo e aguarda "esclarecimentos oficiais".

Em Moscou, a decisão de fazer apelo a esta reserva, correspondente a 300 mil pessoas, está a ser acolhida de maneiras diferentes pela população. Alguns apoiam a decisão, outros mostram-se mais céticos, sem demonstrar uma oposição frontal - até porque a repressão tem aumentado em relação a todos aqueles que demonstram opiniões contrárias às do regime.

"Ainda sou jovem. Com certeza, o orgulho diz-me para ir para a guerra. Mas o bom-senso diz-me que posso morrer lá. Tenho família, tenho amigos... Não posso dizer com certeza", diz um jovem inquirido.

Um homem de meia-idade mostra-se mais cético, mas receoso de revelar as opiniões: "O presidente toma esta decisão porque acredita que é necessária, tendo em conta a situação. Estamos numa situação em que não podemos comentar o que ele disse. Disse, está dito".

Via euronews - Foto via AFP

Em áudio, piloto que conduzia Emiliano Sala relatou antes do acidente: "Avião não é confiável"

Rede BBC, da Inglaterra, mostra relatos de David Ibbotson a um amigo antes da queda do avião.

Torcida do Nantes homenageia Emiliano Sala após sua morte (Foto: AFP)
Três anos e meio após a morte do argentino Emiliano Sala, na queda de um avião, no Canal da Mancha, a rede BBC, da Inglaterra, teve acesso a um áudio em que o piloto David Ibbotson diz a um amigo que "o avião não é confiável" e confessou ter ouvido um estrondo na aeronave no voo anterior.

- Estava no meio do Canal da Mancha e ouvi um "bang". Não sabia o que estava acontecendo. Oportunidade de verificar tudo, verifiquei meus parâmetros. Como estava tudo bem, continuei voando. Mas realmente me chamou a atenção - disse o piloto.

O avião Piper Malibu, segundo Ibbotson, "poderia ser perigoso" e teve um problema no pedal do freio esquerdo, que não funcionou. O piloto também relatou ao amigo que havia um nevoeiro muito baixo e denso dentro da aeronave.

- Esta aeronave precisa voltar ao hangar. É uma aeronave muito pouco confiável - insistiu David Ibbotson.

Emiliano Sala morreu em 21 janeiro de 2019, quando viajava para o País de Gales para se apresentar ao Cardiff City, que fechou sua contratação junto ao Nantes naquela janela de transferências.

O pequeno avião particular que levava o jogador sofreu um acidente no Canal da Mancha, desaparecendo a cerca de 20 quilômetros ao norte da ilha inglesa Guernsey.

O corpo do jogador, cuja morte comoveu o mundo do futebol, foi encontrado dentro da aeronave mais de duas semanas após o acidente, a 67 metros de profundidade. Já o do piloto, de 59 anos, não foi encontrado.

Via ge

Modelo diz que foi maltratada em avião, por seios ficarem ‘esprimidos’


Leia Parker, modelo de 26 anos, revelou que foi maltratada durante uma viagem de avião de Las Vegas, nos EUA, para Londres, na Inglaterra. Ela diz ter ficado com seus seios espremidos em um assento econômico.

Parker diz ter “o maior peito do Reino Unido” e contou que a história aconteceu no fim do mês de agosto. Com a falta de espaço entre um assento e outro, ela disse que não podia deixar de tocar nos passageiros, enquanto estava espremida. O voo durou cerca de 10 horas.

“Os assentos sendo pequenos não são bons para meus peitos – e eu luto para não atrapalhar os outros passageiros”, desabafou, de acordo com informações da mídia internacional.

Ela contou que tentou contornar a situação, mas foi atacada pelos passageiros, que se mostraram irredutíveis: “Os passageiros foram tão hostis comigo. Uma passageira disse à aeromoça para ‘essa garota e seus peitos estúpidos se mudarem'”.

“Ela disse que eu fiquei empurrando [os peitos] contra o namorado dela, mas não havia espaço suficiente”, completou.


Os passageiros chegaram a exigir que eles fossem realocados no avião, por conta do incômodo que Leia estava causando a eles. E a modelo disse ter sido destratada também pela tripulação que comandava o voo.

“Eles não tinham outros assentos, então acabei passando a maior parte do voo sentada em uma poltrona na cozinha. Foi realmente doloroso”, disse a modelo, após ter sido transferida para a parte de trás do avião.

Via IstoÉ

Passageira com deficiência se arrasta pelo avião enquanto comissários continuam a vender lanches

A jovem Jennie Berry publicou um vídeo em que se arrasta pelo corredor de um avião sob alegação de que a tripulação teria se recusado a ajudá-la a ir até o banheiro.


Uma passageira que saiu de férias com a sua família e pegou o voo operado pela companhia aérea espanhola Albastar, tem ganhado repercussão nas mídias sociais.

Porém o motivo não é algo legal. A jovem Jennie Berry publicou um vídeo em que se arrasta pelo corredor de um avião sob alegação de que a tripulação teria se recusado a ajudá-la a ir até o banheiro. A jovem tem deficiência e é uma ativista de direitos dos portadores de deficiência que mantém um site sobre o assunto.

De acordo com o relato de Berry e sua família, a viagem começou bem, com os tripulantes ajudando a jovem a entrar e se acomodar no avião. No entanto, deste momento para frente, o preconceito começou. erry diz que a companhia aérea primeiro se recusou a acomodá-la na frente da aeronave e perto de um banheiro, apesar de os assentos estarem disponíveis. Depois, lhe disseram que a aeronave não estava equipada com uma cadeira de rodas a bordo, caso ela precisasse ir ao banheiro.

Um tripulante da companhia disse que a jovem poderia usar uma fralda, constringindo ela, e também se recusou a ajudar ela a ir no banheiro.

A jovem ativista então decidiu não se calar, e na intenção de causar impacto, ela decidiu se arrastar até o banheiro e filmar toda a situação. O alto nível de engajamento nas redes e comentários ao seu favor, mostram que Berry conseguiu seu objetivo com a publicação.

O vídeo foi postado no TikTok e Berry conseguiu mais de cinco milhões de views. Veja o vídeo abaixo:

@wheelie_good_life

Here’s how I had to get to the toilet on my recent Albastar Airlines flight. They told me I should wear a nappy and wee in my seat instead of having an aisle chair onboard…

♬ original sound - Jennie Berry

Via Lucas Tadeu (Terra)

Vídeo: Avião solta faíscas após decolar em Nova York

Voo com destino a São Paulo retornou ao aeroporto e pousou sem maiores incidentes. United Airlines disse que aeronave teve um problema mecânico.

Faíscas saem de avião após a decolagem em Nova York (Foto: Variable Craft/Instagram)
Um vídeo mostra um avião soltando faíscas no ar logo após a decolagem do aeroporto de Newark, em Nova York, nos Estados Unidos, nesta quinta-feira (22).


O voo UA149, da United Airlines, com destino ao aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, após decolar, subiu a uma altitude de 24 mil pés, seguiu em direção ao oceano, onde deu cinco voltas antes de retornar ao aeroporto e pousar, conforme informações obtidas pelo site Flightradar24.

Imagem mostra rota do voo United Airlines UA149 em Nova York (Foto: Reprodução/Flightradar24)
"Após perceber um problema mecânico, logo após a decolagem, o avião permaneceu no ar para queimar combustível e depois pousou em segurança", disse em nota a United Airlines. Segundo a companhia, os 256 passageiros que estavam na aeronave desembarcaram em segurança e aguardavam um novo voo.

Uma análise inicial da equipe de manutenção apontou para um problema na bomba hidráulica.

Uma foto postada pelo perfil @variablecraft nas redes sociais, o mesmo que fez a filmagem do avião soltando faíscas, mostra uma placa de metal que foi encontrada no chão, próximo do local da decolagem.


Uma foto postada nas redes sociais mostra uma placa de metal encontrada no chão após
avião decolar soltando faíscas em Nova York (Foto: Variable Craft/Instagram)
Via g1 e Breaking Aviation News & Videos

quarta-feira, 21 de setembro de 2022

Hoje na História: 21 de setembro de 2012 - O ônibus espacial completava seu último voo 747 sobreposto

O último voo da balsa do ônibus espacial veio em setembro de 2012, quando o Endeavour
foi para seu local de descanso final na Califórnia (Foto: NASA)
Por 30 anos, o programa do ônibus espacial da NASA realizou importantes missões espaciais, cativando os espectadores com visuais fascinantes dos ônibus espaciais durante o lançamento e a reentrada. Foi, portanto, igualmente empolgante ver dois 747s especialmente modificados pegando carona nos mesmos ônibus espaciais pelo país de uma base para outra. Os voos icônicos de balsa chegaram ao fim nove anos atrás, quando o ônibus espacial Endeavour pulou no 747 pela última vez para viajar até seu local de descanso final na Califórnia.

Jumbos especiais


Embora os ônibus espaciais pudessem ser transportados por estradas por curtas distâncias, eles dependiam de dois Boeing 747-100 altamente modificados - chamados de Shuttle Carrier Aircraft (SCA) - para viagens de longa distância. Não havia como confundir esses jumbos com aviões regulares com três amortecedores projetando-se da parte superior da fuselagem e dois estabilizadores verticais adicionais.

Eles também não tinham nenhum mobiliário interno e eram equipados com instrumentação usada pelas tripulações e engenheiros da SCA para monitorar o desempenho durante os voos de balsa. A maioria dos jumbos transportava os ônibus espaciais entre a Edwards Air Force Base, na Califórnia, e o Kennedy Space Center, na Flórida.

Antes de voar para a NASA, o 747 voou comercialmente para a American Airlines e
Japan Airlines. Aqui, o jumbo ainda pode ser visto com a libré americana (Foto: NASA)
O primeiro dos dois jumbos, N905NA, operava inicialmente para a American Airlines e foi adquirido pela NASA em 1974. Inicialmente, foi usado para outros fins de pesquisa antes de a NASA começar a modificá-lo em 1976 para missões de transporte de ônibus espaciais. A aeronave foi retirada de serviço em 2013, um ano após seu último voo de transporte em 2012.

O segundo 747 começou com operações comerciais com a Japan Airlines e entrou na frota da NASA em 1988 com o número de registro N911NA. Ele realizou sua primeira missão de transporte de ônibus espacial em 1991, e seu voo final também foi em 2012, alguns meses antes do do N905NA.

Voo final de balsa


Com o programa do ônibus espacial chegando ao fim em 2011, os SCAs começaram a transportar os ônibus icônicos para seus locais de descanso em museus e centros de ciência. A final desses voos veio em 21 de setembro de 2012, com N905NA transportando Space Shuttle Endeavour de Cabo Canaveral, Florida para Los Angeles (LAX), com uma escala em Edwards Air Force Base.

O voo comemorativo sobrevoou marcos icônicos na Califórnia antes de pousar em LAX (Foto: NASA)
O voo comemorativo deu uma volta da vitória sobre a Califórnia, fazendo sobrevôos de baixa altitude sobre cidades e pontos de referência. Os pilotos do voo, Jeff Moultrie e Bill Rieke, carregaram o Endeavour sobre estruturas icônicas como a Ponte Golden Gate em São Francisco, o Capitólio Estadual em Sacramento e o Centro de Pesquisa Ames da NASA em Moffett Field ao norte de San Jose.

Trabalhadores de escritório estavam no topo dos edifícios aplaudindo enquanto o 747 voava acima deles, e duas estradas principais que levam a LAX ficaram congestionadas quando os motoristas saíram de seus carros para testemunhar o voo icônico. Antonio Villaraigosa, então prefeito de Los Angeles, cumprimentou a Endeavour na pista do aeroporto, dizendo:

“Deixe-me ser o primeiro a dizer, bem-vindo a Los Angeles, Endeavor.”

Na verdade, foi uma despedida condizente com um ônibus espacial notável e o 747 único.


Onde eles estão agora?


Os ônibus espaciais e os dois 747s foram preservados e exibidos para os amantes da indústria aeroespacial. Dos seis ônibus espaciais construídos, Challenger e Columbia foram, infelizmente, destruídos em acidentes. Os quatro restantes estão em vários locais nos EUA:
  1. Shuttle Atlantis - Complexo de visitantes do Kennedy Space Center na Flórida
  2. Descoberta do ônibus espacial - Steven F. Udvar-Hazy Center na Virgínia
  3. Shuttle Endeavour - California Science Center em Los Angeles
  4. Shuttle Enterprise - Intrepid Sea, Air & Space Museum na cidade de Nova York
Dos dois 747s, o N905NA foi desmontado e enviado para preservação no Centro Espacial Johnson em Houston, Texas, onde está em exibição com uma réplica do Ônibus Espacial anexado a ele. O outro, N911NA, está em exibição no Joe Davies Heritage Air Park em Palmdale, Califórnia.

O programa do ônibus espacial e os voos icônicos de balsa podem ter acabado, mas os entusiastas ainda podem visitar esses locais para ter um vislumbre daquela era passada.

Edição de texto e imagens por Jorge Tadeu