sábado, 20 de fevereiro de 2010

Roubo de carros preocupa usuários do Aeroporto de Brasília

Seis carros foram roubados em apenas uma semana. Polícia afirma que não sabe o que fazer para diminuir ocorrências. Infraero quer fazer acordo para reduzir tarifas.



No Aeroporto Internacional de Brasília, os motoristas que deixam o carro fora do estacionamento pago ficam à mercê dos ladrões. O dono de um automóvel Uno Mille estacionado no local vai levar um susto quando voltar de viagem e perceber que as quatro rodas do veículo foram roubadas. Perto do carro, estilhaços de vidro comprovam a ação dos ladrões.

Para não ser assaltado, o militar Rodrigo Chafalse deixou seu carro novo em casa e utilizou o veículo antigo para ir ao aeroporto.

“Deixamos carro novo em casa por causa dessa possibilidade de assalto. Eu já tive que deixar várias vezes o carro afastado, sempre preocupado com o que pode acontecer.”

Há uma semana, o aeroviário Celso Gomes deixou seu carro fora do estacionamento pago e teve uma surpresa ao sair do trabalho.

“Não localizei mais o carro, dei uma volta pelo aeroporto, pelo estacionamento, mas não localizei. Fui direto na Polícia Civil fazer um boletim de ocorrência.”

Outra vítima, o aeroviário Osvaldo Divino fez uma abaixo-assinado para pedir mais segurança na região. Se utilizasse o estacionamento pago, ele teria que desembolsar todos os meses R$ 125.

“Estamos solicitando que a Infraero abaixe o valor pra que as pessoas possam pagar e colocar o carro com mais segurança no estacionamento.”

Os bandidos aproveitam para agir à noite quando a maioria dos carros estacionados é de funcionários que estão trabalhando. Nos últimos três meses, 41 casos foram registrados no posto da Polícia Civil do aeroporto. Já teve semana, em que seis carros foram levados.

A polícia alerta o motorista para não deixar o carro aberto, sem alarme e com objetos de valor à vista. Afirma que faz rondas diárias em parceria com a Polícia Militar e com Infraero e que não pode fazer mais nada para evitar os roubos. De acordo com a delegada Naíce Landim, a única solução é aumentar as rondas.

“É um ponto vulnerável, a gente sabe disso. Não tem o que fazer, só as rondas que a gente tem de incrementar.”

Para o aeroviário Bruno Fraga, a dúvida é se vai encontrar seu carro quando sair do trabalho. “Eu venho trabalhar e não sei se na hora que voltar meu carro vai estar no local ou se ele vai estar inteiro”, questiona.

A Infraero disse que assim que receber o pedido de redução das tarifas vai tentar negociar com a empresa que administra o estacionamento.

Fonte: Kenzô Machida/Luiz Gonzaga Pinto (DFTV - TV Globo) via Fórum Contato Radar

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