terça-feira, 25 de outubro de 2022

Airbus A380: 15 fatos por 15 anos do superjumbo

(Imagem: Skycolors/shutterstock.com)
Neste dia, há 15 anos, a Singapore Airlines apresentou o primeiro Airbus A380 do mundo em seu serviço inaugural entre Cingapura e Sydney.

A história do A380 remonta a 1990, quando a Airbus lançou um projeto para rivalizar com a Boeing em um mercado de longa distância dominado pelo 747.

Durante os últimos 15 anos, o maior avião comercial do mundo tornou-se uma das aeronaves mais facilmente reconhecidas e preferidas pelos passageiros e pela tripulação que os pilota.

A AeroTime compilou uma lista de 15 fatos por 15 anos voando no superjumbo.

(Crédito: Milan Rademakers/Shutterstock.com)
1. Uma única aeronave A380 compreende cerca de 4 milhões de componentes provenientes de 1.500 empresas em 30 países. O avião foi construído em seções na Alemanha, Espanha, França e Reino Unido antes de ser transportado para a linha de montagem final em Toulouse, França.

2. O superjumbo é capaz de transportar um máximo de 853 passageiros em dois conveses de comprimento total. Uma configuração típica para o A380 tem em média 545 assentos, embora a Emirates tenha a cabine mais densa com uma de suas três configurações permitindo 615 passageiros.

3. O quadjet é movido por Rolls-Royce Trent 900 ou Engine Alliance GB7000, o último dos quais foi desenvolvido em uma joint venture sem precedentes por grandes desenvolvedores de motores dos EUA General Electric e Pratt & Whitney.

4. Ao lado da variante de passageiros, a Airbus lançou o A380F, capaz de transportar 150.000kg até 10.400km. A FedEx e a UPS foram os maiores clientes, cada um encomendando 10 aeronaves com opções para mais 10. Os pedidos foram posteriormente cancelados em 2006 e 2007.

5. O A380 possui uma enorme envergadura de 79,75m. A sustentação extra criada permite que o superjumbo voe na mesma velocidade de aproximação que a aeronave A320, muito menor, ajudando a reduzir sua pegada de ruído.

6. Assim como outras aeronaves de fuselagem larga, o A380 possui áreas de descanso da tripulação, com uma para os pilotos localizada atrás da cabine de comando. As áreas de descanso da tripulação de cabine estão localizadas abaixo do convés principal, acessíveis por degraus, ou na popa da cabine do convés principal.

7. Com amplo espaço de cabine em dois andares, a cabine do A380 oferece algumas das ofertas mais luxuosas do mercado comercial, incluindo bares, restaurantes e áreas de lounge e até um chuveiro a bordo.

(Crédito: Markus Mainka / Shutterstock.com)
8. Um total de 251 aeronaves foram encomendadas com a entrega final à Emirates ocorrendo em dezembro de 2021. A transportadora de bandeira dos Emirados Árabes Unidos é a maior operadora do tipo com 118 aeronaves em sua frota. Outros operadores com uma frota ativa de A380 incluem British Airways, Qantas e Qatar.

9. Em 2017, no Paris Air Show, em uma tentativa de reviver o projeto, a Airbus apresentou o A380plus, um novo pacote de design que inclui winglets para economizar ainda mais combustível, maior carga útil e uma opção de reequipamento de cabine para aumentar a capacidade de assentos. O rebranding acabou por não atrair novos pedidos.

10. Com um peso máximo de decolagem de 575.000kg, o A380 fica entre o Boeing 747-8 (448.000kg) e é quase tão capaz quanto o Antonov AN-225 (640.000kg).

11. A Emirates opera alguns dos voos mais longos do A380, incluindo Dubai para Los Angeles e Dubai para Auckland. A Emirates suspendeu os serviços para Auckland durante a pandemia de COVID-19 e está programada para retomar os serviços do A380 na viagem de 14.000 km até a capital da Nova Zelândia a partir de dezembro de 2022.

12. Por outro lado, a Emirates também opera a rota programada mais curta do A380, voando apenas 1.700 km até Jeddah, na Arábia Saudita. O voo, que dura pouco menos de três horas, atualmente opera duas vezes por dia. No entanto, o recorde de voo mais curto pertence a Singapura que operou entre Singapura e Kuala Lumper a uma distância de 296km.

13. Desde o seu lançamento, estima-se que o A380 tenha transportado mais de 300 milhões de passageiros em mais de 800.000 voos em todo o mundo.

14. Em fevereiro de 2019, foi anunciado que a produção terminaria em 2021. Uma vez anunciado como o futuro da aviação, o programa A380 deu lugar a jatos duplos mais populares e altamente eficientes, como o Boeing 777, 787 Dreamliner e Airbus A330 e aeronave A350. Embora a produção tenha cessado, a magia do superjumbo sem dúvida continuará a enfeitar os céus por muitos anos.

15. Se você deseja possuir uma peça de um A380, fique de olho nos leilões. Em outubro de 2022, peças de uma aeronave A380 da Emirates aposentada, incluindo um megafone, máscaras de oxigênio da tripulação, assentos e até carrinhos de cozinha, estavam sendo leiloadas. Até os side-sticks dos pilotos estavam em disputa com estimativas entre 3.000 e 5.000 euros.

(Crédito: Mario Hagen/Shutterstock.com)
Via AeroTime

Hoje na História: 25 de outubro - Três primeiros voos históricos

Voo inaugural do Airbus A380 da Singapore Airlines (Foto: Chris Sloan/The Airchive)
Hoje, na Aviação, celebramos o primeiro serviço doméstico pós-guerra da Japan Airlines (JL), o primeiro voo de receita da Emirates (EK) e o voo inaugural do A380 da Singapore Airlines (SQ).

Examinamos mais de perto esses três voos inaugurais que ocorreram hoje em 1951, 1985 e 2007, respectivamente, e as companhias aéreas que os tornaram possíveis.

Expansão pós-guerra da Japan Airlines


Em 1951, foi inaugurado o primeiro serviço aéreo doméstico do Japão no pós-guerra, usando uma aeronave Martin 2-0-2, chamada Mokusei, e a tripulação arrendada da Northwest Airlines (NW). Sob o nome de Japan Airlines, a transportadora já havia realizado voos de convite em um Douglas DC-3 Kinsei, alugado da Philippine Airlines (PR), entre os dias 27 e 29 de agosto.

Martin 2-0-2 da Northwest Airlines (Foto: Bill Larkins)
A companhia aérea foi criada em 1º de agosto de 1951, quando o governo japonês reconheceu a necessidade de um sistema de transporte aéreo confiável para ajudar o país a se expandir após a Segunda Guerra Mundial. A companhia aérea foi formada com um capital inicial de ¥ 100 milhões e estava sediada em Ginza, Chūō, Tóquio.

Em 1º de agosto de 1953, a Dieta Nacional aprovou o Japan Air Lines Company Act, criando uma nova JL estatal, que herdou todos os ativos e passivos de seu antecessor privado. Em 1953, de Tóquio a Sapporo e Misawa, e a oeste de Nagoya, Osaka, Iwakuni e Fukuoka, a rede JL expandiu-se para o norte.

Em 2 de fevereiro de 1954, a companhia aérea iniciou voos internacionais, transportando 18 passageiros de Tóquio a São Francisco via Wake Island e Honolulu em um Douglas DC-6B City of Tokyo. Os voos entre Tóquio e São Francisco ainda são os voos 1 e 2.

A companhia aérea realiza voos domésticos e internacionais de passageiros e cargas por meio de cinco subsidiárias consolidadas e uma empresa afiliada.

Emirates Airlines se torna uma companhia aérea global


Um dos primeiros Airbus A300 da Emirates Airlines (Foto: Aldo Bidini)
Em 1985, a EK operou seu primeiro voo comercial de Dubai para Karachi usando um Airbus A300 alugado da Pakistan International Airlines (PK). A Emirates foi fundada em 1985 pela Família Real de Dubai como a terceira maior companhia aérea do mundo em termos de receita de passageiros programados, quilômetros voados e número de passageiros estrangeiros transportados.

A Emirates foi uma das companhias aéreas que mais cresceram no mundo no início da década de 1990; a receita cresceu aproximadamente US$ 100 milhões por ano, chegando a US$ 500 milhões em 1993. No mesmo ano, a transportadora transportou 1,6 milhão de passageiros e 68.000 toneladas de carga.

A companhia aérea começou a usar seu novo Airbus A340-500 para voar sem escalas para o Aeroporto Internacional John F. Kennedy (JFK) de Nova York em 2004. Esses voos culminaram na retomada dos serviços aéreos sem escalas entre os Emirados Árabes Unidos e o Estados Unidos, após a retirada dos voos da Delta Air Lines (DL) em 2001.

Em última análise, o maior operador do A380 seria a EK, com o 100º A380 entrando em sua frota em novembro de 2017. Foi anunciado em 18 de janeiro de 2018 que a Emirates havia encomendado 20 A380 com opções para mais 16 . As entregas desse tipo estavam programadas para começar em 2020.

Em 2022, a EK retomou seu serviço A380 Dubai-Perth, marcando um ano de companhias aéreas anunciando planos para reativar suas frotas Superjumbo desativadas. Só o tempo dirá se o A380 encontrou uma nova vida em um mundo pós-pandemia.

Voo inaugural do Airbus A380 da Singapore Airlines


Airbus A380, prefixo 9V-SKA, da Singapore Airlines (Foto: Chris Sloan/The Airchive)
Em 2007, a primeira aeronave A380 Superjumbo, MSN003 (9V-SKA), foi entregue à companhia aérea de bandeira de Cingapura em 15 de outubro, entrando em serviço neste dia com o voo número SQ380, voando entre Cingapura e Sydney. O voo inaugural incluiu 455 passageiros e uma tripulação de 30 pessoas, incluindo pilotos. O voo inteiro durou sete horas.

Os passageiros compraram assentos em um leilão online beneficente, pagando entre US$ 560 e US$ 100.380. Como todos sabemos, a aeronave de dois andares é tão alta quanto um prédio de sete andares, tem uma envergadura quase do comprimento de um campo de futebol e pode acomodar 853 passageiros em uma classe totalmente econômica.

Voo inaugural de Singapore Airlines Airbus A380 (Foto: Chris Sloan/The Airchive)
A Singapore Airlines revelou seu novo interior de cabine na semana anterior ao voo. Ele apresentava 471 assentos em três classes: 12 Singapore Airlines Suites (completas com a primeira cama independente de tamanho normal, TV de tela plana e conexões para laptop); 60 lugares na classe executiva (que foram convertidos em grandes flatbeds e também têm uma área de bar com assento); e 399 assentos na classe econômica.

O voo inaugural do A380 foi equipado com quatro motores Rolls-Royce Trent 900, que contribuíram significativamente para a compatibilidade ambiental do tipo. Como tal, o A380 estabeleceu novos padrões ambientais para o transporte aéreo. Segundo o site da empresa, o A380 tinha um consumo de combustível inigualável de menos de três litros por passageiro a cada 100 km. Chris Sloan, da Airways, foi uma das poucas pessoas sortudas a embarcar no primeiro voo inaugural do Airbus A380, o SQ380.

Voo inaugural de Singapore Airlines Airbus A380 (Foto: Chris Sloan/The Airchive)
Em 23 de setembro de 2020, o Airbus A380 final, a ser entregue à EK, saiu do Hangar 40 em Toulouse, linha de montagem do A380 da Airbus.

Como nota final, o SQ ofereceu uma maneira única de dar ao público um vislumbre de como é jantar em seu A380. Estacionados no Terminal 3 do Aeroporto de Changi (SIN), dois dos A380 da SQ receberam cerca de 400 pessoas na experiência Restaurant@A380.

Edição de texto e imagens por Jorge Tadeu (com informações de Airways Magazine)

Hoje na História: 25 de outubro de 1979 - Produção do último McDonnell Douglas Phantom II

McDonnell Douglas F-4E-67-MC Phantom II, 78-0744, o último de 5.057 Phantoms
construídos em St. Louis, 25 de outubro de 1979 (McDonnell Douglas Corporation)
Em 25 de outubro de 1979, o 5.057º e último Phantom II - um F-4E-67-MC, número de série da Força Aérea dos EUA 78-0744 - foi lançado na fábrica da McDonnell Douglas Corporation, Lambert Field (STL), St. Louis , Missouri, e a linha de produção foi fechada.

McDonnell Douglas F-4E-67-MC Phantom II 78-0744 nas marcações da
Força Aérea dos Estados Unidos (Força aérea dos Estados Unidos)
O 78-0744 foi transferido para a Força Aérea da República da Coreia (ROKAF) sob o programa de Vendas Militares Estrangeiras Faisão da Paz II e designado para a 17ª Ala de Caça Tática baseada no Aeroporto Internacional de Cheongju (CJJ). Uma fonte disse que foi “cancelado”, mas faltam detalhes.

Fonte: thisdayinaviation.com

Refeição diferente entre pilotos, quarto secreto: veja fatos curiosos da aviação

Algemas a bordo, buzina e ultrapassagem só pela direita estão na lista.


A aviação comercial é um universo repleto de fatos e curiosidades que podem surpreender o público, mesmo os mais entendidos do assunto.

Você sabia, por exemplo, que alguns aviões têm quartos secretos para os tripulantes descansarem? Ou que o comandante e o co-piloto nunca saboreiam a mesma refeição durante o voo?

Confira 10 fatos curiosos da aviação comercial:

1. Comandante e copiloto têm cardápios diferentes


O comandante e o copiloto do avião não consomem refeições iguais durante os voos. Essa medida é adotada na aviação comercial para evitar que os pilotos sofram intoxicações alimentares simultâneas.

Comandante e copiloto não comem a mesma comida durante o voo
Se um deles ingerir algo contaminado, o outro, que comeu um prato diferente e passa bem, pode continuar no comando da aeronave e conduzir um pouso alternado para o atendimento médico do tripulante debilitado.

2. Oxigênio de emergência dura de 15 a 20 minutos


As máscaras de oxigênio de emergência dos aviões são acionadas em casos de despressurização da cabine. O equipamento permite aos passageiros e tripulantes que respirem em altitudes elevadas por cerca de 15 a 20 minutos.

Acha que é pouco tempo? Em uma emergência desse tipo, os pilotos rapidamente manobram a aeronave até uma altitude mais baixa para equalizar a pressão interna da cabine com a pressão atmosférica no exterior, tornando possível respirar normalmente sem as máscaras.

Oxigênio de emergência dura de 15 a 20 minutos
Ao contrário do que muitos pensam, o oxigênio usado pelos passageiros e tripulantes em emergências não vem de cilindros escondidos pelo avião, mas de uma reação química. O ar da máscara é gerado por um cartucho químico chamado Oxygen Generator, que fica localizado nos consoles acima dos assentos. Quando os passageiros puxam as máscaras, é acionada uma mistura de substâncias (cloreto de sódio, peróxido de bário e perclorato de potássio) que liberam oxigênio.

É muito importante que os passageiros saibam como manusear as máscaras de oxigênio no caso de uma emergência em voo. Não basta apenas vestir o equipamento no rosto. Também é necessário puxar a máscara até sentir um “clique”. É esse movimento que aciona o Oxygen Generator.

3. Aviões fazem ultrapassagens somente pela direita


Em estradas no Brasil, um motorista de um veículo automotor só pode realizar ultrapassagens pela faixa da esquerda. Porém, ultrapassagens entre aeronaves em voo são realizadas somente pelo lado direito.

A aeronave mais rápida é a que deve desviar do avião mais lento que está à frente. Este, por sua vez, deve manter a mesma trajetória, velocidade e altitude no momento em que é ultrapassado.

Aviões fazem ultrapassagens somente pela direita
A aeronave que conduz a ultrapassagem deve seguir por uma linha que forme um ângulo de 70° em relação à trajetória do avião que será ultrapassado.

Quando duas aeronaves se aproximarem de frente, ou quase de frente, e haja perigo de colisão, ambas devem alterar seus rumos para a direita. Ultrapassagens por cima ou por baixo devem ser evitadas devido aos efeitos da esteira de turbulência gerada pelas aeronaves em voo. No entanto, se a distância entre os aparelhos for segura, o procedimento pode ser realizado.

4. Radar de avião comercial não detecta outras aeronaves


O radar de um avião comercial não é capaz de detectar outras aeronaves voando ao seu redor. O equipamento utilizado nessas aeronaves é calibrado para encontrar a presença de água pelo caminho da aeronave. Ou melhor, o sistema mostra onde estão as posições e as intensidades de precipitações pluviométricas, que podem surgir no formato de nuvens carregadas, chuva, granizo ou neve.

O nome correto do sistema usado na aviação comercial é “radar meteorológico”, pois ele mostra as condições meteorológicas pela trajetória do avião. Com essas informações, os pilotos conseguem se antecipar e desviar de zonas onde o voo pode ser turbulento. Aviões militares, por outro lado, possuem radares que podem mostrar a posição de outros objetos em voo, entre outras funções.

Radar de avião comercial não detecta outras aeronaves. O equipamento é utilizado para encontrar a presença de água
Então como os aviões se enxergam enquanto voam? Para isso eles contam com o transponder, equipamento que recebe e responde sinais de rádio emitidos por outras aeronaves em voo, informando sua posição e altitude no espaço aéreo.

Os dados recebidos e compartilhados pelo transponder também são processados pelo sistema anticolisão TCAS (Sistema de Prevenção de Colisões e Alerta de Tráfego). Quando acionado, esse dispositivo, que é conjugado ao piloto automático, recalcula a rota da aeronave e manobra automaticamente para evitar um choque em voo ou uma convergência perigosa com outra aeronave.

5. Aviões têm “quartos secretos”


Em voos de longa duração, os pilotos e comissários de bordo trabalham em regime de revezamento. Enquanto uma parte desses profissionais cumpre suas tarefas, outros esperam por seus horários de trabalho em quartos com camas escondidos dos passageiros até o momento da troca de tripulantes.

Alguns aviões têm "quartos secretos" para pilotos e comissários de bordo
Profissionais do setor aéreo apelidaram esse espaço de descanso de “sarcófago”, que existe somente em aeronaves de grande porte. Dependendo do avião, esses quartos ficam localizados abaixo do piso da cabine ou sobre o teto, nas partes dianteira e traseira do avião. Os cômodos na parte frontal normalmente são usados pelos pilotos e os de trás, pelos comissários de bordo.

Para evitar a entrada indesejada de passageiros, a porta que dá acesso ao sarcófago é mantida sempre fechada. Em aviões mais modernos, essas portas possuem trancas com fechaduras elétricas acionadas por senhas numéricas. Para garantir a segurança do voo, os quartos dos tripulantes contam com máscaras de oxigênio, cintos de segurança e extintor de incêndio.

6. Janelas dos aviões são arredondadas por motivos de segurança


Um avião com cabine pressurizada em hipótese alguma pode ter janelas quadradas. Essa lição foi aprendida pelos engenheiros aeronáuticos da pior forma, depois de cinco desastres aéreos no início da década de 1950 com o De Havilland Comet, o primeiro avião comercial com motores a jato.

Janelas dos aviões são arredondadas por motivos de segurança
A investigação dos acidentes revelou que as janelas quadradas com quinas agudas causavam rachaduras na fuselagem do Comet, devido aos efeitos da pressurização e despressurização da cabine de passageiros entre um voo e outro. Em casos extremos, esse problema resultava em descompressão explosiva em voo, quando o avião se desintegra no ar.

Com os ensinamentos deixados pelo Comet foram adotadas as janelas arredondas, formato que suporta a alta pressão da cabine do avião durante um voo em grande altitude.

7. Pneu de avião comercial dura menos de um mês


Enquanto um jogo de pneus de automóvel pode durar anos, o conjunto usado num avião comercial é trocado de mês em mês ou até menos tempo.

A companhia Gol Linhas Aéreas, por exemplo, troca os pneus do trem de pouso principal dos Boeing 737 MAX em média a cada 25 dias (período em que são realizados cerca de 200 pousos) e os pneus do trem de pouso do nariz são substituídos a cada 20 dias (depois de 120 pousos). Tal desgaste deve-se ao peso elevado dos aviões (um 737 MAX 8 da Gol pesa 82 toneladas) e variações térmicas severas, sobretudo no momento em que o avião toca a pista para pousar.

Pneu de avião comercial dura menos de um mês
Outra parte curiosa sobre os pneus dos aviões é a forma como eles são inflados. Em vez de ar comprimido, utiliza-se nitrogênio. O gás é o preferido da aviação, pois ele é inerte e tem baixa taxa de expansão. A composição do ar atmosférico, por outro lado, possui oxigênio, substância que pode alimentar chamas, e umidade, cuja taxa de expansão pode aumentar rapidamente com o calor, causando explosão do pneu por excesso de pressão.

8. Avião tem buzina


A exemplo dos carros, aviões comerciais também têm buzinas. Na aviação, o equipamento é um meio de comunicação entre os pilotos na cabine de comando e as equipes de manutenção em solo.

A exemplo dos carros, aviões comerciais também têm buzinas
A buzina do avião emite um som de alta frequência, parecido com uma sirene, que pode ser notado mesmo em meio ao ambiente ruidoso de um aeroporto. O acionamento do dispositivo é feito por um botão no painel do comando.

9. Aviões comerciais raramente voam de tanque cheio


São raras as aeronaves comerciais que voam com os tanques na capacidade máxima. A quantidade de combustível que o avião carrega deve ser o suficiente para ele executar todo o trecho programado, que pode ser uma viagem com distância inferior ao alcance máximo do aparelho. Também é incluída uma reserva de 10% em relação ao conteúdo nos tanques, uma quantia extra para a aeronave voar até um aeroporto alternativo e outra porção para mais 30 minutos de voo.

Aviões comerciais raramente voam de tanque cheio
O cálculo de abastecimento de um avião comercial leva em consideração a distância da rota, o peso que ele transporta (bagagens e passageiros) e condições climáticas previstas para o trecho. O excesso de combustível restringe o desempenho de uma aeronave, que fica mais pesada. Com o peso extra, o avião precisa de um comprimento maior de pista para decolar ou então limitar a quantidade de passageiros e carga a bordo.

10. Aeronaves contam com algemas a bordo


Manter a ordem na cabine de passageiros do avião é essencial para a segurança e o conforto do voo. Se algum ocupante cometer uma indisciplina, como agressões físicas e verbais, ele pode ser obrigado a terminar a viagem amarrado no assento e algemado, após ser contido pelos comissários.

Toda aeronave comercial conta com algemas a bordo. O modelo é descartável
Toda aeronave comercial conta com algemas a bordo para conter passageiros que apresentem algum risco ao voo. A algema usada pelos tripulantes é um modelo descartável feito de plástico,e a “ordem de prisão” é sempre emitida pelo comandante, que é autoridade máxima do avião.

Por Thiago Vinholes (CNN Brasil Business) - Fotos: Pexels, Unsplash/Varshesh Joshi, Thiago Vinholes/Arquivo pessoal, Supachat Varongsurat/Getty Images

Comissário de bordo é obrigado a guardar malas de passageiros em aviões?

Passageiros são os responsáveis por colocar as malas nos bagageiros
acima dos assentos nos aviões (Imagem: Arthur Edelmans/Unsplash)
No começo do mês, uma situação envolvendo uma passageira despertou a atenção para um momento corriqueiro de quem vai voar. Ela reclamou em uma rede social que um comissário havia se recusado a ajudá-la a acomodar sua bagagem no compartimento acima dos assentos, também chamado de bin.

Embora possa parecer uma grosseria, as empresas dizem que os comissários não têm responsabilidade de acomodar as bagagens no avião. Nem eles, nem os funcionários das empresas aéreas. Quando eles fazem isso, as companhias dizem que é uma cortesia ou como forma de ajudar quem não pode fazê-lo por conta própria.

De quem é a responsabilidade? 


O manuseio das bagagens de mão, que são aquelas que são levadas para a cabine de voo, é de responsabilidade dos próprios passageiros.

Apenas a bagagem despachada, que vai no porão do avião, tem de ser colocada a bordo pela companhia. Essa informação costuma ser fornecida nos sites das próprias empresas.

No site da Latam, a empresa diz não se responsabiliza por guardar a bagagem de mão, exceto em situações de pessoas com deficiência ou que tenham uma condição médica.

Em nota, a Gol confirma que o próprio passageiro é quem deve fazê-lo, e que a função dos comissários é "auxiliar na organização de espaço nos compartimentos para que o próprio cliente acomode a bagagem que trouxe a bordo". Isso, inclusive, consta no contrato de compra de bagagem

Por que comissários não devem fazer isso? 


A movimentação de muitas malas pode causar lesões nos comissários. Em um voo que pode chegar a levar centenas de pessoas, eles fariam uma série de esforços repetitivos, e com malas, muitas vezes, com peso elevado.

Esse é um tema acompanhado de perto pelo Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), inclusive com registro de lesões que já ocorreram no passado.

Segundo Marcelo Ceriotti, diretor do SNA, essa atividade não está entre as competências dos comissários. "Sobre o tema, a atividade dos comissários está relacionada à segurança operacional e entendemos que acomodar a bagagem dos passageiros estaria fora do escopo dessa atividade, caracterizando um desvio de função", diz o aeronauta.

Ao mesmo tempo, a CBO (Classificação Brasileira de Ocupações) define que os comissários prestam serviços aos usuários do transporte aéreo, como checar equipamentos e instalações das aeronaves, fazer demonstrações dos procedimentos de segurança, além de servir refeições preparadas e bebidas a bordo. Não há referências à alocação de bagagens a bordo para a categoria

Segundo a Gol, se o passageiro perceber que a mala está muito pesada e que não será possível acomodá-la por conta própria no bin, "deve solicitar auxílio para o tripulante para que a mesma seja despachada no porão de cargas fazendo a retirada na esteira de bagagem".

Polêmica


No dia 3 de outubro, uma usuária do Twitter usou sua conta na rede social para reclamar da suposta falta de apoio em um voo de São Paulo para Porto Alegre (RS).

No relato, ela diz que os comissários da Latam se recusaram a auxiliá-la a colocar as bagagens no compartimento acima do assento, e questionou: "Qual é a função de um comissário se não é auxiliar o passageiro?! Então eu deveria ter pagado mais de R$ 100 para despachar a mala porque não tenho altura pra colocá-la no compartimento com segurança?!".


Em nota, a empresa informa que os tripulantes são sempre orientados a auxiliar os passageiros e que lamenta o ocorrido. Leia:

"A Latam Airlines Brasil informa que seus tripulantes de cabine são orientados a sempre prestar auxílio aos clientes, da seguinte forma: 1) mostrar ao passageiro os lugares disponíveis nos bins, para que ele mesmo possa colocar sua mala no compartimento; 2) oferecer apoio na acomodação das malas no bins, especialmente no caso de pessoas idosas ou que necessitem de alguma ajuda especial.

Sobre a situação descrita pela passageira do voo LA3154 (São Paulo/Congonhas-Porto Alegre), a LATAM lamenta pela experiência. A companhia está apurando internamente o caso e reforça que qualquer opinião que contrarie o respeito não reflete os valores e os princípios da empresa."

Via Alexandre Saconi (UOL)

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Bela Aterrissagem sob fortes ventos de um 737 na Ilha da Madeira, em Portugal

Aeronáutica conclui investigação sobre acidente com helicóptero onde estava Paulo Hartung, no Espírito Santo

Documento aponta falha na Casa Militar ao executar um plano de voo sem apoio de uma equipe em terra para auxiliar no pouso da aeronave em Domingos Martins.


Mais de quatro anos após o acidente de helicóptero envolvendo o então governador do Espírito Santo, Paulo Hartung, no dia 10 de agosto de 2018, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), do Comando da Aeronáutica, finalizou o relatório do incidente na Fazenda do Incaper, em Domingos Martins.

O documento, publicado em 21 de setembro, apontou fatores que podem ter contribuído para a queda da aeronave, ocorrida no momento em que o piloto pousava em um campo de futebol da cidade da região serrana.

Segundo as investigações, toda a documentação relacionada ao uso do helicóptero estava em dia. Também não foram constatadas falhas mecânicas.

Porém, aponta que o percurso entre Vila Velha e Domingos Martins foi feito sem um planejamento de voo. O relatório enfatiza que a decisão de prosseguir com o pouso sem apoio auxiliar de uma equipe de solo prejudicou a avaliação de risco da ação.

“A decisão de prosseguir com o pouso sem o apoio da equipe de solo da Casa Militar do Governo para informar se a área estava ou não livre de obstáculos, conforme a doutrina consolidada na UAP (Unidade Aérea Pública), caracterizou a inadequada avaliação dos possíveis riscos envolvidos na operação, assim como uma inadequação dos trabalhos de preparação para o voo”, apontou o relatório, indicando uma falha de segurança da Casa Militar.


Além disso, a pintura desgastada de uma trave de futebol contribuiu para que a manobra de decolagem fosse prejudicada.

“A pintura da trave era da cor cinza, estava bastante desgastada e apresentava ferrugem em diversos pontos, oferecendo pouco contraste em relação ao gramado do local”, destacou.

O relatório diz que, na tarde do acidente, a iluminação natural no local da queda era reduzida em virtude da sombra produzida pela topografia do lugar.

A pouca luminosidade somada à presença da trave no local de pouso resultou na falha no pouso. O piloto teve dificuldade em distinguir o objeto próximo ao helicóptero, segundo o documento.

"Depois de posicionar a aeronave em voo pairado, no centro do campo, o piloto comandou um giro à esquerda para concluir o procedimento de pouso e, nesse momento, o rotor de cauda do helicóptero colidiu contra a trave de futebol", narra.

“Após o primeiro impacto, o helicóptero se desestabilizou e iniciou um giro sem controle à esquerda, o que resultou na colisão do rotor principal contra o terreno e no tombamento da aeronave para a direita. Os destroços ficaram agrupados no centro do campo de futebol”, descreveu.


O documento sugere, ainda, que a tripulação tenha ficado pressionada em cumprir o voo no menor tempo possível ao transportar o governador, autoridade máxima.

"Adicionalmente, o fato de ter a maior autoridade do Estado como passageira pode ter acarretado pressões autoimpostas para que o voo fosse concluído no menor tempo possível. Essa condição poderia produzir dificuldades para perceber, analisar e escolher a alternativa mais adequada, comprometendo a qualidade do processo decisório da tripulação", ressalta.

O Cenipa recomenda que a Casa Militar do Governo do Espírito Santo aprimore os procedimentos, as instruções e as orientações de seu sistema de segurança. O documento destaca, porém, que o objetivo do relatório não é culpabilizar ninguém e sim identificar o que o pode ser aprimorado para evitar novas ocorrências.

O que diz o Governo do Estado

A Casa Militar, responsável pelo helicóptero, foi procurada para responder sobre as conclusões e recomendações do relatório da Cenipa. Assim que for enviado posicionamento, a matéria será atualizada.

Relembre o acidente



A aeronave seguiu em direção à Fazenda do Estado, que pertence ao Incaper, no limite dos municípios Venda Nova do Imigrante e Domingos Martins, na região Serrana do Espírito Santo.

Ao se aproximar para pouso e realizar manobra no campo de futebol às 16h45, a aeronave se desgovernou, um dos rotores colidiu com o solo e ela tombou, ocasionando a destruição da aeronave. Apesar do susto, ninguém ficou ferido com gravidade.

Cabeça de mulher "explode" em avião após cirurgia estética nos olhos

Influenciadora precisou estancar sangue durante todo o voo e viralizou compartilhando detalhes sobre o caso.

Influenciadora passa por situação inusitada durante voo (Foto: Reprodução/TikTok/@polish_99)
Uma influenciadora revelou aos seus seguidores que sua cabeça "explodiu" durante um voo, com sangue escorrendo em seu pescoço. Isso porque, poucos dias antes de embarcar no avião, ela havia passado por uma cirurgia para ficar com foxy eyes (olhos de raposa, em tradução livre) e estava com pontos na cabeça.

O caso aconteceu com Weronika (@polish_99). Ela contou detalhes sobre o caso em seu TikTok, onde reúne quase 40 mil seguidores.

A viralização do conteúdo começou quando ela publicou um vídeo em que aparece com o rosto inchado, com hematomas abaixo dos olhos e com uma espécie de cinta ao redor de seu pescoço.

A legenda era: “Ponto de vista: você é a comissária de bordo que acabei de informar que a parte de trás da minha cabeça explodiu com a pressão."

O vídeo bateu mais de 6 milhões de visualizações e recebeu uma enxurrada de comentários de internautas que queriam entender melhor o que aconteceu.

Esse primeiro TikTok foi publicado na última sexta-feira, 21. Desde então, Weronika já publicou outros sete vídeos sobre a história, dando detalhes sobre o acidente.

@polish_99

I have really tried to be as concise as possible but I am going to do a part 2 now, I won’t make you wait

♬ Bad Habit - Steve Lacy

De acordo com a jovem, alguns pontos da operação se abriram por conta da pressão da cabine, quando o avião já estava no ar. Antes de embarcar, ela teve uma consulta final com seu cirurgião que a liberou para a viagem.

Mesmo sem haver erro médico, como aponta a tiktoker, seus pontos se romperam e ela começou a sentir o sangue quente escorrendo pelo seu pescoço, saindo da região de trás da orelha. Ela conta que precisou ficar estancando o sangue durante toda a viagem.

Depois do susto, ao sair do avião, Weronika procurou um médico e segue se recuperando do procedimento.

Via Terra

Helicóptero que caiu na Lagoa Rodrigo de Freitas, na Zona Sul do Rio, foi rebocado para a margem


Uma equipe iniciou na manhã de segunda-feira os trabalhos de retirada do helicóptero que caiu nas águas da Lagoa Rodrigo de Freitas, na Zona Sul do Rio. Os homens que estão em um barco inflável chegaram cedo ao local, mas só começaram a rebocar a aeronave em direção à margem, perto do Clube Piraquê, por volta do meio-dia.

A aeronave caiu na altura do Baixo Bebê, próximo da descida do Túnel Rebouças, na tarde de sábado. Na hora do acidente, uma regata acontecia na Lagoa. As cinco pessoas que estavam a bordo - o piloto, e integrantes de uma mesma família - foram resgatadas sem gravidade.

A família é da cidade de São Caetano do Sul, no ABC Paulista, e veio para o Rio para um casamento. Pai, mãe, filho e nora decolaram do Aeroporto de Jacarepaguá para um sobrevoo panorâmico na cidade. Os quatro receberam atendimento e foram encaminhados ao Hospital Municipal Miguel Couto, no Leblon, onde passaram por exames de imagem.

Na manhã desta segunda-feira, o biólogo Mário Moscatelli voltou a reafirmar o temor de que pudesse ocorrer um dano ambiental na Lagoa. Sobre esse risco, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) informou que os protocolos, que são responsabilidade da empresa, foram adotados.

— Minha preocupação é com um possível vazamento de combustível — disse o biólogo, acrescentando que pelas informações obtidas por ele o helicóptero estaria com 250 litros de combustível e mais cinco litros de óelo.

Segundo o Instituto, foram fornecidas todas as orientações necessárias à empresa responsável pela aeronave, cuja ação de retirada está sendo acompanhada por equipes do Inea. "A empresa foi notificada no domingo a adotar as medidas imediatamente (para evitar dano ambiental). A empresa fica sujeita as penalidades prevista na legislação estadual, e tem a obrigação de prevenir danos ambientais, e caso ocorram, de reparar os danos.", diz a nota do Inea.

O helicóptero PS-UPS pertence a Aero Recreio Escola de Aviação Civil e é operada pela Ultra Pilots Taxi Aéreo. Trata-se de um modelo Robinson para quatro passageiros, além do piloto, fabricado em 2020. A licença dele é válida até outubro de 2023 e está em situação regular, segundo informações da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Procurada, a empresa não se manifestou.

De acordo com a 15ª DP (Gávea), as investigações estão em andamento para esclarecer as circunstâncias do acidente. O piloto foi ouvido na delegacia e as vítimas devem prestar depoimento assim que forem liberadas do atendimento médico.

Via Extra - Foto: Agência O Globo

Ovni em Santa Catarina? Pilotos de avião avistam luz estranha durante voo; ouça áudio

"Aparece e some várias vezes", relatou o condutor da aeronave à torre de controle.

Pilotos da Azul Linhas Aéreas relataram ter avistado uma "luz estranha" no céu de Santa Catarina, durante um voo entre São Paulo, capital, e Porto Alegre, Rio Grande do Sul. O diálogo entre os profissionais e os técnicos do Aeroporto Internacional Salgado Filho, localizado no município gaúcho, aconteceu no último sábado (22) e foi gravado.

Em um vídeo, publicado no YouTube, é possível ouvir a conversa entre os especialistas da torre de comando e o comandante da aeronave Airbus A320-251N, voo 4517.


Na conversa, os pilotos afirmam que a luz era semelhante ao farol de um avião. No entanto, conforme o controle de tráfego aéreo, os radares indicavam não haver outra aeronave na região no momento.

No áudio, a operadora da torre de comando questiona o condutor: "você poderia informar quando as luzes sumirem?". "Agora apareceu novamente", responde o piloto.

"O que posso informar é que é como se fosse o farol de uma aeronave, fazendo um 360 [uma curva completa]. Por isso, perguntei sobre informações de defesa aérea", detalha à especialista do aeroporto gaúcho.

Em outro trecho, o piloto relata que "não existia um padrão de circuito de tráfego" no deslocamento da luz, tratando-se de "um movimento aleatório". Em outro momento, ele narra que a luz "aparece e some, aparece e some, várias vezes".

Ao ser novamente questionado pela torre de comando, o profissional explica que a luz passou a realizar um "movimento aleatório". Em seguida, os pilotos relatam que a luz chegou a acompanhar a aeronave lateralmente por um tempo quando, em dado momento, se afastou em direção ao bairro Lagoa da Conceição, em Florianópolis, Santa Catarina.

Site da FlightRadar mostra o trajeto feito pelo avião da Azul no sábado (22)
(Imagem: Reprodução/FlightRadar)
Ao portal Uol, a Azul informou que os tripulantes dela seguem "os mais rigorosos protocolos de segurança" e que qualquer eventualidade é comunicada imediatamente ao controle de tráfego aéreo. "A companhia ressalta que o assunto já está sob ciência das autoridades competentes", disse em nota.

Até a publicação deste texto o Departamento de Controle do Espaço Aéreo — órgão ligado à Aeronáutica — não havia se manifestado sobre o caso.

Via Tilt/UOL e Diário do Nordeste

segunda-feira, 24 de outubro de 2022

Aconteceu em 24 de outubro de 1947: Incêndio e queda do voo 608 da United Airlines em Utah (EUA)


Em 24 de outubro de 1947, o Douglas DC-6, prefixo NC37510, da United Airlines, operando o voo 608,  partiu do Aeroporto Internacional de Los Angeles para um voo direto com destino a Chicago, em Illinois.

O voo 608 transportava cinco tripulantes e 47 passageiros. No comando do DC-6 estava o capitão Everett McMillen e o copiloto George Griesbach. Na parte de trás, atendendo aos passageiros, estavam as aeromoças Helen Morrissey, Shirley Hickey e Sabina Joswick.

O voo 608 da United Airlines partiu de Los Angeles às 10h23. O avião subiu a 19.000 pés e prosseguiu VFR sobre Fontana, Daggett, Silver Lake, Las Vegas e Saint George.

Às 12h21, o capitão McMillen comunicou por rádio que havia um incêndio no compartimento de bagagem que eles não puderam controlar, com fumaça entrando na cabine de passageiros. O voo solicitou autorização de emergência para o Aeroporto Bryce Canyon, em Utah, que foi concedida.

Conforme a aeronave descia, pedaços do avião, incluindo partes da asa direita, começaram a cair. 

Às 12h27, a última transmissão de rádio foi ouvida do avião: "Podemos conseguir - nos aproximando de uma pista." 

O voo 608 da United havia passado pela crista de um planalto alto e estava a cerca de um quilômetro do final da pista em Bryce Canyon quando o nariz do avião repentinamente tombou. Incapaz de neutralizar a perda de controle, a aeronave impactou com tal força que todos os quatro motores foram arrancados de seus suportes e lançados 300 pés além da bola de fogo. 

O avião caiu em terra do Serviço Nacional de Parques, a 2,4 km do Aeroporto Bryce Canyon, em Utah, matando todos os 52 passageiros e tripulantes a bordo.


A causa do incêndio e da queda do voo 608 da United permaneceu um mistério até três semanas depois, quando um DC-6 da American Airlines relatou um incêndio durante o voo sobre o Arizona.


O voo conseguiu fazer um pouso de emergência em Gallup, Novo México. Todos os 25 ocupantes escaparam do avião em chamas, e o fogo foi extinto. Mas, ao contrário do acidente do Bryce Canyon um mês antes, os investigadores agora tinham uma aeronave danificada, mas intacta, para examinar e estudar.

A causa da queda do Bryce Canyon e do quase fatal incidente Gallup foi eventualmente atribuída a uma falha de projeto. Um coletor de entrada do aquecedor da cabine foi posicionado muito perto da ventilação de ar do tanque alternativo número 3. 

Se as tripulações de voo permitissem que um tanque ficasse cheio durante uma transferência de combustível de rotina entre os tanques das asas, isso poderia fazer com que vários galões de combustível excedente fossem sugados para o sistema de aquecimento da cabine, que então acendeu o combustível.

Uma placa como memorial às vítimas do acidente perto de Bryce, em Utah
Os destroços da aeronave foram carregados em caminhões e transferidos para a Douglas Aircraft Company, na Califórnia, onde o avião foi remontado em um esforço para determinar a causa do acidente.

Como resultado do desastre, toda a frota de 80 aeronaves Douglas DC-6, incluindo a aeronave do presidente dos Estados Unidos (que era um navio irmão), foi colocada no solo e retirada do mercado. As alterações de design que foram feitas depois disso ainda existem.

Por Jorge Tadeu (com Wikipedia, ASN, lostflights.com)

Hoje na História: 24 de outubro de 2003 - O último voo comercial do Concorde

No dia 24 de outubro de 2003, a British Airways realizou o último voo pago do Concorde, encerrando  a era supersônica na aviação comercial. A Air France havia realizado o último voo comercial dos seus Concordes quatro meses antes, no dia 24 de junho de 2003. O último voo foi realizado pela aeronave de prefixo G-BOAG, entre Nova York (EUA) e Londres (Reino Unido) com a British Airways. Havia cerca de cem convidados a bordo, incluindo celebridades como a modelo americana Christie Brinkley e a atriz Joan Collins.

Ele pousou em terceiro na sequência com o G-BOAE e o G-BOAF depois que todos os três aviões supersônicos fizeram uma passagem baixa sobre Londres.

O G-BOAG voou de Nova York sob o comando do Capitão Mike Bannister, com o primeiro oficial Jonathan Napier e o oficial de engenharia David Hoyle. 

Os jatos - vindos de Edimburgo, de um passeio pela baía de Biscaia e, o último, de Nova York - aterrissaram com intervalos de dois minutos e puseram fim a uma das experiências mais estimulantes (e dispendiosas) da história da aviação civil.

Foto: British Airways

O piloto Mike Bannister disse, durante o voo que partiu de Nova York, que "o Concorde é um avião fabuloso e se tornou uma lenda", depois de disparar até o limite do espaço, voando a duas vezes a velocidade do som.

Champanhe e vinhos de safras nobres foram servidos, enquanto os passageiros, entre os quais a atriz Joan Collins e a modelo Christie Brinkley, comiam lagosta, caviar e salmão defumado.

David Hayes, que pagou US$ 60,3 mil em um leilão de caridade para participar, com a mulher, desse voo histórico, disse: "Comecei a chorar. Meu coração disparou. Era hora de dizer adeus".

Ivor Simms, controlador de voo em Heathrow, contou que "estava em treinamento em 1976 quando o primeiro voo do Concorde partiu para Nova York, e me orgulho muito por, 27 anos depois, estar no controle durante o pouso do último voo vindo de lá".

O Concorde estabeleceu um paradigma para as viagens aéreas transatlânticas. Agora, a está destinado a uma vida sedentária em museus de aviação.

Bernie Ecclestone, o principal dirigente da Fórmula 1, que voou na primeira viagem do Concorde em 1976 e também participou da última, disse: "Não acho que veremos coisa parecida de novo".

Pouco depois da metade do século 20, os criadores anglo-franceses do Concorde esperavam que o seu avião fosse o pioneiro em uma nova geração de jatos de transporte. Mas os altos custos operacionais, as turbinas imensamente ruidosas e os estrondos supersônicos causados pelo avião trouxeram-lhes a oposição dos ecologistas, e o Concorde não demorou a se tornar pouco mais que um brinquedo para os superastros.

O começo do fim veio em julho de 2000, quando um avião da Air France caiu perto de Paris, matando 113 pessoas e causando a paralisação dos voos de toda a frota de Concordes francesa e britânica.

O Concorde voltou ao serviço no final de 2001, em meio a uma severa queda no tráfego aéreo transatlântico, depois dos ataques contra cidades dos EUA em 11 de setembro daquele ano. A fábrica de aviões Airbus anunciou há alguns meses que deixaria de fornecer sobressalentes e de cuidar da manutenção dos aparelhos, o que selou o destino do jato.

O veterano apresentador de televisão britânico David Frost, que fez cerca de 500 viagens no supersônico, disse que o Concorde era "a única maneira pela qual se podia estar em dois lugares ao mesmo tempo". E concluiu com um epitáfio repetido pelos demais passageiros entristecidos: "É uma ótima invenção, e é uma vergonha que tenha de parar".

Por Jorge Tadeu (Fontes: thisdayinaviation.com / Folha de S.Paulo / UOL)

Tradicional “voo” do avião Spitfire dá errado no show do Iron Maiden

Cena de um dos vídeos apresentados abaixo
Um avião Spitfire, clássico modelo inglês da Segunda Guerra Mundial, costuma “voar” acima da banda Iron Maiden durante a famosa música “Aces High”, cuja letra descreve o ponto de vista de um piloto da Força Aérea Real (RAF) lutando durante a Batalha da Grã-Bretanha (1940).

Mas, durante uma apresentação nessa semana no DCU Center em Worcester, Massachusetts (EUA), algo saiu errado e o avião não seguiu seu caminho até a frente do palco.

Imagens feitas por fãs, conforme vídeo abaixo, mostram que as asas não se estenderam totalmente para ficar na posição correta e o avião ficou pairando desajeitadamente na parte de trás do palco, antes que os membros da equipe técnica o desinflassem e o escondessem da vista.

O cantor Bruce Dickinson é visto olhando para trás, buscando entender o que houve com o Spitfire, e, na sequência, aparentemente até se divertindo com a situação inesperada, fazendo movimentos com seus braços como se fossem as asas do avião.


O outro vídeo a seguir mostra o momento por um Ângulo de visão diferente, mais alto e pela lateral:


Para ver como costuma ser a performance da banda com o correto “voo” do Spitfire, relembre a seguir o show no Rock in Rio 2019:


Vídeo: Entrevista - A história gloriosa da fundação da cidade de águas de São Pedro e do aeroporto de São Pedro


Antonio de Moura Andrade nos contará parte de como surgiu a cidade de águas de São Pedro, e a importância da aviação no desenvolvimento da cidade.

Via Canal Porta de Hangar de Ricardo Beccari