Mísseis supostamente disparados por um avião militar não-tripulado americano mataram pelo menos 12 pessoas em uma região habitada por tribos na fronteira com o Afeganistão, segundo autoridades locais.
Os mísseis teriam destruído uma casa em uma aldeia remota.
O ataque ocorreu no Waziristão do Norte, região tida como reduto de militantes da Al-Qaeda e do Talebã.
Nas últimas semanas dezenas de pessoas foram mortas na região paquistanesa ao longo da fronteira com o Afeganistão em ataques dos Estados Unidos - o que intensificou ainda mais a onda de sentimentos antiamericanos no país.
O ataque ocorreu pouco antes do amanhecer nesta sexta-feira na aldeia Ghari Wam, a 30 quilômetros da fronteira com o Afeganistão.
Autoridades dizem que há vários estrangeiros entre os mortos. O governo do Paquistão costuma usar o termo "estrangeiros" para designar militantes da Al-Qaeda.
O governo americano suspeita que vários líderes da Al-Qaeda - entre eles Osama Bin Laden - estão escondidos no Waziristão do Norte.
Os Estados Unidos intensificaram os ataques com aviões não-tripulados na região nas últimas semanas.
Desde o início de setembro, houve pelo menos 17 ataques desse tipo. Os Estados Unidos dizem que conseguiram alvejar com sucesso vários líderes da Al-Qaeda, mas tribos da região dizem que vários civis foram mortos nos ataques.
Os ataques foram realizados em regiões em que não há operações do Exército do Paquistão.
Na semana passada, o Paquistão disse ao chefe do Comando Central dos Estados Unidos, o general David Petraeus, em visita ao país, que os ataques com mísseis seriam "contraproducentes" e prejudiciais à chamada "guerra contra o terror".
Fonte: BBC