Um dos sobreviventes da queda de um jato Cessna pertencente ao bilionário José João Abdalla entregou à Justiça novos elementos para tentar provar a responsabilidade indireta do bilionário no acidente.
O avião pousou errado na pista em Maraú, na Bahia, no fim de 2019, e pegou fogo matando 5 pessoas.
Eduardo Trajano Elias, filho do arquiteto Jorge Elias e da socialite Lucila Trajano, foi um dos sobreviventes, mas perdeu a esposa e o filho no acidente, e convive com graves sequelas por conta do incêndio.
Elias pede uma indenização de mais de 5 milhões de reais contra Abdalla e, em julho, anexou ao processo mensagens de WhatsApp trocadas pelas esposas do piloto e co-piloto para tentar provar o envolvimento do bilionário.
Nas mensagens, uma das esposas diz à outra para que não fale com ninguém sobre o acidente porque o “patrão deles têm muita grana”.
Juca Abdalla, como é conhecido, alega no processos que o jato estava à venda e era usado gratuitamente por potenciais compradores como um test-drive e que as vítimas usaram a aeronave contratando uma equipe de vôo, no caso o piloto e o co-piloto, que nada tinham a ver com ele.
Mas as vítimas alegam que fretaram o jato de uma empresa, pegando 55 mil reais, e que o bilionário permitia o transporte irregular de passageiros já que não tem permissão de taxi-áereo.
Agora tentam ainda provar que os pilotos eram ligados ao bilionário. Juca Abdalla tem uma fortuna estimada em 12 bilhões de reais. Ele é um dos principais acionistas minoritários da Petrobras, possui 5% da Eletrobras e 10% da Cemig, entre outros negócios.
Via Veja.com
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