O Boeing 767-284/ER, prefixo CP-2659/988, da AeroSur, o "Sharko", no Aeroporto Internacional da Cidade do Méxixo (MEX/MMMX), em 31 de julho de 2010.
Foto: Juan Carlos Guerra - FlyAPM (Airliners.net)
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Este teste “blade out” é feito para simular uma das lâminas da turbina de um avião se soltando. Cargas explosivas soltam uma lâmina enquanto a turbina está em funcionamento. Isso pode ocorrer por causa da fatiga ou rachaduras ocultas em uma lâmina.
Apesar das lâminas serem extremamente resistentes, quando uma delas se solta ocorre uma reação em cadeia em que uma destrói a outra, o que é inevitável. O que é totalmente indesejável é um estilhaço de uma lâmina atingindo a fuselagem, penetrando na asa (onde fica o combustível) ou que a capota da turbina se solte. Este teste serve para o aprendizado na contenção da explosão.
As turbinas também são projetadas para não explodirem quando ‘atacadas’ por aves, mas para aguentarem o tranco não destruindo a aeronave. Elas também são projetadas para continuarem funcionando até um certo número de avés serem ingeridas e além deste limite desligarem em segurança.
O importante é lembrar que as turbinas nunca são frágeis ou delicadas ao ponto de serem seriamente danificadas por uma única ave de ossos pneumáticos e corpo leve.
Aqui está o que acontece quando a turbina é atingida por aves:
Abaixo, o vídeo de um homem que foi sugado pela turbina de um caça… e viveu para contar a história:
Fonte: Miguel Kramer (hypescience.com)
O nome é nobre: Antônio Carlos Jobim. Mas a reputação do Aeroporto Internacional do Rio, o quarto mais movimentado do país, tem tropeçado em escadas rolantes quebradas, esteiras paradas, elevadores enguiçados e instalações malconservadas. A quatro anos da Copa do Mundo e a seis das Olimpíadas, a principal porta de entrada da capital fluminense coleciona alcunhas como "rodoviária de quinta" ou "aeroforno" e suscita um debate sobre o atual modelo de gestão do terminal.
Embora a Infraero, estatal que administra 67 aeroportos, anuncie investimentos de R$ 687 milhões no Galeão entre 2011 e 2014 - que ficarão para o próximo governo - a plástica pode não ser suficiente para que o Tom Jobim decole. Na opinião de Elton Fernandes, professor da Coppe/UFRJ e presidente da Sociedade Brasileira de Pesquisa em Transporte Aéreo (SBTA), o grande problema do aeroporto, inaugurado em 1977 e ampliado em 1998, é a gestão:
- O Galeão é a joia da Coroa. Mas não está sendo bem gerenciado. A gestão dos aeroportos está sendo influenciada politicamente. A Infraero tem bons profissionais, mas eles ou não estão exercendo função de mando ou estão sem recursos para agir. Isso precisa ser revisto. Será que as pessoas estão lá por terem perfil adequado ou por serem afilhados políticos, amigos do rei, ou são mais apegados à cadeira do que ao objetivo da função? O transporte aéreo foi relegado a segundo plano, com a nomeação, em vários casos, de pessoas com bons relacionamentos políticos e pouco ou nenhum conhecimento de gestão - diz Elton Fernandes, que defende a abertura de capital da Infraero como forma de melhorar a gestão dos aeroportos.
Presidente da Firjan defende concessão do aeroporto
Para o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, os problemas de gestão no Galeão/Tom Jobim tornam o aeroporto uma vergonha nacional:
- A primeira impressão que o estrangeiro tem ao chegar é a de um país de vigésimo mundo.
Eduardo Eugenio é um dos que defendem a concessão do Galeão à iniciativa privada:
- O Estado não tem que explorar aeroporto. Isso é uma coisa que o setor privado faz com competência em vários lugares do mundo, liberando o Estado para investir em outros setores.
Embora a concessão dos aeroportos tenha sido cogitada pelo atual governo, devido ao calendário eleitoral, essa discussão deverá ficar para 2011.
Na tarde de quinta-feira, os problemas do Galeão podiam ser testemunhados sem esforço, ou quase. Das seis esteiras que ligam os terminais 1 e 2, duas estavam inoperantes. Nos dois terminais, havia escadas rolantes e elevadores parados.
Segundo a Infraero, as obras de revitalização, que incluem a conclusão do Terminal 2, a reforma do Terminal 1 e a recuperação de pistas e pátios, estão em andamento e devem ficar prontas até setembro de 2012. A construção de um edifício-garagem ainda está sendo licitada, já que o estacionamento subterrâneo não atende às normas de segurança para as Olimpíadas.
- O Galeão tem uma estrutura física que permite atender à demanda prevista para 2014 e 2016. Mas as obras terão de estar concluídas - diz Ronaldo Jenkins, diretor técnico do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea).
Pelos dados da Infraero, de 2003 a 2009 o número de passageiros no Galeão subiu 156%, de 4,6 milhões para 11,8 milhões. Mesmo assim, o aeroporto é considerado ocioso. Segundo o Boletim de Indicadores de Transporte Aéreo (BITA), este ano o número deve chegar a 13,4 milhões, ainda abaixo da capacidade (18 milhões). Em 2014, se forem feitas as obras previstas, serão 20,6 milhões, para uma capacidade de 26 milhões.
As falhas na gestão do aeroporto ficam claras nas tarefas mais simples. Como nas longas filas para pagamento da taxa mínima de R$ 6 nos estacionamentos. Na tarde de domingo passado, motoristas enfrentaram 40 minutos de espera para sair do estacionamento, praticamente uma viagem Rio-São Paulo. Na raiz do problema, o fato de existirem só quatro caixas abertos para atender a três andares. Apenas um funcionário orientava centenas de motoristas.
Outro problema que as obras da Infraero não vão resolver é a questão do acesso. Sem linhas de metrô ou trem ligando os terminais ao Centro, o Tom Jobim deixa o passageiro à mercê de serviços de ônibus e táxis de qualidade duvidosa.
- A acessibilidade é um dos pontos fracos do aeroporto. É preciso um ramal de metrô, um transporte público. E, para ter viabilidade, esse transporte teria de se estender à Ilha do Governador e à Cidade Universitária. O Aeroporto de Atenas foi construído para as Olimpíadas com trem e metrô - diz Elton Fernandes, autor de um estudo sobre as demandas dos aeroportos feito em parceria com o Snea.
Para as olimpíadas de 2016, a prefeitura do Rio prevê a construção de um Bus Rapid Transit (BRT) entre a Barra da Tijuca e o Tom Jobim. O projeto está em fase de licitação.
Fonte: Paulo Marqueiro (O Globo) - Foto: diariodorio.com
Instalada na margem direita da Avenida Claude Gonin, a Airbus decola com números superlativos. É uma das principais fabricantes de aeronaves comerciais e coloca nos céus o maior avião do mundo ainda em produção, o A380. No lado oposto da rodovia, a ATR é destaque mundial na construção de aeronaves para voos de curto e médio alcance (até mil quilômetros de distância), apropriadas para levar rotas aéreas a regiões ainda incipientes, como o interior do Rio Grande do Sul.
Vizinhas nas instalações, as duas empresas são parceiras. A Airbus pertence à European Aeronautic Defence and Space Company (EADS), proprietária de metade da ATR. Os 50% restantes pertencem à Alenia Aeronautica, uma empresa comandada pela Finmeccanica, especialista em aviação comercial e militar e em veículos aéreos não tripulados.
Essa parceria franco-italiana de gestão é reproduzida também no produto final, fazendo com que a linha de produção da ATR esteja espalhada por França e Itália, além da América do Norte. Os modelos começam a ser produzidos em partes. A fuselagem e a cauda, em Nápoles (Itália), seguindo de barco a Barcelona e de lá, por via terrestre, para Toulouse. As asas e as hélices, em Bordeaux e Figeac – ambas na França – respectivamente, transportadas em caminhões. E os motores, no Canadá, levados por via aérea.
Resta aos hangares erguidos em Toulouse abrigar a esteira de produção das aeronaves – em um ritmo mensal de finalização de cinco a seis unidades, em média. A convite da ATR, Zero Hora visitou na sexta-feira, 16 de julho, essa linha de montagem da companhia, que emprega cerca de 900 funcionários, 250 deles dedicados diretamente à produção dos chamados turboélices.
Depois que todas as partes ingressam pelos portões da propriedade da ATR à margem da Claude Gonin, é hora do encaixe das peças, como em um imenso quebra-cabeças. A fuselagem – já com a cauda e o trem de pouso fixados – fica suspensa por braços mecânicos para a colocação das asas. O objetivo dessa manobra é que o corpo da aeronave fique livre de qualquer peso ou pressão para o perfeito e equilibrado encaixe das asas.
O passo seguinte é a colocação, na parte frontal das asas, dos motores PW (Pratt & Whitney) canadenses, seguida da instalação das hélices Hamilton Sundstrand Ratier, de seis lâminas cada. São dois motores por aeronave. Todo esse trabalho é feito em um galpão específico, com altura aproximada de um prédio de cinco, seis andares.
Corpo encaixado, motores acoplados, é hora de rebocar o aparelho até outro galpão. É lá que será instalado o sistema elétrico (um emaranhado de fios conectados a equipamentos eletrônicos de alta precisão). No mesmo galpão, é feita a colocação de poltronas e acessórios internos e a customização dos turboélices (pintura externa e detalhes característicos de cada companhia aérea).
Concluído o serviço, é hora de tornar o sonho de voar realidade. Antes disso, porém, técnicos e engenheiros fazem uma bateria de testes, no solo, simulando situações de voo e conferindo a resposta dos equipamentos. Depois de 10 semanas na linha final de montagem, o avião está pronto para decolar.
Ao sair deste segundo hangar, a aeronave já ingressa no pátio do aeroporto de Toulouse (daí a necessidade de a companhia ter sua sede ao lado do terminal). Permissão concedida para decolagem, pilotos de teste observam o comportamento no ar para futuros ajustes de navegação. Um segundo voo confirma o resultado de eventuais modificações.
De volta ao pátio, é o momento de entrega da chave ao comprador (exatamente como acontece em uma concessionária de automóveis), que faz um voo de reconhecimento com um dos pilotos de sua companhia.
Tratava-se de uma mentira. Julian Assange (foto), o homem de cabelos brancos, não é um jornalista, tampouco foi à Islândia escrever sobre o vulcão cujas cinzas fecharam o tráfego aéreo na Europa por semanas. Naquela casa, em vez disso, a equipe conduziu o chamava de Projeto B. Decifrou o código que protegia um vídeo de 38 minutos, feito de um helicóptero militar americano, com o ataque a 18 pessoas no Iraque, inclusive dois jornalistas. As imagens vazaram para a internet em abril no site Wikileaks, espalhando grande controvérsia e desmoralizando um pouco mais a presença americana no país do Oriente Médio.
"Assange é um tipo de traficante internacional", escreveu sobre ele, logo depois, a revista New Yorker. "Ele e seus colegas coletam documentos e imagens que governos e outras instituições consideram confidenciais e publicam na web.
Em dois anos, o setor de aviação poderá se beneficiar de uma tecnologia bem conhecida dos motoristas de carros: o sistema flex. A inovação está em desenvolvimento na planta da Magneti Marelli, em Hortolândia, na Região Metropolitana de Campinas. O objetivo é baratear o custo de operação de pequenas aeronaves e reduzir a agressão ao meio ambiente. Com a solução, constituída de um kit de componentes que gerencia eletronicamente o motor, será possível abastecer com gasolina de aviação (AVGAS), etanol ou uma mistura dos dois combustíveis.
A iniciativa é pioneira no mundo, segundo o executivo responsável pelo projeto na Magneti Marelli, Eduardo Campos. Ele ressaltou que, hoje, é possível abastecer aeronaves de pequeno porte, dependendo do modelo, com um ou outro combustível. O desenvolvimento do sistema multicombustíveis para aeronaves é uma parceria entre a empresa, a Divisão de Propulsão Aeronáutica e o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE). O projeto foi apresentado, no Seminário sobre Fontes Renováveis de Energia na Aviação, em São José dos Campos, realizado pela Organização Brasileira para o Desenvolvimento da Certificação Aeronáutica (CTA-BR), no mês passado. O sistema não se aplica aos aviões de grande porte e jatos.
Engenheiro e gerente comercial da Divisão Powertrain da Magneti Marelli, Eduardo Campos, afirmou que o sistema tem o mesmo conceito do usado nos carros, porém a aplicação está sendo desenhada para as aeronaves de pequeno porte. Ele explicou que o motor desses aviões é a pistão, e o ciclo térmico é o mesmo dos veículos. O especialista comentou que o novo sistema trará evolução na composição dos equipamentos, que hoje ainda possuem carburadores e magnetos de ponto fixo de ignição. "As peças serão substituídas por um sistema de gerenciamento eletrônico que permitirá a escolha do tipo de combustível que vai no tanque da aeronave", disse.
Campos comentou que a gasolina de aviação tem componentes mais poluentes do que o etanol, e a possibilidade de escolha trará ganho econômico e ambiental. "O valor da hora de voo é muito elevado e será barateado com o novo sistema. O custo do litro do álcool é menor do que o da gasolina de aviação. Com o etanol há um ganho de performance, mas o consumo aumenta. No caso da gasolina, a autonomia é maior", comparou o especialista.
Diferença
O engenheiro e gerente comercial da Divisão Powertrain da Magneti Marelli salientou que a diferença na autonomia verificada na gasolina usada nos carros, que possui uma mistura de 25% de álcool anidro, a diferença com o combustível originado da cana de açúcar (álcool etílico) é de 25%. Na aviação geral, a variação estimada é de 15% a 20%. "A gasolina de aviação não tem a mistura do álcool. O sistema que está em desenvolvimento, e tem o suporte do CTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeronáutica) que possui o conhecimento dessa área, propiciará o uso de etanol, gasolina de aviação ou uma mistura em qualquer proporção dos dois combustíveis", ressaltou.
Ele acrescentou que para os pilotos e as empresas será ótimo. pois "Eles poderão reduzir os gastos e, dependendo do local onde estiverem, usar o combustível disponível ou escolher com qual deles irão abastecer o avião", comentou. O projeto começou há seis anos e está em fase de ensaios em campo de testes. "O sistema está em provas em equipamentos no chão. Não pretendemos queimar etapas. A estimativa do CTA é que até o final desse ano será possível realizar testes em voo. O projeto é viável e a projeção é que em dois anos ele poderá ser comercializado", afirmou.
De acordo com a empresa, o sistema flex para motores aeronáuticos será implantado inicialmente em um motor Lycoming 0-360 A1D, de fabricação americana, com potência 180 HP. Os ensaios de voo vão acontecer em uma aeronave AeroBoero 180. Campos destacou que três engenheiros do CTA participam do projeto e outros quatro são da multinacional italiana.
Comercialização
A Magneti Marelli vai produzir os componentes do sistema que serão vendidos por uma outra empresa certificada pelo CTA. "Nós iremos fabricar os componentes e o software de gerenciamento do sistema. Uma outra empresa indicada pelo CTA será a responsável pela venda dos produtos", explicou o executivo, que vislumbrou uma oportunidade de expansão do setor e também uma futura exportação da aplicação.
A frase
"O valor da hora de voo é muito elevado e será barateado com o novo sistema. O custo do litro do álcool é menor do que o da gasolina de aviação." - Eduardo Campos - Executivo da Magneti Marelli
Empresa faturou R$ 2,245 bi
A Magneti Marelli do Brasil faturou no ano passado R$ 2,245 bilhões. A companhia é uma das maiores fabricantes mundiais de componentes automotivos e veio para o País em 1978. A empresa tem cerca de 8 mil funcionários. A multinacional italiana produz sistemas de injeção eletrônica, amortecedores, faróis, painéis de instrumentos e escapamentos, atua também nos segmentos de telemática, navegadores GPS, lanternas, camisas de cilindro, sistemas de suspensão, pedaleiras e módulos e componentes plásticos e outros produtos. A empresa é detentora de marcas como Cofap, Kadron e Automotive Lighting. No Brasil, a Magneti Marelli tem 13 unidades produtivas e cinco centros de pesquisa e desenvolvimento que ficam em Minas Gerais (Contagem, Itaúna, Lavras) e São Paulo (Amparo, Hortolândia, Mauá, Santo André e São Bernardo). Ela possui ainda escritórios regionais de vendas em Curitiba, Goiânia, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo.
O número
R$ 2,2 bi foi o faturamento registrado pela Magneti Marelli no Brasil no ano passado.
Fonte: Adriana Leite (Agência Anhanguera) - Foto: curbe.com
O Airbus 321 caiu na quarta-feira em uma colina íngreme e recoberta de árvores nas cercanias da capital pouco antes do momento do pouso, após um voo oriundo de Karachi.
- Ele (o gravador) foi recuperado da cena, da cauda do avião - afirmou o Ministro do Interior, Rehman Malik, aos repórteres perto do local do acidente.
O Diretor Geral da Autoridade de Aviação Civil, Junaid Ameen, disse ao canal de TV Geo que tanto o gravador de voz da cabine quanto o gravador de dados de voo -a chamada caixa-preta- foram encontrados.
O nevoeiro denso e a chuva são considerados as razões mais prováveis do pior acidente aeronáutico em solo paquistanês.
Entretanto, a companhia estatal PIA sofreu acidentes piores. Em 1979 e 1992, jatos da empresa caíram em Jeddah, na Arábia Saudita, e em Katmandu, no Nepal, matando 156 e 167 pessoas, respectivamente.
Dentro do Paquistão, o último grande acidente ocorreu em 2006, quando um avião da PIA caiu perto da cidade central de Multan fazendo 45 vítimas fatais.
Fonte: Reuters via O Globo