O Complexo Técnico-Científico de Aviação de Taganrog (Beriev) está em negociações sobre o fornecimento à China de 17 aeronaves anfíbias ligeiras Beriev Be-103 e sobre a produção desse avião na China.
A China é hoje o mercado mais atraente para os fabricantes de aviões e helicópteros ligeiros. Desde 2010, lá está sendo introduzido neste país um novo sistema de controle do espaço aéreo, que permite voos a altitudes inferiores a 1.000 metros sem permissões prévias.
A necessidade de tais permissões é o principal obstáculo para o desenvolvimento da aviação ligeira e de negócios chinesa. Entretanto, há uma demanda considerável na aviação de negócios: segundo dados da Forbes, a China ocupa o segundo lugar no mundo em número de bilionários. Além disso, a introdução de um regime liberal de voos a baixas altitudes vai facilitar o uso de aviões e helicópteros na aviação de polícia, de bombeiros e de resgate.
Nos últimos anos, foi assinada uma série de contratos para construir fábricas de montagem na China para a aviação ligeira. A famosa empresa Cessna, por exemplo, ainda em 2009 lançou a produção de aviões ligeiros Cessna 162 em Shenyang.
Os fabricantes russos, naturalmente, também têm planos para o mercado chinês. A empresa Beriev é um dos poucos fabricantes de hidroaviões no mundo. O principal produto da empresa é o maior avião anfíbio do mundo, o Be-200. Durante uma recente mostra de aeronaves em Gelendzhik (costa do Mar Negro), o avião Be-200ES-E estabeleceu 26 recordes mundiais. No caso de começar o fornecimento maciço do Be-103 para a China, seu único concorrente será o avião anfíbio chinês fabricado pela Corporação Industrial Aeronáutica Shijiazhuang. Mas, em condições da crescente demanda por aeronaves ligeiras, a presença no mercado de dois modelos não vai causar problemas, mas apenas melhorar a posição dos consumidores.
Fonte: Rádio Voz da Rússia - Fotos via richard-seaman.com