Policiais militares prenderam Dailan de Oliveira Boliner, de 24 anos, que é acusado de aplicar golpes em mais de 30 pessoas. Ele foi perseguido por três vítimas após ser localizado na casa noturna Anauê em Cuiabá. Eles correram atrás do suspeito e o espancaram. Ao tentar fugir, Dailan caiu num buraco, sendo detido por PMs que o levaram para o Plantão Metropolitano da Capital.
Ele oferecia as pessoas vagas de trabalho numa companhia aérea com salário de R$ 1,5 mil, cuja contratação seria por indicação. Para tanto, as pessoas deveriam pagar uma taxa de R$ 290 e fazer exames médicos numa clínica no centro da Capital. O acusado não tem vínculo nenhum com a empresa.
A detenção ocorreu ontem de madrugada, por volta das 3h. Os policiais descobriram que Dailan está com a prisão preventiva decretada pelo crime de estelionato.
O golpe, que teria rendido quase R$ 9 mil, ocorreu há duas semanas e foi descoberto porque ele marcou e não compareceu a uma reunião, num posto de combustível, na Avenida Palmiro Paes de Barros. O encontro era para definir os dias em que o curso de qualificação para a função seria realizado em Campinas (SP).
Uma das vítimas, uma operadora de caixa, chegou a pedir demissão da empresa e ainda teve um prejuízo maior, pois comprou um notebook, por exigência do golpista, pois teria um trabalho interno e um salário maior. Segundo as vítimas, elas tiveram a certeza de que caíram no golpe ao procurar a empresa de linhas aéreas. No local, foram informados de que não havia tal funcionário e tampouco as vagas citadas para Cuiabá ou outra cidade.
Conforme três vítimas que procuraram a Polícia, o golpista alegou que a empresa aérea tinha aberto 30 vagas para Cuiabá e não era necessária experiência. Bastava tirar cópias da documentação, pagar a taxa de R$ 290 e fazer os exames médicos. A próxima etapa era uma reunião para definir o curso.
A operadora de caixa, por sua vez, recebeu uma ligação do estelionatário, que disse haver uma vaga de secretária. Para tanto, precisava comprar um notebook que seria enviado para São Paulo para ser formatado com os programas da empresa, vindo inclusive com senha de acesso.
“A garota então comprou o notebook a prestação em nome do padrasto. Entregou o computador e depois perdeu contato com o estelionatário”, explicou um policial plantonista. Ao descobrir que tinham sido enganadas as pessoas então, tentaram localizá-las, mas o trabalho foi em vão.
“Então, vimos que ele estava na boate e tentou fugir da gente. Cercamos o cara que tentou fugir, mas foi localizado”, explicou uma das vítimas. Ele seria liberado, mas os policiais descobriram que está com a prisão preventiva decretada.
Fonte: O Documento