sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Revistas minuciosas testam a paciência de passageiros nos EUA

Passageiros enfrentam longas filas no Aeroporto Internacional de Los Angeles

Ao chegar ao aeroporto internacional O'Hare, em Chicago, na quarta-feira, o passageiro Dennis Weyrauch descreveu duas horas de espera e escrutínio no aeroporto de Amsterdã antes da decolagem de seu voo; como aconteceu com todos os passageiros do avião, sua bagagem de mão foi revistada metodicamente, o conteúdo dos vidros de seu kit de higiene pessoal foi averiguado e ele passou por revista corporal.

"Foi bastante completo. Um processo longo. Parecia uma revista policial", disse Weyrauch, 53 anos, advogado em Eagle, Idaho. "Para dizer a verdade, me pareceu exagero. Não me senti mais protegido devido a essas medidas de segurança, e fiquei imaginando, do ponto de vista prático, por quanto tempo eles poderão manter esse nível de atenção".

Em aeroportos de todos os Estados Unidos, quase duas semanas depois de um atentado terrorista frustrado em um voo para Detroit, dezenas de viajantes relataram experiências notavelmente diferentes em termos de medidas de segurança. Nos voos domésticos, muita gente viu pouca novidade, além da presença reforçada de cães policiais nos terminais dos aeroportos e, em certos casos, revistas e verificações de bagagem de mão aleatórias.

Para as pessoas que embarcaram em voos internacionais rumo aos Estados Unidos, as mudanças foram muito mais pronunciadas. As filas eram longas, verificações triplas e até quádruplas foram conduzidas, documentos foram esquadrinhados e quase todos revelam terem sido revistados.

"Se o processo fosse assim o tempo todo", disse Weyrauch sobre o tempo perdido, "eu reconsideraria a frequência das minhas viagens". As pessoas pareciam em sua maioria pacientes e compreensivas quanto aos esforços adicionais de segurança, mas havia alguns passageiros exasperados, confusos e - na maioria dos casos - atrasados.

Ao contrário do restante do país, as filas para a revista de passageiros estavam curtas no aeroporto de Denver, no dia 6 de janeiro

No aeroporto internacional Newark Liberty, Leroy Cowell desembarcou com um dia inteiro de atraso. Uma verificação de segurança na Jamaica causou o atraso inicial de seu avião, e depois uma verificação adicional de segurança de duas horas, em Miami, o fez perder sua conexão. O presente que estava trazendo para a mãe, dois peixes fritos, estragou.

"Isso pode manter as pessoas mais seguras, mas envolve revistas demais, demora demais", disse Cowell, 38 anos. "O procedimento é demorado demais". As companhias aéreas afirmam que ainda é cedo para determinar se as pessoas mudarão seus padrões de viagem aérea, mas os dados sobre os 10 dias posteriores ao incidente no dia do Natal mostram incidência mais elevada de atrasos e de voos cancelados em alguns dos maiores aeroportos dos Estados Unidos e do exterior, ante os números para o mesmo período dois anos antes.

Alguns aeroportos foram atingidos por tempestades de neve, mas dados da FlightStats, uma empresa que compila estatísticas sobre aeroportos e linhas aéreas, também sugerem que as medidas reforçadas de segurança podem ter impacto forte sobre os atrasos.

Os viajantes que estavam embarcando na quarta-feira, enquanto isso, se declaravam ainda incertos quanto ao que esperar nos aeroportos, a despeito do número de dias transcorrido desde o ataque frustrado e dos esforços reforçados, mas inconsistentes, de segurança adotados pela Administração da Segurança nos Transportes (TSA), uma agência federal. Alguns passageiros domésticos se viram selecionados aleatoriamente para revistas corporais em aeroportos de cidades como Wichita, Kansas, mas a maioria não passou por essa experiência.

E outras aparentes contradições também se revelaram. Susannah Kassmer disse que foi instruída a remover o instrumento musical que toca, uma espécie de gaita de foles, do estojo de transporte, e a provar seu propósito, antes de ser autorizada a embarcar em um voo de Dusseldorf a Newark. Mas Anthony Aguirre, outro passageiro, disse que foi revistado antes de embarcar em seu voo no O'Hare, mas que os seguranças haviam ignorado uma garrafa contendo um martini de chocolate que ele transportava no bolso traseiro de suas calças largas.

No exterior, especialmente, revistas corporais se tornaram o padrão, mesmo para os passageiros de países que não constam da lista de 14 nações que os Estados Unidos selecionaram para fiscalização adicional. Mas ainda assim os passageiros descreveram versões muito diferenciadas - de procedimentos completos, desajeitados mas invasivos, que incluíam revista de partes íntimas, a uma revista rápida por tato.

"Os seguranças pareciam mais desconfortáveis ao revistar as pessoas dessa maneira do que as pessoas se sentiam ao serem revistadas", disse Caritha Curti, que viajou com a filha de Tóquio a Newark, e em seguida a Boston. "Imaginei que, se eu realmente tivesse algo de escondido, eles não teriam notado".

Na quarta-feira, um funcionário da TSA confirmou que a agência havia solicitado às companhias aéreas que alterassem a forma de revista nos voos destinados aos Estados Unidos. O funcionário não descreveu a norma exata, mencionando questões de segurança, mas disse que as linhas aéreas de todo o mundo haviam sido solicitadas a realizar "revista corporal completa", e que o pedido era mais abrangente do que havia sido o caso no passado.

"Não podemos falar sobre a forma de nossas buscas corporais", disse o funcionário, que não tem autorização para comentar o protocolo e pediu que seu nome não fosse mencionado. "Mas posso confirmar que o método que temos em vigor agora é mais rigoroso que o aplicado antes, em termos internacionais".

Vincent Gesquiere, que voltou para casa, em Atlanta, de Bruxelas, na quarta-feira, disse que os seguranças haviam pedido que abrisse o cinto e alertado que "revistaremos partes muito próximas das áreas privadas de seu corpo", contou o passageiro. Ele disse não ter considerado o processo incômodo, e que se sentiu mais seguro devido ao nível reforçado de cautela.

Em dezenas de entrevistas em todo o país, os atrasos, as longas filas e a perda de voos é que pareciam mais perturbadores, no momento.

No aeroporto internacional Kennedy, em Nova York, Anthony Baker disse que havia conseguido passar sem problemas pelas regras excepcionalmente rigorosas adotadas em um voo oriundo de Dubai - revista corporal completa e proibição ao transporte de bagagens de mão. Mas no Kennedy, Baker, professor de Direito na Carolina de Norte, perdeu seu voo matinal de conexão para o aeroporto internacional de Raleigh-Durham, devido à demora na revista de sua bagagem.

Na tarde da quarta-feira, ele ainda estava no aeroporto a espera de um novo voo. Disse que embora se sentisse frustrado, não estava indignado. "Não é o fim do mundo", ele disse, com um livro nas mãos e um jogo de paciência ao seu lado no banco.

Anthony Baker, na Carolina do Norte, passou boa parte da última quarta-feira no aeroporto JFK, em Nova York

Alguns passageiros afirmaram que a incerteza quanto ao que esperar os havia deixado igualmente inseguros sobre como se sentirão caso precisem voar novamente nos próximos meses.

Nick Winter, 46 anos, administrador artístico da Orquestra Sinfônica de Chicago, voou para Chicago vindo de Londres, na quarta-feira, em meio a uma tempestade de neve. Devido à tempestade, ele diz que não sabia quando precisava sair para o aeroporto, com que antecedência deveria chegar para o embarque devido às novas medidas de segurança, e que por alguns instantes se deixou deprimir pelo incômodo da situação.

"Quando as pessoas descobrirem como os novos sistemas funcionam, se acostumarão a eles", disse. "Mas confesso que pensei se realmente preciso passar por todo esse incômodo".

Passageiros estrangeiros passam por revista minuciosa no Aeroporto Internacional de Los Angeles

Fonte: Monica Davey (The New York Times) via Terra - Tradução: Paulo Migliacci ME - Fotos: The New York Times

Helicóptero controlado por iPhone é diversão na CES 2010

Imagine-se usando o seu celular para controlar um pequeno avião que lembra um helicóptero, já que consegue voar em qualquer direção. Seria um brinquedo fantástico, não? Pois ele existe e foi criado pela francesa Parrot. O AR.Drone foi uma das sensações da CES Unveiled, uma prévia da feira realizada no Hotel Venetian, em Las Vegas. A demonstração do pequeno aeromodelo na sala lotada de jornalistas causou furor.

Controlado por um aplicativo que pode ser baixado para o iPhone e iPod Touch, o AR.Drone é um brinquedo de gente grande que vai agradar a qualquer um que goste de aeromodelismo. Para mover o helicóptero (ou quadricóptero), basta usar o acelerômetro do celular da Apple. Ele responde aos comandos de toque com bastante rapidez.

Com suas quatro hélices e protetores de espuma para evitar acidentes mais graves, o aparelho tem um design bastante futurista. Mas o melhor é que ele também tem duas câmeras que transmitem ao vivo para o celular tudo que acontece. O aeromodelo poderá ser usado para games com realidade aumentada, já que ele usa a rede Wi-Fi, e inclusive em 'duelos' de um AR.Drone contra o outro. Batalhas áreas à vista! Entretanto, a empresa não forneceu detalhes como preço ou data de lançamento.

A Parrot é uma empresa conhecida por fabricar diversos aparelhos Bluetooth, como fones para celulares e também caixas de som. Ao que tudo indica, eles também pretendem invadir o mundo dos brinquedos ultra-avançados. Um vídeo com o AR.Drone pode ser visto no atalho http://tinyurl.com/ygwpskw.

Fonte: Sérgio Miranda (Geek/Terra)

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Regras testam paciência a bordo

Quem está com viagem marcada para os Estados Unidos neste verão vai precisar de doses extras de paciência. Depois da prisão do nigeriano Umar Farouk Abdulmutallab, 23 anos, com explosivos durante voo da empresa Northwest Airlines que ia de Amsterdã, na Holanda, para Detroit, no Estados Unidos, no dia 25, o esquema de segurança em aeroportos norte-americanos e europeus foi intensificado, tanto na revista de passageiros nos aeroportos quanto nos procedimentos dentro da aeronave.

O Transportation Security Administration, órgão norte-americano que regulamenta a segurança dos transportes, determinou que as bagagens de mão passem a ser revistadas pelos funcionários da empresa aérea antes do embarque e todos os passageiros sejam submetidos à revista com bastão detector de metais. Nos Estados Unidos, cães farejadores também têm sido utilizados para identificar explosivos e produtos tóxicos nas bagagens. As restrições formaram longas filas em aeroportos americanos e europeus, além de atrasos.

No Brasil, as companhias também reforçaram os procedimentos de segurança, principalmente em voos com destino aos Estados Unidos. E o desconforto não se restringe apenas aos aeroportos. A bordo da aeronave, o viajante também terá de obedecer a uma série de restrições.

Pelas novas regras, quando faltar uma hora para o avião aterrissar, os passageiros devem permanecer em seus assentos. Ninguém pode usar cobertor ou travesseiro, mexer na bagagem de mão ou ir ao banheiro. E enquanto a aeronave sobrevoar o espaço aéreo norte-americano, a tripulação não poderá informar os passageiros sobre a trajetória do voo nem sobre sua posição em relação às cidades.

Dia 25, Abdulmutallab ficou 20 minutos no banheiro do avião. Quando voltou ao seu assento, cobriu-se com um cobertor. Em seguida, os passageiros perceberam cheiro de queimado e viram a perna da calça do nigeriano e a parede do avião pegando fogo. A rede terrorista Al-Qaeda assumiu a responsabilidade pela tentativa frustrada do nigeriano de explodir uma bomba dentro da aeronave.

PAÍSES NON GRATOS

Domingo, os Estados Unidos anunciaram reforço do controle sobre passageiros procedentes de países considerados patrocinadores do terrorismo "ou de qualquer outro país envolvido".

O TSA não precisa que países integram a lista, mas Cuba, Irã, Sudão e Síria são os quatro Estados que figuram na relação dos patrocinadores do terrorismo internacional. Ao todo, a medida incluiria 14 países, entre eles Afeganistão, Líbia, Nigéria, Paquistão, Somália e Iêmen.

Quem vier destas nações será submetido a "revista pessoal completa" e terá as malas inspecionadas manualmente. Detectores de explosivos e tecnologia avançada de imagem também deverão ser utilizados no controle de bagagens e passageiros.

Fonte: Heloísa Cestari (Diário do Grande ABC - com Agências)

Com 481 aviões comerciais entregues, Boeing cumpre objetivos em 2009

A fabricante Boeing entregou 481 aviões comerciais em 2009, de acordo com seus objetivos, informou nesta quinta-feira a firma americana em nota à imprensa.

A empresa, com sede em Seattle, esperava fornecer entre 480 e 485 aeronaves comerciais no ano passado. Das 481 aeronaves entregues, 372 foram do modelo 737 Next-Generation.

Jim Albaugh, presidente e executivo-chefe da divisão de aviões comerciais, disse que o ano passado foi "repleto de desafios", mas também "de conquistas emocionantes" para a firma e a indústria aeronáutica.

A Boeing tem 3.375 pedidos de aviões comerciais pendentes de entrega.

A fabricante realizou o primeiro voo de teste do 787 Dreamliner em 15 de dezembro, e deve realizar a primeira entrega do modelo no quarto trimestre deste ano.

A empresa americana anunciará seus resultados anuais no próximo dia 27, quando também divulgará as previsões de entrega de aviões comerciais para este ano.

Fonte: EFE via EPA

Proposta que abre a possibilidade de militares sofrerem processos terá de ser detalhada a parlamentares

O início de crise no governo em função da criação da Comissão Nacional da Verdade vai parar no Congresso. Na primeira semana de fevereiro, a Frente Parlamentar de Defesa Nacional vai convocar, em três audiências seguidas, os ministros da Defesa, Nelson Jobim, da Justiça, Tarso Genro, e Paulo Vannuchi, da Secretaria Especial dos Direitos Humanos. A ideia é que eles expliquem as divergências entre as três pastas, causadas pela intenção de alterar a Lei da Anistia. A comissão abre a possibilidade de que casos de repressão durante a ditadura sejam investigados e seus autores, processados, medida que não agrada aos militares.

O anúncio da criação da Comissão Nacional da Verdade ocorreu no fim do ano passado, quando Vannuchi apresentou o Plano Nacional dos Direitos Humanos. Um dos principais pontos da comissão, que seria interministerial, reside na possibilidade de haver investigações sobre fatos ocorridos durante a ditadura. Vannuchi propôs a alteração da legislação de 1979(1), que anistiou militares e militantes da esquerda. O fato irritou os comandantes e Jobim, que ameaçaram deixar os cargos caso o plano fosse adiante com esse texto. No início do ano, Vannuchi tentou esclarecer o episódio, ressaltando que apenas pequenos grupos que participaram da repressão seriam atingidos e não as Forças Armadas.

“O governo tem no colo um grande problema”, afirma o deputado Raul Jungmann (PPS-PE), presidente da Frente Parlamentar de Defesa Nacional. Segundo ele, é necessário convocar todos os ministros para esclarecer o assunto. “Ninguém é capaz de prever até onde irá a crise, e nem mesmo de dizer do que se trata a Comissão Nacional da Verdade”, acrescenta o parlamentar, ressaltando que o governo pode ter obstáculos para aprovar a criação da comissão no Congresso. Jungmann também pediu explicações sobre a proposta à Casa Civil e à Presidência da República.

Dois lados

Na terça-feira (5/1), os militares da reserva manifestaram apoio a Jobim e aos chefes das três Forças Armadas. Em nota, os clubes Naval, Militar e da Aeronáutica — que reúnem os oficiais reformados — protestam contra a Comissão Nacional da Verdade. Segundo o presidente do Clube Militar, general Gilberto Figueiredo, alguns dos itens propostos pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos para a comissão estavam fora do que havia sido acordado. “Negociaram uma coisa e apareceu outra”, afirma o general. “Não pretendemos proteger torturadores, o que queremos é que a lei seja cumprida. Se quiserem investigar, que investiguem os dois lados”, acrescentou Figueiredo.

O mesmo tom usado pelo general é empregado na nota, que chama de revanchismo a intenção de alterar a Lei da Anistia. “Se quiserem de forma efetiva e justa reviver a verdade desse passado, terão que examinar não só os atos praticados pelos militares da época, mas também os dos militantes que protagonizaram cenas cruéis de terrorismo, sequestros, assassinatos, assaltos, crimes hoje classificados como hediondos e dos quais alguns dos autores se vangloriam”, diz o comunicado. “Ao segundo grupo (militantes de esquerda) têm sido oferecidas compensações morais, políticas e financeiras. Contra os primeiros (militares), predominam preconceitos e sentimentos políticos de vingança não disfarçada.”

1 - Ampla e geral

A lei da anistia (nº 6.683) foi promulgada pelo presidente João Figueiredo, o último do regime militar. O principal artigo é o seguinte: “É concedida anistia a todos quantos, no período compreendido entre 2 de setembro de 1961 e 15 de agosto de 1979, cometeram crimes políticos, eleitorais ou conexos, aos que tiveram direitos políticos suspensos e aos servidores públicos, militares, dirigentes e representantes sindicais punidos com fundamento em atos institucionais e complementares”.


Para saber mais

Polícias vigiadas

Além das propostas polêmicas, como a investigação de crimes cometidos na ditadura com a criação da Comissão Nacional da Verdade, o Plano Nacional dos Direitos Humanos tem outros pontos importantes listados entre as 500 ações voltadas contra violações no Brasil. Entre eles está a divulgação trimestral da relação de pessoas mortas pelas polícias Federal e Rodoviária Federal e Força Nacional de Segurança, corporações da área de segurança da União. O governo quer que todos os interrogatórios realizados sejam filmados, como ocorre em alguns países.

As propostas também incluem a possibilidade de o governo apoiar projetos que regulamentam a taxação de grandes fortunas e a união civil entre pessoas do mesmo sexo. O governo, segundo as diretrizes do plano, pretende, ainda, incentivar a criação de institutos de pesquisas e ouvidorias nas polícias estaduais. Muitas das medidas têm que passar pelo Congresso, principalmente quando se trata de projetos de lei.

Fonte: Edson Luiz (Correio Braziliense)

'O barato às vezes sai caro', diz Amorim sobre caças

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, reafirmou hoje, em Paris, que a decisão sobre a aeronave vencedora da concorrência FX-2 será política, ainda que leve em consideração o parecer técnico elaborado pela Força Aérea Brasileira (FAB). Em referência indireta ao Gripen NG - ainda que sem citar nomes da empresas -, o chanceler afirmou: "O barato às vezes sai caro". Durante sua agenda na capital francesa, o ministro tratou do tema com o conselheiro diplomático do Palácio do Eliseu, Jean-David Levitte.

Amorim esteve em Paris para participar do seminário Novo Mundo, Novo Capitalismo, promovido pelo governo da França e realizado na Escola Militar. Antes de se apresentar, o chanceler ouviu múltiplos afagos do presidente francês, Nicolas Sarkozy, ao Brasil. Ao se pronunciar, fez uma análise da crise econômica e da reforma do sistema financeiro, tema do colóquio.

Na sua saída, entretanto, o ministro falou à imprensa sobre a polêmica envolvendo a licitação FX-2 e, em especial, sobre os aviões Rafale, fabricados pela francesa Dassault e classificados por um relatório da Força Aérea Brasileira (FAB) como terceira e última opção, na concorrência com o sueco Saab Gripen NG e com o norte-americano Boeing F/A-18 Super Hornet.

Amorim reforçou a autonomia de que dispõe o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para decidir o vencedor, mesmo que leve em consideração o relatório da FAB. "Caberá ao presidente, que lidera o País politicamente, tomar a decisão, levando em conta todos os dados, técnicos e outros". A seguir, sem citar nomes de companhias ou de aeronaves, o chanceler ponderou: "As vezes os técnicos dão uma impressão que vai num sentido e muitas vezes o barato sai caro".

O argumento foi um contraponto indireto à opinião da Aeronáutica, cujo relatório avaliou que um dos fatores que deveriam levar o Gripen NG à vitória na concorrência seria o preço. A Saab promete fornecer dois jatos pelo preço de um Rafale. "É claro que os dados técnicos também são importantes, mas outras considerações também são importantes", ressaltou. "Não estou diminuindo o valor do trabalho feito (pela FAB), nem estou dizendo que ele é o único fator."

Fonte: Andrei Netto (Agência Estado) - Foto: AFP

Por pressão do Planalto, relatório da FAB não terá ranking de caças

Versão final de parecer a ser entregue para Jobim fica sem 'hierarquização' que indicava preferência pelo Gripen

O relatório técnico que o Comando da Aeronáutica apresentará ao ministro da Defesa, Nelson Jobim, com a avaliação dos modelos de caças para a renovação da frota da Força Aérea Brasileira (FAB), não vai conter uma "hierarquização" das propostas internacionais. A FAB iria recomendar o Gripen NG, da empresa sueca Saab, mas foi pressionada pelo governo e não entrará no mérito de qual a melhor opção para o projeto FX-2, que prevê a compra de 36 caças.

A versão final do relatório já havia sido "reexaminada", para cortar do texto o ranking das propostas, quando o documento foi publicado pelo jornal Folha de S. Paulo. O novo texto deverá ser apresentado a Jobim na próxima semana. O vazamento foi interpretado pelo Palácio do Planalto como uma derradeira tentativa da Aeronáutica de constranger o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a optar pelo caça sueco, o mais barato entre os três concorrentes.

ÚLTIMO LUGAR

Seria, na prática, a última cartada para desbancar a França. Motivo: Lula já manifestou diversas vezes sua preferência pelo caça francês Rafale, da empresa Dassault. Na versão preliminar do documento produzido pelo Comando da Aeronáutica, porém, o Rafale ficou em terceiro e último lugar, por ser considerado mais caro e com custo de operação mais alto. O modelo F-18 Super Hornet, da norte-americana Boeing, ocupava a segunda posição.

"Depois que foi apresentado esse primeiro balanço, foi tudo revisado", disse ao Estado um importante auxiliar de Lula. Ele negou, porém, que o presidente ou mesmo Jobim tenham obrigado a FAB a mudar de posição. "A situação é muito complexa e os relatórios são técnicos. Não dá para comparar equipamentos diferentes assim, até porque um dos modelos ainda é um projeto", completou o assessor do Planalto, numa referência ao Gripen.

Jobim está de férias e não quis comentar o assunto. Tanto ele como Lula, no entanto, ficaram extremamente contrariados com a divulgação das conclusões do documento da Aeronáutica.

DECISÃO POLÍTICA

Para o governo, essa polêmica já estava superada porque existe uma decisão política pró-Rafale. Esse compromisso foi explicitado durante visita ao Brasil do presidente da França, Nicolas Sarkozy, em setembro. Naquela ocasião, foi divulgado um comunicado conjunto no qual o Brasil sinalizava a intenção de comprar o avião francês. Em carta de próprio punho, Sarkozy se comprometeu a reduzir o preço do Rafale e a fazer uma "transferência irrestrita" de tecnologia na fabricação do caça.

Menos de um mês depois, porém, brigadeiros da Aeronáutica procuraram integrantes da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara. Disseram que o sueco Gripen seria o mais adequado para a renovação da frota da FAB pela relação custo-benefício. Não foi só: expuseram com todas as letras os pontos fracos da proposta francesa.

Pelos números apresentados à época, o custo de operação do Gripen seria de US$ 4,5 mil por hora/voo; o do F-18, de US$ 10 mil; e o do Rafale, US$ 16 mil.

"SAIA JUSTA"

"A decisão sobre a compra dos caças vai muito além dos preços", afirmou o presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP). "O que está em jogo é se vale a pena ou não fortalecer a parceria com a França, que é estratégica para o Brasil. Eu avalio que sim."

Para o deputado Raul Jungmann (PPS-PE), Lula ficaria numa "saia justa" se fosse mantido o relatório do Comando da Aeronáutica listando o Gripen como o melhor caça. "A hierarquização estreita muito a margem de manobra do presidente", disse Jungmann, que comanda a Frente Parlamentar da Defesa Nacional. "Há espaço para a decisão política se aliar à solução técnica, sem criar problemas para o presidente."

Fonte: Vera Rosa e Eugênia Lopes (Estadão)

Favorito da FAB, caça da Saab não voou e existe só no papel

O vazamento do informe técnico da Comissão Coordenadora do Programa Aeronaves de Combate (Copac) expôs claramente que a preferência pelo avião Gripen NG, da sueca Saab , se deu através de uma comparação míope, segundo fontes do setor. Isso porque o quesito com maior peso nessa escolha - o preço do jato - leva em conta apenas o valor do avião, enquanto os preços do Rafale, da francesa Dassault, e do F/A-18 Super Hornet, da americana Boeing, abrangem tanto a aeronave quanto o armamento.

Este é o motivo pelo qual o Gripen NG aparece como sendo equivalente à metade do valor do jato francês (que custaria US$ 70 milhões, enquanto o americano sairia por US$ 55 milhões). Pilotos da Força Aérea Brasileira e alguns brigadeiros, que dão preferência ao jato da Boeing, dizem que a proposta sueca "é honesta, mas de alto risco". O problema básico é o de que o avião da Saab existe apenas no papel. Ainda não voou. Não há sequer um protótipo pronto. Os outros dois jatos já operam há anos.

Outro detalhe intriga o Palácio do Planalto, que se inclina mais para o avião francês : o fato de que nem o próprio governo da Suécia se comprometeu a comprar o jato da Saab:

- Se ele é tão bom, por que não compram logo? - perguntou um funcionário federal que acompanha a licitação.

Um terceiro fator comprometeria a oferta sueca: tanto o motor quanto o software utilizados no Gripen NG são made in USA. Ou seja: ao optar por esse avião, o Brasil teria de pedir autorização de transferência de tecnologia aos EUA. A proposta americana tem como principal isca a oferta de a Embraer vir a fabricar as asas e a fuselagem do F/A-18 Super Hornet. Além disso, a Boeing abriria à indústria brasileira o acesso à sua linha completa de produtos (caças, helicópteros e satélites).

A França, por sua vez, prometeu uma transferência irrestrita de tecnologia do Rafale. E, além disso, se dispõe a transmitir os segredos de fabricação de mísseis, permitindo ao Brasil produzir o armamento a ser utilizado no caça.

Fonte: José Meirelles Passos (O Globo)

Aeronáutica se recusará a mexer em relatório que recomenda a compra de caças suecos

O comando da Aeronáutica não aceitará modificar a conclusão do relatório da concorrência do programa FX-2 para excluir a classificação que colocou em primeiro lugar o caça sueco gripen ng, da saab . O ministro da Defesa, Nelson Jobim, prefere a proposta do governo da frança e tenta negociar com a FAB um texto que não seja tão taxativo. Apesar de insistir em manter o resultado de sua avaliação técnica, a Aeronáutica está disposta a acatar a opção política do governo, que pode levar à compra do francês Rafale.

Mas a FAB não quer transformar seu relatório em peça apenas consultiva. Avalia que a decisão sempre foi do presidente. Os três países concorrentes sabem disso e fizeram seus lobbies. O relatório da FAB foi concluído em outubro e não foi oficialmente entregue à Defesa.

Para analisar as propostas dos três consórcios que disputam o negócio - além dos franceses e dos suecos, os Estados Unidos também participam da concorrência -, a FAB avaliou seis quesitos. Deu maior importância para as propostas de logística, técnica e de custo operacional, cada uma com 20% de peso na avaliação final.

A Aeronáutica pressiona o governo usando argumentos financeiros, porque os caças voarão por 30 anos a partir de 2014, atravessando sete mandatos presidenciais. Entre os concorrentes, o preço mais alto seria o do Rafale. A França prometeu uma melhora significativa no preço. Ainda assim, o Rafale ficou em último lugar, atrás do F/A-18 da Boeing.

Os demais quesitos avaliados pela FAB foram a transferência de tecnologia e risco (15%), as contrapartidas comerciais (15%) e o gerenciamento do programa (10%). O governo solicitou o cancelamento desses diferentes pesos, cruciais para a pontuação final, o que abriria margem interpretativa sobre quem foi o vencedor.

Amorim: "Não é decisão exclusivamente militar"

Em Genebra, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse que será política a decisão final sobre a compra dos 36 caças . Segundo o ministro, a definição será dada pelo presidente Lula e por Jobim.

- Vamos levar em conta as questões técnicas, mas a decisão final cabe ao ministro da Defesa e ao presidente da República. Não é uma decisão exclusivamente militar. É uma decisão política - afirmou o chanceler, em entrevista ao lado do ministro de Negócios da Palestina, Riad Al-Maki.

A Saab e a Dassault declararam que aguardam a notificação da FAB e a decisão final do governo. A Boeing, em nota, destacou que sua proposta não apresenta riscos em seu cronograma de entrega e na cotação de preços - uma crítica indireta, também já lançada pelos franceses, de que o Gripen NG é um protótipo e pode sofrer atrasos na entrega e acréscimos de preço.

O governo só pretende retomar o assunto a partir da próxima segunda-feira. O Congresso já começa se mobilizar.

- Não tenho dúvida de que a oposição vai explorar essa suposta contradição entre o parecer técnico e a escolha política. Mas o fato é que os três caças são adequados para o país, e a França garante a transferência de tecnologia, ponto fundamental para o Estado - disse o petista João Pedro (AM), da comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado.

Para o presidente da comissão, Eduardo Azeredo (PSDB-MG), Lula precisa decidir logo.

- O posicionamento da FAB deve ter o maior peso. O governo já fez o estrago com sua precipitação política. O que não se pode mais é postergar a decisão. A compra precisa ser feita.

Fonte: Leila Suwwan (O Globo)

As melhores companhias aéreas na opinião dos passageiros

Usuários elegem as melhores empresas em pontualidade, atendimento, serviço de bordo, cuidados com a bagagem, conforto da aeronave e outros itens

Lançado em maio de 2009, o Espaço do Passageiro é um portal de serviços da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) que permite aos passageiros avaliar a qualidade dos serviços das companhias aéreas nacionais e estrangeiras que operam no Brasil. Os consumidores devem dar notas de 1 a 10 para 11 diferentes quesitos. Até 31 de dezembro de 2009, a companhia doméstica melhor avaliada pelos passageiros foi a OceanAir, que recebeu 301 avaliações e estava com nota média 7,50. O quesito em que ela foi melhor avaliada é o de Serviço de Bordo, com nota 8,03, e o pior Atendimento de Reclamações, com 7,03. A segunda colocada no ranking foi a Trip, com nota média de 7,33 e 240 avaliações de passageiros. Sua melhor nota foi também em Serviço de Bordo (7,65) e a pior em Atendimento de Reclamações (6,94).

Entre as empresas internacionais, a mais bem avaliada foi a colombiana Avianca, com nota média 8,29. Sua melhor nota foi em Pontualidade (8,92) e a pior foi em Atendimento na Sala de Embarque (7,72). A segunda colocada no ranking internacional foi a norte-americana Delta Airlines, com nota média 6,97, tendo a melhor pontuação em Atendimento a Necessidades Especiais (7,84) e a pior em Cuidados com a Bagagem (6,42).

O Espaço do Passageiro funciona em tempo real, por isso, se o visitante entrar agora na página poderá ver alguma evolução dessa votação e encontrar notas diferentes. Na página é possível ver a avaliação de todas as companhias aéreas. Até o fim de 2009, o serviço registrou mais de 2,1 mil passageiros cadastrados e cerca de 3,2 mil avaliações de companhias aéreas.

Fonte: revistapegn.globo.com

Aeroporto de Joinville: a liberação está bem perto

MAIS VOOS NO AEROPORTO DE JOINVILLE

Até o final de semana, o Aeroporto de Joinville deve encaminhar solicitação para o uso de toda a pista


Militar da Aeronáutica faz medições na pista do Aeroporto de Joinville. Dados serão usados para analisar viabilidade de instalação do ILS. o equipamento que facilita as operações de pouso

A liberação total dos 1.640 metros de pista do Aeroporto Lauro Carneiro de Loyola está mais perto de ocorrer. A superintendência regional da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), em Joinville, vai encaminhar o pedido, nesta semana, ao Centro Integrado de Defesa e Controle do Espaço Aéreo (Cindacta 2). A restrição ainda existe em um trecho de 240 metros na cabeceira 15, no lado do rio Cubatão, e para operações em dias chuvosos.

De acordo com a superintendência do terminal, mais algumas árvores tiveram de ser cortadas à pedido do órgão para que a liberação aconteça. A expectativa é que até o final da semana a operação seja concluída. Em seguida, a Infraero vai enviar fotos que comprovam a ação e a pista poderá ser finalmente liberada.

No final de setembro, a Aeronáutica proibiu as operações à noite e durante tempo chuvoso. O resultado imediato foi a suspensão de quatro dos 12 voos que chegam e partem diariamente. A liberação parcial da pista, que garantiu a volta dos voos noturnos, foi conseguida no final de novembro, após vistoria feita pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e da Aeronáutica.

Uma nova vistoria, para liberar totalmente a pista, foi feita no dia 22. Só técnicos da agência estiveram na cidade para conferir a situação. Militares ligados ao Cindacta não compareceram por problemas de agenda.

Desde ontem, os técnicos do Instituto de Cartografia da Aeronáutica (ICA) estão fazendo medições no entorno do aeroporto para verificar a necessidade de instalação de um ILS (sistema de pouso por instrumento, na sigla em inglês). O equipamento facilita os pousos quando o tempo está chuvoso ou há muita neblina.

Os estudos cartográficos vão se estender até sábado e serão decisivos para a instalação do aparelho que custa cerca de R$ 2,1 milhões. No Estado, só existe um equipamento, que está instalado no Aeroporto Hercílio Luz, de Florianópolis.

PRÓXIMOS PASSOS

- O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) vai emitir laudo constatando a necessidade do instrumento.

- A instalação do ILS é de responsabilidade do Decea.

- O dinheiro poderá vir de doações privadas, dinheiro federal, estadual ou municipal.

- O cronograma de instalação depende das respostas do Decea após a visita programada ao Aeroporto Lauro Carneiro de Loyola.

Fonte: A Notícia

Pai do "menino do balão" diz que episódio não foi uma farsa

O americano que se declarou culpado por armar o falso alarme de que seu filho de seis anos estava a bordo de um balão desgovernado em outubro diz agora que o episódio não foi uma farsa.

Richard Heene, um aspirante a participar de um reality show e cientista amador, disse ao apresentador da CNN Larry King Live que realmente acreditava que seu filho Falcon estava no balão quando avisou as autoridades. Ele disse que confessou à Justiça ser culpado pela acusação de falsa comunicação às autoridades para proteger a sua esposa japonesa, Mayumi, que enfrentaria a deportação se fosse condenada por um crime mais grave.

Ele foi sentenciado a 90 dias de prisão em 23 de dezembro e começará a cumprir a pena na próxima segunda-feira. Mayumi Heene se declarou culpada de um delito de comunicação de um pedido falso de emergência e foi condenada a 20 dias de prisão.

Ambos admitiram ser culpados de enganar as autoridades e prestar informações falsas à polícia, em um golpe publicitário que visava promover um reality show.

Em face dessa circunstância, o juiz também impôs condições que impedem que Heene se beneficie com a farsa durante os próximos quatro anos.

Voo

A atenção mundial se voltou para os Hennes no dia 15 de outubro, quando foi divulgada a suspeita que o menino Falcon, de apenas seis anos, estivesse a 2.000 metros de altura em um balão caseiro que o pai mantinha nos fundos de casa. O balão foi perseguido ao longo de cem quilômetros no Colorado, sendo acompanhado ao vivo por inúmeras emissoras de TV.

Cerca de cinco horas depois, Falcon apareceu são e salvo no sótão da garagem de sua casa, onde, segundo a família, esteve o tempo todo. Segundo a versão da família, ele tinha desaparecido depois de levar uma bronca de seu pai. Quando soltaram o balão, o filho mais velho, Bradford, afirmou que o menino estava lá dentro.

A busca pelo menino mobilizou os serviços de emergência e as autoridades de aviação, chegando a interromper as operações no aeroporto de Denver.

As primeiras suspeitas de farsa surgiram depois que, durante uma entrevista da família Heene a um canal de TV, Falcon foi questionado por seu pai por que não respondia quando era chamado e afirmou: "Você disse que fizemos isso para um programa".

De acordo com o xerife, os três filhos do casal sabiam da armação, mas não seriam indiciados por causa da idade. O filho mais velho tem dez anos.




Fonte: Folha Online (com Associated Press) - Foto: Reprodução/TV

Equador quer declaração oficial sobre fechamento da companhia aérea espanhola Air Comet

QUITO QUER DECLARAÇÃO DA UNASUL SOBRE FECHAMENTO DE EMPRESA

A Secretaria Nacional do Migrante do Equador divulgou ontem um comunicado no qual garantiu que a chancelaria do país pedirá à União das Nações Sul-Americanas (Unasul) que se pronuncie oficialmente sobre o fechamento da companhia aérea espanhola Air Comet.

"[A Chancelaria equatoriana] estabelecerá ações para que, no âmbito da Unasul, seja emitido um pronunciamento oficial, já que milhares de latino-americanos são afetados", informou a entidade.

De acordo com a secretaria, o Conselho Nacional de Aviação Civil do Equador advertiu o Ministério do Fomento espanhol sobre a situação da Air Comet, mas nenhuma providência foi tomada.

Autoridades do Equador, país que exerce a presidência rotativa da Unasul, formaram um comitê para reforçar as "ações diplomáticas" e exigir que a Espanha assuma os compromissos da empresa de forma "rápida e efetiva".

Por sua vez, a secretária de Transporte da Espanha, Concepción Gutiérrez, já declarou que o governo do país se apresentará como credor da Air Comet e abrirá um processo contra a empresa por não cumprimento de suas obrigações contratuais com os passageiros.

A companhia suspendeu as suas atividades no dia 22 de dezembro e não pagava seus 650 funcionários há vários meses. Desde então, já ocorreram protestos no Equador, no Peru e na Espanha, que contaram com a presença de passageiros e trabalhadores da empresa.

Fonte: ANSA

TAP nega discriminação e diz que em 2007 pagou prêmios a 37 funcionárias grávidas

A TAP negou hoje que tenha discriminado funcionárias grávidas na atribuição de prémios de desempenho, afirmando que no ano de 2007 atribuiu estes prémios a 37 mulheres que gozaram licenças de parto mas que não estiveram ausentes do trabalho mais de seis meses.

O Acordo de Empresa da TAP estipula que ficam excluídos de receber eventuais prémios os funcionários que no ano em causa “tenham tido absentismo e/ou suspensão do contrato com duração (acumulada) igual ou superior a cinco meses”.

O jornal 'i' noticiou hoje que a operadora aérea portuguesa não pagou os prémios de desempenho a uma dezena de funcionárias que estiveram de baixa por maternidade em 2007, uma decisão que a Comissão para a Igualdade classifica como 'discriminação', mas que mereceu a concordância do gabinete do primeiro-ministro.

“A empresa defendeu que, como as 10 empregadas estiveram ausentes, não cumpriram os mínimos de trabalho para ter prémios, justificando a decisão com o Acordo de Empresa (AE). Porém, um parecer da Comissão para a Igualdade no Trabalho e Emprego (CITE) rotulou a decisão de ‘discriminação’”, escreve o jornal.

Numa nota enviada hoje às redacções, a TAP esclareceu que 'nas co ndições de atribuição do prémio, da exclusiva responsabilidade da empresa, foram respeitados os dispositivos legais e contratuais aplicáveis'.

Por outro lado, a companhia escreve que 'não tomou qualquer iniciativa contra as sua trabalhadoras grávidas', sublinhando que 'todas as que estiveram ao serviço em período com a duração referida, receberam o referido prémio'.

Questionado pela Lusa, o porta-voz da transportadora especificou que em 2007 receberam prémios de desempenho 37 mulheres que gozaram licença de parto nesse ano, mas cuja ausência ao trabalho não ultrapassou os cinco meses previstos no Acordo de Empresa. Também nesse ano outras 10 funcionárias grávidas não receberam o prémio de desempenho porque ultrapassaram esse limite.

O jornal 'i', que ouviu vários constitucionalistas sobre a questão, escreve que a decisão da TAP contraria também acordos de Bruxelas que estipulam que 'a exclusão dos períodos de protecção da mãe dos períodos de trabalho, para efeitos da concessão de uma gratificação que visasse remunerar retroactivamente o trabalho cumprido, constituiria uma discriminação do trabalho do sexo feminino'.

Já os constitucionalistas ouvidos estão divididos quanto à legitimidade da medida.

Fonte: Agência Lusa via Correio do Minho (Portugal)

Aeroporto de Maringá (PR): R$ 3 milhões para ampliar o pátio

O incremento na demanda de passageiros em 2009 deflagrou a construção de um novo pátio para acolher aeronaves. A obra que começa no final de janeiro, vai aumentar em 13 mil m2 o espaço e consumir R$ 3 milhões.

A ampliação equivale a 50% da área destinada para a aviação comercial e poderá abrigar três aeronaves do porte de um Boeing 737 ou dois Boeings 747. O pátio existente acomoda sete 737.

“Vamos ampliar a capacidade para receber mais aeronaves porque a demanda aumentou substancialmente no último ano”, disse Marcos Valêncio, superintendente do Aeroporto Regional de Maringá.

O dinheiro para o investimento é proveniente do Programa Federal de Auxílio dos Aeroportos (Profaa), com contrapartida do governo do Paraná. Os 747 de cargas terão que esperar um pouco mais para operar no aeroporto, devido à sua carga máxima ser de 385 toneladas.

A pista e o pátio atual têm capacidade para aviões de até 138 toneladas. Para receber aviões mais pesados, os 2,1 mil metros de pista terão a espessura, de concreto e asfalto, de 45 centímetros (ou 76 de Pavement Classification Number - PCN). Hoje, o piso da pista tem a metade da espessura exigida para aeronaves maiores.

Além da remodelação da pista, outros 1,5 mil metros serão acrescidos, totalizando 3,6 mil metros para pousos e decolagens. Esse investimento, segundo o superintendente, será da ordem de R$ 50 milhões quando tudo estiver concluído, incluindo sinalização de solo e equipamentos para orientação de pousos e decolagens. “Essas remodelações e ampliações serão feitas por etapas, não havendo prazos”, ressalvou.

Valêncio explicou que, atualmente, o aeroporto tem recebido uma demanda de 32 operações (pousos e decolagens) diárias da aviação comercial. Segundo ele, de segunda-feira a quinta-feira, os voos que chegam e saem do aeroporto têm uma ocupação média de 70% de passageiros. “Nas sextas-feiras, os aviões estão quase 100% lotados”.

Taxistas

Os taxistas do aeroporto também detectaram o aumento no movimento. “Quando entrou a Pantanal e a Azul aumentou em 35% o volume de passageiros”, disse Valdir Minucelli, responsável pelo Ponto de Táxi do Aeroporto. Segundo ele, 14 táxis trabalham no local. Segundo ele, não é necessário aumentar o número de táxis.

Fonte: O Diário Maringá

410 mil pessoas no Aeroporto Pinto Martins (CE)

MOVIMENTAÇÃO EM DEZEMBRO

Somente durante o mês de dezembro, 410 mil pessoas embarcaram e desembarcaram no Pinto Martins


O desempenho do turismo cearense nesta alta estação já pode ser considerado positivo caso seja levado em consideração a movimentação de passageiros no Aeroporto Internacional Pinto Martins. Apenas durante o mês de dezembro, 410.000 pessoas realizaram operações de embarque e desembarque no local, um incremento de 16% com relação à movimentação no mês anterior, que foi de 344.190. Esses dados colaboraram para que o terminal fechasse o ano com fluxo acima de 4 milhões de passageiros.

O número é superior em cerca de 25% à capacidade máxima anual do Pinto Martins, que é de 3 milhões; e em 15% à movimentação de passageiros durante todo o ano de 2008, de 3,4 milhões.

Essa elevação no número de embarques e desembarques pode ser observada a partir das grandes filas formadas nas filas de check-in das companhias aéreas do terminal.

Apesar do fluxo excedente, a Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária) informou que as operações em dezembro foram realizadas dentro da normalidade, apresentando índice de pontualidade que chega a quase 100%.

Para sanar possíveis problemas que a grande quantidade de passageiros pode acarretar nas operações do aeroporto, está sendo elaborado o projeto de ampliação e reforma do local, cuja capacidade será elevada para 8 milhões de pessoas ao ano. O empreendimento contará ainda com a criação de mais mil vagas de estacionamento, já que o espaço comporta apenas 900 veículos.

Fonte: Diário do Nordeste

Aeroporto de Maringá (PR): poucos banheiros e cadeiras

Quem viaja de avião deve estar no aeroporto uma hora antes do horário de embarque. Em Maringá, as poucas opções de gastronomia, a ausência de salas de espera reservadas e até os banheiros – poucos e pequenos – são apontados por passageiros como deficiências do prédio.

No corredor em frente ao check-in, apenas 12 cadeiras estofadas estão disponíveis para passageiros e acompanhantes. As duas torneiras do banheiro feminino do térreo esguicham água quando acionadas, molhando as mãos e o que mais estiver perto da usuária. Em um deles faltam ganchos para pendurar bolsas.

Ontem, em particular, o odor era pouco agradável e havia papéis pelo chão. A situação do banheiro chamou a atenção da médica Andréa Ricci, de Paraíso do Norte, que embarca todo mês com destino a Porto Alegre para aulas de especialização. “Estava estranho, nem papel tinha”, diz ela. De volta a Maringá no voo que chega no início da madrugada, Andréa sente falta de uma lanchonete aberta. “Não tem jeito de comprar nem um refrigerante”.

Compromissos profissionais obrigam o advogado curitibano Pedro da Rocha Júnior a voar para Maringá com frequência. Para ele, que sempre carrega um livro nas viagens, se ressente da ausência de uma sala de espera reservada.

“O saguão é muito grande e contínuo. Mesmo sem querer, o barulho atrapalha”. Rocha inclui a pouca oferta de voos entre os itens que impedem a satisfação total com o aeroporto, mas reconhece que “é bem melhor que os de Londrina e Cascavel”.

A aposentada Olga Batista, que tem parentes em Maringá, gostaria que o aeroporto oferecesse uma área de espera ao ar livre. “Lá fora é tão bonito. Deveria haver um lugar tranquilo, sem barulho, para ler uma revista e deixar o tempo passar”, sugere. A reclamação sobre a ausência do painel interno que informa as condições dos voos foi unânime entre os passageiros ouvidos pela reportagem. “Todo aeroporto tem, por que aqui não?”, questiona Olga.

Explicações

Marcos Valêncio, superintendente do aeroporto, esclarece que o Sistema de Informações de Voos (Sivs) exige um software específico. A versão do sistema utilizada pela Infraero em 67 aeroportos do País chegou a ser instalada em Maringá, mas não permaneceu.

De acordo com ele, será aberta uma licitação ainda este ano para a compra de um sistema que se adeque às necessidades do aeroporto maringaense. O Sivs local também vai alimentar a página eletrônica do aeroporto, até o momento fora do ar.

Valêncio também revela que a reforma dos banheiros, que ganharão ar-condicionado, deve ser concluída no primeiro semestre. “O aeroporto opera em apenas um quarto da área prevista no projeto inicial. O que vai determinar o ritmo das adequações é o aumento da demanda”, afirma.

Fonte: Juliana Daibert (O Diário Maringá) - Foto: aeroportomaringa.com.br

Terceira pista do Afonso Pena (PR) ainda é um sonho

Aeroporto Afonso Pena: local pode se tornar um “gargalo” na Copa do Mundo

O antigo projeto de construção de uma terceira pista para o Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, ainda tem um longo caminho a ser percorrido.

Depois de uma exaustiva reunião de mais de três horas ontem à tarde no aeroporto, a conclusão é que vai ter que se começar praticamente do zero, mesmo com todas as discussões dos últimos 13 anos sobre o assunto. De recurso para a obra, até agora, também não há nada garantido.

Os técnicos envolvidos perceberam que muito do que já tinha sido feito está desatualizado, porque o projeto não teve continuidade. “Tem que começar, de novo, desde o primeiro passo, não tem outro jeito de continuar”, desabafou o coordenador do Grupo de Trabalho do Afonso Pena, Walmor Weiss. Novos estudos ambientais também precisam ser feitos, segundo o técnico.

Hoje acontece mais uma reunião técnica, desta vez com representantes da prefeitura de São José dos Pinhais, para discutir a desapropriação de casas que estão na área onde a terceira pista foi inicialmente planejada.

“Estima-se que haja cerca de 200 casas em uma área que não chega a ser grande, foram alguns pedaços ocupados, mas que compromete a largura da nova pista”, disse Weiss. O projeto é para uma pista de 3.400 metros de comprimento e de 150 a 200 metros de largura. A atual pista tem apenas 2.200 metros de comprimento.

Somente com a atual pista a região perde na capacidade de importação e exportação, já que o tamanho das aeronaves e as cargas transportadas têm que ser menores.

“Temos um aeroporto internacional só de nome, porque a pista é regional”, critica Weiss. Aviões maiores, por consequência, não podem descer no Afonso Pena totalmente carregados, o que implica em uma menor arrecadação.

Para que o projeto possa finalmente começar a tomar forma, Weiss opina que é preciso muita vontade política. E, talvez, esse ano eleitoral possa contribuir para a vinda de recursos necessários para a construção da pista. “É um tabuleiro de xadrez e cada um tem que assumir suas obrigações, seja governo, seja Infraero”, afirma Weiss.

Inicialmente, chegou a ser previsto no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a ampliação da pista principal, cuja conclusão da obra estava prevista para o ano passado. Nada saiu do papel.

Aumento de passageiros

Enquanto a pista não sai, o movimento de passageiros no Afonso Pena cresceu nos últimos meses de 2009, o que pode contribuir para o andamento da obra. Outubro apresentou movimento recorde de passageiros, que foi 48% maior em relação ao mesmo mês em 2008, sendo 511.481 os passageiros que embarcaram e desembarcaram no terminal, o número mais alto em um mês em toda a história do Afonso Pena.

Pousos e decolagens tiveram um acréscimo de 17% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Na semana que antecedeu o Natal, a movimentação foi 21% maior que em 2008.

Fonte: Luciana Cristo (Paraná Online) - Foto: Ciciro Back

Aéreas low cost Jetstar e AirAsia anunciam aliança

Movimentação na indústria aérea asiática de baixo custo. A Jetstar, joint venture entre a Westbrook Investments Pte Ltd (Cingapura) e a Qantas Airways (Austrália), e a AirAsia, da Malásia, anunciaram hoje a formação de uma nova aliança que, entre outros pontos, quer oferecer tarifas mais baixas ao mercado e ampliar a participação no mercado em que atuam – Ásia e a Oceania.

O CEO da Qantas Airways, Alan Joyce, o CEO da Jetstar, Bruce Buchanan, e o CEO do AirAsia Group, Datuk Seri Tony Fernandes, finalizaram hoje o acordo em Sydney, na Austrália.

Fonte: Portal Panrotas

Promotoria de Honduras pede detenção de cúpulas das Forças Armadas

O Ministério Público (MP) de Honduras pediu ontem à Suprema Corte de Justiça que emita uma ordem de prisão contra a cúpula das Forças Armadas por ter expulso do país, em 28 de junho de 2009, o presidente deposto Manuel Zelaya.

O promotor contra a corrupção, Henry Salgado, confirmou a jornalistas que apresentou ao Supremo um "requerimento" contra a Junta de Comandantes das Forças Armadas, liderada pelo chefe do Estado-Maior Conjunto, general Romeo Vázquez, e integrada por outros cinco oficiais.

Salgado disse que pediu à mais alta instância da Justiça hondurenha que decrete a prisão dos militares e abra um processo contra eles.

O promotor explicou que recorreu ao Supremo porque o caso envolve "altos funcionários" do Estado que incorreram em crimes de abuso de autoridade e expatriação.

Apresentada a denúncia, Suprema Corte vai nomear para o caso um de seus 15 juízes, acrescentou Salgado.

O general Vázquez, que visita a localidade de San Pedro Sula, disse à imprensa de ainda não tomou conhecimento da ação do MP, mas que está disposto a se apresentar à Justiça.

"Ainda não tenho a informação. Vamos tratar de investigar", mas "qualquer que seja a situação (...) vamos nos submeter à Justiça hondurenha se necessário, porque somos homens da lei", afirmou.

Os outros membros da Junta de Comandantes são o subchefe do Estado-Maior, general Venancio Cervantes; os chefes do Exército, general Miguel Ángel García Padgett; da Aeronáutica, general Luis Javier Prince; e da Marinha, contra-almirante Juan Pablo Rodríguez, além do inspetor-geral das Forças Armadas, general Carlos Cuéllar.

Fonte: EFE via G1

Uberaba tenta atrair escala de voo entre São Paulo e Goiânia

A Infraero em Uberaba tem uma nova rota na mira para aumentar o leque de opções de viagens para os uberabenses em 2010. O projeto consiste em tentar atrair um voo de Goiânia para cá.

Segundo João Itacir Gottfried Freitas, superintendente da Infraero na cidade, já foram mantidos diálogos com representantes de companhias aéreas para atrair uma que opere a rota Goiânia/São Paulo e aceite fazer uma parada em Uberaba. Atualmente, a Gol e a TAM têm oito voos diários ligando as capitais goiana e paulista, mas nenhuma utiliza Uberaba como escala, mas sim Uberlândia.

Ainda de acordo com o superintendente da Infraero local, a TAM já manifestou o interesse em fazer esta escala no município, mas a concorrência de Uberlândia dificulta. “A proximidade com esta cidade nos afeta e as duas empresas optam, atualmente, pelo município vizinho. No entanto, não desistimos deste plano e vamos concentrar esforços nele neste ano”, revela.

João Itacir informa que tem, constantemente, “levantado dados importantes e divulgado junto às companhias aéreas, as boas condições físicas do Aeroporto Mário de Almeida Franco”. Além disso, também conforme o superintendente da Infraero, recentemente foram feitas visitas a estas empresas que operam entre Goiânia e SP, além de outras como a Azul, para intensificar a campanha em busca da nova rota. “Entregamos documentos para análises e continuaremos fazendo isso para conseguir atingir este objetivo”, completa.

Para isso, João Itacir aposta nas qualidades do aeroporto local e as reforça. “Temos pista e pátio confiáveis, grandes e seguros, terminal que atende às necessidades de passageiros e companhias, enfim, estrutura capaz para receber este voo”, completa.

Fonte: Jornal da Manhã - Foto: BAZAGA

França aumenta lista de risco

Intenção é estabelecer entre 20 e 30 o número de nações que terão maior atenção em relação à segurança

O ministro de Interior da França, Brice Hortefeux, afirmou, em entrevista publicada na edição de ontem do jornal Le Figaro, que quer elevar para “20 ou 30” o número de países cujos cidadãos enfrentarão medidas de seguranças mais rígidas nos aeroportos. Atualmente, a lista francesa de países “de risco” tem sete nações – Afeganistão, Algéria, Iêmen, Irã, Mali, Paquistão e Síria.

“Hoje, há sete. Mas certamente precisamos elevar isso para 20 ou 30”, disse Hortefeux, sem especificar quais nações poderiam ser acrescentadas. “Isso não significa que sejam governos que apoiam o terrorismo, mas, às vezes, eles não têm meios para combatê-lo, no caso de Mali.” “A ameaça existe em nosso território também”, completou.

Liderados pelos EUA, diversos países anunciaram, nas últimas semanas, maiores regras de segurança em aeroportos, face o ataque frustrado a um voo comercial que ia para a cidade de Detroit, no dia de Natal. Na ação, o nigeriano Umar Farouk Abdulmutallab, de 23 anos, conseguiu embarcar, em Amsterdã, na Holanda, com explosivos. Quando tentava acioná-los, o nigeriano acabou contido por outros passageiros, o que impediu que ele explodisse a aeronave, que levava 300 pessoas.

Devido ao ataque, o Le Figaro especula que a Nigéria – país de origem do jovem – poderia ser incluída na lista francesa. Os próprios EUA avaliam incluir a Nigéria em sua lista, o que gera protestos raivosos das autoridades daquele país.

Conforme a França, com o aumento da lista de “risco”, a ideia é de que esses passageiros informem as autoridades com antecedência sobre seus planos de viagem e sejam obrigados a fornecer detalhes pessoais no momento da compra do bilhete, ao invés de fazê-lo no check-in. Assim, haveria mais tempo para averiguar suspeitas.

Depois, em entrevista a uma rádio, o ministro confirmou ainda que a França também estuda a possibilidade de instalar, em seus principais aeroportos, escâneres corporais, a exemplo do que já foi anunciado por Reino Unido e Holanda. A Itália também avalia a possibilidade de usar as máquinas nos terminais de Roma e de Milão.

Os escâneres corporais provocam polêmica na Europa devido ao entendimento de que eles invadem a privacidade dos passageiros, cujos corpos aparecem nus para operadores dessas máquinas e quem mais observar os monitores. Na própria França, a ideia foi descartada em 2008, devido a essas preocupações. Desde o ataque frustrado de Natal, no entanto, o alerta de segurança está elevado. Nos EUA, na Califórnia, um aeroporto foi fechado devido a um pote de mel.

Iêmen anuncia captura de três supostos membros da Al-Qaeda

Forças de segurança do Iêmen prenderam três supostos membros de uma célula da rede terrorista Al-Qaeda, informou ontem o Ministério do Interior. Os Estados Unidos afirmaram anteriormente que a Al-Qaeda no Iêmen esteve vinculada a um plano contra a embaixada norte-americana e outras sedes diplomáticas no país.

As prisões foram as mais recentes em uma escalada das forças oficiais contra a presença da rede no Iêmen. As embaixadas dos EUA e da Grã-Bretanha em Sanaa fecharam durante dois dias nesta semana, por causa de ameaças de que a Al-Qaeda planejava ataques. Outras representações ocidentais também tomaram medidas de precaução, deixando de atender ao público ou limitando o acesso.

As duas missões diplomáticas reabriram na terça-feira, após os EUA informarem que uma operação de forças de segurança iemenitas contra uma célula da Al-Qaeda no Nordeste da capital, um dia antes, resolveu o problema.

Nesses confrontos, as forças iemenitas atacaram um grupo de combatentes que se movimentava pela região de Arhab. As tropas buscavam capturar o suposto líder da Al-Qaeda na área, Mohammed Ahmed al-Hanaq, e um familiar dele, Nazeeh al-Hanaq, segundo o ministério.

Os dois escaparam, mas outros dois combatentes que estavam com eles foram mortos e vários outros ficaram feridos. Na terça-feira, forças de segurança capturaram três dos milicianos feridos quando eles eram tratados em um hospital em Reyda, uma região a Nordeste da capital. Também foram presos quatro suspeitos de transportar os milicianos ao hospital e escondê-los ali.

Não foi informada a identidade dos capturados. O governo do Iêmen anunciou algumas vitórias recentes contra a Al-Qaeda, em um sinal da fúria das autoridades ante insinuações de que o Estado local é demasiado débil para enfrentar os extremistas. O ministro do Exterior do Iêmen, Abubakr Al-Qirbi, disse ontem que seu país se opõe a qualquer intervenção direta de tropas dos EUA ou de outro país em sua luta contra a rede terrorista.

Os EUA têm elevado sua ajuda de contraterrorismo ao Iêmen em uma intensiva campanha para destruir posições da Al-Qaeda no país, que, segundo Washington, tornou-se uma ameaça “global”. Militares norte-americanos já treinaram forças iemenitas para combate e a cooperação em assuntos de inteligência aumentou. Al-Qirbi disse que o governo iemenita saúda mais treinamento militar, “mas não qualquer outro tipo de atividade”.

Embaixador argelino critica medidas de segurança norte-americanas

O embaixador da Argélia em Washington, Abdellah Baali, reclamou que as novas medidas de segurança dos Estados Unidos para passageiros de companhias aéreas provenientes de alguns países - incluindo o seu - são discriminatórias. A Administração de Segurança de Transporte dos Estados Unidos ordenou que as empresas façam revistas de corpo inteiro em viajantes provenientes de 14 países, dentre eles a Argélia.

O embaixador escreveu em um artigo publicado ontem no jornal Al Watan que os EUA “têm o direito de proteger seus cidadãos”. Mas chamou a medida de discriminatória contra os argelinos, “que não representam risco particular aos norte-americanos”. O texto foi a primeira reação oficial argelina às medidas adotadas pelos EUA depois da tentativa frustrada de um nigeriano de detonar explosivos em um avião com destino a Detroit.

Fonte: JornaldoComercio.com - Imagens: Wikimedia

Nigeriano que tentou explodir avião é indiciado por seis crimes

Abdulmutallab já encontra-se preso; crimes dos quais é acusado incluem tentativa de assassinato

Foto distribuída pelo Exército dos EUA; nigeriano receberá voz de prisão nesta-sexta feira

O nigeriano Umar Farouk Abdulmutallab foi indiciado nesta quarta-feira, 06, pela justiça americana, por tentar explodir um avião que ia de Amsterdã a Detroit no dia 25 de dezembro. A tentativa expôs sérias falhas na segurança e inteligência dos Estados Unidos.

Abdulmutallab responderá por seis crimes, incluindo tentativa de explosão, de assassinato dos outros 289 passageiros e da tripulação do avião, e de usar uma arma de destruição em massa. Estes crimes podem levá-lo a prisão perpétua, informou o secretário de Justiça norte-americano, Eric Holder.

A bomba escondida em sua roupa continha o explosivo tetranitrato de pentaeritritol (PETN) e triperóxido de triacetona (TATP),entre outros ingredientes, e foi construída para Abdulmutallab detoná-la na hora em que escolhesse, segundo a acusação.

Uma voz de prisão foi agendada para esta sexta-feira, 08, em um tribunal de Detroit. O nigeriano já encontra-se sob custódia em uma prisão federal em Michigan. Nesta segunda, uma mensagem foi deixada com sua advogada, Miriam Siefer, para solicitar seus comentários a respeito.

Após o incidente que ocorreu no Natal, o presidente Barack Obama fez duras críticas aos sistemas de inteligência e segurança norte-americanos nesta terça-feira, 04. Obama afirmou que que a inteligência norte-americana tinha informações suficientes para ter detectado e "potencialmente desarticulado" a tentativa de explosão de Abdulmutallab.

O presidente já havia anunciado novas medidas de segurança anteriormente. Entre elas, já está em vigor o maior controle de passageiros que passam ou partem de uma lista de 14 países que incluem Cuba, Irã, Sudão e Síria, a qual os Estados Unidos consideram patrocinadores do terrorismo, além de outros dez países - incluindo o Iêmen, onde Abdulmutallab teria recebido treinamento, e a Nigéria, país pelo qual o nigeriano passou em sua viagem para Detroit.

Todos os aeroportos mundiais reforçaram seus sistemas de segurança após a tentativa de explosão do dia 25 de dezembro.

Fonte: Jeremy Pelofsky (Agência Estado) - Foto: AP/EFE

Beijo de adeus provocou alerta de segurança em aeroporto dos EUA

Nesta imagem, de domingo (3) reirada do vídeo de vigilância do aeroporto pela Transportation Security Administration, um casal, visto dentro da área de destaque, entra em seguida em uma área de segurança do Aeroporto Internacional Newark Liberty aproveitando-se da ausência de um guarda

O alerta de segurança que fechou o aeroporto de Newark por horas e atrasou dezenas de voos foi provocado por um homem que passou pela área de segurança para dar um beijo de adeus em uma mulher, relatou um jornal nesta quinta-feira.

A falha no Newark Liberty International Airport, um dos três grandes aeroportos que servem a região de Nova York, abalou as autoridades de segurança e da indústria da aviação porque aconteceu logo depois do atentado a bomba frustrado em um avião que seguia para Detroit, nos EUA, no dia do Natal.

Uma imagem do incidente em Newark mostra o homem beijando uma mulher no posto de segurança C-1 antes de ela passar pelo scanner, disse o jornal Star-Ledger de Nova Jersey, citando funcionários da segurança não identificados, que teriam visto o vídeo.

O homem, que não era um passageiro, passa pelo local onde um agente da Administração de Segurança no Transporte (TSA, na sigla em inglês) deveria estar para se aproximar da mulher, disse o jornal.

A mulher, então, segura uma corda que separa a área da segurança para que o homem passe por baixo dela, e os dois andam de mãos dadas em direção à área de embarque antes de saírem de vista, divulgou o jornal.

O homem deixou o aeroporto e não foi identificado. O funcionário da TSA que trabalhava na área foi afastado.

Um dos aviões sequestrados nos ataques de 11 de setembro de 2001 decolou do aeroporto de Newark. A aeronave caiu num campo da Pensilvânia.

Veja o vídeo:



Fonte: Daniel Trotta (Reuters) via O Globo - Foto: AP/TSA

Agente de aeroporto é suspenso após falha que gerou caos em N.Jersey

A Administração para a Segurança no Transporte dos Estados Unidos (TSA) assumiu ontem a responsabilidade pelo caos gerado no domingo passado no aeroporto de Newark (Nova Jersey) e suspendeu o agente responsável por um dos controles de passageiros.

O acesso de uma pessoa há três dias à zona de embarque sem passar pelos arcos de segurança levou a TSA a ordenar o fechamento durante horas de um terminal do aeroporto de Newark, próximo a Nova York.

Além disso, foi necessário submeter novamente a revisão milhares de passageiros, já que não se tinha detalhes de como ou quem era a pessoa que tinha burlado os controles.

O incidente forçou o atraso na saída de centenas de voos em um dos dias de maior tráfego aéreo do ano, no domingo seguinte à virada de 2009 para 2010.

"A evacuação do Terminal C e os novos controles de todos os passageiros eram necessários, dado que um indivíduo tinha violado os controles de acesso e entrou na zona segura", defendeu hoje a TSA em comunicado.

A TSA explicou ainda que iniciou uma investigação sobre o incidente e os planos locais de resposta, além de ter pedido aos responsáveis federais de segurança no transporte que revisem e ponham em prática esses programas.

Quanto aos trabalhadores envolvidos, a entidade explicou que "imediatamente depois do incidente o oficial de guarda na linha de saída foi retirado do controle de passageiros e, na terça-feira, se decidiu suspendê-lo de suas funções".

No aeroporto de Newark, a TSA foi acusada de não ter informado com rapidez sobre o incidente, que afetou especialmente os voos da Continental, companhia aérea que controla a maior parte do terminal afetado.

Fonte: EFE via G1

Empresas de transporte não informam direito de reembolso de bilhetes e tabela de preços

A falta de informações sobre o direito de reembolso dos bilhetes de viagem em caso de desistência e a validade das passagens foram as principais irregularidades encontradas pelo Procon-SP na fiscalização realizada entre o Natal e o Ano Novo.

O órgão fiscalizou o terminal rodoviário Tietê e os aeroportos de Congonhas e de Cumbica entre o Natal e o Ano Novo. Das 27 empresas de transporte rodoviário fiscalizadas, 20 serão autuadas.

Duas empresas de transporte rodoviário também descumpriram a exigência - prevista no Código de Defesa do Consumidor - de afixar em local visível a tabela de preçso das passagens para pagamento à vista.

Outras irregularidades encontradas foram a falta da informação, no “bilhete de viagem do idoso”, de que é preciso chegar ao local de embarque com 30 minutos de antecedência, além de não possuir o número do atendimento ao consumidor (SAC).

Aéreas

Nas aéreas, junto à Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), o Procon fiscalizou 22 empresas e 91 voos.

A única notificação vai para a Passaredo, que não deu assistência aos passageiros de um voo com três horas e 25 minutos de atraso. Já a Lan Airlines e Webjet serão notificadas também por falhas no atendimento aos passageiros de voos com atraso.

Segundo o Procon, as empresas autuadas responderão a processos administrativos, assegurada ampla defesa, e podem ser multadas ao final, conforme o Código de Defesa do Consumidor.

Fonte: InfoMoney via MSN Notícias

RG será obrigatório para poder embarcar em avião a partir de março

A partir de 1º de março, quem embarcar no país, em voo doméstico ou internacional, deverá apresentar um documento de identificação ao ser chamado para o embarque. Hoje a identificação é feita apenas no check-in (e pela PF, em voos internacionais). No portão de embarque, somente o cartão de embarque é cobrado.

Essa é uma das alterações prevista em uma resolução da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) publicada no "Diário Oficial" da União, no mês passado. A medida tem o objetivo de "garantir que o passageiro que efetivamente entra na aeronave é o mesmo que consta do cartão de embarque", segundo explica Rodrigo Ferreira de Oliveira, superintendente de infraestrutura aeroportuária da agência.

Essa troca de passageiros é mais frequente do que se pensa, afirma Ronaldo Jenkins, diretor técnico do Snea (Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias). "Outro dia aconteceu um problema até com uma artista, que estava levando a mãe de graça, numa passagem que era de outra pessoa", disse ele.

Para Jenkins, o "duplo check" é necessário. Ele substituirá a conferência da identidade de quem fez check-in on-line.

Atrasos nos voos em decorrência da cobrança do documento na porta da aeronave não devem acontecer, diz o Snea. Segundo Jenkins, alguns testes foram feitos e não causaram demoras significativas.

A conferência da identidade do passageiro no embarque é feita nos principais aeroportos da América do Norte e da Europa, afirmou a Anac.

No Brasil, o duplo check já foi realizado. Segundo a Infraero (estatal que administra os aeroportos), a conferência foi feita de maneira experimental e suspensa após ter provocado longas filas. A estatal, a Anac e o Snea não souberam dizer quando a prática foi interrompida.

A resolução também amplia o prazo de validade dos boletins de ocorrência usados em casos de perda do documento de identificação, dos atuais 15 dias para dois meses --e eles poderão ser usados mais de uma vez.

Também será permitido o uso de documentos expedidos por poderes Legislativo e Judiciário estaduais (a atual só permite federais), e o prazo de validade do uso do protocolo de pedido de identidade do estrangeiro será ampliado para seis meses.

Fonte: Johanna Nublat (jornal Folha de S.Paulo) - Arte: Folha

Homem faz piadinha sobre bomba e é proibido de viajar

Alemão disse em tom de brincadeira que levava explosivos na cueca.

Um alemão de 42 anos arruinou as férias que sua família pretendia tirar no Egito. Quando estava na fila do Aeroporto de Stuttgart, na Alemanha, na terça-feira (5) para passar pela revista, o sujeito disse brincando que tinha explosivos na cueca.

Os policiais chamaram o engraçadinho e perguntaram que realmente ele levava bombas na cueca. O homem admitiu que tinha contado uma piadinha de mau gosto.

Mesmo assim, a polícia fez uma revista completa no alemão e, para a sorte dele, não encontrou nada.

A família foi impedida de entrar no avião, não recebeu reembolso da companhia aérea e o sujeito ainda vai ter de pagar uma multa.

Se realmente o engraçadinho tivesse uma cueca-bomba, ele poderia passar até três anos na cadeia.

Fonte: Expresso MT / Global Travel News - Foto ilustrativa

Aviação: Tráfego do Brasil cresceu em Portugal

O Brasil voltou a apresentar um grande desempenho nas partidas e desembarques de estrangeiros em Portugal, com mais de 95 mil passageiros e o crescimento de dois dígitos nas chegadas ao Aeroporto de Lisboa.

Com estes números, o mercado do Brasil passou a ser o terceiro destino de origem com maior ascensão, logo depois da Espanha e França.

Entre os meses de Janeiro a Outubro, o Brasil estava na quinta posição em número de passageiros embarcados e desembarcados em Lisboa, com 892.791, uma queda de 8,2%, ou seja, quase 80 mil em relação ao ano anterior.

Nos onze meses de Janeiro a Novembro de 2009, os voos de e para o Brasil transportaram 990.359 passageiros. Este crescimento significa uma inversão no quadro geral de viagens dos brasileiros e europeus.

Seis cidades capitais brasileiras que tem voos da TAP para Lisboa apresentam-se na relação das 30 mais no desempenho geral.

Fonte: Opção Turismo (Portugal)