sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

EUA: Os atentados futuros serão ainda mais difíceis de neutralizar

Serviços Secretos

Os atentados futuros serão ainda mais difíceis de neutralizar porque a Al-Qaeda conhece cada vez melhor os sistemas norte-americanos de defesa e vai empenhar-se em contorná-los, declarou nesta quinta-feira o diretor da informação norte-americana (DNI - Office of the Director of National Intelligence), Dennis Blair.

“O que me preocupa mais não é apenas impedir os atentados do mesmo tipo que no passado, mas antecipar e travar os atentados do futuro”, escreveu Blair, numa carta dirigida aos seus empregados.

A “Al-Qaeda e as suas organizações filiadas, tal como os terroristas individuais dispostos para o suicídio, observaram as nossas linhas de defesa e estão preparando novos ataques destinados a contorná-las. Estão a fazê-lo no momento em que vocês lêem esta carta”, prosseguiu Blair, cuja agência supervisiona todos os serviços secretos norte-americanos.

“Estes atentados serão ainda mais difíceis de descobrir, interpretar e neutralizar”, afirmou Dennis Blair, apelando a que seja melhorada a defesa dos Estados Unidos “para garantir um grande avanço sobre eles”.

Estas declarações surgem no momento em que o presidente norte-americano Barack Obama recebeu um relatório desanimador sobre os serviços de informação, acusando-os de terem sido incapazes de recolher e partilhar informações cruciais sobre o nigeriano Umar Farouk Abdulmutallab, autor da tentativa de atentado a bordo de um avião norte-americano que ligava Amesterdã a Detroit, no norte dos Estados Unidos.

“O presidente foi direto considerando que as falhas dos serviços secretos contribuíram para a escalada da ameaça. É uma mensagem dura de entender para nós. Mas a recebemos e agora devemos avançar e reagir juntos, em equipe”, comentou o diretor dos serviços secretos na sua carta.

Obama pediu na terça-feira explicações dos seus serviços secretos após o que “qualificou como falta de cooperação “inaceitável” entre agências, uma falha que já tinha sido apontada após os atentados de 11 de Setembro de 2001.

Fonte: Agência Lusa via Correio do Minho (Portugal)

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