Além deles, outros dois passageiros se feriram; ambos têm estado estável.
Não havia pessoas dentro da casa no momento da queda, em Luziânia.
O avião monomotor Embraer EMB-710C Carioca, prefixo PT-NAB, caiu em cima de uma casa na noite de sábado (10), no Setor Aeroporto, em Luziânia, cidade goiana do Entorno do Distrito Federal.
O piloto João Henrique Baeta, 40 anos, morreu na hora. Sua namorada, Maysa Santos, de 36 anos, chegou a ser socorrida mas morreu a caminho do hospital (o casal na foto acima).
Outros dois homens que estavam no avião ficaram feridos e estão internados. Segundo a Secretaria de Saúde, Rodrigo Castanheira, 37 anos, passou por uma drenagem no tórax e está na unidade de neurocirurgia do Hospital de Base, onde aguardava cirurgia ortopédica até a noite de domingo (11). Márcio Barrocas, 36 anos, estava internado no hospital de Santa Maria com quadro estável e, ainda no domingo (11), tinha previsão de alta "a qualquer momento".
Na rota de colisão, a aeronave derrubou um poste e danificou a antena parabólica de uma casa vizinha à que foi atingida. Dois idosos moravam no imóvel, mas não estavam no local no momento do acidente. "Foi um estrondo horrível. Uma nuvem muito grande de poeira, as pessoas gritando, chorando", disse uma testemunha à TV Globo.
Vizinha do aeroclube de onde decolou a aeronave, a dona de casa Érica Batista diz que estranhou a trajetória do monomotor a partir da decolagem.
"Eu vi que ele passou muito baixo, o certo é subir mais alto um pouco. Quando ele passou do prédio, o motor parou. Pensei: 'nossa, esse avião vai cair'", afirma.
Investigação
O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) da Força Aérea investiga as causas do acidente. Segundo informações preliminares, o monomotor de prefixo PT-NAB levantou voo no Aeroclube de Luziânia por volta das 19h. A queda aconteceu minutos depois, atingindo uma casa a 2 km de distância do ponto de decolagem.
Os destroços do avião só foram retirados cerca de 13 horas depois da colisão, na manhã de domingo. Técnicos da Aeronáutica fizeram medições e fotos do local, que devem ser utilizadas na apuração do caso. Segundo o investigador do Cenipa Vinícius Voltoline, ainda é cedo para dizer se o monomotor teve falha mecânica.
"Não se pode descartar nenhum tipo de informação, mas a gente precisa de laudos. De qualquer forma, vamos estar fazendo os exames no motor para que, futuramente, tenhamos condição de informar", afirmou, durante visita ao local.
Os destroços do avião foram levados ao aeroclube de Luziânia. Segundo a Aeronáutica, o motor vai ser retirado para análise. De acordo com o Registro Aeronáutico Brasileiro, o avião tinha condições de voar.
Fontes: G1 / ASN - Fotos: Reprodução