Um meteoro luminoso o bastante para ser classificado como uma bola de fogo cruzou o céu sobre o leste da América do Norte, na noite de sexta-feira, transformando-se em um espetáculo presenciado por pelo menos 13 Estados norte-americanos, Washington D.C. e duas províncias canadenses, informou a Sociedade Americana de Meteoros.
A entidade contabilizou mais de 300 testemunhas de Ontário e Quebec, no Canadá, até o Estado da Carolina do Norte, no sul dos EUA, e ainda há mais de 100 relatos a serem revisados, disse Mike Hankey, um membro do órgão.
"Isso foi mais certamente uma bola de fogo vista em grande parte dos Estados do leste", afirmou Robert Lunsford, coordenador de bolas de fogo da entidade.
"Aconteceu em um bom momento, por volta das 20h de sexta, quando muitas pessoas puderam vê-la", disse Lunsford.
A Sociedade descreve uma bola de fogo como um meteoro mais brilhante do que Vênus, e Lunsford afirmou que elas podem ser até mais luminosas do que o sol, como foi o caso do que cruzou e explodiu sobre a Rússia no dia 15 de fevereiro.
Meteoros são pequenas partículas do sistema solar que queimam por fricção ao entrar na atmosfera terrestre.
Milhares de meteoros considerados bolas de fogo ocorrem todos os dias, a maioria deles longe dos olhares humanos, caindo no mar ou passando camuflados pela luz solar, informou a Sociedade em seu website.
A bola de fogo de sexta-feira foi vista em vários pontos da Costa Leste do EUA e até em alguns Estados sem contato com o mar, como Virginia Ocidental e Ohio, disse a entidade.
A provável trajetória da bola de fogo mostrou que ela partiu de leste, da Pensilvânia, passando por Nova Jersey e ao sul da cidade de Nova York, dirigindo-se em seguida para o Oceano Atlântico, de acordo com os relatos colhidos.
"No começo, pensei que a bola de fogo fosse um avião voando baixo", afirmou uma testemunha de West Chester, Pensilvânia.
Muitas testemunhas afirmaram que a bola de fogo foi o meteoro mais brilhante que já avistaram: "Ainda não consigo acreditar", afirmou uma pessoa em Boonsboro, Maryland.
Fonte: Daniel Trotta (Reuters) via G1 - Imagens: Reprodução