A fusão anunciada nesta segunda-feira (3) entre as companhias aéreas United Airlines e a Continental vai criar a maior empresa do setor nas Américas também em volume de vendas, segundo dados da consultoria Economática.
A fusão criou a maior empresa do mundo em quantidade de passageiros transportados. A união entre as aéreas ainda precisa de aprovação pelos órgãos reguladores norte-americanos.
Segundo a consultoria Economática, as empresas somarão US$ 28,9 bilhões em volume de vendas contra US$ 28 bilhões da Delta Air Lines, segunda maior no quesito a partir da fusão. Entre as 10 maiores companhias das Américas em volume de vendas, segundo a Economática, estão duas brasileiras: Gol e TAM.
Em valor de mercado, a nova aérea ainda ficará na terceira colocação, com US$ 6,7 bilhões, segundo a consultoria. Em primeiro está Southwest Airlines com US$ 9,8 bilhões. A Delta tem US$ 9,5 bilhões.
Desde o último domingo (2), notícias de jornais como o "Wall Street Journal" e agências de notícias internacionais davam conta de que o acordo havia sido aprovado pelos Conselhos de Administração das duas empresas. A nova empresa seria quase 8% maior que a Delta Air Lines e administraria 21% das praças do mercado americano, contra os 20% que a Delta alcançou após a aquisição da Northwest Airlines em 2008. Com a união, a nova companhia passa a servir 370 destinos em todo o mundo.
O ranking das companhias aéreas por total de passageiros transportados mais recente feito em 2008 pela Iata, associação internacional das companhias aéreas, não levou em consideração a aquisição da Northwest Airlines pela Delta, o que deixou a companhia com 284,5 milhões de passageiros e a primeira do ranking. Ainda considerando os dados de 2008, juntas United e Continental têm 306,1 milhões de passageiros - quase 8% mais.
Segundo o anúncio desta segunda, a companhia resultante deve usar o nome da United e ter sede em Chicago. Seu comando será do presidente-executivo da Continental, Jeff Smisek, enquanto seu colega da United, Glenn Tilton, presidiria a junta diretora.
As duas empresas já haviam tentado em 2008, sem sucesso, uma operação similar. Essas negociações entre United e Continental não chegaram a se concretizar diante da decisão da Continental de continuar sozinha ao considerar o ambiente econômico muito arriscado.
Atualmente, o setor aéreo vive uma tendência de consolidação para reduzir custos e capacidade, aumentar a competitividade e enfrentar melhor a crescente concorrência e a guerra de preços.
Acordo
O acordo determina que os acionistas da Continental receberão 1,05 ação das ações ordinárias da United para cada ação ordinária da Continental que tiverem.
Os acionistas da United devem ficar com aproximadamente 55% do capital da nova companhia, contra 45% para os acionistas da Continental.
Fonte: G1 - Foto: AP