domingo, 18 de outubro de 2009

NASA mapeia fronteira interestelar

Fronteira do Sistema Solar possui uma faixa brilhante e misteriosa

Frame da animação feita pela NASA a partir dos dados coletados na galáxia - Imagem: NASA/Goddard Space Flight Center

A sonda espacial IBEX (Interstellar Boundary Explorer - Explorador da fronteira interestelar), lançada há exatamente um ano, começou a traçar o primeiro mapa da fronteira entre o Sistema Solar e o espaço exterior. E a revelar muitas surpresas.

A IBEX coletou dados durante seis meses, o que já foi suficiente para questionar as teorias atuais sobre a heliosfera - uma espécie de "bolha" formada pelas emanações de partículas solares, o chamado "vento solar" - e fornecer informações para as quais ainda não houve tempo suficiente para a fundamentação de novas teorias.

Fronteira do Sistema Solar

O "vento solar" é uma corrente de partículas carregadas que viajam continuamente a partir do Sol em todas as direções. É como se esse "vento" inflasse uma gigantesca bolha no espaço - é essa bolha que se chama heliosfera, a região do espaço dominada pela influência do Sol e no interior da qual ficam os planetas.

Ao mesmo tempo, nosso Sistema Solar move-se velozmente ao redor do centro da Via Láctea, o que o faz colidir com "ventos interestelares," uma chuva de partículas emitidas pelas outras estrelas.

Em um determinado ponto, ainda não precisamente localizado no espaço, o vento solar e o vento interestelar se encontram. O local onde suas pressões se equivalem determina a fronteira do Sistema Solar.

Formato da heliosfera

Desta forma, traçar a fronteira do Sistema Solar equivale a desenhar o formato da heliosfera. Esse formato tem sido alvo de acalorados debates há décadas. Os únicos dados concretos disponíveis até hoje haviam sido coletados pelas duas sondas Voyager, os primeiros objetos construídos pelo homem a deixar o Sistema Solar.

Viajando em direções opostas, as duas históricas Voyager fizeram descobertas surpreendentes quando cruzaram a fronteira do Sistema Solar. Mas seus instrumentos já antigos, e o fato de tomarem medidas de apenas dois pontos de uma "bolha" de proporções descomunais, não deixavam dúvidas de que os dados pontuais eram insuficientes para quaisquer conclusões definitivas.

Átomos energéticos neutros

Ao contrário da maioria das sondas e telescópios espaciais, que coletam luz, a IBEX coleta partículas. Mais especificamente, partículas chamadas átomos energéticos neutros - ENA na sigla em inglês (Energetic Neutral Atoms).

Ilustração da formação dos átomos energéticos neutros (ENAs) - Imagem: Walt Feimer/NASA GSFC

Os átomos energéticos neutros são criados na região da fronteira interestelar quando as partículas eletricamente carregadas e quentes do "vento solar" colidem com as partículas frias do "vento interestelar," roubando-lhes um elétron. Essa colisão não produz luz em nenhum comprimento de onda que pudesse ser observada pelos telescópios.

Já os ENAs viajam na direção do Sol com velocidades que variam entre 160.000 km/h e quase 4 milhões de km/h. A sonda IBEX possui dois detectores de ENAs. Orbitando a Terra e rotacionando de forma precisa, a sonda captou esses átomos neutros energéticos vindos de todas as direções, traçando o primeiro mapa de grande precisão do que acontece nessa zona de choque de partículas.

Mapa da heliosfera

Usando também dados da sonda Cassini, que está observando Saturno desde 2004, o grupo de cientistas da IBEX construiu 14 mapas que colocaram os dados das sondas Voyager em seu devido contexto, demonstrando a importância da obtenção de medições globais.

Este gráfico ilustra uma das possibilidades para a brilhante faixa de emissões coletadas pela IBEX. O campo magnético galáctico dá forma à heliosfera conforme o Sistema Solar viaja através dele - Imagem: SwRI

"Pela primeira vez, nós estamos colocando nossas cabeças para fora da atmosfera do Sol e começando a entender realmente nosso lugar na galáxia," comemorou o Dr. David McComas, coordenador da missão IBEX.

Em vez de uma heliosfera circular e homogênea, os dados indicam a presença de uma faixa estreita e extremamente "brilhante" serpenteando pelo céu - onde brilhante não se refere a nenhum luz, mas a uma elevada concentração de átomos energéticos neutros.
Nessa faixa, a energia dos ENAs varia entre 0,2 e 0,6 keV (kiloeletron volts) e a atividade dos átomos energéticos neutros é de duas a três vezes maior do que no restante da heliosfera.

"Nós esperávamos ver variações espaciais pequenas e graduais na fronteira interestelar, a cerca de 16 bilhões de quilômetros de distância da Terra.

Entretanto, a IBEX está nos mostrando uma faixa muito estreita que é duas a três vezes mais brilhante do que qualquer outro objeto no céu," disse McComas.

Novas teorias

Apesar dos seis artigos científicos publicados nesta sexta-feira a partir dessas medições iniciais, os cientistas afirmam que será necessário mais tempo para que se entenda perfeitamente os dados coletados pela IBEX.

O formato da heliosfera, por exemplo, ainda não encontrou um consenso entre os cientistas. "Os resultados da IBEX são absolutamente extraordinários, com emissões que não podem ser explicadas por nenhuma teoria existente," diz McComas.

Entretanto, como a faixa parece ter seu desenho traçado pelo campo magnético interestelar, fora da heliosfera, as observações sugerem que o ambiente interestelar tem muito mais influência sobre o formato da heliosfera do que qualquer teoria existente até hoje sugeria.

Viagens espaciais do futuro

A sonda também foi a primeira a coletar hidrogênio e oxigênio do meio interestelar, o que ajudará os cientistas a terem uma ideia mais precisa sobre a composição do espaço além das fronteiras do Sistema Solar.

Estas observações são importantes para as viagens espaciais do futuro pois, da mesma forma que a atmosfera terrestre nos protege da radiação do espaço exterior, a heliosfera protege o Sistema Solar dos raios cósmicos interestelares.

MAIS

Todas as informações coletadas ajudam cientistas a compreender melhor nosso lugar na galáxia. Com elas, a NASA construiu duas animações (uma gráfica e a outra com ilustrações) que dão uma dimensão mais exata de quão pequenos somos no espaço.

Fontes: Site Inovação Tecnológica / Paula Rothman (INFO Online)

Sonda europeia parte para marte em 2018

Com orçamento apertado, a Agência Espacial Europeia adiou por várias vezes o lançamento da 'ExoMars'. Mas, agora, os responsáveis parecem ter encontrado a solução, optando por procurar apoio dos EUA. A partir de 2016, todas as missões ao planeta vermelho serão conjuntas.

A crise económica abalou mas não destruiu os sonhos europeus de enviar uma sonda para Marte. Os planos têm vindo a ser sucessivamente adiados, mas parece que agora a Agência Espacial Europeia (ESA) chegou a acordo com a congénere norte--americana (a NASA) para dividir custos e a ExoMars, que terá como objectivo a procura de vida no planeta vermelho, tem data de lançamento prevista para 2018. Só falta o OK dos países membros.

Inicialmente prevista para partir em 2013, a primeira missão do Programa Aurora tinha sido adiada para 2016. Contudo, quando numa reunião ministerial, em Novembro de 2008, os países membros se comprometeram a gastar apenas 850 milhões de euros, os cientistas e engenheiros sabiam que teriam um problema. O valor era claramente insuficiente para os objectivos da missão.

A solução encontrada foi procurar a colaboração dos EUA, fazendo com que a partir de 2016 todas as missões a Marte sejam conjuntas com a agência espacial norte-americana. A última missão exclusivamente europeia partirá nesse ano, aproveitando a janela de oportunidade que fica livre com o adiamento da partida da ExoMars.

Assim, a ESA enviará um satélite orbital e uma pequena sonda estática para o planeta vermelho (aproveitando para treinar para a missão de 2018). O objectivo do satélite será detectar as fontes de metano e de outros gases recentemente descobertos na superfície. Os resultados poderão servir para escolher o melhor local para a aterragem da ExoMars.

"O cenário de duas missões é aceite por todos e a cooperação a longo prazo com os EUA bem--vinda. Para a ExoMars, temos um acordo em relação à base técnica que deverá funcionar para todos. Para mim, os recursos são agora a parte fundamental", disse à BBC o director de ciência e robótica da ESA, David Southwood. Os especialistas vão agora estudar em pormenor os encargos, antes de os países membros se pronunciarem, até ao final do ano.

A ExoMars é a primeira missão do Programa Aurora, que visa lançar as bases para uma eventual exploração humana do espaço. Uma vez na superfície de Marte, a missão terá duas vertentes. De um lado, um robô com vários quilómetros de mobilidade, que está equipado com uma broca capaz de furar até dois metros de profundidade. As amostras recolhidas são analisadas pelos instrumentos colocados na área de carga Pasteur, no próprio robô. Por outro lado, no local de aterragem ficará um laboratório fixo (intitulado Humboldt), que irá proceder à análise geofísica e ambiental do planeta vermelho.

Fonte: Susana Salvador (Diário de Notícias - Portugal) - Imagem: ESA - AOES Medialab

Autoridade confirma que caso de garoto do balão foi 'golpe publicitário'

Xerife falou sobre o caso neste domingo (18).

Pai do garoto havia negado farsa.


O xerife do condado de Larimer (EUA), Jim Alderden, confirmou neste domingo (18) que o caso de um garoto de seis anos que provocou uma intensa busca por temores de que ele estaria dentro de um balão de hélio, mas que foi encontrado mais tarde em segurança em casa, foi um 'golpe publicitário'. Segundo Alderden, o casal planejava se lançar na mídia para participar de um reality show em breve.

Neste domingo, autoridades já haviam anunciado que o casal seria acusado. Uma busca na casa resultou na apreensão de computadores. O pai do garoto, Richard Heene, um inventor e cientista amador, negou ter provocado o incidente para chamar atenção.

Heene apareceu em diversos programas matinais de televisão nos Estados Unidos para responder às acusações de que a história foi uma farsa. Os rumores foram alimentados depois que seu filho Falcon Heene, de 6 anos, disse que se escondeu no sótão da casa da família na quinta-feira "para o show".

Fonte: G1 - Foto: AP

sábado, 17 de outubro de 2009

Diante de outras obras, terceira pista do Aeroporto Afonso Pena é esquecida

A implantação de uma nova pista no aeroporto é deixada para depois, mesmo com uma área já disponível para isso. Não há previsão para que as obras neste sentido sejam iniciadas. De acordo com a Infraero, são necessários novo projeto, estudos de impacto ambiental e investimento estimado em R$ 132 mi­­lhões. O superintendente do aeroporto, Anto­­nio Pallu, considera que não há demanda para uma obra deste porte. “Os estudos que temos indicam que a pista atual ainda tem capacidade para o nível de operações.”

Contudo, o empresário Valmor Weiss, vice-presidente do Sin­­dicato das Empresas de Transporte de Carga, rebate essa afirmação. “Há demanda sim. Eles não computam a carga que sai de caminhão. Querem discutir a pista para depois de 2017. Há falta de discurso político”, dispara.

A construção de uma terceira pista no Afonso Pena seria importante para o transporte de cargas e para o desenvolvimento industrial do Paraná, segundo Weiss. “O escoamento de cargas deixaria de sair pelas estradas e sairia pelo aeroporto”, considera o empresário. Hoje, a pista do Afonso Pena não permite que grandes aviões de carga, como o Boeing 747, pousem e decolem com sua capacidade máxima de carga e com o tanque cheio de combustível. Mesmo assim, o aeroporto ocupa a quinta colocação no ranking da Infraero em transporte de cargas. “O pessoal está com foco só na Copa do Mundo. Não estão falando em nenhum momento em uma nova pista. Isso é um crime para o Paraná”, conclui Weiss.

Outras obras

Além das obras previstas para o estacionamento e para o terminal de passageiros do Aeroporto Afonso Pena, a Infraero planeja investir mais R$ 42,72 milhões na ampliação do pátio de estacionamento das aeronaves e do terminal de cargas, instalação de mais um equipamento de voo e me­­lhoramento dos hangares de aviação executiva. “Já temos apontados investimentos para o crescimento do aeroporto para atender as demandas de passageiros, aeronaves e cargas”, afirma Pallu.

Hoje, o aeroporto comporta 14 aviões estacionados e tem seis pontes de embarque. Com as obras, o pátio comportará 21 ae­­ronaves. Já o terminal de cargas terá seu espaço aumentado em 5 mil metros quadrados. As duas obras são financiadas pelo Pro­­grama de Aceleração do Cres­­cimento (PAC) e devem ser concluídas até o fim de 2011. “A am­­pliação do pátio é fundamental para o sistema operacional. Com isso poderemos receber mais voos”, justifica Pallu.

Para o ano que vem, a superintendência do aeroporto ainda prevê a instalação de mais um equipamento ILS categoria 2 na principal pista do terminal. A cabeceira principal da pista já tem um instrumento semelhante instalado; agora será a vez de a cabeceira oposta receber o equipamento. “Este instrumento deve auxiliar operações de pouso e decolagem em condições adversas de tempo também na cabeceira oposta. Isso é uma melhoria do sistema”, explica o superintendente. Pallu ainda lembra que as aeronaves também precisam estar equipadas com o instrumento e a tripulação, preparada para usá-lo. “Fala-se em categoria 3, mas hoje as empresas não estão preparadas para isso. Estão se preparando para a categoria 2”, justifica. O ILS 3 permitiria pousos e decolagens em qualquer condição de tempo.

Fonte: Gazeta do Povo

Em dia de GP, Interlagos terá 45 pousos e decolagens por hora

Torre de comando controla movimentação intensa de helicópteros.

Autódromo recebe duas pontes aéreas e voos fretados.


Comandante Jorge Bitar Neto mostra helicóptero que será usado no transporte de espectadores da Fórmula 1

O autódromo de Interlagos terá pelo menos 45 pousos e decolagens de helicópteros a cada hora neste domingo (18), durante o 38º Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1 e nos dias que antecedem a prova. Uma torre de comando interligada com o Serviço Regional de Proteção ao Voo (SRPV) já funciona dentro do autódromo para gerenciar o tráfego de aeronaves.

Veja meios de transporte para chegar ao GP do Brasil

Dono de uma empresa de táxi aéreo e responsável pelo cadastro e coordenação dos helicópteros fretados e de ponte aérea que vão atuar na F1, o comandante Jorge Bitar Neto afirma que 16 aeronaves deverão atuar no transporte de passageiros.

Há dois pontos de partida, no Morumbi, Zona Sul de São Paulo, e no Campo de Marte, na Zona Norte, mas grupos fechados de até 15 pessoas poderão decolar em fretados de helipontos instalados em hotéis e escritórios de bairros nobres.

Além dos helicópteros de uso coletivo, Interlagos terá ainda outras 45 aeronaves privativas que poderão fazer até duas operações por dia.

Vista do painel de helicóperto Esquilo, com lugar para cinco passageiros, que será usado no GP de Fórmula 1

Para chegar a Interlagos de helicóptero, cada passageiro terá que desembolsar R$ 1.750. "As pessoas preferem por causa do trânsito lento. O helicóptero hoje em São Paulo não é mais um luxo, é uma necessidade", diz o comandante.

O passeio também é requisitado por passageiros que consideram tudo parte de um ritual vinculado ao mundo da F1, por gente que busca impressionar familiares ou clientes e até pelas equipes.

Gerente comercial de uma grande empresa, um passageiro de 41 anos que prefere não ter o nome revelado disse que pagou duas passagens, para ele e para o filho de 12 anos. "É caro, mas vale a pena", afirma. "Se fossem R$ 2,5 mil já nao pagaria, porque meu orçamento não é assim tão tranquilo", confessa.

Pai e filho vão de carro de Moema, onde moram, até o Morumbi, onde embarcarão no helicóptero que os levará em cinco minutos até o autódromo. Ele conta que optou pelo helicóptero depois de ficar quatro horas no trânsito e quase perder a corrida. Mas agora há um motivo adicional: ficar mais perto dos ídolos da família.

"Você desce com a credencial do helicóptero e tem acesso fácil. No ano passado eu fui e vi que facilita bastante o contato com a F1. Flávio Briatore e Michael Schumacher ficaram do meu lado. Meu filho que torce para a Ferrari passou mal. Deu uma tremedeira nele que eu tive medo", contou.

Tempo

Se houver teto de 600 pés e visibilidade de até 1,5 mil metros, o aparelho sobrevoa a cidade em velocidade que pode alcançar até 200 km por hora. Ao pousar, o passageiro é levado para uma sala ampla com poltronas, onde assiste à prova com direito a café, biscoitos e champanhe.

O pouso e decolagem dos helicópteros seguem regras bem especificas da aviação civil e são fiscalizados pela Agencia Nacional de Aviação Civil e pela Aeronáutica. Cerca de 70 pessoas trabalham na operação de controle. Todas as manobras são previamente determinadas.

Fonte e fotos: Roney Domingos (G1)

Simulação de acidente aéreo prepara Interlagos para invasão de helicópteros

Durante o fim de semana do Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1, enquanto carros de corrida ganharão as curvas do circuito de Interlagos, o kartódromo anexo será tomado por... helicópteros! Uma grande invasão deles. A área de cerca de 40 mil metros quadrados da pista de kart será utilizada como um imenso estacionamento das aeronaves.



Somente no domingo, dia da corrida, pouco mais de 200 pousos e decolagens acontecerão no kartódromo, o que faz do GP Brasil o segundo maior evento não militar do mundo em movimento deste tipo de aeronave. O primeiro é o GP de Silverstone, na Inglaterra.

- Até o momento temos 60 helicópteros credenciados, mas alguns ainda devem se incorporar a esse número. Aqui no estacionamento, haverá espaço para, no máximo, 48 aparelhos - explicou Ricardo Santos, Gerente Geral de Aviação Geral da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).

As aeronaves que não puderem parar no kartódromo se deslocarão até helipontos próximos a Interlagos. O tráfego aéreo só estará autorizado antes e depois da corrida. Enquanto Rubinho, Button, Hamilton e cia. disputarem espaços na pista, apenas helicópteros envolvidos na transmissão (da Fia e da Rede Globo) poderão sobrevoar o autódromo.

Com tantos aparelhos no ar, a ANAC precisa manter toda operação sob controle. Para isso, fiscalizou na última quarta-feira uma simulação de pronto atendimento e resgate em caso de acidentes (veja no vídeo acima).

- A estrutura envolve 140 pessoas entre controladores de voo, bombeiros, médicos, pilotos, fiscais da ANAC. É preciso que tudo esteja acertado - disse o comandante Jorge Faria, coordenador de toda a operação.

Fonte: João Paulo Garschagen (GloboEsporte.com)

Iata diz que companhias aéreas latino-americanas se saíram melhor na crise

A Associação de Transporte Aéreo Internacional (Iata, por sua sigla em inglês) assegurou na quinta-feira na cidade colombiana de Cartagena (norte) que as companhias aéreas da América Latina são "as mais bem-sucedidas" ao manter-se em equilíbrio em tempos de crise econômica.

O presidente de Iata, Giovanni Bisignani, que inaugurou por videoconferência um fórum de líderes de companhias aéreas da América Latina e o Caribe, destacou a trajetória das companhias aéreas da região com relação ao "sombrio cenário de fundo" da recessão econômica mundial.

Também "apesar do impacto da nova gripe, as companhias aéreas regionais geraram US$500 milhões", acrescentou.

Bisignani explicou que embora "a economia mundial esteja começando a fazer negócios novamente" e os níveis de carga aérea e tráfego de passageiros estejam subindo, ainda não se recuperaram os índices anteriores à crise.

Além disso, detalhou que apesar dos aviões irem "mais cheios, as rentabilidades são um desastre" e "vamos rumo a outro ano de grandes perdas de pelo menos US$11 bilhões".

O presidente de Iata atribuiu o êxito das linhas aéreas latino-americanas à solidez do sistema bancário, à estabilidade das economias locais e pela liberalização das marcas "mais sólidas" no Chile, Brasil e Panamá.

Sustentou, inclusive, que as marcas multinacionais que estão se desenvolvendo na região são um modelo já imitado pelas companhias de baixo custo da Ásia.

"Esta crise deixa absolutamente claro que a liberalização de nossa indústria é caminho ao futuro", sentenciou Bisignani.

Para Bisignani, é preciso que os Governos da América Latina e Caribe se comprometam com o mercado da aviação em matéria de impostos, cargas, segurança e meio ambiente.

Denunciou que o Equador cobra altas taxas e impostos para financiar "seu futuro aeroporto" e que o Brasil "infla artificialmente" o preço do combustível.

Já Fabio Villegas, vice-presidente da Iata e presidente de Avianca, a maior companhia aérea colombiana, assinalou que a frota latino-americana se renovou em massa e aumentou a eficiência.

Villegas apontou que a tendência no Brasil e México, onde a indústria de aviação é mais sólida, caminha rumo às companhias aéreas de baixo custo e explicou que se registrou um "crescimento grande na demanda e no número de passageiros".

A sexta versão do ALTA Airlines Leaders Forum 2009 acontece hoje e amanhã em Cartagena e conta com a presença de 35 presidentes das companhias aéreas da América Latina e do Caribe e 400 delegados e autoridades aeronáuticas de 30 países.

Fonte: EFE via G1

Companhia aérea nigeriana suspende voos por dificuldades

A companhia aérea nigeriana Bellview suspendeu as suas actividades domésticas e regionais, após uma série de anulações dos seus voos programados, soube-se quinta-feira de fonte oficial em Lagos.

A companhia precisa que esta suspensão terminará após a recepção dum novo aparelho encomendado, e nota que ela respeitou as normas globais em matéria de gestão dos problemas que a afectaram ultimamente.

"Respeitámos a prática neste sector ao reembolsar os passageiros cujos voos foram afectados", declarou a porta-voz desta companhia, Martha Damina. "Esta suspensão é temporária e vamos em breve retomar os nossos voos regulares", disse.

Ao reagir a esta situação, a Autoridade Nacional da Aviação Civil Nigeriana (NCAA) declarou que aceitava a decisão da Bellview de suspender as suas actividades, acrescentando ser normal para uma companhia aérea avaliar os seus serviços quando confrontada com uma série de reprogramações e anulações dos seus voos.

"É preferível reorganizar-se em vez de reprogramar e anular os voos", declarou quinta-feira à imprensa local o director-geral da NCAA, Harold Demuren.

Esta companhia aérea iniciou os seus serviços de passageiros em 1993 na Nigéria. Prosperou mais tarde para se tornar na segunda transportadora aérea da África Ocidental e Central, chegando a ligar 14 cidades africanas das quais Abidjan, Banjul, Conakry, Dakar, Doualá, Freetown, Libreville, Lagos, Kano, Monróvia, Port Harcourt e o aeroporto de London-Heathrow, no Reino Unido.

Fonte: Panapress

Aeroporto de Lucas do Rio Verde pode operar com aeronaves maiores em janeiro de 2010

Resolução reclassifica a categoria do aeroporto de Lucas e dá mais tempo para se adequar às alterações necessárias para voos com capacidade maior

A resolução nº 115/2009 da ANAC (Agencia Nacional de Aviação Civil) publicada no dia 07/10, dá uma nova adequação à categoria dos aeroportos e permite que o aeroporto de Lucas do Rio Verde opere com vôos de até 30 passageiros sem precisar de grandes alterações na estrutura. Este prazo será de janeiro de 2010 a 30 de dezembro de 2011.

“A resolução entra em vigor daqui há 90 dias, quando recebemos o benefício que coloca o nosso aeroporto na categoria 1. Isso tira de nós a exigência do carro de bombeiros e nos permite trabalhar com aeronaves de até 30 passageiros”, explica o secretário de Desenvolvimento Econômico, Raimundo Dantas.

A resolução foi publicada no dia em que o secretário estava reunido em com o Superintendente de Serviços Aéreos da ANAC, Juliano Alcântara, Vítor Rafael Celestino, da Trip e outros setores de aviação. Raimundo diz que mesmo com o benefício da resolução o município deve ampliar sua estrutura para receber vôos da Trip.

“Eles exigem uma pista com pelo menos 30 metros de largura e a nossa tem 23. Devemos ampliar também o comprimento e já estamos trabalhando com a possibilidade de vôos noturnos, para isso precisamos alocar recursos e já estamos buscando junto ao governo federal e estadual”, comenta Raimundo.

Raimundo explica também que já foram protocolados junto a ANAC o Plano de Emergência (PLEM), Plano Alternativo de Segurança Aeroportuária (PAS) e a Comissão de Segurança Aeroportuária (CSA) que permite o suporte de segurança necessário para a classificação atual.

O secretário já está em contato com empresas aéreas que trabalham com aeronaves Bandeirantes e Brasilia para oferecer vôos regulares no município. Hoje o aeroporto recebe apenas aeronaves pequenas de particulares ou aviões contratados.

Fonte: Cleide Dantas (ExpressoMT) - Foto: jrcnd

Helicóptero da PM é alvejado no Rio

Guerra do tráfico faz 12 mortos na Zona Norte do Rio, diz PM.

Dois policiais morreram em helicóptero que pegou fogo após ser alvejado.

Pelo menos, cinco ônibus foram destruídos; Rioônibus não confirma dez.




A Polícia Militar anunciou que dez criminosos foram mortos no confronto entre traficantes rivais e policiais neste sábado (17), no Morro dos Macacos, nos bairros de Vila Isabel e Sampaio, na Zona Norte do Rio. As informações são do major Oderlei Santos, relações públicas da PM. Com estes, já somam 12 mortos nos tiroteios, entre eles dois PMs.

Veja fotos da operação policial

Além dos dois policiais mortos, cujos nomes não foram divulgados, o major Oderlei Santos informou que cinco pessoas ficaram feridas - dois moradores e três PMs.

Um dos feridos foi o major PM José Busnello, atirador de elite, que ganhou notoriedade ao atingir com um disparo de longa distância o assaltante de uma farmácia na Tijuca, na Zona Norte.

Pelo menos cinco ônibus foram destruídos por criminosos em bairros diferentes - Jacaré, Mangueira e Riachuelo. Em nota, a Rioônibus estimou que o prejuízo das empresas chega a R$ 2,5 milhões e acrescentou que tem informações não confirmadas de que 10 ônibus teriam sido queimados.

Duas salas de aulas da escola municipal jornalista Assis Chateaubriand, no Morro dos Macacos, em Vila Isabel, foram incendiadas, mas há confirmação de que tenha relação com os acontecimentos.

PM montou gabinete de crise

A gravidade do caso levou a PM a montar um gabinete de gerenciamento de crise, que funciona no 6º Batalhão (Tijuca). O comandante geral da corporação, coronel Mario Sergio Duarte, integra o grupo.

Seis policiais estavam no helicóptero Águia da PM que foi atingido por tiros quando sobrevoava o morro. Em pane, a aeronave fez um pouso forçado no campo de futebol da Vila Olímpica de Sampaio e explodiu em seguida. Da guarnição, dois morreram e dois ficaram feridos com queimadura - um deles está em estado grave, segundo oficial da PM.

Quadrilha queima ônibus



Numa ação feita supostamente por criminosos da mesma facção que tentara invadir o Morro dos Macacos, cinco ônibus, pelo menos, foram incendiados em acessos à favela do Jacarezinho, no Jacaré, outro bairro da região que é cortada pela linha férrea da antiga Central do Brasil, a atual SuperVia. "Desce, desce, vamos botar fogo". Foi assim que o motorista Fábio Nascimento foi abordado por cerca de 15 homens armados de fuzis e pistolas e com os rostos cobertos.

Nascimento contou que os 40 passageiros foram retirados do ônibus antes dele ser queimado. Em seguida, o bando interceptou mais dois ônibus da mesma linha que seguiam pela Avenida Dom Helder Câmara, a antiga Avenida Suburbana.Pelo menos, outros dois ônibus foram queimados em acessos à favela do Jacarezinho. Segundo policiais, a ação teve o objetivo de desviar a atenção dos acontecimentos no Morro dos Macacos. A viação Braso-Lisboa suspendeu a circulação dos seus coletivos por falta de segurança.

O confronto no Morro do Macacos começou no início da madrugada de sábado no Morro dos Macacos, quando uma quadrilha tentou tomar os pontos de venda de drogas na área. Pela manhã, a Polícia Militar interveio, mas a ação policial terminou com o helicóptero Águia abatido. Seguiram-se momentos de grande tensão. "Eu nunca vi tanto tiro na minha vida", relatou uma adolescente que mora há 15 anos no local. Assustados, os moradores se recusaram a falar com os jornalistas, que acabaram se tornando alvo dos traficantes escondidos na parte mais alta da favela.

Zona Norte e subúrbios da Central afetados

Um grande extensão da Zona Norte e dos subúrbios da Central do Brasil foram afetadas pela ação criminosa e a represália policial: Mangueira, Maracanã, São Francisco Xaiver, Riachuelo, Rocha, Sampaio, Vila Isabel, Engenho Novo, Jacaré e Méier.

O trânsito foi interditado na Avenida Marechal Rondon, na altura do Engenho Novo, e a circulação na área ficou restrita à Rua 24 de Maio, no sentido Méier. No sentido contrário, o trânsito seguia apenas Rua Barão do Bom Retiro, obrigando a quem saía do Méier, com destino ao Centro da cidade, passar pelo Grajaú.

Fonte: G1

Helicóptero de cantor da dupla Bruno e Marrone faz pouso forçado em Caxias do Sul (RS)

Visualização ficou prejudicada e piloto decidiu parar em campo de futebol em Caxias do Sul.

O helicóptero do cantor Marrone, da dupla Bruno e Marrone, fez pouso forçado em Caxias do Sul na tarde de quinta-feira (15). Segundo informações da Rádio Guaíba, o piloto usava mapa de rodovias da região para se orientar, até que a visualização ficou prejudicada e ele foi obrigado a parar o aparelho por volta das 16h30 em um campo de futebol do bairro Serrano.

Marrone seguia para Farroupilha, onde se encontraria com Bruno.

O estoquista Nilton Everson de Oliveira Cipriani, 37 anos, ofereceu carona a dois homens que viajavam em um helicóptero que pousou no campo de futebol do bairro Serrano, em Caxias. A dupla, que inicialmente se identificou como empresários de São Paulo, era na verdade o piloto da aeronave e o assessor do cantor Marrone, da dupla Bruno & Marrone, que aguardava no helicóptero. Bruno viajou de ônibus.

— Só vi que era o Marrone quando ele entrou no carro e me cumprimentou, com aquele sotaquezinho diferente e aquela voz rouca. Aí foi muito emocionante e gratificante — diz Cipriani, que ganhou, além de um DVD e um autógrafo do cantor, um passeio de helicóptero.

À noite, a dupla se apresentou normalmente em Garibaldi e decolou na manhã desta sexta-feira.

Fontes: Diário de Canoas / Pioneiro - Foto: Patrick Figueiredo da Silva/divulgação

Presidente Obama anuncia interdição aérea contra narcotráfico no Brasil

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou hoje a interdição aérea de aviões que poderiam transportar drogas ilegais sobre território brasileiro.

Em uma "determinação presidencial" dirigida aos departamentos de Estado e de Defesa, o líder assinalou que a interdição "é necessária devido à extraordinária ameaça que representa o tráfico de drogas à segurança dessa nação".

Acrescentou que a interdição inclui, pelo menos, o uso de meios efetivos para identificar e advertir um avião suspeito de transportar drogas antes do uso da força.

A determinação presidencial indicou que o Governo do Brasil tomou as medidas apropriadas para proteger a vida de inocentes tanto no ar como em terra.

A nota instruiu ao Departamento de Estado a publicar a decisão na Gazeta Federal e a notificar ao Congresso.

Fonte: EFE via EPA

Suspeita de bomba faz avião retornar ao aeroporto meia hora depois de decolar

O avião Airbus A340-300, prefixo EC-GHX, da companhia espanhola Iberia, com 250 pessoas a bordo, teve que retornar ao aeroporto internacional de Caracas nesta sexta-feira (16), meia hora depois da decolagem, por ordem das autoridades de segurança aeroportuária, informaram a EFE fontes da empresa.

Porta-vozes do escritório da Iberia no Aeroporto Internacional de Maiquetía, a cerca de 30 quilômetros de Caracas, confirmaram que o avião retornou ao aeroporto venezuelano por ordens da segurança aeroportuária, sem dar mais explicações ao respeito.

Os passageiros tiveram que desembarcar e as autoridades venezuelanas "revistaram" o aparelho, disseram as fontes.

Pouco antes das 22h hora local (23h30 de Brasília), a companhia espanhola indicou que o voo 6700 da Iberia havia sido adiado para hoje de manhã e que os passageiros passarão a noite em hotéis próximos ao aeroporto.

Meios de comunicação locais, que citaram fontes da Torre de Controle de Maiquetía, afirmaram que o avião foi obrigado a voltar por um suposto "alarme de bomba" que resultou "falso", sem que essa versão tenha sido confirmada oficialmente.

Fontes: EFE via EPA / Aviation Herald

Acidente de avião filipino no subúrbio de Manila mata 4

A hélice de um avião em um voo de teste caiu e explodiu em chamas em um subúrbio de Manila, capital das Filipinas, neste sábado (17), matando pelo menos quatro pessoas a bordo, segundo funcionários do aeroporto.

O avião Douglas C-47B (DC-3), prefixo RP-C550, da empresa Victoria Air, raspou os telhados de 14 casas na cidade de Las Pinas antes de cair em um armazém abandonado.

Não houve, até o momento, comunicado sobre feridos no chão. Moradores locais disseram que duas casas perto do armazém pegaram fogo.

Os restos carbonizados de quatro pessoas foram recuperados no local. Haviam sete pessoas a bordo.

O avião de carga vintage deixou o antigo terminal doméstico em Parañaque, no aeroporto de Manila, às 11:56 e partiu do para a cidade de Puerto Princesa, em Palawan, província sudoeste de Manila, por volta do meio-dia (hora local), mas o piloto retornou minutos depois e pediu permissão para um pouso de emergência.



O avião de propriedade da Victoria Air realizava um voo de teste. A empresa não pôde ser contatada para comentar o acidente.

O manifesto do vôo mostrou que haviam sete pessoas a bordo, incluindo o piloto, mas os investigadores do acidente não puderam confirmar imediatamente o número de pessoas que estava no avião. Horas depois, os bombeiros apagaram o incêndio causado pelo acidente e apenas quatro corpos foram encontrados.



Fontes: AFP / Inquirer / Reuters / ASN / Aviation Herald

Não há sinais de que o caso do 'garoto no balão' nos EUA foi armação, diz polícia

Menino do Colorado temia castigo por perda do balão, diz policial.
Caso chamou a atenção da imprensa internacional na quinta-feira (15).


Em foto divulgada pelo canal ABC, a família Heene, de Fort Collins, no estado do Colorado; ao centro, de preto, o menino Falcon, de 6 anos

O xerife do condado de Larimer, no estado americano do Colorado, Jim Alderden, disse nesta sexta-feira (16) que não há sinais de que o caso do balão à deriva tenha se tratado de um trote.

Na véspera, um balão feito em casa voou de uma casa de família e pensou-se que um garoto de seis anos, Falcon Heene, estivesse dentro dele. Mas, quando o balão caiu, ele estava vazio, e o garoto foi posteriormente encontrado no sótão de casa.

O caso foi acompanhado ao vivo pela imprensa mundial e gerou grande repercussão.

Alderden disse que não há sinais de que a família quis criar um incidente quando relatou a ausência do garoto. De acordo com o policial, a versão de que o garoto teve ordens de se esconder é "inconcebível". Segundo ele, o menino disse se sentir responsável pelo fato de o balão ter escapado, e escondeu-se para fugir de um eventual castigo.

A hipótese de "armação" foi reforçada depois que o garoto disse à CNN que fez aquilo para um programa de TV. Os pais do garoto são "caçadores de tempestades" que apareceram em um reality show na rede americana de TV ABC.

Um porta-voz da polícia havia dito antes que havia a possibilidade de o garoto ter caído do balão, uma vez que uma das portas parecia estar aberta.

Foto da TV local mostra o balão à deriva no estado americano do Colorado nesta quinta-feira (15)

Imagem da TV local mostra o balão logo após a queda nesta quinta-feira (15) no estado americano do Colorado

Fonte: G1 (com agências internacionais) - Fotos: AP

Nuvem ou Óvni no céu de Moscou?

Um círculo bem estranho apareceu no céu de Moscou dia desses.



Esta é, de fato, uma forma de nuvem lenticular (nome dado devido a suas formas peculiares, como a forma de uma lentilha), que ocorre quando as nuvens estão posicionadas perpendicularmente ao sentido do vento, que ao atingir grandes velocidades, em um local relativamente plano e, ao chegar perto de uma montanha, sobe e faz um redemoinho que dá origem às nuvens de formas discoidais.

Leia mais AQUI.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Cai avião da Força Aérea da Nicaragua ao tentar fazer pouso forçado

Um avião Antonov 2 da Força Aérea da Nicarágua teve que fazer um pouso de emergência ontem à tarde (15), depois de sofrer danos durante a execução de um voo de teste, confirmou aos jornalistas o Brigadeiro-General Adolfo Zepeda, um porta-voz do Exército da Nicarágua.

O AN 2 era pilotado pelo capitão Ángel del Sol Sequeira Cantillo, que era líder de voo, junto com quatro tripulantes, o co-piloto Capitão Silvio Armando Sanabria Herrera e a suboficial Grisli María Mendoza Cano e os mecânicos civis Sergio Ernesto Toruño García e Miguel Ángel Castro Pineda.

O General Zepeda disse que apenas um mecânico civil sofreu pequenos ferimentos durante o declínio acentuado da aeronave.

Zepeda disse que o incidente ocorreu quando a aeronave estava fazendo um voo de teste em torno de Manágua e, em um determinado momento, ao corrigir uma situação de emergência, o piloto foi forçado a aterrissar em uma fazenda a nordeste do Aeroporto Internacional Augusto C. Sandino.

O incidente ocorreu por volta das 16:00 (hora local) quando a aeronave iniciou sua descida em direção à pista e caiu quando estava a cerca 200 metros de altitude na propriedade rural Santa Elena, localizada no bairro Aceituno, em Manágua.

O AN 2 sofreu alguns danos ao cair no local onde aterrou de emergência, situado a cerca de 800 metros a nordeste da pista do aeroporto.

O porta-voz militar informou que uma investigação sobre o acidente vai avaliar os danos e investigar as causas do colapso da aeronave.

Fontes: Nohelia González y Amalia del Cid (laprensa.com.ni) / ASN - Foto: A. Montano

Acidente de helicóptero mata 3 na República Dominicana

Pelo menos três pessoas morreram quando o helicóptero no qual viajavam caiu nesta quinta-feira (15) no sul da República Dominicana, informaram as autoridades e a imprensa local.

O helicóptero Eurocopter EC120 Colibri, prefixo N871SA, de propriedade do cônsul dominicano em Porto Príncipe, no Haiti, havia partido à tarde do povoado de San José de Ocoa, 140 quilômetros ao sul de Santo Domingo, mas perdeu contato com a torre de controle pouco depois.

O aparelho, de matrícula dominicana, caiu sobre a comunidade de El Limón, uma região montanhosa perto do povoado de San José de Ocoa.

Os ocupantes e o piloto, ainda não identificados, morreram no acidente, confirmou o Instituto de Aviação Civil. O cônsul não viajava no helicóptero.

Fonte: Manuel Jiménez (Reuters/Brasil Online) via O Globo / ASN - Foto: DominicanToday.com

Piloto sobrevive a queda de avião no Alasca e anda 30 km até ser socorrido

Aeronave caiu na quarta-feira em parque nacional.

Passageiro morreu, e seu corpo ficou nos destroços.


Destroços do avião Cessna A185E Skywagon, prefixo N2764J, que caiu na quarta-feira (14) no Parque Nacional Denali, no Alasca

O piloto sobreviveu à queda e caminhou mais de 30 quilômetros pela mata até ser socorrido.

Daniel McGregor, de 35 anos, está sendo tratado de queimaduras no rosto e nas mãos. Seu estado é bom, segundo o hospital. O biólogo Gordon Haber, de 67 anos, único passageiro do avião, morreu e seu corpo ficou nos destroços.

Fonte: G1 (com AP) / ASN - Fotos: NPS / AP

Dois aviões de combate F-16 dos EUA se chocam no ar

Militares dos Estados Unidos fazem busca noturna de um piloto desaparecido sobre o Oceano Atlântico depois que dois aviões de combate F-16 se chocaram no ar, informou a Força Aérea americana.

Um dos dois aparelhos conseguiu pousar numa base aérea perto de Charleston, Carolina do Sul (sudeste), onde os militares realizavam treinamento. O piloto, o capitão Lee Bryant, "está sendo submetido a exames, apesar de ter saído ileso" do acidente.

"Já o piloto do F-16 Fighting Falcon desaparecido, da 20a esquadrilha de caça, foi identificado como capitão Nicholas Giglio", segundo a nota da base de Shaw da Força Aérea.

"Aparentemente, seu caça se chocou com outro Shaw F-16 no ar sobre o Oceano Atlântico por volta das 08H30 pm de quinta-feira (00H30 GMT de sexta).

A Guarda Costeira mobilizou seis aparelhos (entre navios e aviões) para tentar localizar Giglio e seu avião, incluindo um helicóptero e um Hércules C-130.

Fonte: AFP - Foto: USAF Staff Sgt. Christopher Boitz/Handout / Reuters

Para culpados pelo "milagre" no Rio Hudson, a outra face da glória

Gansos canadenses voando perto de Pelham Bay Park, no Bronx. Gansos similares danificaram os motores de um avião da US Airways que pousou no rio Hudson, em janeiro - Foto: Rob Bennett (The New York Times)
Assim como a maioria das histórias, o já lendário pouso do voo US Airways 1549 nas águas geladas do Rio Hudson, em 15 de janeiro de 2009, também tem um herói e um vilão. Na amerissagem, classificada por especialistas como um verdadeiro milagre, o herói – Comandante Chesley B. Sullenberger III se tornou uma personalidade, tanto que no dia 1° de outubro, os fãs o aplaudiram e pediram muitos autógrafos. A imprensa realizou intensa cobertura do voo interrompido, de Nova Iorque a Charlotte. Já os culpados pelo acidente – os gansos canadenses, que causaram o apagamento dos dois motores da aeronave – não foram festejados por ninguém. A população de gansos canadenses que residem na área metropolitana de Nova Iorque é bastante difícil de ser mensurada, mas as estimativas são de 20.000 aves. O fato é que, em oito dias agitados do último verão americano, a população foi reduzida em 1.235 aves. Cerca de doze funcionários do serviço de vida selvagem e de proteção ambiental do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) capturaram as aves, com o uso de caiaques e armadilhas, para realizar a eutanásia através de gás. A ação não foi chamada de extermínio, mas nenhuma das aves sobreviveu para ver as folhas de outono caírem. Não é certo que a eutanásia deixou os céus da cidade mais seguros. O certo é que gansos e aeronaves criam uma combinação perigosa para ambos os lados. De acordo com Richard A. Dolbeer, cientista em vida selvagem e referência mundial no assunto, esta espécie de ganso tem quatro quilos e realiza voos em grandes bandos, sendo ainda abundantes - população estimada de cinco milhões de indivíduos, caracterizando-se como a espécie mais perigosa para a aviação. Originalmente, estas aves migravam sobre Nova Iorque na primavera e no outono, mas uma população residente foi introduzida na década de 30, a fim de incentivar a caça esportiva. Alguns defensores da vida selvagem ainda são céticos a respeito da eficiência das ações letais realizadas, afirmando que não houve uma pesquisa suficientemente profunda na população residente de gansos para definir quantos indivíduos deveriam ser sacrificados. “Há muito o que fazer antes de tomar medidas como esta. Não que isto não possa ser realizado, mas a lição de casa deve ser feita anteriormente”, afirma Glenn Phillips, da New York City Audubon, comunidade dedicada à preservação de aves selvagens. Ele disse, ainda, que as aves que derrubaram a aeronave de Sullenberger não eram residentes, segundo testes laboratoriais. Portanto, a redução da população residente não teria evitado o acidente. As autoridades locais foram mais otimistas, apesar de não terem sido abatidas as 2.000 aves inicialmente previstas na ação. O vice-prefeito, Edward Skyler, disse que “gansos canadenses são uma séria ameaça à aviação, seres humanos a bordo de aeronaves e no solo devem ser protegidos. Devemos realizar diversas medidas que reduzam a probabilidade de colisões com aves”. Segundo Jason Post, o porta-voz do prefeito Michael Bloomberg, “a ação letal que custou pouco menos de US$ 50,000, rateada entre a cidade e as autoridades aeroportuárias de Nova Iorque e de Nova Jérsei, não foi a única medida de controle usada este ano”. Durante a época de nidificação, foi utilizado óleo de milho para cobrir 1.739 ovos de ganso. Segundo Carol Bannerman, porta-voz do USDA, “o óleo impede que os ovos se desenvolvam”. Paralelamente às ações sazonais, outros procedimentos de afugentamento são realizados todo o ano, a fim de manter as aves longe dos sítios aeroportuários.

Funcionários do Ministério da Agricultura montam um "curral" para os gansos do Canadá, em Randalls Island Foto: New York City Department of Parks and Recreation

Os três maiores aeroportos de Nova Iorque mantêm ações de controle da vida selvagem desde a década de 70. Pirotécnicos, falcoaria e armas de fogo têm sido utilizados por equipes treinadas para dispersar e abater aves nas áreas patrimoniais dos aeroportos. “As equipes fazem rondas regulares no aeroporto com várias atribuições, sendo uma delas o registro da presença de aves”, disse John Kelly, porta-voz da autoridade aeroportuária. Ele afirmou ainda que “algumas situações exigem o uso das armas para dispersar, outras para matar as aves nos aeroportos”. “As autoridades mantêm uma política de tolerância zero para os gansos na área aeroportuária. As armas de fogo são utilizadas somente por pessoal treinado e certificado do setor de operações do aeroporto”. 

Fonte: Simon Akam (The New York Times com tradução e adaptação do Maj Av Henrique Rubens Balta de Oliveira) via Fórum SDV (Segurança de Voo)

Mobilização e alívio no céu dos EUA

Irmão de garoto de seis anos disse que ele havia subido em balão que voou por mais de duas horas

A informação de que um menino de seis anos cruzava o céu do Estado do Colorado em um balão desgovernado deu início a uma busca frenética e mobilizou os Estados Unidos na tarde de ontem. Horas depois, a surpresa: o garoto, aparentemente, nunca saíra da garagem da casa onde vive com os pais.

O drama envolvendo Falcon Heene teve início com uma história contada por um dos seus irmãos, que afirmava ter visto o caçula da família entrar no balão, preso por uma corda no quintal da casa, em Fort Collins. De acordo com a polícia, o garoto foi encontrado horas depois no sótão da residência, de onde nunca saiu durante o período de buscas.

– Eu estava brincando e acabei pegando no sono – contou.

O pai de Falcon, Richard, explicou por que o filho resolveu se esconder.

– Ele disse que fez isso porque eu gritei com ele. Sinto muito ter gritado com ele – disse, com lágrimas nos olhos.

O irmão reafirma ter visto Falcon entrando no balão. O menino “obviamente saiu antes” da corda ser solta, completou o pai. Mas isso só foi explicado depois. Por mais de duas horas, tudo indicava que o menino estivesse voando. A Força Aérea dos EUA chegou a ser acionada para tentar alcançar o balão, que chegou a 2,1 mil metros de altura. A história foi o grande assunto do dia na imprensa americana. Imagens do balão no céu eram reproduzidas a todo instante.

O mistério em torno do sumiço começou a ser desvendado quando o artefato finalmente aterrissou, a uma distância de cerca de 96 quilômetros da casa da família Heene. O balão estava vazio. Primeiro, veio a apreensão: Falcon poderia ter caído. Depois, uma segunda hipótese começou a ganhar força: o menino poderia estar escondido em algum lugar próximo de casa.

– Tenho certeza de que vamos encontrá-lo. Acho que ele está apenas assustado. Talvez não esteja pronto para ser encontrado – previa Eloise Campanella, porta-voz da polícia.

Pais do garoto são aficionados pela ciência

Atrair os holofotes da mídia não é exatamente algo novo na vida da família Heene. Os pais são aficionados pela ciência e se dedicam à caça de fenômenos da natureza. Eles próprios estavam construindo o balão de seis metros de comprimento e 1,5 metro de altura.

Os Heene participaram de um reality show da rede americana ABC, chamado Wife Swap. No programa, duas mães de lares diferentes trocam de lugar. No site da emissora, eles são descritos como “família dedicada a experimentos científicos, como buscas por extraterrestres e construção de discos voadores de pesquisa para colocar no olho de furacões’’.

Ontem, depois de esclarecido o sumiço, um repórter chegou a perguntar ao xerife, em tom de brincadeira:

– O senhor tem certeza de que tudo isso não faz parte de um reality show ?

Falcon mostra o local onde ficou escondido enquanto a polícia acreditava que ele estava em um balão

Trajetória no ar (em .pdf)

A família Heene (em .pdf)

Fonte: Zero Hora

Compra de armas pelo Brasil beneficia defesa da América do Sul

Sarkozy e Lula durante os desfiles de 7 de setembro; encontro serviu de impulso para o diálogo militar entre França e Brasil

O plano do governo brasileiro para aquisição de equipamento e tecnologia militar enfrenta críticas de analistas que acreditam que o investimento irá gerar uma corrida armamentista na América do Sul. No entanto, a compra caças, helicópteros e submarinos, disputada pelos mercados americano, francês e sueco, é necessária e benéfica não só para o País, mas para toda a região. É o que defende Salvador Raza, diretor do Centro de Tecnologia Relações Internacionais e Segurança (Cetris) e professor da National Defense University, em Washington - centro acadêmico fundado pelo Departamento de Defesa dos EUA.

Para o especialista, os novos armamentos irão gerar um efeito em cadeia nos países sul-americanos, transformando a arquitetura de defesa e aumentando a segurança e eficiência da região inteira. Pelo fato de não haver alianças militares sólidas entre os países, não há competitividade que possa gerar algum tipo de tensão entre vizinhos.

Além disso, explica Raza, as nações dispõem de freios políticos e econômicos que inviabilizam que se justifique internamente a aquisição de largas quantidades de equipamento militar, com o objetivo exclusivo de se igualar ao país ao lado.

"O que temos são reações dos outros países ao plano de compra brasileiro. Eles estão se reajustando a um novo desenho de defesa da região que é sistêmico. Não é um contra o outro, mas é uma nova arquitetura. Isso ocorre regularmente em ciclos históricos e é bom, pois leva a região a um novo patamar em termos de defesa segura", avalia Raza.

"As discussões no Brasil ainda são sobre os equipamentos, que foi justamente o erro venezuelano. É um assunto emocionante, empolgante, mas é o que chamamos de 'assunto de tenente', que analisa se a asa do avião é maior ou menor, por exemplo. Não é isso. O debate principal é sobre a integração desses equipamentos em doutrinas, sistemas de comando e estratégias, e isso ainda foi pouco abordado", defende Raza.

O caso da Venezuela, citado pelo especialista como exemplo de projeto mal conduzido, é o que os profissionais da área militar chamam de "booster frio" - uma injeção de recursos materiais que não altera em igual proporção a capacidade de combatência do país.

Segundo Raza, o investimento dos venezuelanos em armas acabou não se transformando em poder efetivo, além de ter aumentado o custo de manutenção dos novos equipamentos.

No entanto, o diretor do Cetris entende que o país está no caminho certo e não acha que possa haver um "Booster Frio" brasileiro. "Acredito que temos gente competente no País para fazer o projeto de força. O problema é que está muito demorado e já somos cobrados por isso. Estamos em um processo contratual, as Forças Armadas do Brasil estavam muito fracas em termos de equipamento. O material já era obsoleto, havia a necessidade de reciclagem", diz Raza.

Fonte: Marcos Chavarria (Terra) - Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

Carta aérea

Aliança estratégica não é fatura nem contrato de promessa de compra e venda; é geopolítica

Por JANIO DE FREITAS

"NÃO ENCONTREI nem um grande negócio de armamentos sem corrupção". A partir de tal constatação, para nós, brasileiros, os negociantes de armas são como as grandes empreiteiras.

Aí está uma razão definitiva, além de muitas outras, para que as atuais compras de armamentos pesados pelo Brasil -ou, mais precisamente, por Lula e Nelson Jobim em nome do Brasil- não lembrem os negócios para realização de obras públicas. Mas, depois dos submarinos, é o negócio da compra de aviões de caça, não importam seus tipos e procedências, que se enrola em inverdades, negaças e cartas marcadas.

Aquela frase é de Andrew Feinstein, autor de pesquisa mundial sobre negócios de armamentos, para o livro que escreve a respeito. Sua dedicação ao tema tem boa origem. Quando deputado na África do Sul, encabeçou a extraordinária investigação parlamentar que desvendou uma trama de grossa corrupção na compra, à Rússia, de grande número de caças Sukhoi. A frase consta da entrevista transmitida pelo "Milênio", na GloboNews, em 27.jul.09.

Será melhor que o Brasil não venha a figurar no livro de Feinstein nem de modo inconclusivo, apenas por estranhezas. Como esta, por exemplo: dada autorização especial, do Congresso e do governo dos Estados Unidos, para que a Boeing inclua a transferência de conhecimento tecnológico em sua oferta do caça F-A18E, na sexta-feira o Ministério da Defesa comunicou que só receberá propostas de fabricantes até a segunda-feira 21. Nelson Jobim criou, portanto, uma data-limite e, com ela, apenas nove dias (com dois sábados e dois domingos) para a elaboração de complexos estudos e formulação de propostas. Sendo que a da francesa Dassault já foi esboçada com brasileiros e em Brasília.

A data foi fixada na mesma sexta-feira em que Lula emitia, durante comício televisivo, três afirmações aproveitáveis para numerosos fins: "não há prazo" para a escolha, "eu decido quando quiser", "quem decide sou eu e mais ninguém". Pelo visto, não é o que Nelson Jobim acha, e pratica.

A nota com a informação de data-limite pede que a sueca Saab, do caça Gripen, e a Boeing "apresentem propostas que busquem equiparar-se à francesa", e esta "compatível com os parâmetros do presidente francês Nicolas Sarkozy". Confirma-se, pois, que a proposta francesa já é conhecida, contra nove dias para elaboração das demais, em negócio de bilhões.

Há pelo menos dois outros pontos de curiosidade na nota. Se Jobim não comete a impropriedade de revelar a outros a proposta francesa, é puro nonsense o pedido de que "equiparem" suas ofertas àquela. E "equiparar-se" para quê? O que deveria interessar ao Ministério da Defesa é justamente que não sejam apenas "equiparáveis", mas melhores. Ou, seja lá pelo que for, não conviria que se mostrem melhores?

Lula e Jobim podem querer o caça francês, mas não precisam recorrer à alegação de uma "aliança estratégica" com a França. Sob aliança estratégica com os Estados Unidos, o Brasil fez sua primeira esquadrilha de caças com os Gloster-Meteor de fabricação inglesa. Além da aliança estratégica, já sob o Acordo Militar Brasil-Estados Unidos, que trouxe até militares norte-americanos para dentro de bases e quartéis brasileiros, comprou aos ingleses e reformou na Holanda o finado porta-aviões Minas Gerais. Comprou na França caças Mirage, ainda em uso. Fez a associação, hoje extinta, da Embraer com a Dassault, e comprou na França o atual, mas não atualizado, porta-aviões São Paulo.

Aliança estratégica não é fatura nem contrato de promessa de compra e venda. É geopolítica, é política internacional.

Além disso, essa história de que "a FAB faz a análise técnica" e "o governo toma a decisão política e estratégica" é só invencionice. As duas são indissociáveis: a finalidade condiciona a escolha técnica do instrumento. É a razão que faz os Estados Unidos, com seus tantos tipos de jatos de combate, desejarem testar o Super Tucano da Embraer, a hélice, para situações como as do Afeganistão.

As grandes empreiteiras já são mais do que o necessário para o mau conceito brasileiro.

Fonte: jornal Folha de S.Paulo

Concorrência se acirra após declarações do governo pró-Rafale

Boeing envia assessores para defender o seu avião; sueca Saab revê condições

Comandante Juniti Saito adere a brincadeira de Lula, de que vai acabar recebendo aviões "de graça", e diz que a disputa melhora as ofertas

ELIANE CANTANHÊDE
COLUNISTA DA FOLHA

Quanto mais o governo reforça publicamente sua preferência pelos aviões Rafale, da francesa Dassault, para renovar a frota da FAB, mais as outras competidoras, a sueca Saab e a americana Boeing, aumentam a pressão para não serem excluídas antes que se encerre o processo de análise técnica.

Nesta terça, por exemplo, desembarcam em São Paulo enviados especiais da Boeing para defender o seu avião, o F-18 Super Hornet. batendo na tecla de que seu produto não é só um dos melhores, se não o melhor, e atende ao requisito de transferência de tecnologia.

O comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, até aderiu à brincadeira do presidente Lula, de que vai acabar recebendo os aviões "de graça": "É possível. Os EUA disseram que vão transferir tudo, e a Suécia, que vai rever condições."

O novo parâmetro usado pelo governo brasileiro para tentar obter maiores vantagens no negócio, que pode chegar a 4 bilhões, foi dado pelo presidente francês Nicolas Sarkozy: ele garantiu a Lula que a Dassault irá vender os aviões ao Brasil pelo mesmo preço que cobra da própria Aeronáutica francesa.

Já a pressão da Boeing é focada no compromisso da aprovação que o governo dos EUA deu para a transferência do pacote do F-18. "É uma decisão definitiva", disse um assessor americano, afastando uma possível revisão pelo Congresso.

A sueca Saab, que entra na disputa com o Grippen NG, também decidiu se mover. Seu principal trunfo é o preço, mas seu produto enfrenta duas resistências: só ter uma turbina e ser ainda um projeto virtual.

O prazo final para a coleta de dados e revisão de propostas passou do dia 18 para o dia 21, quando a Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate espera abrir a fase final de redação do relatório com novidades das três empresas.

A expectativa é que todas façam novas concessões nas áreas de preços, de condições, de abertura de tecnologia e de "offset" (sistema de compensações no avião ou outras áreas).

As etapas seguintes são: avaliação do Alto Comando da Aeronáutica, envio para o Ministério de Defesa, convocação do Conselho de Defesa Nacional e a decisão do presidente. Em tese, Lula pode jogar o trabalho na gaveta e usar sua prerrogativa de decidir politicamente o que é melhor para o país.

Um fator decisivo pró-Rafale é a "aliança estratégica" entre Brasil e França, que inclui não só o maior pacote de compras militares, mas também aliança política em foros multilaterais.

Fonte: jornal Folha de S.Paulo

França não transferirá 100% da tecnologia nas negociações de caças, diz especialista

A proposta francesa de transferência total de tecnologia ao Brasil nas negociações para a compra de 36 caças Rafale deve ser vista com cautela, na opinião do economista Renaud Bellais, da Comissão de Defesa da Fundação Concorde e especialista em indústria de defesa.

Segundo ele, é provável que o governo francês e a Dassault, empresa que fabrica os caças, concordem em transferir 100% do conhecimento necessário para a linha de produção dos aviões, como processos de certificação, homologação e validação de etapas da produção - mas dificilmente vão revelar as "tecnologias mais sensíveis".

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"Um avião tem diferentes tecnologias, como aerodinâmica, estrutura, sistemas embarcados etc. O importante é saber a que tipo de tecnologia o governo francês se refere. Por exemplo, existem tecnologias de radar que nunca serão exportadas ", argumenta.

Para o especialista, a regra seguida pelo Ministério da Defesa é que seus aviões estejam sempre equipados com sistemas mais avançados que os que integram as unidades exportadas. "O objetivo é que os sistemas utilizados nos aviões do Exército francês sejam mais eficazes do que aqueles integrados nos aviões exportados para não nos encontrarmos na mesma situação vivida no Iraque, em que o Exército se deparou com equipamentos franceses."

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Segundo Bellais, a tecnologia mais sensível são os sistemas embarcados, tais como navegação, comunicação, dados de voo e sistemas de controle, ou ainda os sistemas de armas. No caso dos Rafales, parte desses sistemas são fabricados pela francesa Thales, em que a Dassault tem participação.

Embora os detalhes ainda não tenham sido definidos, a França se diz disposta a transferir ao Brasil 100% da tecnologia para a fabricação dos caças.

Paris garante que o objetivo é que, no final do processo, não somente o Brasil seja capaz de construir um avião equivalente ao Rafale, mas que os dois países construam juntos a próxima geração de caças franceses.

Como parte do acordo, a França também pretende comprar entre 10 e 15 unidades do futuro avião de transporte militar KC-390 da Embraer. Em entrevista a uma rádio francesa, o ministro da Defesa, Hervé Morin, chamou o avião brasileiro de "carrinho de mão" e disse que eles não têm o mesmo nível do A400M, avião europeu que está sendo desenvolvido com participação francesa.

Contrato vital

Desde seu primeiro voo, em 1996, os caças franceses nunca conseguiram decolar para as exportações. O contrato com o governo francês, que previa a entrega de 294 aviões até 2012, foi revisto para baixo e não deve ultrapassar 280 unidades.

Para Bellais, um contrato de exportação hoje é vital para que a Dassault possa continuar a fabricar os caças. "O problema atual é que a maior parte das encomendas já foi feita, e a produção está recuando", diz.

Segundo ele, o risco é que a produção recue a menos de 15 aviões por ano, mínimo necessário para manter a viabilidade econômica do projeto. "Nesse caso, a Dassault corre o risco de perder a mão de obra e a competência necessárias para a fabricação dos caças".

Um porta-voz do construtor negou que o futuro da empresa dependa do acordo com o Brasil. Segundo ele, a produção está garantida pelo contrato com o governo francês até 2025.

Fonte: Ana Carolina Dani (Folha Online) - Imagem: Arte/Folha

Farc ataca pequeno avião com 15 passageiros a bordo

Supostos guerrilheiros das Farc atacaram com tiros um pequeno avião que minutos antes tinha decolado de um aeroporto do departamento colombiano do Guaviare (sudoeste) com 15 ocupantes a bordo, informaram hoje meios de comunicação locais.

A nave, um DC3, foi atacada da terra por supostos integrantes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), que depois fugiram, indicou o noticiário de televisão Caracol Noticias.

A aeronave se preparava para partir de Miraflores com destino a San José do Guaviaré, capital departamental, quando foi baleada.

Um dos projéteis atingiu a fuselagem do aparelho, ferindo a uma passageira.

Os demais ocupantes saíram ilesos.

Fonte: EFE via iG

Avião do governo de MS fez pouso emergencial em Três Lagoas

No mapa de Mato Grosso do Sul, a localização do município de Três Lagoas

Tendo como passageiros o governador André Puccinelli (PMDB), os deputados Akira Otsubo (PMDB) e Diogo TIta (PPS), o secretário Wantuir Jacini (Segurança) e assessores, avião bandeirante do governo do Estado teve que fazer um pouso emergencial, na tarde desta quinta-feira (15), no aeroporto municipal de Três Lagoas devido a um temporal, conforme o site Perfil News. Foi apenas um susto, mas que impediu a aeronave de chegar aos destinos Aparecida do Taboado e Paranaíba.

Diante do imprevisto, Puccinelli retornou a Campo Grande com a aeronave. O deputado Akira Otsubo informou àquele site que o avião que havia decolado de Campo Grande por volta das 14h30 já sobrevoavam a região de Aparecida do Taboado quando passou por uma temporal que sacolejou muito a aeronave.

O piloto se viu obrigado então a retornar e pousar no aeroporto de Três Lagoas. Akira, Diogo Tita e o secretário Wantuir Jacini ficaram em Três Lagoas. Depois, Tita e o secretário de Segurança seguiram a viagem de carro para Paranaíba, enquanto Akira Otsubo continuo em Três Lagoas, onde cumpriu agenda, participando da inauguração da Clínica de Criança e de um jantar promovido pela OAB.

Fonte: Campo Grande News - Mapa: Raphael Lorenzeto de Abreu

Tailândia compra quarto avião para uso militar da Embraer

O Governo da Tailândia adquiriu uma quarta aeronave militar ERJ 135 da Embraer, que será utilizada pela Marinha do país, anunciou hoje a companhia construtora brasileira.

Em comunicado, a Embraer assinalou que a Royal Thai Navy (Marina Tailandesa) assinou a compra, a quarta desse tipo de aeronaves em menos de dois anos.

O primeiro negócio entre Embraer e o Governo da Tailândia foi divulgado em novembro de 2007 com a compra de duas aeronaves, uma para o Exército e outra para a Marinha, ambos entregues no fim de 2008.

No início de 2009 Embraer anunciou a aquisição de um segundo ERJ 135 por parte o Exército Tailandês.

Os aviões são utilizados para o transporte de autoridades militares, mas contam com equipes de resgate e recursos de defesa.

Bélgica, Grécia, Índia, Nigéria e o próprio Brasil já empregam esse tipo de aeronaves no uso de transporte militar.

Fonte: EFE via G1

Força Aérea equatoriana admite crise e justifica doação aviões venezuelanos

O comandante da Força Aérea Equatoriana (FAÉ), Rodrigo Bohórquez, admitiu hoje que a unidade está em crise e justificou assim ter aceito seis aviões Mirage-50 doados pela Venezuela ao Equador.

Bohórquez disse que a FAÉ atualmente só dispõe de um avião supersônico (K-Fir) operacional e outros dois (Mirage) que atuam de forma ocasional.

Lembrou que o Equador dispunha de uma frota de 26 aviões supersônicos mas que, após 30 anos de serviço, já cumpriram sua vida útil, informou o canal "Ecuavisa".

O comandante assinalou que sob essas circunstâncias a FAÉ decidiu aceitar os aviões doados pela Venezuela, que foram reformados em 1995, embora admitiu que se requereria fazer um investimento pequeno para adaptá-los às necessidades do país.

Justificou também a decisão do Governo equatoriano de adquirir, por US$35 milhões, uma dúzia de aviões Mirage-Cheetah da África do Sul, também reformados, para melhorar a capacidade operacional da FAÉ.

"Achamos que é a melhor forma de solucionar nosso problema operacional", acrescentou Bohórquez, que também lembrou que o Equador negociou com o Brasil a aquisição de aviões subsônicos SuperTucano.

O Equador espera também incorporar, nos próximos meses, dois radares provenientes da China, para melhorar a capacidade operacional de sua força militar.

Fonte: EFE via G1

Suíça quer desistir de comprar aviões de combate

A Suíça, um dos países mais ricos do mundo, está prestes a decidir não mais comprar 22 aviões de combate como tinha previsto para seu exército. Entre o Rafale francês, o Gripen sueco e o alemão Eurofighter, o novo ministro de defesa, Ueli Maurer, quer ficar mais algum tempo com sua frota de 54 Tiger para proteger um território menor do que o Piauí.

Inicialmente, o governo suíço tinha definido um pacote de 33 aparelhos. Depois baixou o projeto e reservou US$ 2,2 bilhões para comprar 22 jatos de combate. O setor econômico acha que é um bom negócio. Mas o ministro da Defesa, Ueli Maurer, do partido mais à direita no Parlamento, acha que a falta de recursos atualmente, em plena crise global, sugere a prudência.

Os partidos de esquerda, que quase não o elegeram no Parlamento para o cargo de ministro, agora parecem constrangidos em ver sua bandeira de um exército menor e sem gastos com avião de combate justamente vir a ser implementada pelo adversário político.

O governo diz que não há decisão oficial e as pressões são fortes para manter a encomenda. Em todo caso, o ministro indica que, ao adquirir mais tarde os aparelhos, todos deverão ser de um mesmo tipo.

Fonte: Assis Moreira (Valor Online) via O Globo