Mesmo sem registro de mortes desta vez, o fato fez lembrar a tragédia com o VLS, há quase seis anos.
Nesta quinta-feira, o Sindicato dos Servidores Públicos Federais voltou a cobrar providências. E afirma que há pelo menos cinco anos, questiona a existência de paióis com explosivos no CTA.
“É impossível ter um paiol dentro de um centro de pesquisa, um centro de pesquisa com interesse meramente civil, porque o IAE é pra fazer foguete que não tem fins de lançar bombas militares, atômicas. É simplesmente o desenvolvimento de um foguete lançador de satélite”, disse Fernando Morais, presidente do Sindicato.
Na tarde desta quarta-feira, aconteceu uma explosão em um desses paióis que ficam no Instituto de Aeronautica e Espaço, o IAE.
As imagens feitas pelo morador de um bairro vizinho mostram a nuvem de fumaça, logo após o primeiro estouro.
Antes de acontecer uma das explosões, um avião passou próximo à fumaça. A equipe do Vanguarda TV 1ª Edição convidou um especialista para analisar as imagens. Ele disse que se trata de um avião executivo de pequeno porte que se preparava para pousar.
“O espaço aéreo de São José é controlado e provavelmente para a aeronave estar naquela altura, ela havia recebido a autorização da torre para efetuar o pouso”, explicou Mario Reno, especialista em aviação.
Mário ficou impressionado com a altura atingida pelo artefato, no segundo estouro. “Na primeira explosão ele passou em cima. Se ele atrasa um pouco, ele pegava os artefatos da segunda explosão. O piloto ganhou na loteria”, disse.
Por meio de nota, o Comando da Aeronautica informou que houve uma sequência de queima de materiais explosivos que ficavam guardados no paiol e que uma pessoa ficou ferida.
As explosões trouxeram à tona as discussões sobre segurança. Segundo o sindicato o assunto vem sendo cobrado do Comando da Aeronáutica, desde o acidente com o VLS em Alcântara, em 2003, que matou 21 pessoas.
No caso do acidente no paiol, o sindicato quer que seja feita uma perícia com profissionais que não tenham vínculo com o CTA.
A FAB (Força Aérea Brasileira), informou que se pronunciaria sobre os questionamentos do sindicato por meio de uma nova nota oficial. Mas até agora esse documento não chegou a redação da TV Vanguarda.
A INFRAERO não informou detalhes sobre o pouso da aeronave e nem quis se pronunciar sobre o acidente, por se tratar de um assunto envolvendo a área militar.
Fonte: VNews