Os bilionários estão de olho no turismo espacial. Em julho, Richard Branson, da Virgin Galactic, fez um voo de 20 minutos em uma nave que era um misto de avião com foguete, superando 80 km de altitude, o suficiente para ser considerado pioneiro no ramo.
Dias depois, Jeff Bezos, o homem mais rico do mundo, ficou 10 minutos a bordo da nave da sua empresa Blue Origin, lançada por um foguete tradicional acima da linha de Kárman.
Essa linha fica a 100 km do nível do mar e que muitos consideram o limite para delimitar o início do espaço – a Nasa, por outro lado, aceita o limite de 80 km.
O voo, sem piloto, também foi um marco no setor.
Como objetivo, todas essas empresas querem fazer crescer esse segmento, mas existem muitas diferenças técnicas entre suas naves. Veja os detalhes a seguir.
Quais as ambições deles?
Astronautas da SpaceX ao chegarem à Estação Espacial Internacional (ISS) (Foto: NASA via AP) |
As ambições de cada empresa parecem ir para rumos diferentes.
A SpaceX, de Elon Musk, já lançou quase 70 foguetes e conseguiu contratos com a Nasa, com a Força Aérea dos EUA e com a agência espacial argentina para colocar satélites em órbita e ajudar a reabastecer a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês).
A companhia desenvolveu foguetes reutilizáveis e está de olho na oportunidade de levar suprimentos para fora do planeta – uma de suas empreitadas é a Starlink, empresa de internet via satélite, por exemplo.
Agora, com a entrada no turismo espacial, a SpaceX mira em uma experiência "diferenciada", com voos na órbita da Terra.
Para janeiro de 2022, a empresa deve realizar o voo para a ISS de três empresários com um astronauta experiente. A missão, batizada de Ax-1, é organizada pela empresa Axiom Space, que já contratou outros três voos futuros com a empresa de Musk.
Tripulantes da nave flutuam durante voo da Blue Origin com Jeff Bezos (Foto: Blue Origin/Handout via Reuters) |
A Blue Origin, de Jeff Bezos, tem ambições mais parecidas com a da SpaceX – a companhia também criou foguetes reutilizáveis e quer se tornar fornecedora da Nasa. A intenção é que, no futuro, a empresa possa testar a possibilidade de assentamentos humanos permanentes na Lua.
Em uma recente conquista, a empresa de Bezos foi escolhida pela Força Aérea dos EUA para desenvolver novos foguetes que possam ser usados em lançamentos militares.
E todos esses esforços acontecem em paralelo com a intenção de levar civis ao espaço, no mercado do turismo.
Voo da Virgin Galactic (Foto: Reuters) |
A Virgin Galactic, de Richard Branson, está focada em desenvolver esses tipos de "aviões espaciais" reutilizáveis para levar turistas e transportar carga em trajetos curtos pelo espaço suborbital. A empresa pretende fazer mais dois voos de teste e começar sua operação comercial em 2022.
O objetivo é realizar até 400 voos por ano por base espacial. Até o momento, cerca de 600 pessoas compraram passagens.
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