A OceanAir anunciou hoje suas novas operações de vôos domésticos, que começam no dia 24 de março, e internacionais, a partir de 22 deste mês. No mercado doméstico, a companhia fará vôos regulares entre o aeroporto de Congonhas, em São Paulo, e Santos Dumont, no Rio, com 3 freqüencias diárias de segunda a sexta-feira e um vôo diário aos sábados e domingo - a ponte aérea começa no dia 31 (não no dia 24, como a empresa divulgou anteriormente).
Outra linha vai ligar São Paulo, Curitiba e Porto Alegre, com 2 vôos por dia. Do Santos Dumont, a OceanAir começará a operar para Belo Horizonte (dois vôos diários) e Vitória (três vôos diários).
Outra linha doméstica responderá pela expasão das rotas do Centro Oeste do País, entre Ji-Paraná e Porto Velho.
No mercado internacioal, a empresa começa a operar também para Cancun aos sábados - o primeiro vôo será no dia 22 de março. Uma terceira linha internacional também entrará em operação para Luanda, capital de Angola, a partir de abril, três vezes por semana (segundas, quartas e sextas), a partir do dia 23 abril. "Apesar de não ter muita demanda, também não tem muita oferta", disse Renato Pascowitch, diretor Executivo da OceanAir, sobre a nova rota da empresa para a África.
Segundo o diretor de Planejamento e Tráfego da OceanAir, Waldomiro Júnior, "essa nova malha vai privilegiar a maior pontualidade e regularidade". Ele disse que a empresa teve "problemas operacionais em dezembro e janeiro", que espera que não aconteçam mais.
Waldomiro afirmou também que três das aeronaves que pertenciam à BRA já são da OceanAir e estão sendo repintadas e passando por reformas. O primeiro desses aviões deve voar no dia 24 deste mês. A companhia, hoje, tem uma frota de 31 aeronaves.
A companhia aérea também pretende introduzir todos os meses até junho novas malhas aéreas, com a intenção de conseguir, até o segundo semestre, de 8% a 10% do mercado nacional - hoje possui 4%.
Fim da Pantanal
Comentando o anúncio do encerramento das operações da Pantanal, Waldomiro Júnior atribuiu o fato à concorrência desleal no setor. "A própria Pantanal teve dificuldade por concorrência desleal", afirmou. "É um reflexo do que está acontecendo no mercado... É depredatório e as pequenas estão sofrendo muito com isso".
Segundo ele, a OceanAir não quer o fim da companhia aérea regional. "A torcida é que continuem as empresas pequenas no mercado", disse.
Waldomiro também acusou a Gol e a TAM de combinarem a divisão de mercado. "Gol e TAM estão combinando o mercado, dividindo, já que não têm concorrência. Estão matando aos poucos as pequenas para ficar só duas".
"Não pode entrar alguém novo no mercado com passagens a R$ 20 reais e aumentar para R$ 500 depois que acabaram com a concorrência", explicou.
De acordo com o diretor, caso aconteça de a Pantanal parar de operar, o governo deve olhar os slots (operações disponíveis nos aeroportos) da companhia com cuidado para dividir "beneficiando a concorrência e não por sorteio, como é feito hoje".
Fonte: Terra