quinta-feira, 18 de março de 2010

Relatório final da FAB diz que proposta de caças franceses é 'mais consistente'

Brasil pretende comprar 36 caças em negócio de até US$10 bilhões.

Opções são modelos da França, da Suécia e dos Estados Unidos.


Está na mesa do ministro da Defesa, Nelson Jobim, o relatório final da Força Aérea Brasileira sobre a qualidade técnica dos caças que disputam a compra pelo Brasil.

Diferentemente das análises anteriores, desta vez a Aeronáutica reavalia que, considerando a Estratégia de Defesa Nacional, os caças franceses Rafale representam "a proposta mais consistente". O Brasil pretende comprar 36 caças em um negócio que pode chegar a US$10 bilhões.

O relatório de sete páginas afirma ainda que em termos operacionais, os três jatos – os franceses, os suecos Gripen Ng e os americanos F-18 Super Hornet - satisfazem tecnicamente.

Dentro de alguns dias, o ministro da Defesa vai apresentar seu próprio relatório ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deverá escolher oficialmente o caça a ser comprado com base nos argumentos de Jobim.

Os Rafale possuem dois motores e os franceses afirmam que transferem tecnologia de forma irrestrita, além de oferecerem o mercado da América do Sul para o Brasil exportar a produção.

Preferência por caças franceses

A preferência do presidente Lula pelos caças franceses já é conhecida - foi declarada no dia 7 de setembro do ano passado durante uma visita do presidente francês, Nicolas Sarkozy, a Brasília.

Em audiência no Senado ainda em 2009, o ministro da Defesa afirmou: “há efetivamente por parte do governo uma opção pela França. Basta que a França cumpra as opções de transferência de tecnologia”.

Na época, Jobim mencionou ainda que a transferência de tecnologia por parte dos americanos já foi um problema para o Brasil: “mostrei aos americanos que a jurisprudência americana não lhes era favorável, uma vez que nós tínhamos uma série de embargos de transferência de tecnologia nos últimos anos, mostrei aos americanos que a sua tradição não os recomendava”, afirmou então o ministro.

Fonte: Claudia Bomtempo TV Globo via G1 - Foto: José Cruz/ABr

Um comentário:

Zé Ruy disse...

Porque a FAB mudou? O editorial da revista Força Aerea nº28 de set/out/nov de 2002 dizia:"E quanto ao programa FX, hoje na berlinda?
Todo mundo falando como se soubesse o que é melhor para a Força Aérea.Já vimos esse filme.Esperemos que no final triunfe quem realmente entende da coisa..." Isso em 2002!!!!