domingo, 22 de novembro de 2009

Embate técnico mostra disparidades abissais entre Anac e Snea

Presidente da Anac defende a liberalização tarifária em nome do crescimento da aviação brasileira, enquanto o presidente do Snea vê sérios riscos às companhias aéreas brasileiras que podem quebrar

O último painel de debate no 21º Festival do Turismo de Gramado “Guerra Tarifária estimulando a competitividade” serviu para uma coisa: deixar no ar dúvidas ainda maiores sobre a futura liberação das tarifas aéreas, prevista para 23 de abril do próximo ano. De um lado, a presidente da Agência Nacional de Aviação Civil, Solange Vieira que é a favor da desregulamentação das tarifas e, de outro, o presidente do Snea – Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias, José Márcio Monsão Mollo que vê com isso sérios riscos à sobrevivência das companhias aéreas brasileiras. O Snea é a entidade máxima representativa das empresas aéreas que operam no Brasil.

Mollo, que abriu o painel, apresentou dados alarmantes, mas já de conhecimento de quem trabalha no setor: “As empresas aéreas brasileiras comprometem cerca de 32% de sua receita bruta com a carta tributária, contra 26% das concorrentes do Reino Unido, e 23% para as companhias aéreas americanas,”, esses números, logo de cara, segundo Mollo, colocam em condições totalmente desiguais no mercado aéreo as companhias brasileiras. “Além disso, continuou ele, nosso país é responsável apenas por 1,4% do mercado mundial de aviação. Essa pequena escala aumenta os custos para a aquisição de aeronaves, peças de reposição e negociações de seguros”, disse.

Segundo o presidente do Snea, a esses fatores se somam a deficiente infra-estrutura do setor aeronáutico e aeroportuário do Brasil que não se adequou ao crescimento elevado da demanda, o que aumenta os custos das empresas aéreas brasileiras. “Os custos das operações financeiras para as empresas nacionais são mais altos devido às condições do mercado nacional, principalmente as altas taxas de juros”, disse depois ao DT. “O mercado brasileiro tem uma importância marginal para as grandes companhias aéreas internacionais que possuem lastro suficiente para impor o preço que querem aqui, inviabilizando a atuação das aéreas nacionais”, complementou.

“Se houver liberdade tarifária, como as empresas estrangeiras são mais fortes, com mais disponibilidade de aviões, créditos, e custos menores, em um primeiro momento os usuários ficarão muito satisfeitos com a queda dos preços. Mas em um segundo momento, a empresa brasileira será eliminada no mercado internacional, porque não conseguirá competir”, falou ao Diário.

Tempo e Combustível

Mollo aproveitou também para fazer um alerta quanto à infraestrutura dos aeroportos brasileiros que não estão acompanhando o vertiginoso crescimento das empresas aéreas. Ele deu um exemplo muito didático: "Há vários anos, um voo na ponte aérea Rio-São Paulo em um Electra durava em média 50 minutos. Hoje, mesmo com os jatos supersônicos que possuímos, levamos o mesmo tempo ou até mais. Os aviões ficam dando voltas no céu esperando esperando a autorização de pouso, gastando tempo e combustível", disparou.

Para a presidente da Anac, Solange Vieira, a liberação de tarifas é uma ação que cumpre a determinação da lei e que representará um benefício aos passageiros, estimulando a competição entre as companhias. Solange apresentou vários quadros mostrando a diferença de mercado entre os Estados Unidos e o Brasil, e aproveitou para defender a liberação tarifária: “Nos Estados Unidos as companhias aéreas tiveram lucros de 18 bilhões de dólares no último ano a partir da flexibilização”, contabilizou. Segundo ela, as empresas aéreas latinoamericanas também tiveram um crescimento de volume de passageiros em 2008, significativo, o que justifica a liberação tarifária. “O grupo Gol e o grupo TAM tiveram, respectivamente, 37,2% e 18,8% de crescimento no volume de passageiros após a flexibilização”, disse.

“Nossa expectativa é que as companhias brasileiras cresçam de tamanho, e novas aéreas possam se beneficiar com isso”, disse Solange Vieira em entrevista ao DT. Ao ser questionada sobre a questão de infraestrutura falou: “Acho que não podemos inibir um setor que está gerando resultados tão positivos, como é o de aviação. Temos que ir nos adaptando”, contemporizou.

Ao final, Solange Vieira lembrou que os números apresentados recentemente pela Anac de um crescimento da demanda dos voos nacionais em torno dos 42%, em relação ao mesmo período ano passado, não se aplicam aos aeroportos de Congonhas, Guarulhos e Santos Dumont. "Esses números não se referem a esses aeroportos, pois não houve liberação de mais vôos", garantiu a presidente da agência.

Fonte: Paulo Atzingen (Diário do Turismo)

Segunda caminhada no espaço: Astronautas do "Atlantis" instalam antena para radioamadores na ISS

Astronautas do "Atlantis" instalam antena para radioamadores na ISS

Os radioamadores contam, desde ontem, com uma nova antena no espaço, graças ao trabalho dos astronautas Mike Foreman e Randy Bresnik, que concluíram nesta sábado com sucesso a segunda caminhada espacial da missão STS-129 do "Atlantis" à Estação Espacial Internacional (ISS).

Esta foi uma das diferentes tarefas realizadas durante as seis horas e oito minutos que os astronautas estiveram no fora do aparelho, nas quais também instalaram um adaptador ao laboratório europeu "Columbus".

A jornada de trabalho começou às 12h31 (horário de Brasília), uma hora mais tarde que o previsto, devido ao fato de que na noite anterior, pelo segundo dia consecutivo, soou o alarme de despressurização da ISS.

Foreman e Bresnik tiveram que sair do compartimento "Quest", que prepara o sistema sanguíneo dos astronautas para prevenir problemas de descompressão, até que as equipes de controle na Terra confirmaram que se tratava de um alarme falso.

A comprovação dos sistemas durou duas horas, portanto, a Nasa (agência espacial americana) teve que reduzir em meia hora a missão no exterior do "Atlantis", o que não impediu que os astronautas concluíssem todas as tarefas que tinham na agenda do dia.

Durante a missão no exterior da nave, Foreman e Bresnik tiveram tempo para instalar uma antena sobre a viga principal para melhorar a transmissão das câmeras de vídeo que levavam sobre o capacete.

Além disso, reposicionaram um dispositivo que registra o potencial elétrico entorno da estação e instalaram um gancho para aderir carga à viga principal.

Esta foi a primeira caminhada fora de aeronave de Bresnik, enquanto que para Foreman foi a segunda nesta missão e a quinta em sua carreira, já que também participou da missão STS do "Endeavour" em 2008.

Bresnik, que saiu do "Atlantis" com um traje com detalhes vermelhos para poder ser diferenciado de Foreman, mostrou seu entusiasmo ao passar pela escotilha da nave.

"Sem contar quando vi minha esposa pela primeira vez, acho que jamais vi algo mais bonito", disse o astronauta, quando olhou a Terra a uma distância de 354 quilômetros.

Para Bresnik esta viagem é especial já que quando voltar à Terra conhecerá sua filha, nascida durante a missão.

Esta é a última missão realizada pela Nasa à ISS este ano e será a penúltima do "Atlantis", que será "aposentado" no ano que vem junto com o "Discovery" e o "Endeavour".

A missão STS-129 ainda terá saídas do "Atlantis" na segunda-feira, para a instalação de um tanque de oxigênio no compartimento de embarque "Quest", de dois experimentos para o estudo de materiais, e para continuar com a conexão de cabos para receber o módulo "Tranquility" que chegará à ISS em 2010.

A ISS, que orbita a cerca de 360 quilômetros sobre a Terra, é um projeto internacional no qual participam 16 países.

O "Atlantis" partiu com seus seis tripulantes na segunda-feira passada do Centro Espacial Kennedy, em Cabo Canaveral, no sul do estado americano da Flórida, para uma missão de 11 dias que terminará na sexta-feira.

Fonte: EFE via EPA

Artilharia libanesa dispara contra avião israelense não-tripulado

O Exército libanês disparou ontem contra um avião não-tripulado procedente de Israel que sobrevoou a região libanesa de Bint Jbeil e o obrigou a retornar a seu país, informou o Comando do Exército.

Um breve comunicado militar indica que o avião de vigilância estava sobrevoando a média altura essa região do sul do Líbano, e, quando as baterias antiaéreas libanesas fizeram disparos contra o aparelho, recuperou altura e saiu do espaço aéreo deste país.

O sobrevoo da zona sul do Líbano por aviões militares israelenses é muito frequente. As autoridades libanesas protestam periodicamente por estas incursões aéreas.

Fonte: EFE via G1

Ultraleve caseiro cai no mar em praia de Salvador, na Bahia

Num episódio que lembrou as peripécias do pioneiro da aviação Santos Dumont, no início do século XX, dois moradores do Subúrbio Ferroviário de Salvador sofreram um acidente, às 17h30 deste domingo (22), quando faziam um voo de teste num ultraleve monomotor, modelo anfíbio, construído em fundo de quintal.

O eletricista Adriano Kartnei, 32 anos, dono da aeronave, e o vigilante Carlos Ferreira Santos, 38, chegaram a sobrevoar cerca de dois metros acima da água, a aproximadamente 300 metros da praia de Periperi, quando o ultraleve pendeu para o lado esquerdo, bateu uma das asas na superfície da água e caiu de bico.

Os dois foram resgatados por pescadores e encaminhados para o Hospital João Batista Caribé. Adriano saiu ileso e Carlos sofreu ferimentos leves. Eles deixaram o hospital após atendimento.

"Tínhamos consertado (a aeronave) e estávamos testando os comandos", relatou Adriano, o "comandante" do projeto. "Tínhamos flutuado mais ou menos da altura de uma porta, mas ventava muito e batemos com a asa esquerda na água“, contou. “Comprei esse ultraleve há cerca de seis anos de um engenheiro, já morto, que o construiu. Não é um avião, é um ultraleve feito no quintal“, conta o aprendiz de Santos Dumont, que diz ter sido campeão de um concurso de aeroplanos em 2007.

Ele apelidou a aeronave, de prefixo PU-DAS, motor rotax 100 HP, de Jaburu. "É o nome de uma ave que voa perto da água", explica. Carlos, o companheiro de Adriano, disse que fazia o voo por "curtição". “Fiquei muito assustado na hora, pensei que estava morto”, disse. “Já sofri uns quatro acidentes como esse, mas ainda vou comprar meu avião“, contou.

De acordo com o suboficial Paulo Bondan, do 2º Serviço de Investigação da Aeronáutica (SERIPA-2), que inclui Bahia, voar sem permissão não é crime, mas uma contravenção penal, conforme legislação da Aeronáutica aplicada pela ANAC. “O que agente alerta é que outras pessoas não façam isso”.

Fonte: Vitor Rocha e Sidnei Matos (A Tarde Online) - Fotos: Robson Mendes (Correio da Bahia)

Aeroporto Pinto Martins (CE) terá novo terminal

Plano Estratégico da Infraero ampliará capacidade do Pinto Martins para 8,5 milhões de passageiros/ano

Segundo a Infraero, o Pinto Martins será maior e melhor em 2014, ano da Copa. Até lá, ficará a expectativa da população de Fortaleza, que já ouviu essas promessas outras vezes

Promessa do presidente da Infraero, Murilo Barbosa, ao governador do Ceará, Cid Gomes: o Aeroporto Internacional Pinto Martins não será apenas ampliado. Ele ganhará um novo terminal de passageiros, cujo projeto será elaborado e licitado pela empresa no próximo ano.

Uma fonte do Palácio Iracema, sede do Governo cearense, revelou que Murilo Barbosa veio, pessoalmente, a Fortaleza e apresentou ao governador Cid Gomes o plano estratégico da Infraero para o Estado do Ceará, o qual contempla, ainda, o Aeroporto Regional do Cariri, que também será ampliado para ganhar um terminal de passageiro maior, mais moderno e mais confortável.

No que respeita ao Pinto Martins, a Infraero deixou contente o Governo do Ceará: as obras de construção do novo terminal estarão prontas antes da Copa do Mundo de 2014. E mais: a ampliação do atual terminal e o prolongamento da pista de pouso em mais 500 metros ficarão igualmente concluídos e entrarão em operação em 2013, quando se realizará no Brasil a Copa das Confederações, sendo o estádio do Castelão candidato a sediar alguns dos seus jogos.

Uma fonte do Palácio Iracema revelou ainda que, com a ampliação e com a construção do novo terminal de passageiros, o Aeroporto Pinto Martins terá capacidade para embarcar e desembarcar, anualmente, 8,5 milhões de passageiros. Hoje, essa capacidade é limitada a 2,5 milhões de passageiros.

A mesma fonte também informou que o Terminal de Cargas do Pinto Martins está pronto para operar, dispondo para isso dos mais modernos equipamentos, incluindo câmeras frigoríficas. Esse terminal, para o qual ainda faltam construir os ramais rodoviários de acesso, pode operar, simultaneamente, até sete aviões de grande porte.

O que embarga o funcionamento do Terminal de Cargas do Pinto Martins é a limitação do comprimento da pista do aeroporto, que é de 2.800 metros. Um avião do tipo Boeing 747 ou DC-10, muito utilizados como cargueiros, precisa de pelo menos 3.300 metros de pista para decolar com tanques cheios de combustível e porões lotados de contêineres.

O presidente da Infraero prometeu ao governador do Ceará que, até 2014, estarão executadas todas as obras do Pinto Martins e do Aeroporto Regional do Cariri, em Juazeiro do Norte. Mas é difícil acreditar nessa promessa, pois há pelo menos cinco anos fala-se no prolongamento da pista do Pinto Martins e absolutamente nada foi feito nesse sentido.

Empresários cearenses do agronegócios, os floricultores principalmente, temem que o Aeroporto de Cargas de São Gonçalo do Amarante, no vizinho Rio Grande do Norte, atraia o embarque das flores cultivadas na Serra da Ibiapaba, o que acontecerá se o Terminal de Cargas do Pinto Martins não vier a operar por causa da limitação de sua pista (a do futuro aeroporto potiguar terá 3.500 m).

Fonte: Diário do Nordeste - Foto: José Leomar

Sistema de controle aéreo sem radar é testado nos EUA

Tecnologia poderia ter evitado o acidente da Gol, diz diretor do MIT.

Ela permite que a aeronave emita sinal indicando sua localização exata.


Radar de monitoramento aéreo em aeroporto dos EUA - Foto: Reprodução

Um sistema de monitoramento de aviões que não usa radar está sendo testado pela primeira vez nos Estados Unidos, abrindo caminho para a implementação de um controle de tráfego aéreo mais moderno, barato e seguro. A tecnologia usa informações de satélite e está sendo aplicada no estado do Colorado. Ela permite que os controladores e os próprios pilotos saibam a localização exata de todas as aeronaves dentro da mesma região.

Em entrevista ao G1, o diretor do Centro Internacional de Transporte Aéreo do MIT (Massachusetts Institute of Technology), John Hansman, explicou o funcionamento deste novo sistema. Segundo ele, esta ferramenta vai tornar voos mais seguros, e poderia ter evitado o acidente com o Boeing 737 da Gol, que matou 154 pessoas em 2006, ao cair no Mato Grosso após um choque com um jato Legacy durante o voo.

"Este sistema poderia ter evitado o acidente. Em primeiro lugar, os controladores aéreos teriam um conhecimento melhor das posições dos aviões e, em segundo, os próprios aviões poderiam ver suas posições, e saber que havia uma aproximação evitando o choque", explicou.

O novo sistema deve ser implementado em todas as regiões dos Estados Unidos até 2020. Ele funciona através da emissão de sinais das aeronaves, que são medidos por sensores espalhados em terras e em outros aviões, sendo determinada a localização exata delas, explicou. "Os aviões sabem onde eles estão através de informações de seus próprios sistemas de navegação, como o GPS. Com este novo sistema, eles enviam uma mensagem para todos que estão dentro de um raio específico, informando esta posição. E qualquer avião que esteja próximo desta aeronave pode saber a posição dele em relação à sua, numa tela dentro da cabine de comando", disse.

Vista da pista do aeroporto desde a torre de controle, na Argentina - Foto: AFP

Além disso, completou, desde o chão, o controle de tráfego aéreo pode trabalhar usando um rádio normal, que é mais simples e barato, que decodifica a informação em um display semelhante ao de radar. “Do ponto de vista do controle aéreo, esta tecnologia é a próxima geração do monitoramento, que é como se mede a localização das aeronaves.”

Monitoramento

Desde os anos 1950, o radar é a base dos sistemas de controle aéreo usados no mundo, servindo para evitar colisões e ordenar o tráfego de aeronaves. Apesar de choques entre aeronaves serem raros, a autoridade norte-americana de aviação alega que o radar tem limitações técnicas que levam a atrasos nos voos em todo o país. Os sistemas com base em informações enviadas por satélites podem oferecer informações mais exatas e corrigir este problema, permitindo um intervalo menor entre pousos em um mesmo aeroporto.

Além de ser mais exato, o sistema em teste atualmente tem um custo muito mais baixo de que o da construção de radares, que são caros e dificilmente podem ser construídos por toda a parte. Segundo uma reportagem publicada no jornal "USA Today", o sistema em teste em todo o estado do Colorado custou o mesmo que a contrução de apenas um radar em aeroporto.

“É um sistema que pode ajudar muito países grandes como o Brasil, que tem um território tão grande. É difícil ter radares em todos os lugares do país, mas com este sistema se torna muito barato, usando apenas equipamentos de rádio mais simples, ter as mesmas informações que se conseguiria com radares”, disse Hansman. Segundo ele, em alguns anos o Brasil também poderá começar a testar o novo sistema, que pode logo se espalhar pelo país.

Sem panaceia

O professor do MIT explicou, entretanto, que este sistema não vai corrigir todos os problemas da aviação no mundo, mas apenas tornar mais fácil o monitoramento, permitindo saber a localização exata dos aviões a cada momento. Segundo ele, esta tecnologia não faria diferença se estivesse em funcionamento na época em que o voo AF 447 caiu no Oceano Atlântico enquanto ia do Rio de Janeiro para Paris.

“No caso do acidente da Air France, seria impossível saber onde o avião desapareceu. O problema é que rádios convencionais não vão tão longe, e quando se está a algumas centenas de milhas no oceano, não se tem comunicação direta. Rádio normal só segue em linha reta e por conta da curvatura da terra, quando se passa de uma certa distância, seria preciso olhar através do chão para encontrar a aeronave, como as onda de rádio não passam pela terra, é impossível.”

O especialista em aviação explicou que o novo sistema de monitoramento de tráfego aéreo é uma das principais tecnologias em desenvolvimento na atualidade. Segundo ele, também está sendo trabalhado um sistema comunicação automática de dados entre o avião e os controladores. “Temos uma versão crua disso em alguns aviões, mas precisamos atualizar isso, que na verdade é um sistema de troca de emails entre a aeronave e o controle em terra, permitindo que o controle crítico seja feito em formato de dados”, disse.

Analisando a dificuldade em determinar as causas do acidente da Air France por conta de não terem sido encontradas as caixas pretas da aeronave, Hansman alegou que não é necessário elaborar nenhum sistema novo para armazenamento de informações de segurança de voo, pois o que existe já costuma funcionar bem.

“O acidente da Air France foi um caso muito específico. Em 99,9% dos casos é possível recuperar as caixas pretas após o acidente ou descobrir de outra forma as causas do acidente, então não sei se faz sentido mudar totalmente o sistema de registro de informações de vôos por causa desse caso isolado.”

Fonte: Daniel Buarque (G1)

Mau tempo força avião a arremeter em Congonhas

A região do Aeroporto de Congonhas estava com o vento muito forte no instante do pouso

Minutos após a arremetida, um temporal atingiu a capital paulista

Um avião da GOL proveniente de Uberlândia (MG) com destino ao Aeroporto de Congonhas, em São Paulo (SP), precisou arremeter na tarde da última sexta-feira (20) devido ao mau tempo na região.

"Foram minutos de tensão e silêncio entre os passageiros durante todo o tempo, até que o comandante avisou pelo microfone o motivo de ter arremetido: um vento muito forte que estava favorável e poderia prejudicar o pouso", relata Jair Espinosa Filho, que estava na aeronave.

O voo 1312 da companhia áerea GOL arremeteu em Congonhas por volta das 15h. De acordo com a empresa, o piloto ia pousar em uma ponta da pista, mas devido ao mau tempo, ele conversou com a torre e decidiu ir para o outro lado.

Embora provoque algum desconforto aos passageiros, quando há instabilidade no tempo este procedimento pode ser necessário para que o pouso seja feito em absoluta segurança das pessoas e da aeronave, informa a GOL.

Fonte: Jair Espinosa Filho (vc repórter do Site Terra)

Galeão faz simulação de acidente aéreo

Para manter a tranquilidade em situações extremas é preciso estar bem preparado. Uma vez por ano, toda a equipe de salvamento do Galeão - formada por médicos, enfermeiros, bombeiros, oficiais da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, além de funcionários da Infraero - treina o plano de emergência do aeroporto para casos de acidentes aéreos. A simulação de 2009, dispensando superstições, aconteceu na última sexta-feira 13 de novembro.

Na simulação, um Hércules C-130, com 48 passageiros e quatro tripulantes, aterrissa na pista do Galeão com problemas hidráulicos. Durante o pouso, há superaquecimento dos motores e o avião pega fogo. O saldo: cinco mortos e 15 feridos com gravidade. O trabalho começa com a retirada dos passageiros do avião, o socorro imediato aos casos mais graves e o encaminhamento, de helicóptero, para hospitais próximos.

- O mais fundamental é manter a organização, por isso é importante haver treinamentos. Você pode até ter todos os recursos à mão, mas, se não tiver coordenação, pode acabar se atrapalhando, o que, num caso como este, pode custar vidas - afirma Ronald Stephen, chefe do serviço médico do Galeão.

Fonte: Miguel Caballero (O Globo - Ilha)

sábado, 21 de novembro de 2009

JAL 123 - 32 minutos de horror

Matéria especial

O pior acidente da história da aviação envolvendo uma só aeronave.

Leia tudo sobre esse acidente no Site Desastres Aéreos.

Governador do Rio defende veto à base da Azul no Santos Dumont

O governador do Rio, Sérgio Cabral, defendeu na última sexta-feira, em evento de comemoração ao Dia da Consciência Negra, a posição de não permitir que a companhia aérea Azul tivesse como base o Aeroporto Santos Dumont. É o que mostra a matéria publicada de Dimmi Amora, publicada neste sábado no GLOBO.

A empresa aérea brasileira, que completará um ano em dezembro, tentou fazer com que o terminal do Centro do Rio fosse sua base de operações, mas, como os governos estadual e municipal foram contra, a Azul transferiu sua sede para o aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP).

Reportagem publicada na sexta-feira no GLOBO mostrou que Campinas ganhou e o Rio perdeu economicamente em não permitir que a Azul centrasse suas operações no Santos Dumont. Com isso, o número de passageiros no aeroporto de Campinas passou de 912,5 mil no acumulado dos dez primeiros meses de 2008 para 2,604 milhões no mesmo período deste ano. Isso significa que este movimento e todos os impactos econômicos - impostos, empregos e negócios - poderiam estar na capital fluminense.

Mas, de acordo com o governador, o Aeroporto de Viracopos estava ocioso e poderia receber um volume de voos da companhia. O que, para ele, não acontece com o Santos Dumont, que, com um pequeno aumento do número de operações, já apresentou problemas. Segundo Cabral, a empresa não aceitou a proposta do governo de ficar no Aeroporto Internacional Tom Jobim - Galeão.

Fonte: O Globo

Primeiro voo comercial do A380 entre Paris e NY é completado

Da decolagem no Aeroporto Roissy, em Paris, até a aterrissagem e batismo no Aeroporto John F. Kennedy, em Nova York, nos EUA

O maior avião de passageiros do mundo aterrissou na sexta-feira às 13:00 (hora local) no aeroporto JFK de Nova Iorque, proveniente de Paris, com 538 passageiros a bordo.

O voo da Air France-KLM inaugurou a rota transatlântica do “gigante dos ares”.

Os primeiros passageiros pagaram mil euros pelo bilhete num leilão destinado a arrecadar fundos para uma associação caritativa.

“É como um sonho. Desde sempre que queria fazer esta viagem a bordo deste avião que conheço de cor, acompanhei a par e passo toda a construção do aparelho. É extraordinário”, afirma um passageiro.

Os voos regulares entre Paris e Nova Iorque iniciam-se no próximo dia 23.

A Airbus, que vendeu até agora 200 aparelhos A380, espera poder planar sobre a crise econômica com uma aeronave que pode transportar o dobro de passageiros dos aviões do seu concorrente norte-americano.

Fonte: euronews - Fotos: Eric Piermont (AP Photo) / Stan Honda e Emmanuel Dunand (AFP/Getty Images)

MAIS

INFORMAÇÕES SOBRE O AVIÃO E O VOO

Aeronave: Airbus A380-861 (A388/Q)
Prefixo/msn: F-WWSB (F-HPJA) (msn 033)
Origem: Charles de Gaulle / Roissy (LFPG/CDG)
Destino: John F Kennedy Intl (KJFK)
Rota: PLYMM PLYMM4
Data: Sexta-feira, 20 novembro, 2009
Partida: 12:13 CET
Chegada: 01:07 EST / 12:58 PM EST
Duração: 6 horas e 45 minutos
Velocidade: 484 kts
Altitude: 38.000 pés

Infraero monitora terminais em tempo real. Anac pode multar TAM

O presidente da Infraero, Murilo Barboza, é um big brother dos aeroportos. Ele controla em tempo real sete importantes aeroportos do país, entre eles o Santos Dumont e o Tom Jobim (Galeão), ambos no Rio. O sistema permitiu que ele acompanhasse de sua mesa, no escritório da estatal em Brasília, toda a confusão nos balcões de check-in da TAM, com filas e atrasos de voos na quinta-feira, véspera do feriado da Consciência Negra. A empresa teve problemas com seu sistema de informática .

Enquanto a TAM anunciava na quinta-feira pela manhã que a situação estava regularizada, Barboza pôde visualizar no decorrer no dia aglomerações de passageiros nos balcões da companhia em Guarulhos (São Paulo) - onde a situação foi mais crítica. Uma foto digitalizada da Infraero a qual O GLOBO teve acesso mostra que, até as 21h, o tumulto ainda era grande.

Ele disse que gastou boa parte do expediente daquele dia dando ordens para resolver a confusão. Mandou até afastar um vaso de planta no saguão de Guarulhos para aumentar o espaço nos balcões de atendimento.

Na tentativa de ajudar a resolver o problema, Barboza também enviou fotos da situação em Guarulhos à presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Solange Vieira, que estava participando de um seminário em Gramado (RS). Ela, então, deslocou uma equipe do órgão regulador para o aeroporto.

Barboza veio da área de informática e adotou o monitoramento por câmeras nos sete aeroportos há três semanas. Segundo ele, trata-se de uma ideia simples, mas bastante útil, pois ajuda a resolver mais rapidamente o problema dos passageiros.

A intenção é implantar o sistema em todos os aeroportos mais importantes do país. Atualmente, estão na mira do presidente da Infraero os terminais de Congonhas, Recife, Campinas, Brasília, além de Santos Dumont, Galeão e Guarulhos.

Ele está de olho, por exemplo, na localizações dos totens (terminais de autoatendimento das empresas nos aeroportos) para evitar que este sistema concorra com o check-in tradicional.

A Anac deu prazo de dez dias para que a TAM dê explicações pela confusão de anteontem. Técnicos do órgão antecipam que a empresa poderá ser multada porque teria mudado o sistema de informática sem um plano de contingência às vésperas do feriado. Em determinado momento, ela teria perdido todos os dados relativos às reservas.

Fonte: Geralda Doca (O Globo)

Definição sobre Aeroporto de São Gonçalo do Amarante só sairá em janeiro de 2010

Croqui do aeroporto - clique sobre a imagem para ampliá-la

O governo do estado confirmou para janeiro de 2010 a definição do modelo que será adotado para a continuidade das obras e administração do Aeroporto de São Gonçalo do Amarante. Apesar de iniciado há 13 anos, ainda paira a dúvida se o projeto será desenvolvido por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP) ou concessão comum. Está prevista para a próxima segunda-feira uma reunião entre o presidente Luís Inácio Lula da Silva, o ministro da defesa, Nelson Jobim, e representantes da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), para que seja discutido o assunto, segundo informações divulgadas pelo governo do RN.

Os detalhes do andamento da obra foram apresentados na manhã de ontem, em uma audiência pública realizada na Assembleia Legislativa do Estado, pelo engenheiro da Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuária (Infraero), Ibernon Gomes, e pelo secretário estadual de Planejamento e Finanças, Nelson Tavares. Na ocasião, Gomes revelou ser estimado o custo de R$ 750 milhões na construção das pistas de pouso, decolagem e taxiamento, o pátio para as aeronaves e os terminais de cargas e passageiros, que ocuparão uma área construída de 60 mil m².

A indefinição no modelo que irá possibilitar a construção do aeroporto foi mais uma vez comentada pelo secretário estadual de Planejamento e Finanças. “Isso se mantém porque existe um imposto, que é recolhido pela Infraero e repassado ao Governo Federal. Esse imposto gera uma receita importante e a questão é se o custo ficaria com a administradora do aeroporto ou, em caso de PPP, o estado terá que pôr algum dinheiro na obra”, justifica.

O secretário ressalta que a decisão será tomada pela presidência da república até janeiro, mas a parte das obras que cabe à Infraero vem sendo realizada. “As obras estão avançando, mas não no passo que o governo do estado gostaria. A gente queria mais celeridade”, afirma.

Ibernon Gomes afirma que até julho do próximo ano serão investidos R$ 140 milhões no aeroporto. “A parte que cabe à Infraero é a construção das pistas de pouso, de decolagem e de taxiamento, além do pátio para as aeronaves”, ressalta o engenheiro.

Fonte: Tribuna do Norte - Imagem: natalmetropole.rn.gov.br

Aviação não está preparada para classes C e D, diz OceanAir

O diretor Comercial da OceanAir e Avianca, Renato Pascowitch, demonstrou preocupação em relação ao crescimento das classes C e D na aviação comercial. Para ele, as companhias aéreas precisam aprender a lidar com este público, pois, segundo o dirigente, representa a maior fatia no crescimento dentro da aviação.

Se baseando em uma pesquisa do Ministério do Turismo que apontou um crescimento de mais de 20% na presença deste público nos últimos anos, Pascowitch falou que este problema envolve toda cadeia do turismo.

"Não é um problema nosso ou de uma outra empresa, mas de toda a cadeia responsável pela aviação. Este público não está acostumado a viajar de avião e com o crescimento da economia e com facilidades de pagamento, eles estão se programando para ir de avião e não mais de carro ou ônibus. Cabe a nós nos adequarmos a este público, a OceanAir está fazendo a parte dela, mas é preciso que todos façam a sua", aconselhou.

Pascowitch comandou a palestra Segmentação Turística – Identificando Produto e Demanda para Ampliar seu Negócio, realizada no último dia do Festival do Turismo de Gramado. No final ele falou das expectativas de crescimento da aviação no Brasil, que deve chegar aos 15%, três vezes mais que o aumento esperado do PIB do país: "É uma tendência que tem sido notada há cinco anos. A aviação cresce sempre o dobro ou triplo do PIB", disse lembrando que a exceção foi ano passado, devido à crise.

Fonte: Luiz Marcos Fernandes e Diego Verticchio (Mercado & Eventos)

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Acidente com helicóptero de resgate deixa dois feridos na Polônia

"Quando as rodas tocaram do helicóptero o chão, o aparelho caiu em vibrações violentas" - disse Robert Gałązkowski, chefe da Air Rescue LPR, explicando, desse modo, as circunstâncias do acidente desta sexta-feira (20) com o helicóptero de resgate médico pertencente a empresa LPR (Lotnicze Pogotowie Ratunkowe). Duas pessoas foram levadas para o hospital.

O acidente ocorreu em Warszawa Bemowo, na Polônia, cerca 14:30 (hora local) quando a tripulação do helicóptero Agusta A-109E Power, prefixo SP-HXA, tocou no chão. O chefe da Air Rescue negou as informações anteriores de que a máquina iria cair.

"O incidente ocorreu quando as rodas bateram no chão. O piloto - que já realizou algumas operações na área - cortou os dois motores e o helicóptero caiu de repente, em vibrações violentas" - disse o chefe do LPR.

"Vibrações essas que resultaram no fato de as lâminas do rotor principal ficarem danificadas. O helicóptero não é adequado para um futuro resgate até seu reparo" - Gałązkowski disse.


Foi num voo teste

O chefe do LPR acrescentou que o incidente ocorreu durante um voo "PC", um exame nacional (exame que todos os pilotos passam a cada ano). Dois pilotos foram enviados para o hospital.

"O estado dos meus pilotos é satisfatório" - Gałązkowski disse. "Um já está prestando esclarecimentos à comissão de análise de acidentes aéreos" - disse ele. "O segundo aguarda uma conclusão do processo de diagnóstico e, no momento, está em observação no hospital de Szaserów. Sua vida não está em risco" - acrescentou o chefe da LPR.

Gałązkowski também anunciou que helicóptero Agusta (o único na Polónia), entre 17 de abril e 27 de junho passado passou por "uma revisão técnica muito séria na fábrica na Bélgica". "Os resultados da análise foram positivos. A aeronave tem há quatro anos e voou 2.614 horas" - Gałązkowski disse.

A LPR tem duas dezenas de aviões e helicópteros Mi-2, que, por causa das regras da UE têm que ser retirados de circulação após 2010. No concurso para a aquisição de 23 novos helicópteros para a LPR, o Ministério da Saúde optou pela aeronave Eurocopter EC-135. Os primeiros seis helicópteros deverão ser entregues até o final do ano.

Clique aqui e veja foto do helicóptero antes do acidente.

Fontes: tvn24.pl / ASN - Tradução: Jorge Tadeu - Fotos: Reprodução/tvn24.pl

Um airbus A330 que fazia o voo Kinshasa-Bruxelas regressa ao destino, após a avaria de um motor

O mesmo avião envolvido no incidente, fotografado em Bruxelas em 27 de abril de 2008

O Airbus A330-301, prrefixo OO-SFN, da companhia belga Brussels Airlines, que realizava a ligação Kinshasa-Bruxelas, regressou quinta-feira (19) ao destino, após a avaria de um motor, uma hora depois da sua decolagem da capital da República Democrática do Congo (RDC), soube-se hoje, sexta-feira, junto à companhia.

"Durante o voo (SN-359), o piloto notou um sinal sobre no painel de bordo e constatou que um dos dois motores estava avariada. E ele apagou esse motor antes de regressar", explicou à AFP o responsável da Brussels Airlines na RD Congo, Marinus Sven.

O avião, com 125 passageiros a bordo, tinha deixado cerca 21H00 (20H00 GMT - 19H00 de Angola) Kinshasa, onde regressou dois horas mais tarde.

As peças de reposição encaminhadas sexta-feira para Kinshasa num outro avião que levou para Bruxelas os passageiros do voo de quinta-feira a tarde.

A Brussels Airlines assegura em média uma ligação quotidiana entre as capitais congolesa e belga.

Fontes: Angola Press / Aviation Herald - Foto: Tommy Desmet (Airliners.net)

Alarme de despressurização soa por acidente e assusta "Atlantis"

A tripulação do ônibus espacial "Atlantis" e da Estação Espacial Internacional (ISS) levaram um susto nesta quinta-feira quando, sem motivo, o alarme de despressurização foi acionado, como informou hoje a Nasa.

Segundo a agência espacial americana, os astronautas acordaram subitamente com o som do alerta de uma possível falha no sistema de pressurização. O centro de controle de Houston, porém, rapidamente confirmou se tratar de um alarme falso.

"A tripulação não esteve em perigo em nenhum momento e foram fechados os ventiladores como medida de precaução", afirmou o controle da Nasa.

O fechamento dos ventiladores levantou o pó que fez acionar ao mesmo tempo o alarme de incêndios no laboratório europeu "Columbus".

Segundo explicou a Nasa, o sistema foi reiniciado e depois que o controle comprovou ser um falso alarme, os astronautas voltaram a dormir. As equipes em Houston ainda estão investigando as causas do falso alerta.

Fonte: EFE via iG - Imagem: NASA

Astronauta trabalha no espaço enquanto esposa dá à luz

O astronauta da nave Atlantis Randy Bresnik pode ser perdoado se não estiver conseguindo se concentrar no trabalho: sua esposa está dando a luz a uma menina nesta sexta-feira.

"Ele certamente gostaria de estar lá para o nascimento da sua filha", disse o piloto da nave Barry Wilmore durante uma entrevista durante a jornada na sexta-feira. "Ele está aqui e a sua esposa, Rebecca, está lá e ele vai tentar fazer o melhor na situação".

Wilmore, Bresnik e outros quatro astronautas da NASA partiram na segunda-feira para uma missão de 11 dias na Estação Espacial Internacional.

Bresnik e seus colegas ficaram o dia transferindo cargas e se preparando para outra missão no sábado.

Wilmore disse que Bresnik está fazendo um bom trabalho e mantendo contato com o parto de sua esposa na Terra.

"Ele está animado com isso", afirmou Wilmore. "Nós também estamos. É uma coisa maravilhosa para dividir com ele nessa situação".

Em entrevista antes da partida para a ABC News, Bresnik disse que a gravidez de sua esposa foi uma grande surpresa, já que o casal achava que ela não poderia ter filhos.

Eles adotaram um garoto ucraniano no ano passado. Três meses depois, Rebecca Bresnik soube que estava grávida.

Fonte: Irene Klotz (Reuters/Brasil Online) via O Globo - Foto: NASA

Astronautas do ônibus espacial Atlantis fazem primeira caminhada espacial

Trabalho externo na estação orbital é o primeiro de um total de três.

Depois deste voo, só faltarão 6 para a aposentadoria da frota de naves.


Dupla de astronautas do ônibus espacial Atlantis saem para primeira sessão de trabalhos externos nesta quinta-feira (19)

Os astronautas Mike Foreman e Robert Satcher, tripulantes do ônibus espacial "Atlantis", saíram nesta quinta-feira ao espaço para instalar novas peças na Estação Espacial Internacional (ISS, em inglês).

Foreman e Satcher abriram a escotilha às 12h24 de Brasília e, durante as seis horas e meia da caminhada, irão colocar uma antena sobre a viga principal da estação e um suporte para os dutos de amoníaco de um de seus módulos.

"Isso é maravilhoso!", disse Satcher, ao sair para o espaço exterior.

Para Satcher, é a primeira caminhada espacial, enquanto, para Foreman, que participou da missão STS-123 do "Endeavour" em março de 2008, é a quarta.

A primeira tarefa na qual estão trabalhando é revisar o braço robótico da estação.

Os astronautas também colocaram um conjunto de cabos para o futuro acoplamento do laboratório "Destiny".

Também substituiram parte do módulo "Unity" e instalarão um duto que precisarão para fornecer amoníaco ao "Destiny", que deve chegar à estação no próximo ano.

Foreman e Satcher fazem parte dos seis membros da tripulação do Atlantis que partiu em 16 de novembro do Centro Espacial Kennedy da Nasa (agência espacial americana), no sul da Flórida.

A missão liderada pelo comandante Charles Hobaugh transportou até o complexo científico 12,371 mil quilos de provisões e vários experimentos.

O resto da tripulação é formado pelos especialistas Randy Bresnik, Leland Melvin e o piloto Barry Wilmore.

Bresnik ficou coordenando de dentro da nave as operações de seus colegas, enquanto o comandante da ISS, Frank De Winne, e o engenheiro de voo Jeff Williams continuaram trabalhando nas conexões dos sistemas de eletricidade e refrigeração do módulo "Tranquility".

Mike Foreman e Robert Satcher voltaram à câmara de descompressão da ISS às 21H01 GMT, após uma permanência de 6 horas e 37 minutos no espaço, sete minutos a mais que o previsto.

A Nasa deve realizar outras duas caminhadas espaciais para completar a instalação de duas plataformas externas e deixar tudo pronto para a implantação do último módulo americano da ISS.

No sábado, Foreman e Bresnik realizarão a segunda caminhada e, na próxima segunda-feira, Satcher voltará a sair, desta vez com Bresnik, que também tem primeira experiência espacial.

A ISS, que orbita cerca de 360 quilômetros sobre a Terra, é um projeto internacional com a participação de 16 países que inclui membros da Agência Espacial Europeia, Rússia e Japão.

Este é o quinto e último voo da Nasa do ano e será o penúltimo que do "Atlantis" antes que a agência espacial retire suas naves, por isso quer enviar material suficiente para que a estação tenha autonomia.

Entre as peças transportadas pelo ônibus espacial, há dois giroscópios, dois infladores, dois tanques de nitrogênio e de amoníaco, e uma peça para o braço robótico do orbitador.

Fontes: EFE / AFP / G1 / France Presse - Fotos: NASA

Europa: Três horas de atraso dão direito a indenização

Os viajantes que cheguem ao seu destino final três horas ou mais após a hora de chegada prevista, podem, como os passageiros de voos cancelados, pedir uma indemnização de montante fixo à companhia aérea, a menos que o atraso se deva a circunstâncias extraordinárias.

Segundo um acórdão do Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias, proferido a 19 de Novembro, os passageiros de um voo atrasado poderão receber uma indemnização de €250 (viagens de 1.500 quilómetros), €400 (até 3.500 quilómetros) e €600 (trajectos mais longos).

"Os passageiros de um voo atrasado sofrem prejuízo análogo, consistente numa perda de tempo, encontrando-se assim numa situação comparável aos passageiros de um voo cancelado - observa o Tribunal de Justiça - não há justificação para que os passageiros de voos atrasados, quando chegam ao seu destino final três ou mais horas após a hora de chegada inicialmente prevista, sejam tratados de maneira diferente".

Problemas técnicos não servem de desculpa

No entanto, o mesmo tribunal ressalva que "tal atraso não confere direito a uma indemnização, se a transportadora aérea puder provar que o atraso se ficou a dever a circunstâncias extraordinárias que escapam ao seu controlo efectivo e que não poderiam ser evitadas mesmo que tivessem sido tomadas medidas razoáveis", mas exclui problemas técnicos nas aeronaves.

O referido acórdão do Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias responde a várias questões que lhe foram submetidas pelos tribunais nacionais da Alemanha e da Áustria, que têm de decidir sobre recursos de passageiros que reclamam indemnizações às companhias aéreas Condor e Air France, pelo facto de terem sido transportados aos aeroportos de destino, com atrasos de 25 e 22 horas em relação à hora de chegada prevista.

Fonte: Alexandre Coutinho (www.expresso.pt) - Foto: Jorge Simão

Anac estuda na próxima semana medidas restritivas de voos para Guarulhos

A presidente da Anac, Solange Vieira, afirmou hoje, em Gramado, que a Agência Nacional de Aviação Civil se reúne na próxima semana para analisar o cronograma de operações dos aeroportos de Guarulhos, Congonhas e Viracopos. Entre as medidas que estão em estudos constam as restrições de vôos que em princípio devem atingir apenas Guarulhos.

"A nossa ideia é de que estas medidas só passassem a valer após o Carnaval mas optamos em discutir melhor a questão para saber se elas passam a valer já a partir de dezembro. Tudo vai depender de uma análise técnica", afirmou ela.

A Anac participa pela primeira vez com um estande no Festival do Turismo de Gramado. Amanhã, Solange Paiva participa de um painel que aborda o tema "Guerra Tarifária estimula a Competitividade – As vantagens e desvantagens da Desregulamentação Tarifária".

Segundo ela, o temor que a liberação de tarifas gradual possa favorecer às companhias aéreas internacionais não têm fundamento. "O mercado está aquecido e as empresas aéreas têm sim nesta política um instrumento de flexibilização das tarifas", explicou.

Fonte: Luiz Marcos Fernandes e Diego Vertichhio (Mercado & Eventos)

Paralisação de aeroportuários atrasa voos no Chile

Por melhores planos de aposentadoria, cerca de 2 mil funcionários do setor aeroportuário do Chile fazem hoje uma paralisação nacional. O protesto atrasa voos em todo o país. "Essa greve não é contra os usuários das companhias, mas contra as autoridades que bateram a porta em nossas caras", disse o diretor-geral da associação de trabalhadores da Aviação Civil, Jorge Pérez.

A ação começou às 7 horas (6 horas de Brasília) e deve ser encerrada às 14 horas (13 horas de Brasília). Foram afetados os serviços aéreos, as operações em solo, os serviços meteorológicos e também a segurança dos aeroportos. Havia longas filas no aeroporto de Santiago, o maior do país, onde centenas de passageiros esperavam para embarcar.

Um total de 2.147 trabalhadores se envolveram na paralisação pois suas aposentadorias são calculadas a partir da metade, e não de todo o salário deles dos últimos 25 anos, de acordo com Pérez. "Nós somos excelentes trabalhadores, mas sofremos com condições precárias", afirmou.

Fonte: Dow Jones via Agência Estado

Concorrência proíbe compra da Groundforce pela TAP

A Autoridade da Concorrência (AdC) proibiu a operação de concentração da TAP com a Groudforce por considerar que a mesma é susceptível de criar ou reforçar uma posição dominante da empresa de handlig na assistência em escala nos aeroportos. A TAP terá agora de vender a Groundforce, que até à concretização da alienação ficará sob controlo de um mandatário de gestão nomeado pela AdC.

A AdC afirma hoje, em comunicado, que os mercados relevantes para o negócio analisados foram a prestação de serviços de assistência em escala (handling) nos aeroportos de Lisboa, Porto, Faro, Funchal e Porto Santo.

A avaliação jus-concorrencial incidiu ainda sobre os mercados relacionados no contexto da operação de concentração, que correspondem ao transporte aéreo de passageiros nas rotas com origem ou destino num dos aeroportos envolvidos na operação de concentração - aeroporto de Lisboa, do Porto, de Faro, do Funchal e de Porto Santo -, e o transporte aéreo de carga.

A AdC considerou ainda na avaliação da operação o facto de a Parpública ser a única accionista da TAP e deter também a maioria do capital social da ANA, que por sua vez detém a totalidade do capital social da Portway, que é a única concorrente da SPdH na actividade de prestação de serviços de assistência em escala.

Foi ainda considerado pela AdC o facto de a operação implicar a integração vertical entre o principal transportador aéreo de passageiros (TAP) e o prestador de serviços de handling dominante nos aeroportos portugueses (Groudforce).

Na análise que fez do negócio, a AdC refere ter constatado que após a concentração “o grupo TAP teria a capacidade e o incentivo para deteriorar as condições de acesso das companhias aéreas suas concorrentes aos serviços de assistência em escala, com o propósito de criar, manter ou reforçar o seu poder de mercado ao nível do transporte aéreo de passageiros num conjunto de rotas com origem/destino nos aeroportos de Lisboa, Porto, Funchal e Porto Santo”.

A entidade reguladora diz que a única excepção a esta preocupação seria o Aeroporto de Faro “uma vez que a representatividade dos passageiros transportados pela TAP naquele aeroporto é reduzida”.

A AdC temia que “a redução da pressão concorrencial exercida pelas companhias aéreas suas concorrentes e o reforço do poder de mercado da TAP nas rotas em causa, em resultado da operação de concentração, poderia reflectir-se numa deterioração das condições oferecidas pelas companhias aéreas, aos seus consumidores, via aumento de preços ou deterioração da qualidade do serviço prestado”.

A entidade reguladora afirma também que a operação de concentração, a ser aprovada, iria contra o “espírito” da directiva comunitária relativa ao acesso ao mercado da assistência em escala nos aeroportos, cujo objectivo é promover a liberalização do sector e criar de condições de concorrência para prestadores de serviços de handling nos aeroportos.

A AdC refere ainda ter consultado o Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC) que, a 19 de Junho de 2009, afirmou que a operação em análise implica o incumprimento da legislação nacional que deriva da directiva comunitária.

Fonte: Diário de Notícias (Portugal)

Não há negociações em curso para treino de caças dos EUA na Base das Lajes (Açores)

O secretário da Presidência do Governo dos Açores, André Bradford, garantiu hoje que não estão em curso negociações entre Portugal e os EUA sobre a utilização da Base das Lajes para treino de caças militares norte-americanos.

"Vim reafirmar o que o Governo dos Açores tem dito sobre esta matéria. A Comissão Bilateral Permanente aguarda a análise técnica e militar das forças aéreas portuguesa e norte-americana sobre a hipótese de se criar um campo de treino de caças na Base das Lajes para que se possa passar às negociações", afirmou.

André Bradford, que falava aos jornalistas depois de ter sido ouvido sobre esta matéria na Comissão de Política Geral da Assembleia Legislativa Regional, assegurou ainda que o executivo açoriano terá uma palavra a dizer sobre este processo.

Fonte: Agência Lusa via EPA

Entrada da Cia. Aérea Azul em Campinas impulsiona economia local

A entrada da Azul no Aeroporto de Viracopos, em Campinas, em dezembro passado, abriu uma guerra entre as principais companhias aéreas no setor, fez cair as tarifas em até 50%, ampliou o fluxo de pessoas no terminal e turbinou o volume de negócios na cidade paulista, é o que mostra matéria de Erica Ribeiro, publicada nesta sexta-feira, no GLOBO.

O movimento de embarque e desembarque praticamente triplicou entre 2008 e 2009. De janeiro a outubro do ano passado, 912,5 mil pessoas passaram pelo aeroporto. Este ano, no mesmo período, foram 2,604 milhões, segundo a Infraero. Até dezembro, a estimativa é que esse número atinja 3,2 milhões - também o triplo de 2008 e o equivalente à toda população da Região Metropolitana de Campinas.

Ganha Campinas, perde o Rio

Propulsora desse crescimento, a Azul, fundada pelo empresário David Neeleman, chegou a escolher o Santos Dumont para iniciar suas atividades. Mas, diante da resistência do governador Sérgio Cabral e do prefeito Eduardo Paes - contrários também à abertura do terminal carioca para voos além da ponte aérea - a Azul optou por Viracopos.

O aeroporto de Campinas é agora a escolha de passageiros que moram em cidades vizinhas e não querem enfrentar o longo caminho até Congonhas, na capital paulista, para viajar a negócios ou lazer. Também tem sido o preferido de quem sai do Rio e do Sul, com destino, inclusive, a localidades de Nordeste e Sudeste. Viracopos tem 119 voos diários para cidades como Brasília, Rio, Salvador, Manaus, Belo Horizonte e Porto Alegre.

A reportagem mostra ainda que o aeroporto da cidade emprega dez mil pessoas e que para Adalberto Febeliano, diretor de Relações Institucionais da Azul, o Rio continua nos planos da empresa, mas que tudo dependerá das condições futuras de mercado. Enquanto isso, Campinas recebe dois novos destinos em dezembro: Natal, no dia 1, e Florianópolis, no dia 15.

Fonte: O Globo - Fotos: Michel Filho

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Peru leva caso de espionagem chilena à Unasul e à OEA

Declaração aprovada pelo Congresso 'repudia ato' e 'denuncia política armamentista do Chile'

A Comissão de Relações Exteriores do Congresso do Peru aprovou uma declaração em repúdio às supostas espionagens realizadas por um militar peruano, direcionadas ao Chile. O texto será enviado aos países-membros da União das Nações Sul-Americanas (Unasul) e da Organização dos Estados Americanos (OEA), segundo informou o parlamentar e ex-chanceler peruano Luis González Posadas.

As relações entre os dois países já andavam estremecidas havia meses, mas azedaram de vez no fim de semana, quando presidente peruano, Alan García, acusou o Chile de cooptar um militar peruano para espionar para o seu governo. De acordo com Lima, o suboficial da Força Aérea Víctor Ariza foi recrutado pelo Chile sete anos atrás e recebia US$ 3 mil mensais para repassar informações relativas ao arsenal, os planos de contingência e a identidade dos alunos da escola de inteligência da Aeronáutica peruana. As provas do esquema estariam no computador de Ariza e em documentos encontrados com ele.

Em agosto, García já tinha denunciado um acordo secreto entre o Chile e a Bolívia, que daria saída para o mar para os bolivianos, mas prejudicaria os interesses de Lima. Além disso, em duas ocasiões, em 2008, o Chile disse ter sido vítima de espionagem dos peruanos. Na mais grave, funcionários da embaixada chilena em Lima tiveram seus e-mails vasculhados por um hacker, supostamente a serviço da inteligência do Peru.

O texto em repúdio às supostas espionagens será enviado aos países-membros da Unasul e da OEA, segundo informou o ex-chanceler. "Foi aprovada uma declaração que contém três pontos. Primeiro, repudiar a espionagem do Chile; segundo, denunciar a política armamentista por parte do governo deste país; e terceiro, ratificar a política pacifista e integradora do Peru", comentou Posadas. O parlamentar também destacou que é "ofensivo que se espie e corrompa membros das Forças Armadas de um país amigo como o Peru, que generosamente esticou sua mão de fraternidade e abriu as portas ao Chile para estabelecer uma relação bilateral".

A declaração foi aprovada após os ministros peruanos das Relações Exteriores, José Antonio García Belaúnde, e da Defesa, Rafael Rey, comparecerem à sessão da Comissão de Relação Exteriores do Congresso.

Na madrugada da terça-feira, García disparou contra o país vizinho, qualificando-o de "republiqueta" e considerando os atuais fatos como "repulsivos, que não correspondem a um país democrático e deixam mal a presidência do Chile". A presidente chilena, Michele Bachelet, respondeu às críticas do peruano de forma diplomática. "São acusações ofensivas que nada contribuem para cooperação e a integração. Esse é o momento de trabalhar pelo bem-estar de nossos povos e o que deve primar é o respeito e a responsabilidade das autoridades".

Pouco depois, o chanceler peruano, José Antonio García Belaúnde, anunciou que as provas do ato de espionagem seriam entregues a Santiago, que nega as acusações. As provas citadas pelo chanceler estariam no computador do próprio suposto espião.

Fonte: Estadão (com informações de Ansa e O Estado de S. Paulo)

Atritos tiveram início há 130 anos

Por trás do duro discurso feito ontem pelo presidente peruano, Alan García, há 130 anos de ressentimentos e desconfiança. Chile, Peru e Bolívia enfrentaram-se entre 1879 e 1884 na Guerra do Pacífico, que terminou com os chilenos anexando parte do território peruano e bloqueando a saída da Bolívia para o mar - duas feridas nunca cicatrizadas. A herança de litígios fronteiriços começa no Deserto do Atacama e avança pelo Oceano Pacífico, em uma área de aproximadamente 95 quilômetros quadrados.

O problema é que qualquer solução que seja negociada entre Chile e Peru continuará impedindo que os bolivianos voltem a ter acesso ao Pacífico. Da mesma maneira, qualquer acordo entre Chile e Bolívia inviabilizará a demanda original peruana pela ampliação de seu mar territorial. Diante do impasse, o Chile armou-se, priorizando a compra de fragatas e submarinos. A Bolívia deu sinais de que poderia aceitar a simples abertura de um corredor de acesso ao Pacífico. E o Peru levou o caso à Corte Internacional de Justiça da ONU.

"A primeira etapa da estratégia peruana foi jurídica e terminou com a instalação do processo na Corte Internacional de Justiça, em Haia, em janeiro do ano passado. Agora, estamos vendo uma segunda etapa, na qual os principais componentes são de cunho comunicacional e militar", disse ao "Estado" José Rodríguez Elizondo, ex-embaixador chileno que esteve exilado no Peru por dez anos e se dedicou ao estudo do conflito sobre a fronteira marítima.

Fonte: João Paulo Charleaux (Estadão)

Força Aérea de Portugal reforça presença na Ilha da Madeira

A infra-estrutura que a Força Aérea Portuguesa (FAP) tem no arquipélago da Madeira, com carácter temporário, vai passar a designar-se Aeródromo de Manobra nº 3 (AM3) a partir do próximo dia 25.

Segundo o porta-voz do ramo, tenente-coronel Paulo Gonçalves, as mudanças práticas decorrentes da decisão - leia-se investimentos em edifícios e equipamentos de apoio à actividade aeronáutica, bem como um aumento dos efectivos de pessoal (militares e civis, que agora não chegam à meia centena) - "vão ser graduais".

Por trás da criação do AM3 estão as recentes alterações legislativas na estrutura das Forças Armadas - a nova lei orgânica da FAP prevê o Comando Aéreo da Madeira, nos moldes do existente nos Açores - e a instalação de uma estação de radares no Pico do Areeiro.

Esta infra-estrutura, financiada pela NATO, vai fazer com o arquipélago da Madeira passe a ter cobertura radar pela primeira vez na história - o que implicará a presença permanente de caças F16 (e a construção de hangares específicos para estes aparelhos de intercepção e defesa aérea).

O até agora chamado destacamento temporário da FAP na Madeira, instalado na ilha de Porto Santo e num aeródromo partilhado com civis, passava pela presença de tripulações dos helicópteros EH101 Merlin e dos aviões de transporte Aviocar por curtos períodos de tempo.

Com a substituição dos Aviocar pelos novos aviões de transporte C295, a FAP passará a ter em Porto Santo, "em meados de 2010" e com carácter permanente, um EH101 e um C295, precisou Paulo Gonçalves.

A FAP tem actualmente mais de 8300 efectivos - 600 em alerta diário permanente - e 124 aviões de 10 frotas diferentes, havendo ainda duas que estão em extinção (Aviocar e Puma).

Fonte: DN Portugal