Ocorrência conhecida como 'lightning strike' é comum mas não afeta a segurança de quem está dentro da aeronave. Ninguém ficou ferido no incidente.
Histórico de velocidade e altitude do voo U6-277 no RadarBox.com |
Duas horas de voo separam Moscou a Sochi, de 45 mil habitantes, no Sul da Rússia. Esta foi uma semana chuvosa na cidade, que enfrentou temperatura média diária entre -2 e 7 graus.
Na última terça-feira (18), o Airbus A320-200, prefixo VQ-BAX, da Ural Airlines, realizou o voo U6-277 do aeroporto de Domodedovo, em Moscou, para Sochi.
A decolagem ocorreu com 48 minutos de atraso, às 11h18. O voo transcorria normalmente até a aeronave se alinhar à pista 06 de Sochi.
Na aproximação, um raio atingiu em cheio o A320, de 12 anos de uso. O avião seguiu a rota e pousou em segurança na 06.
A rota do A320 na plataforma RadarBox.com |
A Agência Federal de Transporte Aéreo russa (Rosaviatsia) relatou que a aeronave experimentou uma descarga de eletricidade atmosférica no pouso e foi retirada de serviço.
A descarga ocasionou danos na cúpula do radar (radome) e em vários rebites da fuselagem, segundo informa o The Aviation Herald.
A aeronave permaneceu no solo em Sochi por cerca de 31 horas e após uma inspeção detalhada, retomou o serviço.
O randome foi danificado |
Ao contrário do que possa se imaginar, este tipo de ocorrência é comum na aviação. De acordo com o ELAT, Grupo de Eletricidade Atmosférica do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), aviões comerciais são atingidos por relâmpagos uma vez por ano — e isso durante decolagem ou aterrissagem, quando estão em alturas abaixo de 5 km do solo. Como no caso registrado em Sochi.
Por Luiz Fara Monteiro (R7)
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