Super-Tiger passou mais de 55 dias voando a altitude de 38.710 metros.
Instrumento coletou dados sobre raios cósmicos que atingem a Terra.
Após mais de 55 dias sobrevoando a Antártica, o balão científico Super-Tiger, da agência espacial americana (Nasa), bateu o recorde de voo mais longo do tipo e trouxe de volta uma série de dados.
Ao todo, o balão passou 55 dias, 1 hora e 34 minutos voando a uma altitude de 38.710 metros, o que o levou a bater, por apenas um dia, um recorde estabelecido em 2009.
A Nasa mantém atualmente três balões em missão na Antártica: o Super-Tiger, o Blast e o Ebex,
que foram lançados no fim do ano passado a partir da região LDB, perto da Estação McMurdo
Foto: Nasa/Divulgação
O Super-Tiger reuniu informações sobre raios cósmicos de alta energia que atingem a Terra de outros pontos da galáxia. Esse processo incluiu o uso de uma nova ferramenta para medir elementos raros mais pesados que o ferro entre os raios.
Os cientistas estão tentando entender melhor de onde vêm esses elétrons de alta energia em enormes cinturões de radiação ao redor do planeta, como eles ficam supercarregados e viajam pelo campo magnético terrestre em direção aos polos.
Cientistas se preparam para lançar um dos 20 balões da missão Barrel, da Nasa
Foto: Nasa/S. Spain
"Foi um voo muito bem-sucedido por causa da longa duração, que nos permitiu detectar grandes números de raios cósmicos", disse o principal autor do estudo, Bob Binns.
A Nasa informou que levará dois anos para analisar completamente os dados. O longo voo do balão foi auxiliado por padrões de vento do Polo Sul, que circulam em sentido anti-horário, do leste para oeste, na estratosfera (segunda camada da atmosfera, com até 50 km de altitude).
Ao fundo, está Estação de Pesquisas Halley VI, que começa a operar nesta temporada
Foto: Nasa/R. Millan
Esse fato, além da esparsa população do continente gelado, tornaram possíveis esses voos de altitude elevada e longa duração, acrescentou a Nasa.
"Os balões científicos dão aos pesquisadores a habilidade de reunir dados críticos a um custo relativo muito baixo", disse o cientista Vernon James, do programa de balões da Nasa, chamado missão Barrel.
Fonte: AFP via G1
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